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A IMPORTANCIA DO BRINCAR E DAS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL- JOGOS E BRINCADEIRAS
RESUMO
Este trabalho demonstra a importância dos jogos e brincadeiras no processo de ensino- aprendizagem. Através da brincadeira a criança exercita todas as suas potencialidades, desenvolvendo o seu lado social, motor e cognitivo. O brincar é um direito fundamental de todas elas, cada criança deve estar em condições de captar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. A escolha do tema esta vinculada a atividade do brincar, jogos e brincadeiras. O brincar ajuda a criança no desenvolvimento afetivo, físico, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve as expressões orais e corporais, reforça as habilidades sociais condensa a agressividade integra-se na sociedade e constrói o seu próprio conhecimento. A metodologia empregada é em forma de pesquisa de campo, na qual, são feitas observações e registros para entender melhor como o brincar facilita na aprendizagem das crianças de 4 e 5 anos de idade.
Palavras- chave: Aprendizagem. Jogos. Brincadeiras.
1 INTRODUÇÃO
A importância do brincar- jogos e brincadeiras na aprendizagem dos alunos, pois através do mesmo, abrir- se- á um leque para muitos questionamentos e reflexão em se tratando do desenvolvimento infantil.			
A principal vidência é a que cada ser humano traz consigo o espírito de criança, pois, todo ser humano, um dia já foi criança, e assim também analisar como o lúdico é indispensável para a aprendizagem dos pequeninos na educação infantil, percebendo assim as diferentes realidades socioeconômicas e culturais dos alunos, através destas estabelecer relações de ação lúdica entre professores e alunos em sala de aula, para que assim aconteça o processo de construção do conhecimento e a boa relação entre todos. O problema da pesquisa traz como pergunta- chave: Quais as formas de brincar e que tipos de jogos e brincadeiras a EMEF Jacob Dickel do interior de Arroio do Tigre- RS desenvolve para um bom desenvolvimento cognitivo e afetivo na Educação Infantil? 					
A presente pesquisa tem como objetivo identificar a importância do brincar e brincadeira na educação infantil, no desenvolvimento da aprendizagem.		 Desta forma será observado a turma da pré- escola, as contribuições dos jogos e brincadeiras, e também analisar a classificação dos jogos como pode influenciar no comportamento dos alunos, ver como é o relacionamento entre eles e suas dificuldades no momento em que estão realizando as brincadeiras.		
E assim nesta perspectiva analisar juntamente com a professora da turma quais as dificuldades, também o que pode ser melhorado no ambiente escolar, como é o convívio entre os alunos e professores, e também perguntar de que forma o lúdico está sendo aplicado para a promoção do ensino- aprendizagem das crianças no seu cotidiano.
2 A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA
As crianças aprendem cada vez mais brincando, os educadores sabendo disso deverão desfrutar da presença dos jogos e brincadeiras onde exerce uma prática pedagógica com vários recursos no processo de ensino- aprendizagem da criança, pois esses recursos ajudarão a ensinar diferentes conteúdos de uma forma mais prazerosa. Desse modo, a criança aprende como ela gosta de uma forma mais alegre e divertida e, portanto eficaz. 								Acredito que brincando a criança compreende, ela aprende a se socializar em grupos, onde a mesma utiliza regras, aprende a dividir, a competir e, a cumprir as regras.												A escola pode tirar proveito dos materiais concretos e de jogos e brincadeiras para ajudar a criança na aprendizagem e tornar as aulas cada vez mais agradáveis e produtivas para elas.									 Ao brincar as crianças revivem situações que acontecem no seu dia a dia que conseguem entende-los, e ao brincar as crianças são estimuladas a perceber que estão explorando diferentes espaços onde ela esta incluída para criar formas e representá-los através de sua imaginação. O desenvolvimento infantil é de extrema importância que a criança brinque, pois é uma atividade sociocultural, impregnada de valores, hábitos e normas onde consideramos o modo de agir e pensar dentro de um grupo social. Para Lopes, (2005, p.35):
“O jogo para a criança é o exercício, e a preparação para a vida adulta”. 
Com base nessa informação percebe-se que a criança aprende brincando, o jogo para ela é o exercício que a faz desenvolver suas potencialidades. Enquanto a criança está simplesmente brincando ela incorpora valores, conceitos e conteúdos. Conforme a criança brinca, ela incorpora valore culturais e sociais o educador ao agradar a criança aprende novos conceitos e conteúdos de uma forma mais agradável e de maneira que ela gosta. De acordo com Teixeira (2010, p. 44):
Brincar é fonte de lazer, mais é, simultaneamente, fonte de conhecimento, é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar com parte integrante da atividade educativa. 
Nesse sentido, podemos perceber que o brincar assume duas idéias diferentes, pois, por meio dessas atividades, ao mesmo período em que a criança está brincando ela esta introduzindo novos conhecimentos.
Os jogos e brincadeiras são surpreendentes recursos pedagógicos em que o professor deve utilizar na sala de aula, esses recursos devem ser usados não apenas como passatempo, mas também como meio para a construção de conhecimentos em situações formais de aprendizagem. Ainda em relação ao jogo e aprendizagem kishimoto (2011, p. 41) afirma que:
Quando as situações lúdicas são propositalmente criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, onde surge a dimensão educativa. Desde que mantidas as condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança para brincar o educando está potencializando as situações de aprendizagem.
A área educativa surge quando o professor utiliza as atividades lúdicas de forma intencional, tendo em vista os objetivos firmados ao desenvolver das aprendizagens dos alunos. Os jogos são utilizados como uma das ferramentas para ensinar os conteúdos na educação, é necessária uma intencionalidade educativa, o qual implica o professor fazer um planejamento, pretendendo alcançar objetivos. A importância da brincadeira na vida da criança fica explicita nas palavras de Teixeira (2010, p.49) quando afirmar que:
Por meio da brincadeira, a criança aprende a seguir regras, experimentar formas de comportamento e se socializar, descobrindo o mundo ao seu redor. Brincando com outras crianças, encontra seus pares e interage socialmente, descobrindo, dessa forma, que não é o único sujeito da ação, e que, para alcançar seus próprios objetivos, precisa considerar o fator de que outros também têm objetivos próprios.
Percebe- se na idéia da autora algumas contribuições onde a brincadeira pode proporcionar as crianças para o seu desenvolvimento e aprendizagem. As atividades lúdicas são de fundamental importância para o desenvolvimento infantil da criança, já que é uma atividade sociocultural, impregnada de valores, hábitos e normas que cuidam o modo de agir e pensar de um grupo social. Conseguimos observar a importância da influencia de jogos e brincadeiras no processo de ensino- aprendizagem e no desenvolvimento da criança.
2.1 O JOGO
Para as crianças, o jogo é visto como um divertimento e não como uma maneira de deter conhecimentos, pois para elas os princípios e situações posteriores dele não passa de estímulos para induzir mais atenção e interesse além de produzir um instinto de competição, a qual deve ser dosada, para que aconteça de maneira saudável. Como as teorias de Piaget (1976) e Vygotsky (1984) entendemos que é necessário refletir sobre o papel do professor ao empregar o lúdico como um recurso pedagógico, que lhe facilita o conhecimento sobre a realidade lúdica de seus alunos, bemcomo sobre seus alcances e suas necessidade. No processo de ensino- aprendizagem o jogo deve ser observado como um meio de incentivar o desenvolvimento cognitivo, social, afetivo, lingüístico e psicomotor e de favorecer aprendizagens especificas. Winnicott (1975) afirma que:	
Também defende a pratica do jogo espontâneo como verdadeira forma de expressão ao considerar que é no brincar e somente no brincar, que o individuo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integra e somente sendo critico que o individuo descobre seu eu.	
2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS
Os jogos podem ser classificados de diferentes formas, Piaget classificou os jogos em três categorias que corresponde as três fases do desenvolvimento infantil.
Sensório- motora (do nascimento até 2 anos de idade) a criança brinca sem quaisquer noção de regras.									Pré- operatória ( dos 2 aos 6 anos de idade) a criança adquire noções da existência de regras e começa a jogar com outras crianças.					Faz de conta. Operações concretas (dos 7 aos 11 anos de idade) a criança aprende as regras dos jogos e começam a jogar em grupos. Esta é a fase dos jogos como futebol, damas.
JOGOS DE EXERCICIO SENSORIO - MOTOR
Jogar é uma atividade natural do ser humano, a atividade lúdica surge como uma serie de exercícios motores simples. Sua finalidade é o próprio prazer do funcionamento, onde os exercícios consistem em restituições de gestos e movimentos como agitar os braços, enunciar sons, caminhar, sacudir objetos, correr e pular. Embora estes jogos começam na fase maternal e duram até o 2 anos de idades, os mesmos se mantém durante toda a infância e na fase adulta também. 
JOGO SIMBÓLICO
O jogo simbólico aparece entre os 2 e 6 anos de idade. A função desta atividade lúdica consiste em satisfazer uma mudança real em função dos desejos, tendo a função de compreender a realidade.
A criança tem a importância de reproduzir messes jogos as relações predominantes no seu meio ambiente natural, aprende dessa maneira a realidade de se auto- expressar, comunicar. O jogo de faz- de- conta possibilita a criança a realizar seus sonhos e fantasias, ela revela conflitos, medos e angustias, aliviando algumas frustrações e tensões.
Entre os 7 e 11-12 anos de idade, o simbolismo declina e começa a aparecer com mais freqüência em desenhos, construções com materiais didáticos, trabalhos manuais e apresentações teatrais. O computador pode ser um instrumento muito útil, quando é bem aplicada. Piaget não considera este tipo de jogo como um segundo estagio e sim como estando entre os jogos simbólicos e de regras. Piaget (1997, p.27) afirma que:
“é evidente que os jogos de construção não definem uma fase entre outras, mas ocupam no segundo e, sobretudo no terceiro nível, uma posição situada a meio de caminho entre o jogo e o trabalho inteligente.” 
O FAZ DE CONTA DA CRIANÇA
Os jogos e as brincadeiras fazem parte da vida da criança, independentemente da cultura ou da classe social, visto que elas vivem num mundo de fantasia, de encantamento, de sonhos em que a realidade e o faz de conta se confunde. Macedo (2004, p. 112-113) afirma que:
O faz de conta refere-se ao mundo imaginário da fantasia. Graças a ele, a criança pode imaginar, imitar, criar ou jogar simbolicamente, aplicando seus saberes para alem de seu corpo, aprendendo costumes, regras e limites. Durante a educação infantil, o papel do professor é fundamental, pois é ele quem produzirá os espaços, disponibilizando materiais, participando das brincadeiras, ou seja, fazendo a mediação na construção do conhecimento.			 
	 	 
Ao discutir a relevância do faz de conta nas brincadeiras, Kishimoto (1997, p. 16-24) afirma que:
Brincar funciona como um cenário no qual as crianças tornam- se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la. Ao brincar de faz de conta, as crianças buscam imitar, imaginar, representar e comunicar de uma forma exclusiva que uma coisa pode ser outra, que uma pessoa pode ser um personagem, que uma criança pode ser um animal ou um objeto, que um lugar ‘faz de conta” que é outro. Brincar é assim, um pedaço no qual se pode observar a coordenação das experiências previas das crianças e aquilo que os objetos manipulados provocam ou provocam no momento presente. 
 
Para Craidy e Kaercher (2001, p. 92- 96) afrima que:
As crianças demonstram um grande fascínio por tarefas do dia a dia, ao reproduzir cenas familiares como, por exemplo; ao lavar roupa, falar no telefone, cozinhar, dirigir o carro com isso sentem- se muito valorizadas quando são convidadas a ajudar o adulto a realizá-las, mas nem sempre é possível participar do mundo adulto, então a criança busca realizar seus desejos através do faz de conta. Sendo assim é fundamental o adulto estar atento para que a criança esta reproduzindo e imitando para poder interferir de maneira adequada.
Não cabe ao adulto a missão de brincar pela criança, ou exigir que ela permaneça um longo tempo representando o cotidiano através do brinquedo, e assim conforme abrange Kishimoto temos que organizar e orientar o pensamento da criança em diferentes ações, oportunizar possibilidades em espaços que os alunos possam criar e recriar hipóteses para construir novos conhecimentos, oferecendo objetos, conversando e comentando o que ela representa e entende de suas experiências. Para Craidy e Kaercher (2001,p. 96) afirma que:
O faz de conta é uma forma como a criança reflete os valores e constrói sua visão de mundo. Num grupo de brincadeiras convivem crianças providas de famílias distintas com diferentes códigos de valores morais e culturais que se evidenciam durante o faz de conta.
É importante que o professor esteja atento para poder intervir pedagogicamente no sentido de superar preconceitos e proporcionar relações saudáveis e solidarias. O professor também precisa criar espaços onde seus alunos possam escolher o que fazer e do que brincar. Assim, o aluno tem o direito de brincar com o que realmente deseja e o educador pode, depois desse momento convidar a criança a compartilhar sentimentos e aprendizagens com os demais colegas.
Já na visão de Vygotsky a brincadeira possui três características: a imaginação, a imitação e a regra. Elas estão presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, tanto nas tradicionais, naquelas de faz- de- conta, como ainda nas que exigem regras.
Na visão de Piaget o jogo tem três categorias: o jogo de exercício, onde a função é exercitar em função de si. O jogo simbólico: onde o indivíduo se coloca se independentemente das características dos objetos, funcionando em esquema de assimilação. O jogo de regra esta implícita um relação interindividual que exige a conformação por parte do sujeito.
Winnicott fala que a brincadeira é universal é própria para a saúde, o brincar auxilia com o crescimento da criança portanto, a saúde. O brincar ajuda com os relacionamentos entre grupos, onde pode- se ser uma forma de comunicação na psicoterapia: onde traz a oportunidade para o exercício da simbolização que é uma característica humana.
Na obra criança e seu mundo fazem colocações fundamentais sobre a brincadeira: 
As crianças têm mais satisfação nas experiências de brincadeiras físicas e emocionais, a brincadeira é a prova simples e constante da capacidade criadora das crianças, onde quer dizer vivência. Com base em tais teorias foi possível constatar que ao brincar e jogar a criança constrói o seu próprio conhecimento. E se sente segura, uma das qualidades oferecidas através do jogo, quando a própria criança é capaz de encontrar as soluções.
 
JOGOS DE REGRAS
 
O jogo de regra, se manifesta por volta dos cinco anos de idade, a criança desenvolve principalmente na fase dos7 aos 12 anos de idade, este tipo de jogo continua em toda a vida da criança (trabalho, jogos de xadrez, baralho e esportes). Os jogos de regras são classificados em jogos sensório- motor e intelectual como por exemplo (futebol e xadrez).
Caracteriza o jogo de regrasé um conjunto de leis imposto pelo grupo, sendo que seu descumprimento é normal ser sempre punido, e uma forte concorrência entre os indivíduos. O jogo de regras imagina a existência de um conjunto de regras que lhe confere um caráter social.
O jogo de regras aparece no decorrer dos quatro aos sete anos de idade e o seu atributo básico esta no fato de implicar a reciprocidade social possibilitando expandir os relacionamentos afetivo-sociais.
2.3 A CRIANÇA E O BRINCAR
As brincadeiras fazem parte do processo de desenvolvimento da infância e são importantes tanto na área cognitiva, como na área afetiva e social. 
Em nível de importância, o brincar é para criança o que o trabalho é para o adulto. Portanto, brincar é coisa séria. É uma necessidade e um prazer ao mesmo tempo. Segundo Machado ( 1994, p. 67):
O brincar é a primeira forma de cultura, e é nas brincadeiras que as crianças se expressam, vivem sua cultura e a reproduzem. Brincando a criança tem a oportunidade de raciocinar, de descobrir, de persistir e de preservar, ela é capaz de aprender e perder, percebendo que haverá novas oportunidades para vencer, criando assim sua identidade.
Nesse sentido, Maluf (2003, p. 94), afirma que: 
A criança através das brincadeiras assimila valores, assume comportamentos, desenvolve diversas áreas do conhecimento, exercita-se fisicamente e aprimora habilidades motoras. No convívio com outras crianças aprende a dar e receber ordens, a esperar sua vez de brincar, a emprestar, a compartilhar momentos bons e ruins, em fim seu raciocínio é desenvolvido.
Através das atividades lúdicas a criança solta a imaginação e desenvolve a criatividade, possibilitando exercício de concentração e atenção. Ela experimenta, descobre inventa, estimulando sua curiosidade, iniciativa e autoconfiança.
Através do brincar a criança chega a um desenvolvimento completo. Ela passa a interagir mais e se interpretar pelo mundo que está a sua volta. É este interesse que faz com que ela procure novos estímulos. Estes estímulos ela encontra no brincar, que envolve observação, criatividade, comunicação, simbolização, enfim, todos os requisitos necessários para um desenvolvimento integral e sadio.
As brincadeiras de roda alegram as crianças de diversos lugares, possui valor educativo, um canto, musica e movimento. Permitem que a criança tenha um espaço para brincar. É importante que o professor conheça as fases de desenvolvimento da criança, pois as atividades de cantigas de roda e de brinquedos cantadas ajudam para o desenvolvimento integral da mesma.
Destaca- se nessas atividades, a presença do lúdico que aprimora a corporeidade da criança. As cantigas são simples, fáceis de aprender e promovem a descontração. São brincadeiras altamente pedagógicas, onde se trabalha o raciocínio, a memória, a agilidade e outros elementos psicomotores das crianças.
A oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as crianças podem acionar seus próprios pensamentos para a resolução de problemas que são importantes e significativos. Cria- se um espaço no qual as crianças pode, experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e diversos conhecimentos das crianças.
O lúdico pode ser visto como um recurso facilitador do processo de aprendizagem, onde os alunos desenvolvem habilidades tanto nas atividades físicas, quanto naquelas em que se faz necessário utilizar a memória, imaginação, ou raciocínio. Através de jogos e brincadeiras os educadores expressam pensamentos e sentimentos, estabelecendo a comunicação social.
É através do brincar que a criança aprende a se organizar para o futuro e para encarar direta ou simbolicamente dificuldades do presente. Brincar, além de ajudar a descarregar a excesso de energias, é agradável, da prazer a criança e estimula o desenvolvimento intelectual da mesma. As crianças brincam porque esta é uma atividade agradável e ao brincar a criança exercita também a mente, alem do corpo, pois ambos estão envolvidos. O brincar é muito imprescindível porque, além de estimular o desenvolvimento intelectual da criança, ensina, sem forçá-la, os hábitos necessários para seu crescimento.
O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento e a educação das crianças. No brincar elas exploram a realidade em que vivem refletindo sobre ela e desenvolvendo- se social e psicologicamente. A brincadeira é como um cenário criado pelas crianças, suas vivencias podem expressar seu mundo interno, levantando hipóteses sobre seus sentimentos e os dos outros, sobre conceitos, atitudes e valores com que se defrontam em suas vidas.
A postura do professor, no brincar é fundamental. A forma de relação estabelecida por ele irá inserir diretamente no desenvolvimento integral da criança e poderá facilitar ou dificultar o processo de aprendizagem através do seu conhecimento e sensibilidade. O educador deve dosar teoria e prática de maneira gradual, combinando os estímulos adequados para cada tipo de aluno que atende.
No brincar, o educador representará um importante papel para desencadear sua ação educativa, pois auxiliará na socialização da criança frente ao grupo de colegas, atuando como um coparticipante, respeitando as diferenças e sua historia de vida. Também estando presente durante a brincadeira, auxiliará na problematização, na solução de problemas, adequando às brincadeiras ao nível da criança. Seu grande desafio é trabalhar os conteúdos propostos pelos programas curriculares recriando- se de forma a torná-los mais significativos e prazerosos para as crianças.
 
2.4 ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS 
 
Utilizou- se uma coleta como método de obtenção de dados para análise, um questionário realizado com os professores e os alunos quais foram respondidos pessoalmente, onde havia perguntas relacionadas ao brincar: desde a afeição dos alunos e professores pela ludicidade até a sua aplicabilidade em sala de aula.
Primeiramente foi realizado o contato com a direção da escola por meio de oficio acadêmico, para ter conhecimento da disponibilidade da instituição com a pesquisa. Essa pesquisa possui uma análise qualitativa.
Apesar do uso de questionários e entrevistas em pesquisas qualitativas a serem polêmicos dentre as discussões acadêmicas. Duarte (2004, p. 215) fundamenta a importância desses em pesquisas:
Entrevistas são fundamentais quando se precisa/ deseja mapear práticas, crenças, valores e sistemas classificatórios de universos sociais específicos, mais ou menos bem delimitados, em que os conflitos e contradições não estejam claramente explicitados. 
Aqui, tenta- se esclarecer conflitos ente os alunos, contradições que podem não estar claras explicitadas com a aplicação dos jogos, ao conflitar professores e alunos acerca de um tema assumido que eles possuem certo vinculo e convivências suficiente para assumirem uma posição diferente, é de extrema importância analisar suas opiniões e compará-las através do questionário e entrevistas.
Apesar das perguntas que compõem o questionário dos professores e entrevista com os alunos, ambos tem o mesmo intuito, as questões foram elaboradas de forma mais formal e reflexiva para a os professores, visto que a pesquisa entre aluno e professor possuem idades e estruturas cognitivas muito diferentes.
Através deste estudo foi possível verificar que as brincadeiras que mais se destacam entre os alunos, no recreio escolar, são brincadeiras como: brincar de pega-pega, na pracinha futebol e esconde- esconde. Verifiquei também que as brincadeiras preferidas dos alunos em suas horas de laser foram os jogos eletrônicos, diferindo dos estudos de Zinn (2006), realizado com preferência de jogar futebol e brincadeiras que envolvam todos os membros.
Em relação aos alunos brincarem com colegas não teve conflito podemos analisar que todos estão simpatizados com seus amigos, mais em seguida conclui que as crianças fazem a estereotipia dos gêneros em relação ás brincadeiras. As meninas declaram que brincadeirascomo: carrinho, bola de gude, futebol, futebol de botão, pião e outras brincadeiras de faz- de – conta que imitam alguns heróis, são exclusivas dos meninos e que, amarelinha bambolê, boneca, cabeleireiro, casinha, e maquiagem são brincadeiras exclusivamente de meninas. Já, os meninos tiveram um maior número de brincadeiras consideradas exclusivas do sexo masculino, tais como, de gude, bonecos de guerra, boxe, caçador, capoeira, carinho, exercito, futebol, futebol de botão, guitarra, homem aranha, policia e ladrão, skate e surfe. Por outro lado, disseram que as brincadeiras de bambolê, boneca, casinha e maquiagem, são brincadeiras exclusivas das crianças de sexo feminino. Quanto aos locais de preferência dos alunos para brincar, durante o recreio escolar, a pracinha foi o local de maior empolgação onde ambos destacaram.
Deste modo, com um maior enriquecimento de sua cultura lúdica, as crianças teriam um leque maior de atividades a sua disposição durante o recreio escolar e dentro da sala de aula. Uma vez que este se mostrou muito limitado no atual estudo, onde os alunos parecem brincar sempre com as mesmas atividades, sem explorar outras formas de brincar. Idéias como proporcionar matérias aos alunos e estratégias de intervenção durante os recreios escolares seriam ações que poderiam enriquecer as atividades desenvolvidas.
3 METODOLOGIA
A brincadeira é uma necessidade para a criança, sendo que elas brincam por prazer ou para dominar as suas angustias ou agressividades. A ação física é a primeira forma de aprendizagem do aluno, estando á motricidade ligada á atividade mental, a criança se movimenta pelo prazer do exercício para ela adquirir maior mobilidade e explorar o meio ambiente e suas belezas.
Todos os seres humanos envolvem atividades corporais, a criança se movimenta no seu cotidiano: correr, saltar, brincar e dançar, são algumas das muitas atividades que estão ligadas, suas necessidades de experimentar o corpo não só para o seu domínio, mas na construção da sua autonomia e coordenação seja ela motora ou fina.
O trabalho constitui- se essencialmente através de pesquisas bibliográficas, onde ocorreu a análise e levantamento de dados e conceitos de grandes teóricos, investigando e comparando suas citações e colocações, estes citados em revistas e livros, tornando clara a visão de cada um.
Por meio destas pesquisas tornou- se possível o levantamento de hipóteses, o que contribuiu para que houvesse reflexões e assim coleta de dados condizentes aos estudos. Uma vez que estes teóricos e demais estudiosos fizeram grande contribuição dentro desse enorme eixo que gira em torno da educação, e com base em análises criaram conceitos e propiciaram teorias perante as fases do desenvolvimento das crianças, também poorque se percebeu a preocupação ente os profissionais da educação infantil, com as brincadeiras voltadas a agitação e a agressividade.
Foi utilizado autores para embasar as idéias ligadas ao brincar e sua importância na faixa etária dos 4 e 5 anos de idade, ressaltando conceitos que o ato de brincar trás no cotidiano delas.
Nesse sentido, a pesquisa foi desenvolvida através das seguintes etapas: escolha da escola e contato com direção e professores da mesma juntamente com a observação com a turma da educação infantil, na finalidade de analisar, e refletir qual a importância do desenvolvimento das atividades lúdicas, no processo do ensino e aprendizagem de que forma ela está sendo utilizada no ambiente escolar e, verificar as brincadeiras praticadas e preferidas pelos alunos; aplicação de questionários para os professores e entrevista com as crianças; organização e análise dos dados obtidos.
Para obter-se a caracterização das brincadeiras praticadas e preferidas pelos alunos da pré- escolas foram utilizadas dois instrumentos: aplicação de questionários juntos aos professores e uma entrevista com as crianças. Após a coleta de dados, realizou- se a análise qualitativa.
 
REFERÊNCIAS
CRAIDY, Carmem Maria; e KAERCHER, Gládis Elise da Silva. Educação Infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001
CARVALHO, A.M.C. et al. (Org.). Brincadeira e cultura:viajando pelo Brasil que brinca.São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992.
DUARTE, Rosália.Entrevistas em pesquisas qualitativas. Educar em Revista num 24, 2004. p 213- 225. Universidade Federal do Paraná, Brasil. 
KISHIMOTO, TizukoMorchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1997.
Lopes, Maria da Glória. Jogos na educação: criar, fazer, jogar. 6. Ed. São Paulo, Cortez, 2005.
MACEDO, Carlos. Faz-de-conta na escola: a importância de brincar. Revista Pátio Educação Infantil. Porto Alegre, n3, Dez. 2003/mar. 2004.
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar Prazer e Aprendizado. 3 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
MACHADO, Nilse. AEducação Física e a recreação para o pré-escolar. Porto Alegre: Prodil, 1996.
PIAGET, Jean. A formação simbólica da criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. 
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança-imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 3. ed. Rio de Janeiro: Falar Editores, 1975. 
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. 
Revista Maringá Ensina nº 12 – julhoagostosetembro 2009. A criança e o faz de conta. Vera Lúcia Camara F. Zacharias. (p. 36-37).
SANTOS, Santa Marli Pires. O lúdico na formação do educador./ Santa Marli Pires dos Santos, organizadora. 8.ed.- Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
TEIXEIRA, Sirlândia Reis de Oliveira. Jogos, brinquedos, brincadeira e brinquedoteca: implicações no processo de aprendizagem e desenvolvimento. RJ: WAK ed. 2010.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. O papel do brinquedo no desenvolvimento: a formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991. 
VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. 6ª ed. São Paulo, SP. Martins Fontes Editora LTDA, 1998.
VYGOTSKY, L. S. A formação sócia da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984
WINNICOTT, D. W. (1975) O brincar & a realidade. Trad. J. O. A. Abreu e V. Nobre. Rio de Janeiro: Imago
Winnicott, D. W. (1975c). O brincar: Uma exposição teórica. In D. W. Winnicott, O brincar e a realidade (J. O. A. Abreu & V. Nobre, Trads., pp. 59-77). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1968)
Winnicott, D. W. (1975e). O brincar: A atividade criativa e a busca do eu (self). In D. 
W. Winnicott, O brincar e a realidade (J. O. A. Abreu & V. Nobre, Trads., pp. 79-94). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1971)
ZANLUCHI, Fernando Barroco. O brincar e o criar: as relações entre atividade lúdica, desenvolvimento da criatividade e Educação. Londrina: O autor, 2005.
ZINN, C. A. Os Jogos e as atividades preferidas entre escolares de 1ª á 4ª série: um estudo nas escolas de ensino fundamental da rede municipal, estadual e particular de ensino de Vera Cruz - RS. Monografia de Graduação, Universidade de Santa Cruz do Sul, RS, 2006.
APÊNDICES
QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES:
1.Quais são os brinquedos (brincadeiras) ou jogos que os (as) alunos (as) preferem mais na educação infantil?
2. Em sua opinião por que as crianças têm essas preferências em suas brincadeiras?
3. Em que locais as crianças mais brincam? (pátio, praça, sala de aula, areia).
4. Durante as brincadeiras, há integração entre meninos e meninas ou brincam isolados?
5. Qual é a sua opinião sobre as preferências das brincadeiras pelos alunos?
QUESTIONÁRIO PARA AS CRIANÇAS:
1. Quais são os brinquedos (brincadeiras) ou jogos que vocês preferem mais na educação infantil?
2. Por que vocês têm preferências nas brincadeiras?
3. Em que locais as crianças mais brincam? (pátio, praça, sala de aula, areia).
4. Durante as brincadeiras, há integração entre meninos e meninas ou brincam isolados?

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