escola e familia - trabalho Julielen

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A PRATICA RELAÇÃO ESCOLA/COMUNIDADE
A Escola e a família são as bases para o desenvolvimento do aluno .
Acadêmica
 Juliélen Januário Moura
Tutora Externa: Maria Angélica Magalhães Lopes
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Pedagogia (FLX0416) - Seminário Interdisciplinar 3
30/06/2019
RESUMO
 
Este trabalho aborda a relação entre a família, escola e a sociedade. É observado que a família, por vezes, deixa de lado a presença na escola, e o resultado é que a educação como um todo fique a cargo do professor. 
Aborda, também, determinadas leis que deixam explícito a importância dos pais na vida da criança, normas estas que atraem e possibilitam que a criança se torne, no futuro, um adulto com autonomia e responsabilidade.
Percebemos, ainda, que a presença dos pais na escola vem diminuindo, nem todos os pais procuram saber como está a vida escolar de seus filhos. 
Este fato resulta em sérios problemas de aprendizagem devido a falta de incentivo no lar. Todavia, a escola também deve cumprir seu papel. É observado que, nem sempre a escola consegue trazer os pais para perto da educação dos alunos. O que pode ser feito, neste caso é pesquisar o motivo do afastamento desses pais e mostrar a eles como a educação é de suma importância e que sua presença faz com os estudantes se sintam prestigiados. 
Palavras chaves: Escola, Família,Criança. 
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
As fundações e os alicerces formam a base de uma casa, assim como na sociedade, o desenvolvimento infantil tem um duplo apoio: família e escola. 
 Existe uma discussão, nos últimos anos, sobre a responsabilidade da família e escola na educação escolar das crianças. Ambas as instituições possuem papel importante na educação, pois é nelas que se formam os primeiros grupos sociais dos quais os alunos fazem parte. 
É observável que existe uma crítica atual de que a família tem deixado o seu papel de educador moral e intelectual do aluno, isto é visto mesmo nas redes socais – este como local dos anseios, troca de idéias e interatividade - onde o “ grito de guerra” é para que as famílias se envolvam mais na educação de seus filhos. 
A questão da escola e família como base para o desenvolvimento do aluno não é nova, mesmo em meados do século XIX , uma escritora norte- americana já tratava do tema. De acordo com Ellen White, escola e família tem de estar unidas na educação.
“A mais bela obra já empreendida por homens e mulheres, é lidar com espíritos jovens. O máximo cuidado deve ser tomado, na educação da juventude, para variar de tal maneira a instrução, que desperte as nobres e elevadas faculdades da mente. Pais e mestres acham-se igualmente inaptos para educar devidamente as crianças, se não aprenderam primeiro a lição do domínio de si mesmos, a paciência, a tolerância, a brandura e o amor. Que importante posição para os pais, tutores e professores! Bem poucos há que compreendam as mais essenciais necessidades do espírito, e a maneira por que devam dirigir o intelecto em desenvolvimento, o pensar e sentir crescentes dos jovens.” (Fundamentos da Educação Crista, pg 151)
 A questão ainda abrange o direito. O direito da família de ter ciência do processo pedagógico, bem como participar ativamente, inclusive de propostas na educação, está previsto tanto na Constituição Federal de 1988, além da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/1996) e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei 13.257/2016). Ambas invocam a família como núcleo primeiro na formação do cidadão. A Carta Magna afirma aos pais o dever, maior ainda do que o requerido ao Estado, de educar.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores.
Por outro lado, o consultor educacional Nilbo Nogueira levanta a questão que, se a família não tem feito o papel, a escola não deve se omitir. De acordo com ele, algumas escolas |professores tem a postura de que “ essa não é minha parte, pois minha função é ensinar história, matemática, português etc” e isso é prejudicial aos aluno e sociedade. No ponto de vista do autor, esta negação desvincula o professor e educador as duas coisas: educar e ensinar
“Claro que não estou falando aqui em assumir o papel de pai e de mãe.Nunca conseguiremos fazer isto, pois faltam laços afetivos que nos impedem.Nem por isto o professor estará tentando plagiar o ato de educar da família, mas sim socialmente contribuindo para a formação desta criança, que não por culpa dela, não recebeu a educação da familia que a escola/professor esperava.” (http://nilbonogueira.com.br- acesso em: 05-03-2019)
 
O consultor acredita ainda que exista um excesso de reclamações quando o tema é a tríade EDUCAÇÃO- FAMÍLIA- ESCOLA. 
 “É preciso parar de reclamar do governo e das políticas públicas, que podem até ter culpa em alguns aspectos. Mas, não seremos ouvidos, então precisamos trazer as ações para quem pode fazer a mudança, no caso nós professores!É bom reclamar e apontar o dedo para o outro, desde que façamos alguma coisa. Reclamar e não fazer a sua parte não tem mérito algum.Penso em alternativas para que, sabendo que a família não cumpre seu papel, alguém vai ter que assumir esta educação. Considero que as pessoas mais competentes para isso somos nós, professores” (http://nilbonogueira.com.br- acesso em: 05-03-2019)
 
A família e a escola é um dos temas mais discutido na contemporaneidade entre pesquisadores do mundo todo. Pois, a família é o principal ponto de referencia, proteção e socialização da criança seja ela qual for a forma que se apresenta perante a sociedade. Ela exerce uma força na formação de valores culturais, éticos e morais que são passados de geração em geração.
Esse valores são importante para a formação do caráter da criança, para a sociedade e no seu aprendizado na escola. Atualmente considera-se a presença insignificante dos pais na escola, deixando assim a responsabilidade total de educação das crianças para a escola. Afinal, a escola ensina e não educa como um todo, o ser integral. É notório que a parceria entre família e escola é essencial para a formação do individuo. Olhar para o passado e os papeis que cada um deve ter também pode ser vantajoso para a escola. O Não desprezo pelas técnicas educacionais pensadas há décadas pode ser parte da solução para o futuro. 
 
Para Garcia (apud Bianchinni, 2005, p.271). “O pensamento de lançar fora todo o passado configura-se como uma solução mágica e ao mesmo tempo assustadora”
É observado, ainda, que há uma confusão entre papeis. A escola deixa, por vezes, de realmente ensinar conteúdos específicos. Isto é o resultado da falta de apoio da família a escola, sendo mais implícito do que explícito. A superproteção que os pais dão atualmente, não faz com que o aluno se projete bem na educação escolar. 
 O mundo está se transformando num lugar cada dia mais perigoso. A tendência natural dos pais é procurar superproteger os filhos, mas esse é um erro grave. É possível, no entanto, proporcionar a segurança desejada sem sufocar o desenvolvimento da autonomia das crianças. (ARAUJO, 2005, p. 84)
Com a mudança na estrutura familiar, muitos pais tem atitudes negativas quanto a educação de seus filhos. Estão sendo mais protetores não saudáveis, deixando muitas vezes, sem a repreensão. Ainda, existem pais que impedem a capacidade de autonomia e não estimulam os filhos a ter sonhos e realização pessoal.
A família tem a função de alicerçar à formação do indivíduo, pois são os responsáveisdireto. No entanto, a função de educar do ponto de vista formal é responsabilidade, segundo a legislação, é da escola. Família e escola são co-responsáveis pela formação cognitiva, afetiva, social e da personalidade da criança e adolescente.
Se a família tem responsabilidade com a educação da criança tanto quanto a escola, é necessário que as instituições ( família e escola) mantenham uma relação que possibilite a realização de educação de qualidade. A troca de idéias entre educadores e parentes trará soluções mais propicia e rápida aos problemas enfrentados pelas crianças, pois como afirma Tiba (2002, p.3) “quando a escola, o pai e a mãe falam a mesma língua e tem valores semelhantes, a criança aprende sem conflitos e não quer jogar a escola os pais e vice-versa”.
CONCIDERAÇÃOES FINAIS
É notório que a família é a base principal na formação e desenvolvimento da criança e do adolescente. Desde o nascimento, começam a receber a educação adequada para viver em sociedade e exercer a sua cidadania.
É papel da escola dar continuidade a esse processo educativo vindo da família. A escola ainda introduzirá o conhecimento indispensável para a formação intelectual e profissional da criança. 
Caminhar lado a lado com a família, favorecer e fortalecer a formação de valores e dar oportunidade aos alunos é primazia da escola do século XXI. 
REFERENCIA
 Citaçoes em: 
http://www.plataformadoletramento.org.br/em-revista-coluna-detalhe/1163/familia-e-escola-responsabilidades-compartilhadas-na-garantia-de-uma-educacao-de-qualidade.html
https://jus.com.br/pareceres/32818/educacao-dever-do-estado-e-da-familia-principalmente-da-familia
 Fundamentos da Educação Crista – Ellen G. White
 
http://nilbonogueira.com.br/
A sociedade em rede- Manuel Castells – Editora Paz e Terra