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1 e elaboração de croquis DESENHO TÉCNICO DESENHO TÉCNICO 6 Representações Gráficas 8 Tipos de retas 12 Ângulos 14 Escalas de redução e de ampliação 17 Cota 23 Leitura e interpretação de plantas 28 Tipos de plantas 39 Elaboração de croquis 44 Mapa de risco 50 SUMÁRIO 4 O desenho técnico e a elaboração de croquis tornam-se fundamentais para o Técnico de Segurança do Trabalho porque ele precisa co- nhecer todas as instalações da empresa onde atua. Dessa forma, poderá auxiliar na elabora- ção, por meio de croquis, das rotas de fuga, do layout de postos de trabalho, da elaboração e da avaliação das plantas do Plano de Pre- venção e Combate a Incêndio (PPCI). Assim, ele pode conhecer mecanismos de máquinas e participar da elaboração dos mapas de risco. 5 Toda técnica do desenho técnico torna-se fun- damental à medida que precisamos obter resul- tados competentes tanto nas adequações quanto nas execuções dos projetos. 6 DESENHO Técnico O desenho técnico é uma fer- ramenta que permite a comu- nicação por meio da expressão gráfica. Ele tem por finalidade representar a forma, a dimen- são e a posição dos objetos de acordo com as exigências da arquitetura ou da engenharia. O desenho técnico é utilizado pelos desenhistas / projetis- tas para transmitir uma ideia de um projeto ou produto, o que deve ser feito de modo mais objetivo possível. Do ou- tro lado, o Técnico de Segu- rança do Trabalho que estiver lendo um desenho deve com- preender seus símbolos bási- cos. Isso permite que o maior número possível de detalhes seja exibido. https://youtu.be/8UcunaQW25A 7 Para a leitura e interpretação dos pro- jetos, devemos seguir normas. Essas normas foram elaboradas para pa- dronizar procedimentos, procuran- do unificar os diversos elementos do desenho técnico, de modo a facilitar sua execução ou uso, sua consulta ou leitura e sua classificação. Portanto, as pessoas que precisem se comunicar por um desenho devem utilizar essas normas técnicas para que todos pos- sam se entender melhor. Aten- ção! É possível encontrar normas na- cionais, internacionais ou internas (de uma empresa, por exemplo) que busquem padronizar os dese- nhos. A sigla NBR significa Norma Brasileira, aprovada pela Associa- ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) com sede no Rio de Janei- ro. Lembre-se de que as normas não são leis. As seguintes normas aplicam-se diretamente ao desenho técnico no Brasil: NBR 10067: Princípios gerais de representação em desenho técnico. NBR 10126: Cotagem em desenho técnico. Elas são complementadas pelas seguintes normas: NBR 8402: Execução de caractere para escrita em desenhos técnicos. NBR 8403: Aplicação de linhas em desenho técnico. NBR 12296: Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico. 8 REPRESEN- TAÇÕES GRÁFICAS Para que os desenhos sejam compreendidos e interpretados, é impor- tante o conhecimento das formas de representação, tais como linhas, retas, ângulos, além de conhecimento sobre conversão de medidas em escala, cotas entre outras representações gráficas. Linha A linha é a figura geométrica que apre- senta apenas uma dimensão ou o com- primento. Você pode imaginar a linha como o deslocamento de um ponto no espaço. A trajetória desse ponto consti- tui a linha. Imagem de um traço largo em linha reta horizontal contínua exemplificando a linha contínua larga. Imagem de um traço fino em linha irregu- lar horizontal contínua exemplificando a linha contínua estreita à mão livre. Imagem de um traço fino em linha irregu- lar horizontal contínua exemplificando a linha contínua estreita à mão livre. Imagem de um traço fino horizontal que inicia em linha reta, sobe e desce formando linha em ân- gulo, volta a formar uma linha reta, sobe e desce novamente formando outra linha em ângulo, volta a formar linha reta e vai sucessivamente de modo contínuo, exemplificando a linha contínua estreita em zigzag. 9 Tipos de linha Você terá contato com diversos tipos de linha no desenho técnico. Cada uma delas com uma forma e uma finalidade específica para comunicar. Linha contínua larga: é usa- da para representar arestas e contornos visíveis ao obser- vador. Contínua estreita: é usada para representar linhas de in- terseção imaginárias, linhas de cotas, linhas auxiliares, li- nhas de chamadas, hachuras, contornos de seções rebati- das na própria vista, linhas de centros curtas. Contínua estreita à mão li- vre: é usada para represen- tar limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se o limite não coincidir com linhas traço e ponto. Contínua estreita em zigzag: é usada para representar de- senhos confeccionados por máquinas ou que foram inter- rompidos, pois não estão visí- veis no corte. Imagem de traços largos em linha reta na horizontal intercalada, formando um tra- cejado para exemplificar a linha tracejada larga. Imagem de traços estreitos sem linha reta na horizontal intercalada, formando um tracejado para exemplificar a linha trace- jada estreita. Imagem de traços estreitos em linha reta horizontal tracejada e intercalada com ponto para exemplificar a linha traço e ponto estreita. Imagem de traços estreitos intercalados com pon- to na direção horizontal. Depois, muda para a dire- ção vertical e volta para a direção horizontal. Nas duas pontas do traço e nos ângulos de mudança de direção, os traços estão largos, exemplificando a linha traço e ponto estreita, larga nas extremida- des e na mudança de direção. Imagem de traços largos em linha reta ho- rizontal tracejada e intercalada com pon- tos. Imagem de traços estreitos em linha reta horizontal tracejada e intercalada com dois pontos lado a lado. O ponto central dessa cruz representa o ponto C. 10 Tracejada larga: é usada para representar arestas e contor- nos não visíveis. Tracejada estreita: é usada para representar arestas e contornos não visíveis, mas posicionados mais interna- mente no projeto. Traço e ponto estreita: é usa- da para representar linhas de centro, linhas de simetrias e trajetórias. Traço e ponto estreita, larga nas extremidades e na mu- dança de direção: é usada para representar planos de cortes. Traço e ponto largo: é usada para representar a indicação das linhas ou superfícies com indicação especial. Traço dois pontos estreita: é usada para representar con- tornos de peças adjacentes, posição limite de peças mó- veis, linhas de centro de gra- vidade, cantos antes da con- formação, detalhes situados antes do plano de corte. Imagem de uma linha reta horizontal, com pontas de seta apontando para lados opostos, indicando a reta a. Imagem de duas linhas retas na horizon- tal. Na primeira, observa-se uma linha reta, com pontas de seta apontando para lados opostos. No meio dessa linha, foi marcado um traço vertical, simbolizando o ponto A. Já a segunda imagem mostra que a linha na horizontal foi dividida em duas linhas exatamente no meio delas, onde foi marcado o ponto A. A seta do lado esquerdo está um pouco acima da seta do lado direito. Imagem de uma linha reta na horizontal, com pontas de seta apontando para lados opostos e com dois traços verticais di- vidindo a linha horizontal em três pedaços iguais, marcando o ponto x e o ponto y. 11 Classificação de linha Além dos tipos de linha utilizados para comunicação, para fins de desenho técnico, a linha ainda representa uma reta. Dela surgem diversas classificações que devem ser consideradas para fins de representação e comunicação. • Reta: linha reta infinita, sem início nem fim. Elas são identificadas por letras mi- núsculas do alfabeto latino. As setas nas extremidadesindicam que a reta não tem início nem fim. • Semirreta: dividindo uma reta por um ponto, você ob- tém duas semirretas, que têm como características um ponto de início e que não têm fim. • Segmento de reta: dividindo uma reta por dois pontos dis- tantes entre si, você obtém um segmento de reta. Esses pon- tos que delimitam o segmento de reta são chamados de extre- midades. No exemplo a seguir, temos o segmento de reta XY, que é representado da seguinte maneira: XY. 12 Tipos de retas Imagem de uma linha reta na horizontal (eixo r) com uma linha reta cruzando na vertical (eixo s) no centro do eixo r, formando um ân- gulo de 90 °. Imagem de uma linha reta na horizontal (eixo s) com outra linha reta horizontal (eixo r). Imagem de uma circunferência com uma reta tangenciando (tocando-a na sua parte exter- na). 13 são retas concorrentes que se cruzam em um ponto for- mando entre si ângulos de 90º, ou seja, ângulos retos. Retas perpendiculares Fonte:< http://brasilescola.uol.com.br/ matematica/perpendicular.htm> são aquelas que, por mais que se prolonguem, nunca se encontram, mantêm a mesma distância e jamais se cruzam. Retas paralelas: Fonte: <http://www.somatematica.com. br/emedio/espacial/espacial3.php> O problema de traçar a reta tangente a uma curva pode ser resolvido facilmente pela geometria elementar se essa curva for uma circunferência: Retas tangentes: A tangente à circunferência em um ponto P é a reta que passa por P per- pendicularmente ao raio. A tangente à circunferência no ponto P é a reta que só toca a circunferência nesse ponto. Fonte: <http://obaricentrodamente. blogspot.com.br/2010/11/reta-tangen- te-uma-curva.html> 14 ÂNGULOS A imagem mostra duas setas apon- tando para a direita. No entanto, uma está apontando para cima e outra para baixo, formando um ângulo de abertura 60 graus. Elas estão unidas pelo início da seta, por um ponto cha- mado vértice, e formam uma aber- tura, que chamamos de abertura de ângulo. Na imagem, observamos duas setas, apontando para o lado direito. Uma está em linha reta e a outra está apontando para cima, formando um ângulo de aber- tura de 60 graus. O ponto que está ligan- do as duas setas é chamado de vértice e a linha reta, de semirreta. A imagem é de um círculo, dividido em partes iguais de 30 graus. 15 ÂNGULOS Para compreender o que é ângulo, você precisa conhecer primeiro os elementos que o compõem que são semirretas e vértices. Semirretas são os lados do ângulo e vértice é o ponto no qual as duas semirretas encontram-se. Exemplo: Então, entendemos que o ân- gulo é formado por duas se- mirretas não paralelas, que se abrem, partindo do mesmo ponto de origem, no caso, o vértice. O valor angular é me- dido a partir da abertura en- tre seus lados. Outra boa forma para você compreender os ângulos é di- vidir um círculo em 360 partes iguais. Cada parte correspon- derá a um ângulo de um grau. A imagem mostra uma linha reta hori- zontal, com duas pontas de seta, apon- tando para lados opostos, formando um ângulo nulo no meio da reta, ou seja, de 0°. Imagem de duas setas, apontando para o lado direito. Uma está apontando em linha reta e a outra apontando para cima em 15 graus. Elas estão unidas por um ponto comum, o vértice, e juntas for- mam um ângulo de 15 graus. Imagem com duas setas, unidas por um ponto comum, o vértice. A primeira seta está apontando para o lado direito, em linha reta. A segunda está apontando para cima em linha reta e formando um encontro vertical com a primeira no lado esquerdo. Esse encontro, ou abertura, chamamos de ângulo reto, pois ele for- ma um ângulo de 90 graus. Imagem de duas setas, unidas por um ponto comum, o vértice. Uma seta está apontando para o lado direito, em linha reta. A segunda está apontando mais para o lado esquerdo 120 graus. Juntas, elas formam um ângulo de abertura de 120 graus. Imagem de duas setas, unidas por um ponto comum, o vértice. Elas estão em linha reta na horizontal; uma está apon- tando para a direita e a outra para a esquerda, formando um ângulo de 180 graus de abertura. Imagem de duas setas em linha reta na horizontal, unidas por um ponto comum, o vértice. Uma seta está apontando para a direita e a outra está apontando para a esquerda. No centro de encontro des- sas duas setas, está um círculo, com o centro dele posicionado bem em cima do vértice, formando um ângulo de 360 graus. Imagem de duas setas, unidas por um ponto comum, o vértice. Uma seta está apontando em linha reta para a direita e a outra está apontando para o lado es- querdo, porém para baixo. Juntas elas formam um ângulo de 225 graus. 16 • Ângulo nulo: é um ângulo que mede 0°. • Ângulo agudo: mede um valor maior que zero e me- nor que 90°. • Ângulo reto: mede exata- mente 90°. • Ângulo obtuso: mede va- lor maior que 90° e menor que 180°. • Ângulo côncavo ou re- entrante: é um ângulo que mede valor maior que 180° e menor que 360°. • Ângulo completo: mede exatamente 360°. • Ângulo raso: mede exata- mente 180°. Tipos de ângulos 17 Além dos conhecimentos citados, é importante também saber que antes de desenhar qualquer objeto, peça ou mo- delo, deve-se primeiramente analisar a realidade, ou seja, estudar seu tamanho (espaço que ocupa), a sua forma e o seu volume, pois a peça deve estar representada em tamanho real. Algumas peças podem ser representadas em tamanho real, mas isso não ocorre com objetos muito grandes ou com projetos de ambientes. Também não se pode representar uma peça pequena em tamanho real, uma vez que não seria possível visualizar os seus detalhes. Para fazer essas repre- sentações em uma folha de papel, é preciso desenhar em escala. Com isso se pode ampliar ou reduzir, dependendo da necessidade, com o objetivo de representar uma cópia fiel à realidade. Escalas DE REDU- ÇÃO E DE AMPLIAÇÃO ES- CA- LA Escala é a razão entre a me- dida de um comprimento representado no desenho e a medida real desse compri- mento. No desenho técnico, a escala indica a relação en- tre o tamanho do desenho de uma edificação ou peça e o seu tamanho real. Escalímetro sobre planta baixa.. 18 Se o objeto for muito grande, é preciso desenhá-lo em tamanho menor que o seu tamanho real, con- servando suas proporções em todas as medidas. Já um objeto muito pequeno será desenhado em ta- manho maior que o seu real tamanho, também com respeito às proporções. Importante! Fonte: <http://www.estudio41.com.br/onde-fui-me-meter/> No desenho técnico, nem sempre a representação gráfica é feita do tamanho real do objeto que está sen- do representado. Muitas ve- zes, uma peça é tão peque- na que se torna impossível desenhá-la em tamanho real. Em outros casos, as peças são grandes demais para serem representadas no tamanho real, pois isso di- ficultaria bastante o trabalho de fabricá-las. Da mesma forma, em dese- nho arquitetônico, é impossí- vel fazer a representação grá- fica no tamanho real, então, também se utiliza o recurso da proporção em escala para a representação gráfica da- quilo que será construído. 19 No Brasil, é comum o uso do sistema métrico decimal (1:100; 1:50; 1:20 e assim por diante). A escala de tamanho real é 1:1. Para efeito de representação gráfica, há a necessidade de con- verter a escala real em outras escalas. Assim, é possível elaborar desenhos de diferentes tamanhos sem deixar de ser fiel ao objeto representado. Escala Conclusão 1:500 O desenho foi reduzido 500 vezes 1:100 O desenho foi reduzido 100 vezes 1:50 O desenho foi reduzido 50 vezes 1:1 Tamanho real 2:1 O desenho foi ampliado 2 vezes 2:5 O desenhofoi ampliado 5 vezes Tabela 01: Relação de escalas de redução e ampliação. 20 Escala natural É a escala em que as dimensões representadas no desenho téc- nico são exatamente as mesmas do objeto real. São indicadas por uma abreviatura da palavra escala (ESC) seguida por 1:1(lê- -se um para um ou um por um). Exemplo: ESC 1:1 = Vamos imaginar um quadrado medindo 5 cm. Se formos desenhá-lo em 1:1, significa que teremos que desenhar os quatro lados dele medindo exatamente 5 cm, pois 1cm no desenho terá que representar 1 cm da realidade. Escala de redução É a escala em que as dimensões representadas no desenho téc- nico são menores que as do objeto real. São indicadas pela abre- viatura da palavra escala (ESC) seguida pelo número 1 à esquerda dos dois pontos e sempre por um número maior que 1 à direita. Exemplo: ESC 1:20 = Nesse exemplo, as dimensões no de- senho técnico são 20 vezes menores que as dimensões re- ais do objeto. Temos imagens de três quadrados: um no tamanho real de cinco centímetros, outro reduzido a uma escala de um para cinco e outro aumentado em uma escala em dois para um. Na imagem da esquerda, observa-se um quadrado pequeno, que foi desenhado em uma escala de redução de um para cinco. A imagem do meio é um qua- drado desenhado em seu tamanho real, cinco centíme- tros, o que significa que ele está em verdadeira grandeza. No lado direito, vemos o mesmo desenho de um qua- drado, agora desenhado em escala de aumento, em dois para um, o que significa que ele será duas vezes maior do que o de tamanho real, medindo agora 10 centímetros. 21 Escala de ampliação É a escala em que as dimensões representadas no desenho técni- co são maiores que as do objeto real. São indicadas pela abrevia- tura da palavra escala (ESC) seguida por um número maior que 1 à esquerda dos dois pontos e sempre pelo número 1 à direita. Exemplo: ESC 2:1. Nesse exemplo, as dimensões no dese- nho técnico são duas vezes maiores que as dimensões re- ais do objeto. Redução VG - Verdadeira Grandeza Aumento 22 A seguir, estão listadas as escalas mais usuais nos desenhos arquitetônicos. Planta de situação: as escalas usualmente empregadas são: 1:200; 1:500; 1:100 e 1:2000. Planta de localização: as escalas usualmente empregadas são: 1:200; 1:250 e 1:500. Plantas baixas e cortes: as escalas usualmente emprega- das são: 1:50 e 1:100. Detalhamentos: as escalas usualmente empregadas são: 1:10; 1:20 e 1:25. Importante! 23 COTA A cotagem refere-se às medidas de um objeto, logo, é impres- cindível ao projetista. A cotagem de um desenho deve ser exe- cutada de forma objetiva, possibilitando a utilização do desenho como meio para a fabricação ou construção do projeto. As cotas são representadas pelos números que corres- pondem às medidas e representam as dimensões reais do objeto, não dependendo da escala em que o dese- nho está sendo executado. Os elementos fundamentais de uma cotagem são: a cota, a linha de cota e a linha auxiliar. As linhas auxilia- res, assim como as linhas de cota, devem ser represen- tadas por traços contínuos estreitos. Imagem de um retângulo na vertical. No lado direito do retângulo, foi marcada a medida da sua altura, o valor de 50. Uma seta aponta para o número e descreve o número como sendo uma cota. Imagem de um retângulo na verti- cal. No lado direito do retângulo, foi marcada a medida da sua altura, o valor de 50, que foi escrito no meio da reta. Uma seta do lado direito do retângulo aponta para a linha abaixo do número e descreve essa linha como sendo a linha de cota. Imagem de um retângulo na ver- tical. No lado direito do retângulo, foi marcada a medida da sua altu- ra com uma linha reta horizontal, mostrando o valor de 50. Uma seta aponta para a linha horizontal, que cruza a linha vertical de cota na parte superior do retângulo, e des- creve essa linha como sendo uma linha auxiliar. 24 • Cotas: são os valores numéri- cos que informam as dimensões do objeto. Observe um exemplo de cota no desenho a seguir: • Linhas de cota: são represen- tadas pelo traço contínuo estrei- to com setas ou traços oblíquos em suas extremidades. Observe, no desenho a seguir, um exemplo de linha de cota: • Linhas auxiliares: são repre- sentadas pelo traço contínuo estreito e delimitam a linha de cota. Observe, no desenho a seguir, um exemplo de linha de cota: 25 COTAde nível Nível é a representação da altura de um determinado pavimen- to ou de uma edificação. Os níveis são representados de forma diferente em plantas e nos cortes. Para definir a altura do piso, é necessário determinar o ponto 0 (zero) do terreno, ou seja, de onde se começa- rá a contar os desníveis da edificação. Na maioria dos casos, adota-se como ponto 0.0 o pavimento térreo. Qualquer pavimento superior terá valor positivo e qual- quer pavimento inferior terá um valor negativo. A imagem a seguir serve como exemplo. A construção tem cin- co pavimentos. O pavimento térreo está no nível 0.0. Já o se- gundo pavimento está a uma distância de 3,00 m (do piso até o teto do primeiro pavimento mais a espessura da laje). Diz-se, então, que a cota de nível marca a altura de piso a piso. Imagem de um corte de uma edi- ficação com cinco pavimentos, apresentando uma linha de cota de nível à direita. 26 Fonte: <http://graphisoftbr.blogspot.com. br/2015/08/bem-vindo-ao-19-dias-com-o-ar- chicad-19.html> Também pode acontecer de o nível 0.0 ser estabelecido na parte do solo da edifica- ção e a edificação ser repre- sentada com uma cota de nível positiva. Nesse caso, te- nha em mente que a cota de nível aparecerá apenas uma vez na planta (caso seja posi- tiva). A cota de nível não pre- cisa ser repetida em todos os cômodos da planta. Ela deve aparecer novamente apenas se houver desnível do piso. Planta baixa de um banheiro indi- cando nível de cota 0,00 dentro do banheiro e -0,05 dentro do box de chuveiro.. 27 de nível MUDANÇAS Na construção, como exemplo de rebaixo de piso, temos os pisos do banheiro, de varandas e de áreas molhadas. Caso, na planta, um ba- nheiro esteja no piso térreo e a área do box esteja rebaixada (para que a água não saia dele), esta então será representada em nível negativo. Isso significa que o piso do box está 5 cm abaixo do nível 0.0. Observe a imagem a seguir: Fonte: <http://ew7.com.br/projeto-arquitetonico-com-autocad/index. php/tutoriais-e-dicas/100-niveis-de-piso-em-planta-e-corte.html> 28 LEITURA E INTERPRETAÇÃO de plantas Além dos conhecimentos sobre representação gráfica e es- calas de ampliação e redução, é preciso também saber inter- pretar outros símbolos e seus padrões, como paredes, janelas, portas e projeções ortogonais. Imagem de representação de pare- de alta e meia altura. 29 Paredes As paredes internas são repre- sentadas com espessura de 15 cm, enquanto as paredes ex- ternas são representadas com espessura de 20 cm (obriga- tório o uso quando estiverem situadas entre dois vizinhos). As paredes altas (que vão do piso ao teto) são representadas pelo traço grosso contínuo, e as paredes a meia altura, pelo tra- ço médio contínuo, indicando a altura correspondente, confor- me mostra a figura a seguir. Fonte: <https://techlinecom.wordpress.com/cursos-gratuitos/projetos/> Imagem de representação de porta interna em planta e corte. Imagem de representação de por- tas de abrir, pivotante e de correr. 30 Portas • Porta interna: Na comunicação entre dois ambientes, de um modo geral, não há diferença de nível, ou seja, eles têm a mesma cota, como é apresentado na figura abaixo: Fonte: <https://techlinecom.wordpress.com/cursos- -gratuitos/projetos/> • Porta externa:A comunicação entre os dois ambientes (interno e externo) tem cotas diferentes. Isso significa que o piso externo é mais baixo que o interno. Fonte: <http://pt.slideshare.net/polyanamartinsde- sousa/203629-apostila-desenho-arquitetnico-01> Imagem de representação de jane- las em planta e corte. 31 Janelas O plano horizontal da planta repre- senta as janelas com altura do pei- toril de até 1,5 m. Elas são represen- tadas conforme mostra a figura a seguir. A primeira dimensão é a lar- gura da janela seguida da sua altura e, por fim, a altura do peitoril. A representação das janelas não cortadas pelo plano horizontal é fei- ta com linhas invisíveis, conforme a figura abaixo. Fonte: <https://techlinecom.wordpress.com/cursos- -gratuitos/projetos/> Planta baixa de um banheiro com os elementos sanitários: uma cuba, um vaso sanitário e um box de chu- veiro. 32 Elementos sanitários Deverão ser consideradas, para fins de projeto, as ques- tões técnicas, arquitetônicas, a legislação vigente e as normas técnicas. Fonte: <http://ec2-107-21-65-169.compute-1.amazonaws.com/content/ABAAAglM- cAF/relatorio-atividades-finalizado?part=2> Escadas As escadas são obrigatoriamente repre- sentadas nos cortes e na planta de cada um dos pavimentos. É necessário indicar sempre na planta, com uma seta, a dire- ção de subida da escada. Deve-se repre- sentar, também, na planta do pavimen- to, de onde parte a escada, com apenas quatro ou cinco degraus com traço cheio, pois se obtém a planta por uma seção fei- ta a, mais ou menos, um metro do piso. Os degraus acima da seção devem ser tracejados. Representação gráfica de uma es- cada. Representação gráfica de escadas sem patamar. Representação gráfica de escadas com patamar. 33 Fonte: <http://ew7.com.br/projeto-arquitetonico-com-autocad/index.php/tutoriais-e-dicas/104-como- -representar-uma-escada-em-planta-baixa-utilizando-o-autocad.html> • Escadas sem patamar: Ocupam praticamente a mesma área para diver- sos tipos de lances. O comprimento da escada, porém, pode ser diminu- ído consideravelmente por meio da subida com degraus chanfrados em curvas. • Escadas com patamar: Ocupam uma área de es- cada de um lance mais a superfície do patamar. Elas são exigidas para alturas com pé-direito maiores ou iguais a 2,75 m. A largura do patamar é maior do que a largura da escada ou igual a ela. Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfESgAH/escada> Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfESgAH/escada> Imagem com duas figuras. O desenho à esquerda mostra parece uma em- balagem ou caixa aberta e desmontada, vista de dentro. No corpo dessa embalagem, em cada fase, estão representadas as vistas de uma casinha, que tem na fachada frontal uma porta e uma janela e na vista lateral es- querda outra janelinha. A casa está posicionada dentro da caixa aberta, como que estivesse suspensa no ar. Linhas tracejadas levam a representa- ção de cada vista para uma face da caixinha. É uma projeção ortogonal ou planificação da casinha. Na figura da direita, já podemos observar a caixi- nha totalmente aberta e podemos observar todas as vistas em projeção. São elas: vista frontal, vista lateral direita e esquerda, vista inferior, que é pouco utilizada, vista superior, para mostrar o telhado, e vista traseira da casinha. 34 Projeções ortogonais As normas brasileiras NBR determinam a convenção usada também pelas normas italianas, alemãs, entre outras, em que se considera a representação do objeto envolvido por um cubo. O objeto é projetado em cada uma das seis faces do cubo, que é aberto ou planificado, ob- tendo-se as seis vistas, conforme a figura a seguir: A vista frontal, também chamada de elevação, deve ser a vista princi- pal. Para essa escolha, a vista deve ser: a que mostrar a forma mais representativa do objeto; como ele é encontrado, ou seja, a posição de trabalho do objeto, seja ela isolada seja em um conjunto. Caso os critérios mencionados sejam insuficientes, deve-se escolher a posição que mostre a maior di- mensão do objeto e o menor número de linhas in- visíveis nas outras vistas. Imagem de duas figuras. Elas representam a posição do observador e do objeto, no primeiro e no terceiro diedro. A imagem da esquerda repre- senta o primeiro diedro. Uma seta vermelha, apontando para um sólido retangular que está posicionado logo a sua frente, representa o observa- dor. Linhas que saem do sólido retangular acabam por realizar a projeção do sólido em um plano localizado atrás da forma geométrica, onde está desenhada a vista frontal do sólido. Na imagem da direita, outra seta ver- melha, idêntica à primeira e também apontando para o canto superior esquerdo, representa mais uma vez o observador. No entanto, o plano onde é projetado o sólido está em frente ao observador e o sólido está posicionado atrás do plano. Essa é a principal diferença entre o primeiro diedro e o terceiro. 35 Quando se obtiver as vistas, os contornos e as arestas visíveis são desenhados por meio de linha grossa contínua. As arestas e contornos que não podem ser vistos da posição ocupada pelo observador são representados por uma linha média tracejada ou linha invisível. A obtenção dessas vistas recebe o nome de projeção ortogonal. As projeções das vistas ortogonais podem ser realizadas de duas formas: projeção no 1° diedro e no 3° diedro. As faces devem ser projetadas no plano ortogonal correspondente. Para tanto, devemos determinar como faremos essas projeções em relação ao pla- no, ou seja, se o observador estará de frente para o objeto, isto é, 1° diedro, ou se estará de frente para o plano, que é o 3° diedro. Como veremos na imagem a seguir, ao planificarmos o objeto, obteremos as suas vistas ortogonais. Imagem com duas figuras. O desenho à esquerda mostra uma embala- gem ou caixa aberta e desmontada, vista de dentro. No corpo dessa em- balagem, em cada fase, estão representadas as vistas de uma casinha, que tem na fachada frontal uma porta e uma janela e, na vista lateral es- querda, outra janelinha. A casa está posicionada dentro da caixa aberta, como se estivesse suspensa no ar. Linhas tracejadas levam a representa- ção de cada vista para uma face da caixinha. É uma projeção ortogonal ou planificação da casinha. Na figura da direita, já podemos observar a caixi- nha totalmente aberta e podemos observar todas as vistas em projeção. São elas: vista frontal, vista lateral direita e esquerda, vista inferior, que é pouco utilizada, vista superior, para mostrar o telhado, e vista traseira da casinha. Imagem com três figuras. A imagem da esquerda mostra um sólido ge- ométrico, que parece uma mistura de escada de dois degraus, em que o primeiro degrau tem uma rampa. A forma geométrica está representada em perspectiva isométrica. Apontando para cada face do sólido, estão setas pretas, nomeadas com a nomenclatura de cada vista. Nas imagens da direita, observamos a representação do primeiro e do terceiro diedro. No canto superior direito, está a abertura, como se fosse de uma caixa desmontada, do primeiro diedro. No canto inferior direito, está represen- tada a abertura, como se fosse de uma caixa desmontada, representando o terceiro diedro. 36 Desenhar no 1° ou no 3° diedro seria o mesmo que es- colher de que lado se estará observando a planificação. Veja a imagem a seguir: Imagem de um quadrado. Dentro dele, estão re- presentadas todas as vistas que devemos repre- sentar do primeiro diedro. A imagem das vistas é do sólido geométrico comentado anteriormente, que parece uma escada de dois degraus, com o primeiro degrau recebendo um chanfro, asseme- lhando-se a uma rampa. Podemos ver a vista fron- tal. Do lado esquerdo da vista frontal, fica posicio- nada a vista lateraldireita. E do lado direito, fica a representação da vista lateral esquerda. Do lado direito à vista lateral esquerda, está a vista poste- rior. Em cima da vista frontal, está representada a vista inferior e, abaixo, a vista superior. Imagem de um quadrado. Dentro dele, estão repre- sentadas todas as vistas que devemos representar do terceiro diedro. A imagem das vistas é do sóli- do geométrico comentado anteriormente, que pa- rece uma escada de dois degraus, com o primeiro degrau recebendo um chanfro, assemelhando-se a uma rampa. Podemos ver a vista frontal. Do lado esquerdo da vista frontal, fica posicionada a vista lateral esquerda. E, na sequência, mais à esquerda ainda, está localizada a vista posterior. Do lado direito, fica a representação da vista lateral direita. Em cima da vista frontal, está representada a vista superior e, abaixo, a vista inferior. 37 Observe como ficaria a planificação desse objeto (sólido) nos dois diedros: 1° diedro: 3° diedro: Imagem da representação de três vistas do mesmo sólido geométrico anterior, no pri- meiro diedro. Então, no canto superior esquerdo, está a vis- ta frontal. Ao seu lado direito, está a vista lateral esquerda. E abaixo da vista frontal, está a vista superior. 38 No Brasil, é padrão observarmos objetos, mobiliá- rios e edificações no 1° diedro, sempre mostrando três vistas: a frontal, a lateral esquerda e a superior. Portanto, como Técnico de Segurança do Trabalho, ao analisarmos a planta baixa de uma máquina den- tro de uma indústria, por exemplo, deveremos inter- pretar essas três vistas ortogonais da máquina para conseguirmos sugerir alterações no layout. A representação é feita como podemos visualizar a seguir: Imagem da planta de situação de uma indústria farmacêu- tica. 39 TIPOS DE PLANTAS As plantas são a represen- tação gráfica de uma cons- trução. Para o entendimen- to do projeto da construção da fábrica ou da empresa onde atuará, o futuro Téc- nico em Segurança do Tra- balho precisará ter o co- nhecimento básico sobre os tipos de plantas, como identificá-las e conseguir entender a representação ali colocada. Esse desenho deve conter a forma e as dimen- sões do terreno, bem como o endereço com as informações completas. Ao analisarmos uma planta de situação, devemos conseguir interpre- tar como se fosse um mapa onde encontrare- mos com facilidade a localização da empresa na cidade. A escala normalmente utilizada é 1:1000. Veja na figura a seguir: • Planta de situação Fonte: <http://portalteses.icict.fiocruz.br/transf. php?script=thes_chap&id=00007006&lng=p- t&nrm=iso> As quadras não são desenhadas no tama- nho real, pois devem representar apenas um esboço da qua- dra na qual o terreno encontra-se. Toda a simbologia utilizada nesse desenho será encontrada na NBR 6492. Imagem de uma planta de localização na escala 1:100 de um terreno de uma fábrica localizada na Avenida Sete de Setembro, na quadra entre as Ruas Ceará, Portugal e Belo Horizonte. 40 Nessa planta, deve-se desenhar como o prédio ficará em relação ao terreno, como se você estivesse obser- vando do alto (bem alto). É permitido desenhar a planta de cobertura, que é a representação do telhado da edifi- cação. A escala normalmente utilizada para essas plan- tas é a 1:250. Toda a simbologia utilizada nesse desenho será encontrada na NBR 6492. Neste exemplo, podemos ver a planta de localização. • Planta localização Fonte: <http://manualdoarquiteto.blogspot.com.br/2014_02_01_archive.html> Tente observar a variação de espessuras de tra- ço que enfatizam o que seria o mais importante para observar no desenho. 41 PLANTA A planta baixa é o documento de desenho mais im- portante, pois, nele devem constar paredes, portas, janelas, mobiliário, vegetação, rampas, escadas, pi- sos, pilares, vigas, lajes e suas projeções. Como você pode perceber, existe muita informação na planta baixa. a representação das paredes (altas com traço grosso contínuo e baixas com traço médio contí- nuo com a altura corresponden- te); as leituras de todas as cotas; as áreas correspondentes a cada compartimento, em m²; o tipo de piso de cada compar- timento; a representação das portas e ja- nelas com suas medidas corres- pondentes (base x altura), de acordo com a simbologia adota- da; a identificação dos tipos de pisos (linha fina); os desníveis, quando houver; a representação de todas as peças sanitárias, do mobiliário, das máqui- nas e equipamentos; local onde passa o corte longitudi- nal e transversal (traço e ponto com linha grossa) e o sentido de observa- ção. O dado teórico muito importante sobre a planta baixa é que ela é, na prática, um corte, na altura de 1,50 m paralelo ao piso do pavimento (também chamada de nível). Tudo que for interceptado pelo plano de corte deve ser desenhado com o traço mais largo (0,9 mm). Para os objetos próximos, mas não cortados, podemos usar os traços médios (0,5 mm) e para os mais distantes do plano de corte podemos usar os traços finos (0,3 mm). A escala usual é 1:50. BAIXA Para interpretar uma planta baixa, devemos conseguir observar e identificar os seguintes itens: Imagem de uma planta baixa técnica do pavimento térreo de uma pequena empresa de fabricação de doces e tortas na escala 1 para 50. Nessa planta, a parte inferior da imagem é constituída por escritório, setores de cozinha, manipulação e embalagem. Atravessando o corredor da fábrica, de frente ao escritório, encontramos a entrada, posicionada mais à esquer- da da imagem. Mais para a direita, temos o estoque, seguido do setor de insumos, por fim, encontraremos mais à direita da planta os banheiros. Imagem de setor administrativo de uma fábrica. Trata-se do desenho técnico representado pelo plano de corte situado nos fundos dos escritórios. Podemos ver as espessuras das pa- redes externas e internas, as janelas de duas salas e a janela do banheiro. Os detalhes da estrutura (tesouras) do telhado, as telhas e cumeeiras ficam aparentes também. A construção tem duas águas de caimento de telhado. 42 Fonte: <http://www.creadigital.com.br/portal?c=.&ac=prtl&ac2=TesePesq&ac3=foto&tptx=2&- txt=377731303834&num=1> • Cortes Fonte: <http://www.render.com.br/curso/autocad- -2011-exemplos-praticos-de-plantas-e-cortes> Os cortes são obtidos a partir da planta baixa. Como o nome do dese- nho sugere, é o resultado da interseção de um pla- no perpendicular ao piso. Novamente, a hierarquia de traços deve ser obser- vada: objeto interceptado – espessura larga, objeto próximo do plano – traço médio e os objetos mais afastados – espessura fina. A escala normalmen- te usada é 1:50. Imagem da vista da fachada frontal do setor administrativo de uma fábrica onde observamos os elementos de fachada como portas e vitrais. 43 A fachada, segundo a NBR 6492, é a representação gráfica dos planos externos da edificação. Podemos chamar de vistas da edificação, isto é, seria o mesmo que as vistas ortogonais, mencionadas anteriormen- te, e desenhamos o que é visto da frente e pelo me- nos um dos lados. • Fachadas Fonte: <http://www.render.com.br/curso/autocad- -2011-exemplos-praticos-de-plantas-e-cortes> 44 ELABO- RAÇÃO DE CRO- QUIS: REPRESENTAÇÃO DE POSTOS DE TRABA- LHO EM RELAÇÃO AO POSICIONAMENTO DE MÁQUINAS, MEDI- DAS DE CONTROLE NELE EXISTENTES E DEMARCAÇÃO DOS PONTOS A SEREM MONITORADOS. Croqui significa desenho rápido e não presume grande precisão ou refina- mento gráfico, embora haja croquis muito apurados e bem elaborados. De um modo geral, não representa uma ideia coletiva ou acabada, mas uma ex- periência individual, de descobertae muito útil na fase de reconhecimento dos riscos, por exemplo. O croqui pode ser entendido também como a pri- meira fase do projeto. Para o Técnico de Segurança do Trabalho, o croqui torna-se uma ferramenta bastante útil para o levantamento de riscos, uma vez que pode ser esquemático e representativo, além de auxiliar na percepção da espacialidade da construção da empresa. Com isso, o técnico consegue perceber o que efetivamente existe naquele setor ou ambiente de trabalho em termos de mobiliários, maquinários, circulação, pessoas e tantos outros dados que certamente o auxiliarão no levan- tamento dos riscos ambientais. Croqui de uma planta baixa industrial representando os setores de uma indústria far- macêutica. Nessa planta, a parte inferior da imagem é constituída pela recepção da indústria seguida do depósito. Bem à direita, temos o setor de produção. Junto do cor- redor, encontramos à esquerda da planta, o sanitário e mais para direita, o laboratório de controle de qualidade. Atravessando o corredor da indústria, de frente ao banheiro, encontramos o vestiário e, ao seu lado, do lado direito da planta, encontramos o refeitó- rio. Mais para a direita da planta, temos o reservatório de água, que se encontra dentro da área de produção. 45 O croqui a seguir representa a planta baixa de uma indústria farmacêuti- ca. Podemos dizer que é um desenho bastante esquemático, porém, con- seguimos, por meio dele, observar os vários setores da indústria. Além disso, ele dá uma dimensão de tamanhos dos ambientes e da circulação existente na planta. Fonte: <http://ecolumy.blogspot.com.br/2013/11/planta-baixa.html> 46 LAYOUT de ambientes de trabalho Layout é o arranjo físico de um tipo de processo. O estudo do layout é um grande aliado da produtividade, uma vez que o maquinário e os produtos precisam estar próximos para re- duzir o tempo de locomoção. Tam- bém é preciso que se leve em conta a armazenagem de produtos aca- bados ou pré-acabados. Pode-se melhorar o layout, por exemplo, dispondo máquinas de uma mesma etapa de processo em uma única peça. Assim, o tempo de transporte é menor. É importante, claro, lembrar que é preciso respei- tar a distância mínima exigida entre máquinas e o espaçamento para a locomoção de pessoas conforme norma específica. Pensar no layout, portanto, otimiza o uso do espaço e pode até mesmo melhorar a produtividade. O layout é um grande aliado do Técnico de Segurança na elabora- ção do mapa de riscos da empresa, pois com ele, poderemos planificar o levantamento de riscos ora já re- alizado.~ Para aprofundar mais os seus co- nhecimentos sobre layouts, procure pelos tipos de layout: por proces- so, por produto, híbridos e posição fixa. Importante! 47 LAYOUT de máquinas Planejar o layout de máquinas dentro de uma empresa ou indús- tria significa planejar a localização das máquinas e os padrões de fluxo de materiais e de pessoas que circulam nos setores. Uma fábrica pode produzir muito ou pouco, pois depende de como o tempo de produção é aproveitado. Tudo é uma questão de organização e lógica. Quanto menos tempo a fábrica fica para- da para troca de ferramentas, manutenção, limpeza ou movimen- tação de materiais, maior será a produtividade. Cerca de 30% do tempo destinado à produção é utili- zado no transporte interno de materiais e produtos. Em função disso, é preciso melhorar o layout da fábrica, ou seja, escolher o melhor lugar para dispor os postos de trabalho, as máquinas na produção e o espaço de circu- lação das pessoas e das ferramentas. Layout de uma loja e fábrica de lâmpadas ecológicas. A parte bem à esquerda da planta é destinada para estacionamento externo, tanto para clientes como para fornecedores, que segue toda a ex- tensão da planta. A entrada da fábrica é à esquerda da planta na sua parte central onde está o setor de show room juntamente com a recepção e o atendimento de vendas. Seguindo na parte central da planta, ao lado do setor de atendimento de vendas, há duas salas, uma de reunião e a outra do departamento de qualidade. À frente dessas salas, atravessamos um pequeno corredor e encon- tramos as salas da diretoria e da secretária da direção. A parte in- ferior da planta, bem à esquerda, é constituída pelo almoxarifado, seguido por três sanitários e, bem à direita, por duas salas do se- tor administrativo. A parte superior da planta destina-se à fábrica de lâmpadas ecológicas. Bem à esquerda da planta, encontramos uma sala grande abrigando a linha de produção e à direita da linha de produção, encontramos outra sala que é o refeitório dos traba- lhadores, além do sanitário e vestiário deles. 48 A seguir, temos alguns exemplos de layouts de fábricas: No primeiro exemplo, temos um layout de uma loja e fá- brica de lâmpadas ecológicas. Podemos observar o planeja- mento que foi adotado para a concepção do layout, como a distribuição de espaços para o maquinário, pessoal e circu- lação. Fonte: <http://biolampfae.blogspot.com.br/2014/09/layout-loja-e-fa- brica-de-lampadas.html> Layout de uma modelagem. Na parte inferior bem à esquerda da planta, encontramos o setor comercial da modelagem. Seguindo na parte inferior à direita, temos uma sala chamada Mistura e, na sequência, uma sala grande localizada na parte inferior da planta à direita com o setor de produção. Na parte superior da planta à esquerda, temos o setor de expedição, seguido pelo setor de prateleiras. Depois, há uma sala com o setor de manutenção e, por fim, bem à direita, está a área de lavagem. 49 No segundo exemplo, temos o layout de uma modelagem. Fonte: <http://www.joaoflavio.com.br/cursos/producao/operacoes/layout-de-processo> 50 MAPA DE RISCO O mapa de riscos foi criado pela Portaria n.º 5, de 17 de agosto de 1992, que trata da obrigatoriedade, por parte de todas as empresas, de representar graficamente os riscos existentes nos diversos locais de trabalho. Anteriormente, essa por- taria fazia parte da NR 9. Depois, o mapa de riscos passou a constar no anexo IV da NR 5. Ele é uma representação gráfica dos possíveis problemas de saúde que possam existir no ambiente de trabalho. Trata-se de um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de acidentes de trabalho. Esse objetivo in- teressa às empresas e a seus funcionários, uma vez que serve de indicador da situação de Segurança e de Saúde do trabalho na empresa. 51 Estes são os objetivos da elaboração de mapas de riscos: informar sobre as áreas sujeitas a riscos de acidentes na empresa; conscientizar os empregadores e os empregados quanto à necessi- dade de diminuir os graus de riscos ou de eliminá-los em determinadas áreas da empresa; alertar para a necessidade da adoção de medidas de proteção nas áreas onde os riscos não podem ser eliminados; induzir o estabelecimento de me- tas e de prioridades para a preven- ção de acidentes; reduzir a ocorrência de riscos e de doenças nos locais de trabalho. 52 Para elaborar um mapa de risco, o Técnico de Se- gurança do Trabalho deve seguir alguns passos: possibilitar a troca e divulgação de informações entre os trabalha- dores e estimular a participação deles nas atividades de prevenção; conhecer o processo de trabalho no local analisado por meio dos da- dos abaixo: - trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissio- nais e de segurança e saúde; – jornada de trabalho; – instrumentos e materiais de trabalho; – atividades exercidas; – ambiente. identificar os riscos existentes no local analisado: físico, químico ou biológico; identificar as medidas preventi- vas existentes e sua eficácia; identificar medidas de proteção coletiva e de proteção individual; ter conhecimentodos levanta- mentos ambientais já realizados no local; constatar o número de trabalha- dores expostos ao risco; especificar os agentes, por exem- plo: ruído no caso de risco físico, fungos e bactérias no caso de risco biológico e poeiras no caso de risco químico; expor claramente em todos os setores analisados o mapa de risco. 53 Para facilitar a visualização do mapa, os riscos são divididos em cinco grupos, representados por diferentes cores: Grupo 1 na cor verde representa os riscos físicos: vibra- ção, radiação ionizante e não ionizante, frio, calor, pressões anormais e umidade. Grupo 2 na cor vermelha representa os riscos quími- cos: poeiras, fumos, neblinas, gases e vapores. Grupo 3 na cor marrom representa os riscos biológicos: ví- rus, bactérias, fungos e protozoários. Há também os riscos ergonômicos e de acidentes. Esses riscos serão estudados com mais detalhes em outras uni- dades do curso, mas para fins de representação no mapa de risco, seguem as informações sobre cada um especifica- mente. Grupo 4 na cor amarela representa os riscos ergonômi- cos. Grupo 5 na cor azul representa os riscos de acidentes. Exemplo de mapa de risco de um laboratório desenhado a partir de uma planta baixa do local. Na parte inferior da planta, à esquerda, está o setor de gerência onde foi sina- lizado um círculo pequeno amarelo representando o risco ergonômico. Na sequência, à direita, há uma copa e os sanitários. Depois, há cinco salas. A primeira é a sala de pintura onde foi sinalizado um círculo médio verde representando o risco físico e um círculo médio vermelho representando o risco químico. A segunda é a sala de estufas onde foi sinalizado um círculo pequeno verde representando o risco físico e um círculo pequeno azul representado o risco de acidentes. A terceira sala é a de descartes onde foi sinalizado um círculo médio vermelho representando o risco químico e um círculo médio azul representando o risco de acidentes. A quarta sala é a de moagem onde foi representado um círculo pequeno verde representando o risco físico e um círculo mé- dio vermelho representando o risco químico. A quinta sala, a de matéria-prima, tem um círculo médio azul representando o risco de acidentes e um círculo pequeno vermelho representando o risco químico. Depois, as salas bem à direita na parte inferior têm uma escada. Na parte superior, encontramos bem à esquerda uma sala denominada Laboratório de desenvolvimento. Lá encontramos sinalizados um círculo pequeno azul, contemplando o risco de acidentes, um círculo pequeno amarelo, representando o ris- co ergonômico, e dois círculos médios vermelhos, um representando o risco químico produtos químicos e o outro, gases e vapores. Na parte superior central, encontramos o conjunto de escada, dois elevadores e um poço de ventilação. Para finalizar, na parte superior da planta à direita, encontramos uma sala bem grande chamada de laborató- rio de desenvolvimento onde estão sinalizados um círculo pequeno azul indicando o risco de acidentes, um círculo pequeno amarelo indicando o risco ergonômico e dois círculos médios representando o risco químico: um indicando a presença de gases e vapores e o outro, produtos químicos. 54 Exemplo de mapa de risco de um laboratório de desenvolvimento: 55 Fonte: <http://falandodeprotecao.com.br/mapa-de-risco-aprenda-como-fazer-e-descu- bra-seus-beneficios/> Exemplo de rota de fuga de uma indústria. Na parte esquerda da planta, na sua vertical, temos localizada a via pública e o passeio. Na parte inferior central da planta, encon- tramos a produção da indústria dentro de um grande salão. Bem à sua direita, está o refeitório. Na parte superior à esquerda, há um corredor que funciona como garagem para os automóveis dos proprietários da empresa. A rota de fuga é traçada saindo do refeitório (da parte inferior à direita da planta para a parte superior) em direção ao cor- redor à esquerda e à garagem. Assim, há acesso à saída de emergência. Os funcionários que estiverem na parte de produção terão que acessar a parte superior da planta à esquerda até a garagem para, então, acessar a saída de emergência. 56 ROTA DE FUGA São as saídas e os caminhos devi- damente sinalizados dotados de proteção contra incêndio a serem percorridos pelos trabalhadores para um seguro e rápido abando- no de área até o ponto de encontro determinado pelo plano de emer- gência. Fonte: <http://pt.slideshare.net/AndrGuarizos/trabalho-de-concluso-de-curso-tst-senac- -anexo-ppra-23532382> 57 Resumindo: Você aprendeu sobre os elementos que compõem as repre- sentações gráficas do desenho técnico, sobre identificação das escalas das plantas e das cotas. Esse conhecimento será basilar para a leitura e interpretação das plantas de uma empresa ou indústria onde você atuará como Técnico de Segurança do Trabalho. O desenvolvimento dessa com- petência será fundamental nas suas atividades profissio- nais, como: no levantamento de riscos, no planejamento de layouts em relação ao posicionamento das máquinas, no auxílio da elaboração dos mapas de riscos e na elaboração das rotas de fuga. Para aprofundar os estudos sobre desenho técnico, acesse as NBRs: NBR 10067, NBR 10126, NBR 8402, NBR 8403 e NBR 12296.
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