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ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
 
Anatomia interna dental 
 
 
A cavidade pulpar é um espaço localizado no interior de um dente, ocupado pela polpa dental e 
limitado em toda a extensão pela dentina, exceto ao nível do(s) forame(s) apical. Ela é dividida 
em duas porções: 
- Porção coronária: câmara pulpar 
- Porção radicular: câmara radicular 
Câmara pulpar: é a porção da cavidade pulpar que aloja a polpa coronária (corresponde a coroa 
dental). 
Obs: as paredes circundantes da câmara pulpar chamam-se: vestibular e lingual (dependendo 
de qual face da coroa dental ela se encontra). Já a parte de cima chama-se teto e a parte de 
baixo assoalho. 
Com frequência o assoalho da câmara pulpar apresenta superfície lisa, convexa e polida na parte 
média, apresentando em seus ângulos, depressões afuniladas que correspondem às entradas 
dos canais radiculares. → essa característica anatômica auxilia o profissional na localização dos 
canais radiculares, pois uma sonda exploradora adaptada para endodontia, ao deslizar no 
assoalho da câmara pulpar, tenderá naturalmente a se dirigir para os orifícios (as depressões) 
correspondentes às entradas dos canais radiculares. 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
Canal radicular: espaço ocupado pela polpa radicular. Não mantem a mesma regularidade da 
raiz, em razão da formação da dentina secundária e/ou reacional. Inicia-se ao nível do assoalho 
da câmara pulpar e termina ao nível do forame apical. 
Ramificações do canal radicular: 
 
- Lateral: é uma ramificação que corre o canal do canal principal ao periodonto, geralmente 
acima do terço apical. 
- Secundário: é a ramificação que, se deriva do canal principal ao nível do terço apical e alcança 
diretamente a região periapical. 
- Acessório: é uma ramificação derivada ao canal secundário que termina na superfície do 
cemento. 
- Colateral: é um canal que corre mais ou menos paralelo ao principal podendo alcançar a região 
periapical de maneira independente. 
- Delta apical: são as múltiplas terminações do canal radicular principal, determinando o 
aparecimento de diversas foraminas em substituição ao forame único. 
- Cavo interadicular: é a ramificação observada ao nível do assoalho da câmara pulpar. 
 → a ramificação delta apical possui mais ramificações e é de difícil 
acesso. 
 
Peculiaridades da cavidade pulpar 
Incisivo central superior 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
A câmara pulpar apresenta um espaço achatado no sentido vestibulolingual e alargado 
mesiodistalmente. 
 
O canal radicular apresenta-se único, plano e amplo. Na maioria dos casos são retos e em poucos 
casos apresentam um pequeno desvio para distal, principalmente ao terço apical. 
Corte transversal: 
 
Terço apical: forma circular / terço médio: forma ovalada, com lado maior para vestibular / terço 
cervical: forma cônica triangular, com base para vestibular. 
Médias de comprimento 
Mínimo – 18,0 mm 
Médio – 21,8 mm 
Máximo – 28,5 mm 
Obs: os incisivos centrais superiores apresentam internamente uma saliência dentinária, na área 
cervical, lingual, correspondendo aproximadamente o cíngulo, denominado ombro palatino, e 
isso muitas vezes dificulta o acesso radicular. Essa formação + à inclinação ou projeção para a 
vestibular dos dentes, induz a iniciantes ou estudantes, a dirigir a fresa em direção labial durante 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
a abertura coronária, determinando muitas vezes uma perfuração da raiz ao nível do terço 
cervical. 
 
 
Incisivo central inferior 
A câmara pulpar apresenta características semelhantes ao ICS, porém com dimensões menores. 
 
A raiz desse dente apresenta um achatamento no sentido mesiodistal. Longitudinalmente, no 
sentido vestíbulolingual, esse canal é amplo na sua porção média, na qual a presença de septos 
da dentina determina frequentemente, a bifurcação do canal. Após essa bifurcação, os canais 
assim formados (vestibular e lingual) se unem novamente, terminando num único forame → 
raros são os casos que apresenta dois canais. 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
 
Ilustração sentido mesiodistal mais arredondado e longitudinalmente sentido vestibulolingual com bifurcação em 
raiz. 
Incisivo lateral superior 
A câmara pulpar e semelhante ao central superior, porém sua dimensão é menor. 
O canal radicular é único e cônico e com configurações semelhantes ao do incisivo central, sua 
dimensão é menor. A raiz deste dente apresenta uma tendência a curva-se para distal, ao nível 
do terço apical → essa curva, às vezes, é tão pronunciada que impede um alargamento maior 
do canal e nesses casos só deve ser instrumentado a esse nível somente a lima K nº 25. 
É o dente que apresenta a menor proporção de canais radiculares retos. O desvio acentuado 
para a distal é observado em 80%. 
 
Médias de comprimento 
Mínimo – 18,5 mm 
Médio – 23,1 mm 
Máximo – 29,5 mm 
Obs: o canal radicular, na maioria dos casos, possui uma pronunciada curvatura 
(particularmente nos últimos 5mm apicais). Mesmo quando radiograficamente é mostrado reto, 
torna-se necessário a utilização de instrumentos mais finos e com maior flexibilidade. Porém, na 
porção restante do canal são recomentados instrumentais mais calibrosos. 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
 
Incisivo lateral inferior 
A câmara pulpar e o canal radicular são semelhantes ao incisivo central inferior. A maior 
diferença entre os dois dentes é que no incisivo lateral inferior o canal radicular se direciona 
para distal. 
Médias de comprimento 
Comprimento mínimo: 17,0 mm 
Comprimento médio: 22,6 mm 
Comprimento máximo: 29,0 mm 
Canino superior 
A câmara pulpar é ampla e com maior diâmetro no sentido vestibulodistal, principalmente no 
limite de sua união com o canal radicular, onde se verifica uma constrição no sentido 
mesiodistal. 
O teto apresenta uma reentrância bastante acentuada, correspondendo à cúspide perfurante 
deste dente. Durante a abertura coronária, essa reentrância deverá ser removida para evitarmos 
que restos pulpares, sangue, medicamentos ou outras substancias, possam se alojar e 
determinar o escurecimento deste dente após o tratamento. 
O canal radicular é amplo e na grande maioria dos casos é reto. O canino superior é considerado 
um dos mais longos dentes e por essa característica, em alguns casos é necessário ser efetuada 
uma maior remoção de quantidade de tecido dental da face lingual, com o intuito de possibilitar 
a instrumentação até as proximidades da união CDC ou mesmo, utilizar instrumentos que 
apresentam 31mm de comprimento. 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
 
No terço cervical o canal apresenta-se de forma ovalada, sendo o diâmetro vestibulolingual maior que o mesiodistal. 
Já do terço médio para o apical, o canal encontra-se arredondado e por essa característica a ação dos alargadores e 
limas é muito facilitada neste nível 
Médias de comprimento 
Comprimento mínimo: 20,0 mm 
Comprimento médio: 26,4 mm 
Comprimento máximo: 33,5mm 
Em todos os casos só possui um canal e o número de raízes normalmente é uma. 
Obs: o canal radicular pode apresentar uma curvatura apical em direção distal ou vestibular. Em 
casos que a curvatura estiver para a vestibular, a sobreposição de imagens radiográficas poderá 
causar dificuldades técnicas durante o tratamento ou mesmo impossibilitar uma correta 
determinação do comprimento real de trabalho. Nestes casos, pode-se mudar a angulagem 
horizontal para mesial 
 
Canino inferior 
A câmara pulpar é semelhante do superior. 
Frequentemente possui um único canal, podendo ser bífida em raros os casos. 
A forma da raiz é cônica-piramidal, sendo mais achatada que o canino superior no sentidomediodistal e mais alongada que o canino superior no sentido vestíbulo lingual. 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
 
A raiz encontra-se reta na maioria dos casos, localizada próxima a lâmina externa da mandíbula. 
imagem demonstrando a raiz reta do ci. 
Médias de comprimento 
Comprimento mínimo: 19,5 mm 
Comprimento médio: 25,0 mm 
Comprimento máximo: 32,0 mm 
Primeiro pré-molar superior 
Apresenta câmara pulpar de forma ovoide, irregular e achatada no sentido mesiodistal. 
Canal radicular: o primeiro pré-molar superior, tendo ou não duas raízes, apresenta na maioria 
dos casos, dois canais (vestibular – mais acessível ou lingual). Quando o canal radicular é único, 
este é volumoso, acompanhando a forma da raiz. E em casos de três canais, na maioria dos 
casos, dois são para vestibular e um para lingual ((essa característica anatômica dificulta muito 
o tratamento endodôntico)) 
Médias de comprimento 
Comprimento mínimo: 17,0 mm 
Comprimento médio: 21,5 mm 
Comprimento máximo: 25,5 mm 
 
 
Direção da raiz vestibular 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
 em 37% dos casos sua curvatura está voltada para a palatina e em 28% dos casos ela 
está reta. A mesma porcentagem para vestibular e distal 14% ((não é necessário saber as 
porcentagens, porém precisamos saber que existem grandes possibilidades de sua curvatura 
está para palatina ou reta)). 
Direção da raiz palatina 
 em 44% dos casos (a maioria) está reta, já para vestibular em 27% dos casos e 
sendo um pouco mais difícil de ser ter anatomia da curvatura voltada para distal 14%. 
 
No terço apical os condutos possuem forma circular e totalmente separados. No terço médio os condutos possuem 
forma circular, porém são separados por uma ponte de dentina. Já no terço cervical apresenta dois condutos de forma 
elíptica, unidos por um pequeno istmo. 
Pré-molares inferiores 
As câmaras pulpares dos primeiros e segundos pré-molares inferiores são semelhantes. O teto 
apresenta duas reentrâncias que correspondem às cúspides (vestibular e lingual), sendo a 
vestibular bem mais pronunciada, principalmente nos jovens. 
1º pré-molar inferior 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
Apresenta um único canal, achatado no sentido mesiodistal. Este canal pode oferecer uma 
bifurcação ao nivel do terço apical, dificultando as técnicas endodonticas. 
A camara pulpar é geralmente ampla, sem limites precisos entre ela e os canais radiculares. A 
inclinação da raiz normalmente está reta, porém não é incomum encontrar direcionada para a 
distal. 
 
 
87% dos casos: 1 raiz, 1 canal e 1 forame / 10%: 1 raiz, 2 canais e 2 forames / 10% 2 raizes, 2 canais e 2 forames / 2%: 
2 raízes, 3 canais e 3 forames. 
Comprimento médio: 
Comprimento mínimo: 17,0 mm 
Comprimento médio: 21,9 mm 
Comprimento máximo: 26,5 mm 
2º pré-molar superior 
A câmara pulpar do 2º pré-molar superior é parecida com a do 1º pré-molar superior, porém 
com dimensões maiores. 
O canal radicular, na maioria dos casos, apresenta-se único e no sentido mesiodistal. Em alguns 
dentes pode existir um septo de dentina que divide este canal em dois que podem estar 
completamente separados. 
Obs: a radiografia não nos mostra a presença de dois canais radiculares, motivo pelo qual ao 
explorarmos as entradas dos mesmos, devemos nos orientar pela ação da sonda. 
A raiz apresenta-se reta na maioria dos casos, mas também a porcentagem de sua curvatura for 
para distal é alta. As raízes são encontradas bem próximas ao soalho do seio maxilar. 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
Médias de comprimento 
Comprimento mínimo: 17,0 mm 
Comprimento médio: 21,6 mm 
Comprimento máximo: 26,0 mm 
É raro ter 03 raízes e 03 canais (sendo dois vestibulares e um palatino). 
2º pré-molar inferior 
O canal radicular do segundo pré-molar inferior é de forma semelhante ao primeiro, sendo 
maior e menos achatado no sentido mesiodistal. 
A raiz apresenta-se única ou raramente dupla, formando raiz vestibular e lingual. O canal 
radicular geralmente é amplo e acessível, de forma oval ou circular. 
Apresenta um único canal na maioria dos casos e em apenas 13% encontra-se dois canais. 
 
Média de comprimento 
Comprimento mínimo: 17,5 mm 
Comprimento médio: 22,3 mm 
Comprimento máximo: 27,5 mm 
1º molar superior 
A câmara pulpar desse dente apresenta-se de forma irregularmente cúbica, achatada no sentido 
mesiodistal, com uma tendência à conformação triangular à medida que nos aproximamos de 
seu assoalho. 
A parede oclusal (teto) oferece tantas reentrâncias quantas são as cúspides em ordem 
decrescente são: mesiovestibular (MV), distovestibular (DV), mesiolingual (ML) e distolingual 
(DL). As paredes laterais geralmente, são convexas, sendo a parede mesial a que apresenta uma 
acentuada convexidade, dificultando, muitas vezes, a localização e instrumentação do canal 
mesiovestibular. 
 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
 
Em quase 100% dos casos apresenta 03 raízes distintas e situado bem próximo ao seio maxilar. 
Pode existir um canal por raiz, porém existe também uma predominância de existir 04 canais. 
 
O quarto canal nesses dentes é geralmente encontrado voltado para lingual em relação ao mesiovestibular. 
O canal mesiovestibular é o mais achatado e pode se dividir em dois (em 78% dos casos ele 
possui uma curvatura para a distal, o qual dificulta a instrumentação) e o canal palatino, via de 
regra, é o mais volumoso. 
Média de comprimento 
Comprimento mínimo: 18,0 mm 
Comprimento médio: 21,3 mm 
Comprimento máximo: 25,5 mm 
1º molar inferior 
Apresenta suas raízes próximas ao canal mandibular. Há uma espessa camada óssea ao longo 
das faces lingual e vestibular. É o mais volumoso dos dentes humanos. 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
A parede mesial, acentuadamente convexa, dificulta muitas vezes a localização dos canais 
mesiais. 
 → obs: durante o ato da abertura coronária devemos remover essa convexidade, realizando 
o “desgaste compensatório”, no qual são empregados instrumentos e brocas especiais, como as 
Batt, Endo Z. 
O assoalho tem forma triangular e com o vértice para a distal, onde se localiza a entrada do canal 
distal. 
 
O 1º MI apresenta duas raízes perfeitamente diferenciadas e separadas. Na maioria dos casos, 
esse dente oferece três canais, sendo dois mesiais e um distal. A variável anatômica mais comum 
é a presença de um quarto canal na raiz distal. 
 
Canais do 1º molar. O 1º dente representando um dente com 03 canais e o 2º dente representando um com 04 canais. 
Curvatura da raiz. 
Direção da raiz mesial: Na maioria dos casos, está direcionada para a distal. 
 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
Raiz distal: Na maioria dos casos, está reta. 
 
Comprimento médio 
Comprimento mínimo: 19,0 mm 
Comprimento médio: 21,9 mm 
Comprimento máximo: 27,0 mm 
2º molar superior 
Morfologicamente, a câmara pulpar é semelhante ao 1º molar superior, apresentando uma 
única diferença: maior achatamento no sentido mesiodistal e em todas as dimensões é menor 
com as raízes próximas uma das outras. 
Na maioria dos casos possui 03 raízes distintas. 
 
Vistas vestibular e proximal (mesial) do 2o. MS com 3 raízes e 3 canais (60%) 
 
Curvaturas: 
Raiz palatina: reta: 63%, vestibular 37% 
Raiz MV: distal: 54%, reta: 22%; 
Raiz DV: reta: 54%, mesial:17% 
Comprimento médio: 
Comprimento mínimo: 17,5mm 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
Comprimento médio: 21,7mm 
Comprimento máximo: 27,0mm 
2º molar inferior 
Apresenta duas raízes próximas ao canal mandibular. 
Apresenta duas raízes diferenciadas. A câmara pulpar é normalmente ampla e cuboide. Por meio 
das percentagens, 60% dos segundosmolares inferiores possuem 2 raízes e 3 condutos, porém, 
a raiz distal pode apresentar com 1 (60%) ou 2 (40%) condutos, devido achatamento proximal, 
similar o que acontece nos segundos pré-molares superiores. 
Como pode apresentar os canais do 2º molar inferior: 
 
 
 
Curvatura das raízes: 
Raiz mesial: Normalmente, apresenta-se reta. 
 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
Raiz distal: normalmente apresenta-se reta 
 
Abertura coronária 
Abertura coronária é o ato operatório pelo qual se abre (expõe) a câmara pulpar. Ela permite o 
acesso ao interior do dente, através da remoção do teto da câmara pulpar, assim como, a 
realização de desgastes compensatórios e de extensões complementares. 
Desgaste compensatório: é o ato operatório realizado na câmara pulpar, através do qual se 
remove as interferências dentinárias que impedem o acesso franco e direto à entrada ou às 
entradas dos canais radiculares. 
Exemplo: remoção mecanico/manual do ombro palatino em dentes anteriores ou das 
convexidades das paredes da camara pulpar, em molares, principalmente na mesial. 
Forma de conveniencia: é o ato operatorio que tem por finalidade, efetuar o contorno final da 
abertura coronária, por meio da realização de desgastes mecânicos. 
Objetivos da forma de conveniencia: 
 - permitir ampla visualização do assoalho da câmara pulpar, facilitando a localização das 
entradas dos canais radiculares; 
- facilitar o acesso direto, em linha reta, a exploração dos canais radiculares. 
Obs: as aberturas realizadas através da face proximal dos dentes anteriores deve ser abolida, 
pois ela não permite uma limpeza adequada do canal, pelo o fato dos instrumentos agirem 
somente sobre uma parede, além de poder provocar a formação de degraus, perfuração de raiz 
e principalmente do terço apical, ocasionar uma preparação em forma de fenda. 
 
A retenção de restos pulpares, sangue e outros detritos, na reentrância que corresponde ao 
corno pulpar oposto à abertura, ocasionando o escurencimento da coroa dental. 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
 
dente 11 apresentando escurecimento após tratamento endodontico 
Outros erros são: 
- O desgaste excessivo do dente pela dificuldade de encontrar o orificio de entrada do canal; 
- Abertura mínima, impedindo um perfeito preparo mecanico do canal; 
- Intervenção do dente errado; 
Etapas operatórias da abertura coronaria 
- Pontos (zonas de eleição) 
- Direção de trepanação 
- Forma de contorno 
- Forma de conveniencia 
Ponto ou zona de eleição 
essa é a fase inicial da abertura coronária onde é feito o desgaste da superficie de esmalte até 
atingir a dentina. Para realizá-la é necessário eleger um ponto localizado na coroa que permitirá, 
após a abertura coronária, um acesso o mais direto e retilíneo à câmara pulpar e depois ao canal 
radicular. 
Nos dentes anteriores, o ponto de eleição será na superificie lingual e nos dentes posteriores na 
superficie oclusal. 
Obs: acontece na junção amelodentinaria para qualquer dente. 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
 
Desenho esquemático mostrando os pontos de eleição de cada grupo de dentes. 
Direção de trepanação 
é a fase que nos permite atingir o interior da câmara pulpar, sendo uma das mais perigosas da 
abertura, pois pode fraturar o dente. 
Essa manobra é feita na dentina, posiocionando a broca em direção à area de maior volume 
pulpar, abrindo um túnel de penetração. 
Unirradiculados: está direção ao longo eixo dos dentes 
Multirradiculares: em direção ao canal de maior volume. 
Forma de contorno 
Esta fase de abertura coronária permite o acesso à entrada e ao interior dos canais radiculares. 
Seu objetivo inicial será projetar externamente após a remoção do seu teto, a anatomia da 
camara pulpar. Essa manobra deve ser realizada com movimentos de dentro para fora, 
utilizando-se brocas sem corte na extremidade (ponta inativa), evitando assim a deformação da 
parede vestibular. 
Forma de conveniencia 
É a fase final da abertura coronária que se engloba todas as manobras anteriormente realizadas. 
Ela permite o acesso livre e direto ao orifício de entrada do canal radicular por meio de remoção 
das projeções destinárias e irregularidades das paredes laterais da câmara pulpar e entrada dos 
canais radiculares. Além de permitir a remoção das irregularidades e projeções dentinarias e 
remoção dos nódulos e calcificações dentárias. 
Este desgaste deve ser realizado preferencialmente com brocas tronco-cônicas de ponta inativa 
Abertura coronária em dentes anteriores (superiores e anteriores) 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
Ponto ou zona de eleição 
A abertura é iniciada pela face lingual situada a 3-4 mm de borda incisal e a 2mm do cíngulo ou 
logo abaixo dele. 
o ponto de eleição e forma de conveniencia para o incisivos tem forma triangular com base 
para incisal 
 Com a broca 1012 (tronco-cônica invertida) precederemos com um pique no 
ponto de eleição (PE), para que o inicio da cirurgia de acesso possa acontecer sem deslizes da broca da broca esférica 
durante este procedimento. 
Direção de trepanação 
A direção de trepanação, trata-se de um procedimento dinâmico, começa perpendicular à face 
palatina e termina paralelo ao longo eixo do dente. 
 
 broca perpendicular a face palatina. 
 
Atenção para dinâmica de trepanação, veja que no início a broca localiza-se perpendicular à face 
palatina (1), tendendo ao longo eixo do dente, assim que aprofundamos (3), conjuntamente com 
a trepanação, conformando a forma de conveniência com brocas, esféricas diamantadas 
atuando em esmalte e carbide em dentina. 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
 
1 2 
Forma de contorno 
A remoção do teto da câmara pulpar pode ser feita com a broca tronco cônica de ponta inativa 
2083 com movimentos de dentro para fora, movimenta-se a broca em direção mesial, distal, 
vestibular e lingual. 
 
 broca tronco conica 3083 
Incisivos: forma de contorno triangular de base voltada para a incisal. 
Caninos: forma de contorno losangular ou oval para os dentes mais atresiados. 
Forma de conveniencia 
Realizado com broca tronco- conica de ponta inativa 3083. Retirar da parede palatina o ombro 
dentinário. 
 
Obs: não se pode usar brocas de ponta ativa no interior dos canais radiculares. 
Alisa-se as paredes proximais, deixando as divergentes para a incisal e o arredondamento dos 
ângulos cavo-superficiais. Utiliza-se a broca em forma de chama de vela para acabamento do 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
ângulo cavo superficial, removendo todos os prismas de esmalte sem suporte dentinário, 
melhorando desta forma o selamento provisório posterior entre sessões. 
 
 
Abertura coronária em pré-molares superiores 
Ponta ou zona de eleição 
A abertura coronária iniciada na superficie oclusal de pré-molares superiores no centro da face 
oclusal em alta rotação com broca esférica de tamanho compatível. 
 
 Direção da broca (fresa) esferica de tamanho compatível da coroa do dente. 
 
Direção de trepanação 
Realiza-se o isolamento absoluto. 
A broca deve ser direcionada para lingual, com movimento no sentido vestibulolingual até ser 
sentida a sua caída na câmara pulpar. 
Obs: não pode realizar movimentos no sentido mésio-distal, devido ao grande achatamento que 
a câmara pulpar desses dentes possuem neste sentido, o que levaria à um desgaste excessivo 
das paredes mesial e/ou distal e até mesmo à perfuração das mesmas. 
Os cornos pulpares proeminentes, nos molares superiores, poderão ser confundidos pelo 
operado com a entrada dos canais radiculares. É preciso observar cuidadosamente a diferençaentre o assoalho da câmara pulpar que é geralmente escuro, com a dentina do teto que é 
esbranquiçada. 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
 
Forma de contorno 
Após a trepanação, ampliar a área exposta com broca esferica. E com a broca tronco-cônica sem 
corte na extremidade (ponta inativa), penetra-se a abertura de trepanação e, com movimentos 
de dentro para fora, movimenta-se a broca em direção vestibulolingual. 
Com a extremidade da angulada da sonda exploradora, inspecionar a presença de 
remanescentes de teto na camara pulpar. Esses remanescestes e a regularização da parede 
podem ser inspecionados com a broca 3083 ou 2082 
 
Movimentos imprimidos à broca no sentido vestíbulo-lingual e um movimento de dentro para fora. 
 
Broca 3083 
Utiliza-se brocas de Gattes Glidden para ampliação e regularização da embocadura. 
Forma de conveniencia 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
A parede mesial deve ser ligeiramente divergente para a oclusal para facilitar a visualização e o 
acesso dos instrumentos nos canais radiculares durante o preparo biomecânico e as demais 
manobras operatórias. 
Normalmente, o contorno final tem forma ovalada com a maior extensão situada no sentido 
vestibulolingual, sendo a parede mesial divergente para a oclusal e a parede distal voltada para 
mesial. As paredes vestibular e lingual deverão ser ligeiramentes para a oclusal 
 
Representação da forma final. 
 
Abertura coronaria em pré molares inferiores 
Ponto ou zona de eleição 
A abertura coronaria deve ser iniciada na superficie olcusal. A broca esferica deve ser de 
tamanho compatível posicionada perpedicular à face oclusal sendo a seguir efetuados 
movimentos oscilatórios os quais iniciarão o desgaste da superfície do esmalte neste dente. O 
desgaste na superficie deve ser até junção amelodentinaria. 
 
 Direção da broca para dar inicio ao desgaste do esmalte. 
Direção de trepanação 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
Inicia-se esta etapa após o desgaste do esmalte, utilizando-se broca esférica AR, sendo 
direcionada ao longo eixo do dente. Com a finalidade de atingir a cavidade pulpar, aprofunda-
se a broca na dentina com suave movimento no sentido vestibulo lingual. 
 
Forma de contorno 
Após a exposição pulpar, e visualização do tamanho da câmara pulpar, e no caso a mesma seja 
de maior diametro, faz-se necessário sua ampliação com broca esferica com movimentos de 
tração, de dentro para fora. Em seguida, uma ponta diamantada tronco-conica de ponta inativa 
deve ser introduzida na abertura de trepanação, movimentando-a em direção vestibulolingual 
 
Uma vez que estes dentes possuem cornos pulpares vestibulares proeminentes, deve ser 
inspecionada a prenseça de remanescentes do teto com a extremidade angulada de uma sonda 
exploradora nº5, deslizando-a de dentro para fora nas paredes vestibular e lingual da abertura 
coronária. Se a sonda se prender, deve-se completar a remoção do teto com uma broca 3080, 
inclinada, atuando apenas no local correspondente ao corno pulpar persistente. 
Forma de conveniencia 
É feita com a broca 3080, sendo importante observa nos pré-molares inferiores, a presença do 
ombro lingual. Para a remoção do mesmo a broca deve ser utilizada posicionada dentro da 
embocadura do canal radicular e tracionada de encontro à parede lingual do canal, com 
movimentos de dentro para fora, até quando o instrumento endodontico levado ao interior do 
canal, tocar toda a extensão da parede lingual. 
Devido a acentuada inclinação da coroa, e consequentemente da superficie oclusal, para lingual, 
geralmente faz-se necessário um desgaste compensátorio acentuado na face vestibular, muitas 
vezes incluindo a vertente lingual da cúspide vestibular na abertura. 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
Um 2º canal deverá ser pesquisado próximo a parede lingual. 
O contorno final dependerá da anatomia interna das câmaras pulpares e curvaturas dos canais 
radiculares, mas normalmente ele terá a forma ovalada com maior extensão no sentido 
vestibulolingual. A parede mesial deve ter sentido divergente para a oclusal enquanto a parede 
distal deve ser voltada para a mesial. 
Erros em abertura coronaria de pré-molares 
- Abertura coronária insuficiente 
- desgaste excessivo da estrutura dentária 
- Erros na direção de trepanação 
 
Foto esquematica evidenciando erro na direção de trepanação. 
Abertura coronaria em molares superiores 
Ponto ou zona de eleição 
A abertura inicial deverá ser efetuada pela superficie oclusal nestes dentes. O ponto de eleição 
será obtido pela divisão da superficie oclusal em terço (no sentido mesiodistal e 
vestibulolingual). Não existe a necessidade de invasão da ponte de esmalte vestibulolingual. 
Obs: broca deverá estar perpendicular a face oclusal 
 
Direção de trepanação 
Com a mesma broca, deverá ser direcionada ao canal radicular de maior volume, que nos 
molares superiores é o canal palatino. A cavidade pulpar é alcançada quando a broca, durante 
o desgaste dentinário, oferece a sensação de “caída no vazio”. 
Necessário fazer isolamento absoluto. 
 
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Forma de contorno 
Após a caída na câmara pulpar, amplia-se a área exposta com cuidado utilizando ainda um broca 
esférica, com movimentos de dentro para fora da camara pulpar. Com uma ponta diamantada 
tronco-conica, com ponta inativa (3082), penetra-se na abertura de trepanação, 
movimentando-se a ponta em direção ao vértice da cúspide mesiovestibular encontra-se 
imediatamente acima da cuspide. Já o canal distovestibular está localizado 2mm antes da vertice 
da cúspide distovestibular. 
 
Este passo é auxiliado pela extremidade angulada da sonda exploradora nº5, deslizada de dentro 
para fora das paredes cavitárias, possibiltando detectar a presença dos remanescentes do teto. 
Após a remoção total do teto da camara pulpar, deslizando a sonda exploradora localiza-se a 
entrada dos canais radiculares. 
 
 
Forma de conveniencia 
 
ELVIRA RACHEL QUINDERÉ 
 
Alisa as paredes com a broca 3082. As paredes da câmara pulpar desses dentes apresentam uma 
convexidade bastante acentuada, principalmente dos canais radiculares vestibulares que em 
determinados casos pode cobrir a entrada do canal mesiovestibular. Este ombro deve ser 
removido com a broca 3082 com movimentos de dentro para fora. 
O contorno final da abertura coronária deverá ser semelhante à anatomia interna das câmaras 
pulpares e curvaturas dos canais radiculares e deverá aparesental a parede distal ligeiramente 
convergente para mesial com consequente preservação da ponte de esmalte. A parede 
vestibular deve ser paralela à face vestibular da coroa. → A parede mesial, divergente para 
oclusal sendo o ângulo mesiovestibular também divergente para oclusal, uma vez que o orificio 
de entrada do canal mesiovestibular fica localizado acima do vértice da cuspide mesiovestibular. 
A forma final aproximada, principalemnte nos 1ºMS, se assemelha a um triangulo com vértice 
voltado para lingual e a base para vestibular. 
 
Aspecto final da abertura coronária. A forma final triangular com base para vestibular. 
 
Aspecto final de molar superior com 03 canais. Aspecto final de molar superior com 02 canais. 
 
Abertura coronária de molares inferiores 
Ponto ou zona de eleição 
A abertura inicial deve ser realizada na superfície oclusal destes dentes e o ponto de eleição será 
localizado dividindo-se a superfície oclusal em terços(sentido mesiodistal e vestibulolingual) 
 
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Direção de trepanação 
Isolamento absoluto. 
Utiliza-se a mesma broca que usou para fazer o ponto de eleição. A broca é direcionada ao canal 
radicular de maior volume, que nestes dentes corresponde ao canal distal. 
Em casos que houver deformação da câmara pulpar proxima à entrada do canal distal, deve-se 
analisar cuidadosamente a radiografia para diagnostico e direcionar a broca ao local onde a 
câmara pulpar se apresentar com maior volumento, ponto este onde estará a correta direção 
de trepanação. 
 
As inclinações destes dentes devem ser observadas, pois a desatentação a este fato pode levar 
a perfurações laterais. 
 
Este passo é realizado até a sensação de caída no vazio. 
Forma de contorno 
 
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Após a exposição da câmara pulpar, deve ser efetuada a ampliação da area exposta com uma 
broca esferica com movimentos de tração. 
Em seguida, com uma ponta diamantada tronco-cônica de ponta inativa, introduzida no ponto 
de trepanação, efetuar a remoção do teto da câmara pulpar. Para isto, a broca é movimentada 
ligeiramente inclinada para a mesial e tocando o assoalho da câmara pulpar de forma 
intermitente em direção mesial, vestibular e lingual 
Obs: a câmara pulpar esta localizada ligeiramente para mesial do dentro da coroa. 
Forma de conveniencia 
A dificuldade de acesso direto à entrada dos canais radiculares mesiais após a remoção do teto, 
ocorre devido a parede mesial apresentar uma convexidade acentuada, representada por uma 
projeção de dentina sobre a embocadura destes canais. Este ombro de dentina é removido com 
as brocas Endo Z, 701L ou Batt. 
A parede distal é ligeiramente inclinada para mesial enquanto as paredes vestibular e lingual são 
paralelas ou ligeiramente divergentes entre si e a parede mesial expulsiva. 
A forma final da abertura coronária depende. Dentes que possuem três canais apresentam no 
final da abertura a forma aproximada de um triangulo com ápice voltado para a distal. Quando 
ocorrer o 2º canal na raiz distal, a forma final da cavidade será próxima a um trapézio. Devemos 
lembrar que o 2º molar inferior pode possuir grande variação anatomica e por isso o formato 
final da abertura dependerá da disposição e do número de canais radiculares. 
 
 
Desenho representando molar inferior com 04 canais desenho representando molar inferior com 3 canais 
Erros na abertura coronaria de molares 
- Remoção excessiva da estrutura dentária; 
- Deformação do assoalho da câmara pulpar 
 
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- Formação de degrau na entrada dos canais radiculares 
- Perfuração do assoalho 
- Falta de desgaste compensatório 
- Abertura deficiente em profundidade, expondo somente os cornos pulpares. 
 
Irrigação 
A irrigação tem como objetivos: 
 Dissolução do tecido pulpar vivo ou necrótico; 
 Remoção de microorganismos (ação anti-microbiana); 
 Lubrificação; 
 Remoção da “smear layer” (ação quelante); 
 Remoção dos debris gerados pela instrumentação; 
As substâncias mais utilizadas são o hipoclorito de sódio, clorexidina gel 2% soro e EDTA. 
Obs: Cuidado: o hipoclorito de sódio é toxico, por isso ele não pode ir além do período apical, 
caso isso aconteça o paciente terá uma inflamação, podendo causar até uma celulite. Quanto 
mais concentrado e maior contato, maior será a inflamação. 
Para termos maior segurança é necessário colocar hipoclorito 3mm aquém do limite apical. 
Propriedades do hipoclorito de sódio 
• Dissolve de matéria orgânica 
• Ação rápida (baixa tensão superficial) 
• Dupla ação detergente (matéria orgânica e gorduras) 
• Bactericida, ação lubrificante e clareadora 
 
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• Neutraliza produtos tóxicos 
• pH alcalino 
• Auxilia na instrumentação 
Clorexidina gel 2% (substância auxiliar) 
Além do hipoclorito nós podemos irrigar com a clorexidina. → precisa ser manipulado. Se usa 3 
mL em uma irrigação de um dente e uma cuba de soro. 
O veículo hidrossolúvel da clorexidina é o natrosol 1% 
A maior desvantagem da clorexidina é que ela não dissolve matéria orgânica. 
Propriedades da clorexidina: 
• Antimicrobiano de largo espectro 
• Substantividade (capacidade de se ligar na mucosa oral e na superfície de cálcio da 
hidroxiapatita – e ela é liberada aos poucos (por até 72hrs) pelo fato dela se aderir no 
cálcio da hidroxiapatita) 
• Efeito reológico (natrosol) → capacidade do gel clorexidina conseguir aglutinar os 
debris, faz com que tenha um smaer layer mais fino 
• Ausência de toxidade (segurança) → grande vantagem 
• Inibidor de metaloproteinases (tem capacidade de destruir a substância intercelular) de 
matriz (MMP) → quando há ataque ácido na dentina, esse ácido desmineraliza a dentina 
e tira a parte mineral e expõe a colágeno. Ela impede que aconteça uma infiltração. 
Indicação para o uso de clorexidina: 
 - Paciente relatar história de alergia ao hipoclorito de sódio 
- Sempre que houve maior risco de extravasamento de hipoclorito: 
• Ápices abertos (apicigênese, apicificação) 
• Grandes reabsorções dentárias 
EDTA (quelante) 
Propriedades do EDTA 
• Remove smear layer 
• Aumenta a permeabilidade da dentina 
• Permite a penetração da medicação das áreas 
• Promove a remoção de ions de cálcio na dentina 
• Descalcificação da dentina 
• Biocompatível com tecidos periapicais. 
 
Propriedades físicas das soluções irrigadoras 
Possuem baixa tensão superficial 
Pequeno coeficiente de viscosidade 
- Calibre da agulha 
 
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 Quanto mais calibrosa menos ela consegue chegar na região apical e quando você força o 
êmbolo, ejeta líquido devagar e você faz pouco esforço. Já a agulha mais fina, você precisa fazer 
um pouco mais de força, porém ejeta o líquido mais rápido. 
Sistema endo vac: 
É um sistema que você possui uma canola que irriga na porção coronária e quando ela desce no 
canal ela fará uma aspiração do hipoclorito. 
Nesse sistema se usa a macrocânula e a microcânula. 
Quando usa esse sistema, a região mais apical não entra em contato com a região apical. Caso 
você force, irá estravar o líquido e poderá dar problemas de saúde ao paciente de inflamação. 
Macrocânula: terço cervical e médio 
Microcânula: terço apical 
Smear layer 
Uma vez que a superfície dentinária é cortada ou desgastada com instrumentos rotatórios 
ou manuais, formam-se macro e micropartículas semelhantes ao pó produzido pela serragem 
da madeira. O termo “smear layer” é mais usado para descrever os microfragmentos ou 
microdetritos deixados sobre a dentina durante o preparo cavitário. 
Para fazermos a remoção do “smear layer” é necessário a irrigação com EDTA 17% . O EDTA é 
utilizado como irrigação afinal, antes da obturação. 
Vantagens para remoção do smear layer: 
• Favore a ação da medicação intra-canal 
• Aumento da permeabilidade dentinária, permitindo uma melhor ação dos irrigantes 
dentro dos túbulos dentinários 
• Melhora o selamento de obturação, principalmente quando se utiliza cimentos a base 
de resina epóxica. 
Obs: a irrigação e aspiração é uma importante manobra auxiliar no preparo dos canais que deve 
ser empregada antes, durante e imediatamente após a instrumentação do canal radicular. 
Pré instrumentação do canal radicular 
- Localização do canal ou dos canais radiculares (é realizada através da sondagem com 
explorador reto, fino, resistente e rígido – irriga-se o canal e depois procura até localizar os 
canais principais). 
- Cateterismo ou exploração do canal(fase inicial de esvaziamento para conhecer a anatomia 
por meio da sensibilidade tátil. É necessário ter ideia do tamanho do canal, através das 
radiografias periapicais). 
Obs: através das radiografias periapicais medimos o comprimento do dente, a partir do ponto 
mais alto da coroa até o vértice apical. Esta medida é chamada de comprimento aparente do 
dente ou CAD. A partir do CAD é necessário tirarmos 2mm do comprimento do dente para 
termos uma maior segurança, pois algumas radiografias podem aumentar o comprimento do 
dente. Esse resultado chama-se comprimento de trabalho provisório. 
 
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A seleção do primeiro instrumento do dente é feita de acordo com o presumível diâmetro do 
canal e com o comprimento do dente. Exemplo: na radiografia deu 21mm o comprimento do 
dente, então iremos selecionar um instrumento com 19mm. 
A pré instrumentação do canal radicular é constituída de: 
- Localização do canal ou canais radiculares 
- Cateterismo ou exploração inicial do canal radicular 
- Ampliação cervical do canal radicular 
- Complementação do cateterismo 
- Determinação do comprimento de trabalho 
- Patência do canal radicular 
- Instrumentação inicial ou leito do canal radicular 
Odontometria 
A odontometria determina o comprimento de trabalho (CT) e de patência do canal (CPC). O 
estabelecimento da odontometria visa: 
- Estabelecer o limite apical de instrumentação 
- Estabelecer o comprimento de patência do canal 
- Estabelecer o limite da obturação do canal 
A correta odontometria nos proporciona 
- Melhor controle da limpeza e desinfecção 
- Previne possíveis injurias aos tecidos perirradiculares 
- Determina o limite apical de trabalho e obturação 
 
O limite cemento dentina canal é quem divide o canal dentinário e o canal cementario. 
A localização dessa junção ocorre em média entre 0,5 a 0,75mm aquém do forame apical. E em 
85% dos casos, o forame apical está localizado parapicalmente variando entre 0,5 e 3mm aquém 
do ápice radiográfico. 
Métodos para efetuar a odontometria 
 
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Método sinestésico 
Método radiográfico 
Sempre que possível priorizar o emprego da técnica de paralelismo (com posicionadores de 
filmes radiográficos) 
Considerar o caráter dinâmico da odontometria 
As limas utilizadas para realização da odontometria devem estar justas no canal radicular para 
evitar o deslocamento. 
É necessário introduzir um instrumento no interior do canal radicular, seguida de uma tomada 
radiográfica. 
Utilizam dois pontos de referenciais extremos do dente: o plano oclusal e o ápice. 
As técnicas mais utilizadas para o comprimento de trabalho são: 
- Técnica de Bregman 
- Técnica de Ingle: 
Para determinar o comprimento do dente, utilizava-se de uma radiografia de diagnóstico com 
distorção mínima, onde se fazia a mensuração do dente, subtraíam-se três milímetros, 
introduzia-se uma lima no interior do canal radicular do dente em questão e tomava-se nova 
radiografia. Com base nesta última radiografia, media-se a distância entre a ponta do 
instrumento e o vértice radicular, e somava-se essa medida com o tamanho real do instrumento 
menos meio milímetro, que foi a margem de segurança por eles estabelecida para determinar 
o comprimento de trabalho. 
Condições essenciais para execução da odontometria 
- Uma boa radiografia de diagnostico 
- Acesso coronário livre e direto aos canais radiculares 
- Limas com cursores e régua endodôntica 
- Ponto anatômico bem definido (bordo incisal ou ponta de cúspide) 
Determinação de referência coronária 
- O ponto ou borda de referência deve ser nítido e estável 
- Geralmente nos bordos incisais ou pontas de cúspides 
- Facilmente visualizado durante todo o preparo do canal e manter-se estável entre sessões. 
Limite apical do preparo e obturação endodôntica 
Tanto em dentes polpados quanto despolpados, o limite da instrumentação deve ser 
confeccionado preferencialmente a 1,00 mm do ápice radiográfico do dente 
Método eletrônico 
É a determinação do comprimento de trabalho por meio do uso de um aparelho eletrônico 
(localizadores foraminais). 
 
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Indicações do método eletrônico 
- Nas situações rotineiras do tratamento endodôntico 
- Para acompanhamento do comprimento de trabalho durante o processo de limpeza e 
modelagem de canais curvos 
- Pacientes gestantes 
- Pacientes que apresentam ânsia de vomito durante as tomadas radiográficas. 
Contra indicações 
- Canais calcificados ou com material obturador 
- Fraturas radiculares, reabsorção comunicante ou perfurações 
- Ápices com grande reabsorção 
- Pacientes que possuem marcapasso (possibilidade de interferência) 
Cateterismo de canais amplos 
Este procedimento tem como objetivo o conhecimento da anatomia interna, o esvaziamento 
inicial do canal radicular e a determinação da odontometria. O instrumento endodôntico 
indicado é o tipo K de aço inoxidável acionado com as mãos. Para a realização do movimento de 
cateterismo, os instrumentos endodônticos de aço inoxidável devem possuir diâmetros 
menores do que o dos canais radiculares e não necessitam ser pré-curvados (dobrados). 
 
Obs: a câmara pulpar deve ser preenchida com solução de hipoclorito de sódio 
Biopulpectomia 
O tratamento endodôntico de dentes com polpa vital também tem sido denominado 
biopulpectomia e tem indicação primordial nos casos de pulpite irreversível, sintomática ou 
assintomática, ou quando houve fracasso do tratamento conservador (capeamento indireto, 
capeamento direto ou pulpotomia). 
Após o instrumento de cateterismo atingir o CTP o tecido pulpar é excitado e removido por meio 
de uma lima K de diâmetro compatível ao canal radicular. 
Cateterismo com canais amplos em biopulpectomia 
- Utiliza-se instrumentos tipo K de aço inoxidável 
- Diâmetros utilizados 0,06 , 0,08 e 0,10mm 
- Comprimento: 21 ou 25 mm 
 
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Obs: não se faz biopulpectomia em dentes necrosados, porque pode espalhar os 
microrganismos para todo o dente, podendo levar a um quadro de inflamação no paciente. 
Pulpectomia 
A pulpectomia é o tratamento radical da polpa dentária, consistindo na incisão e exérese do 
tecido pulpar vital, podendo este apresentar quadro de alteração inflamatória ou não. A 
pulpectomia consiste de manobras cirúrgicas que visam amputar a polpa dentária, sem este 
tecido, o dente perde toda a sua capacidade em transmitir estímulos térmicos e mecânicos, 
preservando apenas sua capacidade proprioceptiva oriunda do periodonto. 
 
Necropulpectomia 
É o tratamento endodôntico do dente com polpa necrosada. O cateterismo e o esvaziamento 
inicial do canal se desenvolvem simultaneamente. Consiste na remoção da polpa em estado de 
necrose e de bactérias no interior do canal radicular. 
Cateterismo em canais amplos em necropulpectomia 
Em necropulpectomia é realizada por segmentos (compartimentos) dos canais radiculares, 
imprimindo-se ao instrumento pequenos avanços e retrocessos em sentido apical 
conjuntamente, com discretos movimentos de rotação à direita e à esquerda. 
 
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Cateterismo de canais atresiados 
Usa-se inicialmente instrumentos tipo K ou especiais (C+File ou C-Pilot) de números 08 ou 10, 
de 21mm de comprimento. 
Canal radicular atresiado (biopulpectomia ou necropulpectomia). Nesses casos, faz o 
movimento de alargamento parcial à direita. Para executar este movimento, o instrumento 
endodôntico deve ter diâmetro maior do que o do canal radicular e ser submetido às seguintes 
manobras: colocação da ponta do instrumento junto à embocadura do canal, seguida da 
aplicação de uma força aoinstrumento no sentido apical (penetração do instrumento), 
acompanhada simultaneamente de rotação à direita (ângulo de rotação). A seguir, traciona-se 
ligeiramente o instrumento em sentido cervical do canal radicular. 
 
Existe uma dificuldade na introdução dos instrumentos e na execução dos movimentos de 
cateterismo podendo resultar em deformação plástica por flambagem e então o instrumento 
deve ser descartado. 
Cuidado no movimento 3 (tração): A tração arranca a dentina cortada das paredes do canal 
radicular ampliando o seu diâmetro. A amplitude da tração é curta o suficiente para liberar o 
instrumento. Grandes amplitudes de tração podem induzir o deslocamento (extrusão) de 
material presente no interior do canal radicular para a região apical ou perirradicular durante o 
avanço subsequente. 
 
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Flambagem: é a deformação lateral de um instrumento endodôntico quando submetido a uma 
força compreensiva na direção de seu longo eixo. 
Instrumentos do cateterismo 
Os instrumentos do cateterismo precisam ser de aço inoxidável e com característica de 
resistência à flambagem, resistência à flexão e que possui maior rigidez. 
Obs: Esses instrumentos só podem ser usados na parte reta e na cervical do dente, não podendo 
ser usado na curvatura ou no canal atresiado, pois poderá perfurar o dente. 
C PILOT 
O designer e característica dimensional é igual ao instrumento convencional. A diferença desse 
instrumento em comparação ao convencional é que nele há um tratamento térmico de aço na 
parte metálica do instrumento fazendo com que ele seja mais resistente à flambagem. 
 
C+FILE 
Já nos instrumentos C+FILE o que muda em relação aos instrumentos convencionais é a sua 
conicidade, fazendo com que tenha grande resistência a flambagem. Sua conicidade é: 0,04 
mm/mm nos 4 milímetros junto à ponta do instrumento e 0,02 mm/mm no segmento restante. 
 
 
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Ampliação cervical do canal 
A finalidade é eliminar as interferências anatômicas que dificultam o avanço do instrumento de 
cateterismo. 
A ampliação cervical deve ser realizada inicialmente com instrumento tipo K de aço inoxidável 
de secção quadrangular de 21mm de comprimento e de números 25 a 30, acionados 
manualmente pelo movimento de alargamento. 
 
O avanço do instrumento em sentido não deve ultrapassar 3 a 5mm em relação à embocadura 
do canal, sob risco da perda de trajetória original do canal. 
Os alargadores Gatte’s Glidden devem ser empregados nos segmentos retos dos canais 
radiculares e não devem ultrapassar metade do comprimento do dente na radiografia. 
Obs: Quando ocorre a ampliação, pode-se trabalhar com a Gatte’s Glidden, porém é sempre 
necessário guardar 2mm para a próxima Gatte’s. Ou seja, coloca-se uma Gattes e na sucessora 
dela precisa de 2mm. 
 
Zona de perigo: fugir da região de furca, sempre trabalhar na região equidistante desta região. 
Preparo cervical 
O instrumento C+FILE apresenta maior resistência à flambagem que os instrumentos C-
PILOT. E foi a conicidade da extremidade da parte de trabalho do instrumento C+FILE que 
determinou a sua maior resistência à flambagem. 
 
 
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Antes ou após o preparo, podem ser usadas as brocas de Gattes Glidden de números 2 e 3 e 
eventualmente 4, para fornecer um preparo cônico-progressivo a partir do terço coronário. 
Após a ampliação cervical, o instrumento empregado na exploração atinge com facilidade o 
comprimento previamente estabelecido pelo CTP ou CEI 
Durante a instrumentação do canal radicular, dois processos são simultaneamente envolvidos: 
1- Limpeza: remoção de todo material orgânico como restos pulpares, raspas de dentina e 
contaminação bacteriana, criando um ambiente propicio à reparação dos tecidos 
perirradiculares 
2- Modelagem: é a determinação de forma cônica ao espaço endodôntico com menor 
diâmetro apical e maior nível coronário. 
Instrumentos: 
IAI: instrumento apical inicial – é o primeiro instrumento utilizado no comprimento de trabalho. 
Informa ao operador o diâmetro anatômico na região apical. 
IAF ou IM: instrumento apical final ou instrumento de memória – último instrumento utilizado 
no comprimento de trabalho. Informa ao operador o diâmetro cirúrgico na região apical e 
confecção do batente apical. Utiliza-se movimento de rotação alternada. 
Batente, ombro, parada ou degrau apical: é o ponto de parada da instrumentação. Equivale ao 
comprimento de trabalho determinado pela odontometria. 
IP: instrumento de patência do canal – instrumento que vai até a abertura do forame apical 
Patência do forame apical 
Recomenda a limpeza do forame (IP) ao mesmo tempo que se prepara o batente apical, 
diminuindo a quantidade de irritantes nesta região e reduzindo o risco de acidentes, tanto em 
dentes polpados quanto em despolpados 
 
A patência assegura que o forame foi atingido e que toda a extensão do canal está sob o domínio 
do profissional. 
O forame apical deve ser mantido limpo e patente durante toda a instrumentação com 
instrumentos de pequeno calibre ultrapassando o forame em 1mm aproximadamente, 
impedindo que raspas de dentina se acumulem no segmento apical. 
 
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OBS: importância da limpeza do forame apical – a limpeza do segmento apical, que vai do 
comprimento de trabalho (CT) ao forame apical, pode eliminar quantidades substanciais de 
microrganismos, favorecendo o reparo dos tecidos perirradiculares 
 
Diâmetro do preparo apical: 
em dentes vitalizados (biopulpectomia): 
instrumento inicial + 3 
exemplo: instrumento inicial: 15 
instrumento final: 30 
 
em dentes desvitalizados (necropulpectomia) 
instrumento inicial +4 
exemplo: instrumento inicial: 15 
instrumento final: 35 
 
Movimentos dos instrumentos endodônticos 
 
Movimento de exploração ou cateterismo 
 
Imprime-se pequenos avanços e retrocessos em direção apical, com discretos movimentos de 
rotação à direita e esquerda. É utilizado para o conhecimento da anatomia interna, 
esvaziamento inicial do canal radicular e a determinação da odontometria. 
 
 
 
Movimento de alargamento com rotação parcial 
 
Esse tipo de movimento é indicado para lima tipo K de aço ou NiTi. Necessário avançar em 
direção apical, rotação à direita com movimentos de ¼ a ½ volta e tração na direção coronária. 
O instrumento deve ter o diâmetro maior que o do canal. 
 
Indicação: alargamento de canais atresiados. 
Movimento de alargamento com rotação alternada 
Consiste no movimento de avanço, rotação à direita, rotação à esquerda e tração do alargador 
no interior do canal. O movimento de rotação à direita tem segmento de arco menor do que o 
da esquerda. 
Indicação: alargar os canais radiculares. 
 
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O instrumento deve ter diâmetro maior que do canal e o instrumento não podem ser pré-
curvados. 
Indicados para lima tipo K e NiTi de número 25 acima 
Movimento de alargamento 
Esse movimento consiste no avanço e no giro (rotação) do alargador no interior de um canal. O 
diâmetro do alargador deve ser maior do que o do canal 
Movimento de limagem 
Este movimento é caracterizado pelo avanço do instrumento em direção apical, pressão lateral 
contra as paredes e tração com movimentos curtos entre ½ a 2mm em direção à coroa. Estes 
movimentos são realizados em todo perímetro do canal (limagem circunferencial) 
Indicação: em segmento achatado e reto do canal; só pode ser feito apenas no segmento 
cervical e médio do canal 
OBS: não deve ser empregado no segmento apical do canal. 
As limas indicadas para este movimento são tipo K e H de aço inox 
Movimentos de alargamento e limagem 
Realizamos movimentos de alargamento parcial e a seguir tração com pressão de encontro às 
paredesdo canal. 
Utiliza-se apenas limas tipo K!!! 
Indicação: cateterismo de canais atresiados. 
 
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Vantagens do alargamento do segmento cervical 
O alargamento do segmento cervical promove a eliminação de parte do conteúdo do canal, 
tanto para os dentes com polpa vital como para os com polpa necrosada, minimizando o risco 
de sua compactação para o segmento apical ou mesmo de extrusão para a região perirradicular. 
Além de facilitar a instrumentação do segmento apical, reduzindo a possibilidade de defeitos, 
como deslocamento apical, interno ou externo. 
Permitem um volume maior de solução química auxiliar dentro do canal durante o preparo 
químico mecânico. Para soluções químicas de uma mesma concentração, quanto maior o 
volume, maior será sua atividade solvente de tecido e antimicrobiana. 
Favorecem a limpeza e a modelagem de um canal radicular e quanto maior o diâmetro da 
instrumentação apical, maior a redução de tecidos e de microrganismos do interior de um canal 
radicular. 
Facilitam a seleção do cone de guta-percha principal e a obturação de um canal radicular. 
 
Como, na maioria das vezes, a seção reta transversal da instrumentação apical é circular, ela 
favorece a seleção do cone principal de guta-percha e consequentemente permite um 
selamento da cavidade endodôntica satisfatório. 
 
 
 
 
Obturação de sistemas de canais radiculares 
O selamento de canais radiculares tem como objetivo: 
Escalonamento ápice coroa programado 
Recuo de 1mm por instrumento em ordem crescente, isso informará ao operador a 
manutenção da conicidade step-back coroa ápice (crow-dow) 
 
 
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- Prevenir a formação de exsudato e sua percolação em seu interior 
- Impedir a reinfecção por microrganismos que possam, eventualmente, ter permanecido 
- Favorecer o processo biológico de cicatrização dos tecidos periapical 
Requisitos para um bom material obturador 
Propriedades biológicas 
- Boa tolerância tecidual 
- Ser reabsorvido no periápice em extravasamento acidentais 
- Estimular ou permitir reparação 
- Ter ação antimicrobiana 
- Não desencadear resposta imune 
- Não ser mutagênico ou carcinogênico 
Propriedades físicas 
-Facilidade de inserção 
-Plástico na inserção e sólido posteriormente 
 -Bom tempo de trabalho 
 -Permitir selamento hermético 
 -Não sofrer contrações 
-Possuir bom escoamento 
-Possuir boa viscosidade e aderência 
-Não ser solubilizado no interior do canal 
-Não sofrer contração 
-pH próximo ao neutro 
-Ser radiopaco; 
-Não manchar estruturas dentais 
-Ser passível de esterilização 
 -Ser de fácil remoção. 
Classificação de materiais obturadores 
 
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Propriedades dos cones de Guta-percha 
- Facilidade de emprego 
- Custo reduzido 
- Bem tolerada pelos tecidos periapicais 
- Boa radiopacidade 
- Não solubilizada por fluidos orgânicos 
- Razoável estabilidade dimensional 
- Passível de ser removida quando necessário desobturar. 
Cones de Guta-percha na forma Alfa – são cones auxiliares, ou seja convencionais: possui 
menor temperatura de fusão, alto índice de escoamento e adesividade. É pegajosa quando 
aquecida utilizada na técnica de obturação termoplastificada. 
 
Cones de Guta-percha na forma beta são cones auxiliares, ou seja convencionais: maior 
temperatura de fusão, baixo escoamento e pouca adesividade às paredes do canal, maleável 
quando aquecida, utilizada na técnica de condensação lateral ativa. 
 
 
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Cimentos endodônticos 
Têm a função de reduzir a interface existente entre a guta-percha e as paredes do canal ou entre 
os cones de guta percha. 
Cimento de Grossman 
Pó: -Óxido de zinco; - Resina Hidrogenada; - Colofônia; - Subcarbonato de bismuto; -Sulfato de 
bário; -Borato de sódio 
Líquido: -Eugenol 
Propriedades físico-quimicas: 
Possui boa capacidade seladora, baixa solubilidade, baixa permeabilidade, estabilidade 
dimensional, adesividade adequada, baixa desintegração, atividade antibacteriana pronunciada, 
citotóxico aos tecidos perriradiculares. 
Cimento de rickert 
Pó: - Óxido de zinco; - Prata precipitada; - Subcarbonato de bismuto; -Sulfato de bário 
Líquido: -Óleo de cravo; -Balsamo do canadá. 
Propriedades físico químicas: 
Possui boa capacidade seladora, boa estabilidade dimensional, excelente escoamento, baixa 
solubilidade, radiopacidade elevada, baixa desintegração, atividade antibacteriana satisfatória, 
pode promover escurecimento da coroa dental. 
Cimentos resinosos 
A apresentação é em pasta/pasta 
Propriedades físico químicas: 
Possui boa capacidade seladora, excelente comportamento histológico, capacidade 
antibacteriana satisfatória e excelente escoamento 
Cimentos contendo hidróxido de cálcio em sua composição 
A apresentação é em pó/resina 
Propriedades físico químicas: 
Boa biocompatibilidade, eficiente selamento marginal apical, plasticidade, viscosidade 
satisfatórios, escoamento razoavelmente satisfatório, pouca radiopacidade 
Extravazamento de cones e cimentos obturadores 
Guta-percha: Embora atualmente os trabalhos de pesquisa apontem a guta-percha como 
material bem tolerado pelos tecidos, é importante salientar que o mesmo deve se localizar no 
interior do canal radicular, visto que quando extravasada para os tecidos periapicais não sofra 
reabsorção. 
Cimentos endodônticos: Ao extravasar, de modo geral, são reabsorvidos ou envoltos por 
cápsula fibrosa. 
 
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Cerca de 60% dos fracassos endodônticos são causados, aparentemente, pela obturação 
incompleta do espaço do canal. 
Requisitos para completa obturação: 
1 Selamento apical; 
2 Selamento lateral; 
3 Selamento coronário; 
Momento de obturação dos canais radiculares 
O dente encontra-se assintomático, sem dor espontânea e à percussão e sem sensibilidade 
apical à palpação. Canal se encontra preparado, limpo e dilatado na forma cônico-progressiva. 
Canal deve estar seco, livre de umidade e exsudato. 
Tecido pulpar vital: Única sessão. 
Tecido pulpar necrosado: No mínimo duas sessões. 
Limite apical para obturação endodôntica 
Tanto em dentes polpados quanto despolpados, o limite da instrumentação deve ser 
confeccionado preferencialmente a 1,0 mm do ápice radiográfico do dente. 
Técnicas de obturação dos canais radiculares 
Todo dente que irá passar por uma obturação precisa ser preparado com a remoção do curativo 
de demora e irrigação com hipoclorito de sódio e recapitulação. Usar EDTA a 17% por 3 min ou 
hipoclorito de sódio. 
Técnica Condensação lateral 
A técnica de condensação lateral a frio consiste da associação de cones de guta percha, principal 
e secundário e cimento obturador endodôntico, valendo-se dos espaçadores digitais para a 
condensação lateral da guta percha. 
Prova do cone 
Selecionar um cone principal de diâmetro igual a lima empregada na manobra de preparo 
apical (PA). 
 
Desinfetar o cone principal e os secundários, colocando-os num pote dappen repleto de 
hipoclorito de sódio à 1% ou inundação dos cones com hipoclorito de sódio à 1%, valendo-se da 
seringa de irrigação sob uma compressa de gaze antes da prova do cone. 
 
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Prova do cone – teste tátil 
O segundo teste para a seleção do cone principal é o táctil, o cone deve apresentar travamento 
apical, pequena resistência quando tracionado em direção oclusal ou incisal 
 
Prova do cone – teste radiográfico 
Devemos verificar se o canal cirúrgico respeitou os limites do canal anatômico, se cone principal 
de obturação atingiu o limite determinado na radiografia de confirmaçãode odontometria - CRT 
e a adaptação do mesmo nos 3 últimos milímetros. Nesse caso o limite é compatível com polpa 
mortificada. 
 
Após a seleção do cone principal, marcar o cone na referência oclusal ou incisal, imprimindo 
pressão com o mordente da pinça perry e, retirá-lo, mantendo-o no pote dappen contendo 
hipoclorito de sódio à 1% ou na compressa de gaze ehipoclorito de sódio à 1%, valendo-se de 
nova irrigação com seringa de irrigação. 
 
Secagem do canal 
 
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Iniciar aspiração com cânulas de grosso, médio e fino calibre, respectivamente, de cervical à 
proximidades do comprimento de trabalho (CT), sem necessidade de calibrar com limitadores 
os comprimentos das cânulas. 
 
Seguir a secagem com cones de papel, temos preferência pelos cones de papel absorvente Cell 
Packs (1ª. e 2ª. Série) embalados e previamente esterilizados 
 
Obturação 
Para a. manipulação do cimento endodôntico AH-Plus utilizar placa de vidro ou bloco de papel 
e espátula número 24, valendo-se de porções iguais das pastas, cerca de 0,5 cm de cada pasta 
para cada canal. 
No momento da obturação, os cones principais e secundários devem estar secos com gaze 
estéril, antes de ser aplicado o cimento obturador. 
 
Na inserção do cimento o paciente deve estar posicionado de forma que o ápice do dente esteja 
num plano inferior a entrada do canal radicular. O cone principal ou secundário deve ser 
utilizado para levar o cimento para o interior do conduto. Um pouco de cimento, é levado na 
ponta do cone, ao interior do canal radicular, pincelando as paredes do conduto de apical para 
cervical, tomando-se o cuidado de não bombear cimento para o forame, o que poderia provocar 
extravasamentos. Esse procedimento deverá ser repetido até que o cimento flua para a câmara 
pulpar. Posicionar o cone principal na medida do CRT 
No caso de dentes multirradiculares, promover a colocação de todos os cones principais. 
 
 
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Condensação lateral 
 
Em seguida realizar a condensação lateral, a partir do primeiro cone secundário, com 
espaçadores digitais de calibre adequado buscando espaço para a colocação dos cones 
secundários, sempre dos menores para os maiores diâmetros e os mais longos precedem os 
curtos, buscando maior quantidade de guta percha do terço apical para o cervical, com menor 
quantidade possível de cimento obturador. 
Vale lembrar que, os cones secundários devem ter conicidade ligeiramente inferior aos 
espaçadores utilizados, normalmente utilizamos os de número 25 (vermelho) no terço apical, 30 
(azul) terço médio e 35 (verde) do terço médio para o cervical. 
 
Repetir a inserção de 
cone segundário... 
 
 
Tomada radiográfica da obturação 
 
Tomar a radiografia de qualidade da obturação, sob isolamento absoluto. Caso houver falhas de 
preenchimento, limite inadequado ou bolhas, necessário se faz remover toda a obturação, 
puxando todos os cones de uma só vez. 
 
Cortes do cone 
 
Selecionar calcador de tamanho compatível à entrada do canal. Aquecer ao rubro o calcador 
Paiva, valendo-se da lamparina e cortar os cones, aproximadamente 2 mm abaixo do colo clínico 
nos dentes anteriores e pré-molares e ao nível do assoalho da câmara pulpar nos molares, 
valendo-se de um movimento único, de uma parede à outra, sem ultrapassar mais do que 3 
segundos para esse procedimento 
 
 
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Limpeza da cavidade 
 
Limpar o excesso de cimento da câmara pulpar com bolinhas de algodão embebidas em álcool. 
 
Selamento final 
 
Aplicar de 1 a 2mm de cimento provisório (Citodur, Cavit, Cimpat, Cotosol, Tempore), umedecer 
uma bolinha de algodão em água, deixar por 1 minuto. Secar e preencher toda a cavidade com 
Ionômero de vidro selando toda a câmara pulpar, com no mínimo 3mm de espessura, evitando 
neste sentido, provável infiltração coronária, até que o paciente submeta-se à restauração 
definitiva posterior. 
 
 
 
 
Radiografia final 
 
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Radiografar com posicionador para a técnica do paralelismo e, se possível, utilizar filme duplo 
para realizar a radiografia final. 
 
 
 
 
 
Técnica hibrida de Tagger modificada 
 
É a técnica de compactação termomecânica de cones de guta-percha e cimento por meio do uso 
de compactadores e condensação lateral. 
 
Passo a passo 
 
1- Remoção do selamento e curativo de demora (irrigação + lima #15 + lima #DC (no CT)) 
2- Seleção do cone principal (seleção visual, tátil e radiográfica) 
3- Irrigação com EDTA 17% e secagem com cones de papel absorvente 
4- Prova do cone principal – realizar testes visual, tátil (travamento) e radiográfico 
5- Manipulação do cimento 
6- Seleção do campactador de McSpadden e calibração do comprimento (maior que o DC, 
calibrar em CT – 3mm) 1 a 2 números maior do que o diâmetro cirúrgico (DC). Calibração 
visual (sem cursor) no CT – 3mm 
Exemplo: CT = 22mm → calibrar na primeira marca 
Exemplo: CT= 19mm → calibrar no fim da parte ativa 
7- Verificação do sentido de rotação do micro motor (precisa estar em sentido horário) 
8- Passar o cimento no cone principal (pouco cimento) 
9- Criar espaço com espaçador digital e levar 2 a 3 cones acessórios 
• Inserir espaçador digital (B,C ou D) 
• Colocar 2 a 3 cones acessórios com pouco cimento 
10- Introduzir compactador desligado e acionar por 10 seg, pequenos movimentos de 
bicadas verticais 
• Em baixa rotação 
• Sentido horário 
• Introduzir no canal desligado 
• Acionar em máxima velocidade 
• Movimento de introdução e retirada 
11- Chegar no CT-3 ou próximo disso e remover acionado (encostar na parede para 
remover) 
• Até alcançar o comprimento estabelecido (CT-3mm) 
• Retirar o compactador do canal, acionado, encostado em uma parede 
12- Condensação vertical 
 
 
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É necessário evitar o uso do termocompactador nos casos de: 
- Canais curvos, pois este pode fraturar dentro do canal 
- Dentes cujo apresentam com ápice aberto, seja por rizogênese incompleta ou por reabsorções. 
- Obturações em que não se tem certeza que houve um bom vedamento apical após a 
condensação lateral do terço apical 
 
 
 
 
 
 
São 5 tomadas radiográficas desde o 
início até o final da obturação: 
• Radiografia inicial 
• Radiografia odontometrica 
• Radiografia da prova do cone 
• Radiografia da obturação 
• Radiografia final

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