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AS ATIVIDADES LÚDICAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA (3)


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AS ATIVIDADES LÚDICAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Tâmara Dolivette Sant´Anna de Campos
Professor (A) Orientador (A): Zenaide Guidini Lima
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED 1354) – Paper Estágio I
24/05/2018
RESUMO
Este trabalho destaca a importância das atividades lúdicas para as crianças e a necessidade de inserir o lúdico nas atividades cotidianas. O educador deve oferecer formas didáticas diferenciadas, como atividades lúdicas para que a criança sinta o desejo de pensar. Isto significa que ela pode não apresentar predisposição para gostar de uma disciplina e por isso não se interessa por ela. Daí, a necessidade de programar atividades lúdicas na escola. Nessa perspectiva, é através da atividade lúdica que a criança se prepara para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, a ele se integrando, adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir cooperar com seus semelhantes e conviver como um ser social. Portanto, os professores, na posição não de meros transmissores de informações e conhecimentos sistemáticos, mas como mediadores desses conhecimentos, devem oportunizar condições para que por meio do desenvolvimento dessas atividades, a criança possa construir de forma autônoma o seu próprio conhecimento.
Palavra- Chave: Educação Infantil. Lúdico. Criança. Desenvolvimento.
1 INTRODUÇÃO
 Os primeiros anos de vida dos seres humanos são marcados por descobertas, experiências e aprendizagens, que se dão, principalmente, por meio das interações com o meio e com o outro. Por isso cuidar, orientar e educar são ações que se complementam para promover um crescimento saudável, e com esta visão a escola recebe um papel importantíssimo no desenvolvimento cognitivo e social infantil.
 O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo mais real. A atividade lúdica é um instrumento que possibilita as crianças a aprenderem relacionar-se com outros, promove maior desenvolvimento cognitivo, motor, social e afetivo.
 Por meio do brincar, a criança experimenta, descobre, inventa, adquire habilidades, além de estimular a criatividade, autoconfiança, curiosidade, autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração devido a situação de alguns jogos e brincadeiras, consequentemente gerando uma maturação de novos conhecimentos. 
Brincar é tão importante para a criança como trabalhar é para o adulto. É o que a torna ativa, criativa, e lhe dá a oportunidade de relacionar-se com os outros; também a faz feliz e, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar o próximo, a ser solidária. ( Nascimento, 2000, p. 1)  
 O eixo da infância é o brincar, sendo um dos meios para o crescimento, e por ser um meio dinâmico, o brinquedo oportuniza o surgimento de comportamentos, padrões e normas espontâneas. Caracteriza-se por ser natural, viabilizando a criança uma exploração do mundo exterior, quanto interior. Através dos brinquedos algumas carências das crianças são satisfeitas, mas tais necessidades vão progredindo no decorrer do seu desenvolvimento.
 A pré-escola tem uma função na promoção da construção de conhecimentos, pois é considerado o primeiro momento formal que a criança experimenta. Apesar de se esforça para não parecer diferente, e por estar cercada de normas de comportamento e conduta social e disciplinar necessárias para uma convivência de respeito e harmonia na ocupação de espaços, ela tem o objetivo de proporcionar ao aluno a aproximação e aquisição do conhecimento cientifica e a elevação do desenvolvimento do raciocínio. Brincar na escola não é exatamente igual brincar em outros locais, pois deve ter uma característica de intencionalidade educacional. De acordo com Lima (1999, p. 29),
{...} a utilização do brincar como recurso pedagógico tem de ser vista, primeiramente, com cautela e clareza. Brincar é uma atividade essencialmente lúdica; se deixar de sê-lo descaracterizar-se-á como jogo ou brincadeira. Como atividade infantil, na qual há construção de conceitos, eles podem e devem ser utilizados na escola.
2 ARÉA DE CONCENTRAÇAO FUNDAMENTAÇAO TEORICA 
 Na educação infantil podemos comprovar na formação positiva das atividades lúdicas em um ambiente aconchegante, desafiador, rico em oportunidades e experiências para o crescimento sadio das crianças. 
Os primeiros anos de vida são decisivos na formação da criança, pois se trata de um período em que a criança está construindo sua identidade e grande parte de sua estrutura física, sócio, afetivo e intelectual. São, sobretudo, nesta fase que se devem adotar várias estratégias, entre elas as atividades lúdicas, que são capazes de intervir positivamente no desenvolvimento da criança, suprindo suas necessidades biopsicossociais, assegurando-lhe condições adequadas para desenvolver suas competências. 
 Por meios das atividades lúdicas que a criança se prepara para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, a ela se integrando, adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir cooperar com seus semelhantes e conviver como um ser social. Além de proporcionar prazer e diversão, o jogo, o brinquedo e a brincadeira podem representar um desafio e provocar o pensamento reflexivo da criança. A atividade lúdica propicia a criança um desenvolvimento por completo, uma vez que é:
 “[...] um recurso metodológico capaz de propiciar uma aprendizagem espontânea e natural. Estimula à crítica, a criatividade, a socialização, sendo, portanto, reconhecidos como uma das atividades mais significativa – senão a mais significativa – pelo seu conteúdo pedagógico social.” (OLIVEIRA, 1985, p.74).
 Desse modo, o lúdico é significativo para a criança poder conhecer compreender e construir conhecimentos. O desenvolvimento pessoal que o universo lúdico proporciona, associados aos fatores sociais e culturais, colabora para uma boa saúde física e mental, facilitando o processo de socialização, comunicação e construção de conhecimento e, nessa perspectiva, quando as crianças são estimuladas a vivenciar brincadeiras e jogos, mediante um processo organizado, respeitando cada etapa do seu desenvolvimento elas têm a oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis a sua futura atuação pessoal, profissional e social.
É importante mencionar que o lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Se achasse confinada a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. Conforme Antunes, “As implicações da necessidade lúdica extrapolam as demarcações do no brincar espontâneo.”.
 Assim, nesta perspectiva, os jogos lúdicos se assentam em bases pedagógicas, porque envolve os seguintes critérios: a função de literalidade e não literalidade, os novos signos linguísticos que se fazem nas regras, a flexibilidade apartir de novas combinações de ideias e comportamentos, a ausência de pressão no ambiente, ajuda na aprendizagem de noções e habilidades.
O jogo lúdico é formado por um conjunto linguístico que funciona dentro de um contexto social; possui um sistema de regras e se constitui de um objeto simbólico que designa também um fenômeno. Portanto, permite ao educando a identificação de um sistema de regras que permite uma estrutura sequencial que especifica a sua moralidade. (Wadsworth, 1984, p. 44).
 Desta forma, existe uma relação muito próxima entre jogo lúdico e educação de crianças para favorecer o ensino de conteúdos escolares e como recurso para motivação no ensino às necessidades do educando.
Os jogos lúdicos oferecem condições do educando vivenciar situações-problemas, a partir do desenvolvimento de jogos planejados e livres que permitam à criança uma vivência no tocante às experiênciascom a lógica e o raciocínio e permitindo atividades físicas e mentais que favorecem a sociabilidade e estimulando as reações afetivas, cognitivas, sociais, morais, culturais e linguísticas.
É na interação com as atividades que envolvem simbologia e brinquedos que o educando aprende a agir numa esfera cognitiva. Na visão do autor a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela capacidade de subordinação às regras. (Vygotsky, 1984, p. 27).
 Dessa forma, o lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana. Assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica. De acordo com Neves:
 “a criança e mesmo o jovem opõem uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não costuma ser prazerosa”.(2009, p.45).
 Portanto, sabe-se que a ludicidade é uma necessidade em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara um estado interior fértil, facilita a comunicação, expressão e construção do conhecimento. Assim, a prática lúdica entendida como ato de brincar das crianças permite um mergulho na sua trajetória ao longo dos tempos, acumulando informações. 
As atividades lúdicas fazem parte da vida do ser humano e, em especial, na vida da criança, desde o início da humanidade. Entretanto, essas atividades, por muitos séculos, foram vistas como sendo sem importância e tendo conotações pejorativas.
(SANTOS, 2008, p. 57). 
 Desta forma, entendo que as atividades lúdicas cooperativas contribuem e oportunizam as crianças momentos de expressão, criação e de troca de informação, além de trabalhar a cooperação. Torna-se necessário também que o educador reavalie seus conceitos a respeito dessas atividades, principalmente com relação aos jogos, é que neste processo a criança tenha espaço para expressar sua fala, seu ponto de vista e suas sugestões. O professor ao propor algum tipo de atividade, deve deixá-lo à vontade, pois através da troca de experiências com outros colegas, da criatividade e busca de soluções, ele conseguirá construir seu próprio conhecimento.
 O educador deve oferecer formas didáticas diferenciadas, como atividades lúdicas para que a criança sinta o desejo de pensar. Isto significa que ela pode não apresentar predisposição para gostar de uma disciplina e por isso não se interessa por ela. Daí, a necessidade de programar atividades lúdicas na escola.
 Nessa perspectiva, é através da atividade lúdica que a criança se prepara para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, a ele se integrando, adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir cooperar com seus semelhantes e conviver como um ser social.
A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio. (Almeida 1995, p.41).
 Além de proporcionar prazer e diversão, o jogo, o brinquedo e a brincadeira podem representar um desafio e provocar o pensamento reflexivo da criança. Assim, uma atitude lúdica efetivamente oferece aos alunos experiências concretas, necessárias e indispensáveis às abstrações e operações cognitivas. Portanto, os professores, na posição não de meros transmissores de informações e conhecimentos sistemáticos, mas como mediadores desses conhecimentos, devem oportunizar condições para que por meio do desenvolvimento dessas atividades, a criança possa construir de forma autônoma o seu próprio conhecimento.
 “É só do prazer que surge a disciplina e a vontade de aprender”. (Marcellino 1990, p.126).
 Assim, o trabalho a partir da ludicidade abre caminhos para envolver todos numa proposta interacionista, oportunizando o resgate década potencial. A partir daí, cada um pode desencadear estratégias lúdicas para dinamizar seu trabalho que, certamente, será mais produtivo, prazeroso e significativo.
 3 VIVENCIA DO ESTÁGIO
 “O estágio foi realizado no Centro Municipal de Educação Infantil CMEI Edson Vargas Barbosa”, localizada na Av. Montes Claros, s/nº, bairro de Nova Carapina 2, Serra/ES, dirigida pela diretor Marcelo Dobrovoski, que contribuiu de todas as formas possíveis para a realização deste estágio, a professora Cecilia Carli Custódio, regente de sala de aula onde ocorreram as observações e regências, também ajudou muito.
A realização do estágio, foi muito significativa para o meu processo de formação docente, foram momentos ricos e importantes, onde é possível enxergar e vivenciar a prática pedagógica, onde podemos aprender com o cotidiano de uma sala de aula. Dessa forma foi possível identificar e perceber a importância das atividades lúdicas no desenvolvimento das crianças, onde são apresentadas diversas formas de se trabalhar, seja ele cognitivo, motor, psicológico. 
 O estágio desenvolveu-se dentro dos objetivos gerais da escola que é de propiciar a formação do indivíduo em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Nas atividades propostas durante o estágio buscou-se sempre desenvolver e alcançar os objetivos. As aulas foram interativas, na qual as atividades e brincadeiras permitiram que as crianças tivessem liberdade para criar, inventar, errar e responder.
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO ( Considerações Finais)
 O estudo permitiu compreender que o lúdico é significativo para a criança poder conhecer, compreender e construir seus conhecimentos. A atividade lúdica além de ser um modelo especifica da criança, é também uma maneira de melhorar a prática pedagógica, ajudam no auxilio educacional e não apenas como atividades recreativas, pois possibilita melhoria no desenvolvimento das habilidades físicas e facilita o processo de aprendizagem. 
Por meio do brincar, a criança experimenta, descobre, inventa, adquire habilidades, além de estimular a criatividade, autoconfiança, curiosidade, autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração.
Através dos estudos e atividades realizadas durante o estágio deu para perceber que a educação infantil tem como objetivo o desenvolvimento das crianças até seis anos. 
 Assim sendo, o trabalho do professor deve buscar esse desenvolvimento através de atividades lúdicas e prazerosas que envolvam a criança nos diversos aspectos, não se esquecendo da interação família e sociedade em geral.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: 
Loyola, 1995.
ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências: os jogos e os parâmetros curriculares nacionais. Campinas: Papirus, 2005.
LIMA, J. As atividades lúdicas naminha experiência de vida. Bahia: UFBA, 1999. Disponível em:<http://www..faced.ufba.br/rascunho_digital/texto/507.htm>. Acesso em 15/04/2016.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Pedagogia da animação. São Paulo: Papirus, 1990.
NASCIMENTO,K. Sandra. Desenvolvimento Infantil: a importância de brincar. Revista Alô bebê, São Paulo, n 3, 2000. Disponível em:<http://www.alobebe.com.br/revista/desenvolvimento-infantil-a-impotancia-debincar.html, 351>Acesso em: 15/04/ 2016.
OLIVEIRA, V. M. O que é educação física. São Paulo: Brasiliense, 1985. 
VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
WADSWORTH, Barry. Jean Piaget para o professor da pré-escola e 1º grau. São Paulo, Pioneira, 1984.
SANTOS, S. M. P. dos. Brinquedoteca: sucata vira brinquedo. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.