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FAMETRO CENTRO UNIVERSITÁRIO
CIBELE DE MENESES LIRA
DANIEL COMITTI
DANILO CAVALCANTE CLETO
DIEGO PAULO DA SILVA
FILIPE IBIAPINA CARVALHO
JUCILENA LANA CHACON
MARCOS DE SOUZA GOMES
PALOMA MARQUES
PATRICK BRICIO
RAFAEL FREITAS DA SILVA
VITÓRIA SARRAF 
TEORIA SISTÊMICA E GERAL DA ADMINISTRAÇÃO: Ludwig Von Bertalanffy / Jan Christian Smuts
Manaus
2019
CIBELE DE MENESES LIRA
DANIEL COMITI
DANILO CAVALCANTE CLETO
DIEGO PAULO DA SILVA
FILIPE IBIAPINA CARVALHO
JUCILENA LANA CHACON
MARCOS DE SOUZA GOMES
PALOMA MARQUES
PATRICK BRICIO
RAFAEL FREITAS DA SILVA
VITÓRIA SARRAF
TEORIA SISTÊMICA E GERAL DA ADMINISTRAÇÃO: Ludwig Von Bertalanffy / Jan Christian Smuts
Trabalho desenvolvido durante a disciplina de Fundamentos da Administração como parte da avaliação N02 referente ao semestre em questão.
Professor: Wanderley de Oliveira Pires
MANAUS
2019
�
Introdução
A Teoria Geral dos Sistema busca apresentar uma forma diferente de ver o conceito e a aplicação de sistemas como um todo. Não tendo siso desenvolvida especificamente para uma única área do saber, esta teoria abrange âmbitos, sendo, portanto, utilizada inclusive no segmento das tecnologias.
Desta forma, este trabalho abordará sobre os pressupostos básicos da TGS são: Existe uma tendência para a integração das ciências naturais e sociais, essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas, a teoria dos sistemas constitui o modo mais abrangente de estudar os campos não físicos do conhecimento cientifico, como as ciência sociais, a teoria dos sistemas desenvolve princípios unificadores que atravessam verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, visando ao objetivo da unidade da ciência.
Como também abordaremos um dos mais importantes cientistas do século XX, pois quando se fala de sistemas um nome deve ser, obrigatoriamente, citado: Ludwing Von Bertalanffy, que elaborou a teoria geral dos sistemas há mais de 30 anos e que nada perdeu em importância. 
Assim como o Biólogo Ludwing Bertalanffy, temos em nosso trabalho o ex- primeiro ministro sul-africano Jan Christian Smuts em seu livro Holismo e evolução, no qual discorreremos o conceito de Holismo para fazer uma análise da vida, mente e matéria, considerando-as como entidades interligadas dentro de um processo progressivo.
�
A IDEIA DO SISTEMA
 O ponto de partida do enfoque sistêmico é a ideia de sistema. Cientistas e filósofos há muito vêm trabalhando com a ideia de sistema, para ajudar a entender e dar soluções complexas para problemas complexos.
 Sistema é um todo complexo ou organizado; é um conjunto de partes ou elementos que formam um todo unitário ou complexo. Um conjunto de partes que interagem e funcionam como todo é um sistema. 
Os sistemas são feitos de dois tipos de componentes ou partes:
Físicos ou concretos, ou itens materiais, como equipamentos, máquinas, peças, instalações e até mesmo pessoas. Esse é o hardware dos sistemas.
Conceituais ou abstratos, como conceitos, ideias, símbolos, procedimentos, regras, hipóteses e manifestação de comportamento intelectual ou emocional. Esse é software de análise dos sistemas.
 Muitos sistemas são formados por uma combinação de elementos físicos e abstratos. Em alguns sistemas, predomina um tipo de componente. 
 A ideia de sistema encontra grande receptividade em inúmeros campos de estudo. Sua utilidade para designar conjuntos complexos é notável e onipresente, como se pode deduzir por sua presença em nosso vocabulário.
 O próprio enfoque sistêmico é uma ideia de ideias. Trata-se de uma preposição consolidada em inúmeras disciplinas, que pode ser caracterizada como filosofia ou forma de produzir, interpretar e utilizar conhecimentos. Essa filosofia tem aplicações em todas as áreas da atividade e do raciocínio humanos, e também como método de resolver problemas e organizar produtos complexos de componentes.
O enfoque sistêmico não surgiu recentemente. A ideia de sistema, como muitas outras, vem dos gregos antigos, mas o moderno enfoque sistêmico começou a formar-se na mesma época em que os pioneiros lançavam as fundações da administração cientifica, do processo administrativo e da qualidade total.
Em 1918, Mary Parker Follett já falava na necessidade de os administradores considerarem a “situação total”. Essa pioneira imaginava um modelo Holístico de gerência, que incluía não apenas os indivíduos e os grupo, mas também os efeitos de fatores ambientais, como política, economia e biologia. Outros pensadores retomaram a mesma proposição e desenvolveram diversas linhas de pensamento que convergiram para o moderno enfoque sistêmico. Três são as mais importantes dessas linhas de pensamento: Teoria da forma, a cibernética e a Teoria Geral dos sistemas. Na qual a última linha de pensamento será abordada neste.
LUDWIG VON BERTANLAFFY E TEORIA GERAL DOS SISTEMAS
 A Teoria de Sistemas (TS) é um ramo da Teoria Geral de Sistemas (TGS). A abordagem sistêmica chegou à TGA a partir da década de 1960 e tornou-se parte integrante dela. 
A esse respeito Chiavenato (2004) declara:
A TGS fundamenta-se em três premissas básicas, a saber:
- Os sistemas existem dentro de sistemas. Cada sistema é constituído de subsistemas e, ao mesmo tempo, faz parte de um sistema maior, o supra sistema. Cada subsistema pode ser detalhado em seus subsistemas componentes e assim por diante. Também o supra sistema faz parte de um -supra sistema maior. Esse encadeamento parece ser infinito. As moléculas existem dentro de células, as quais existem dentro de tecidos, que compõe órgãos, os quais compõe os organismos, e assim por diante. 
- Os sistemas são abertos. É uma decorrência da premissa anterior. Cada sistema existe dentro de um meio ambiente constituído por outros sistemas. Os sistemas abertos são caracterizados por um processo infinito de intercâmbio com o seu ambiente para trocar energia e informação.
- As funções de um sistema dependem de sua estrutura. Cada sistema tem um objetivo que constitui seu papel no intercâmbio com outros sistemas no meio ambiente. (p.370)
Karl Ludwig von Bertalanffy
Fo o criador da teoria geral dos sistemas. Biólogo austríaco, nasceu em Viena 19 de setembro 1901 – Buffalo, Nova Iorque, 12 de junho de 1972.
Desenvolveu a maior parte do seu trabalho científico nos estados unidos, Bertalanffy fez os seus estudos em biologia e interessou-se desde cedo pelos organismos e pelos problemas dos crescimentos. Os seus trabalhos iniciais datam dos anos 20 e são sobre a abordagem orgânica. Com efeito, Bertalanffy não concordava com a visão cartesiana do universo. Colocou então uma abordagem orgânica da biologia e tentou fazer aceitar a ideia de que o organismo é um todo maior que a soma das partes.
Foi Ludwig Von Bertalanffy quem observou, na década de 1930, que a ciência se acostumara a tratar de forma compartimentada muitos problemas que exigiam uma abordagem mais ampla ou holística. Quando um físico fazia um modelo de sistema solar, ou de um átomo, ele assumia a premissa de que todas as massas, partículas e forças que afetavam o sistema estavam incluídas no modelo, como se o resto do Universo não existisse. Essa premissa permite calcular e prever com precisão o comportamento do sistema, porque toda a informação necessária é conhecida.
 Como biólogo, Bertalalanffy sabia que essa premissa não é válida para o que ele chamava de sistema abertos, que não sobrevivem sem fazer trocas de energia com seu ambiente. Ele formulou, então, as duas ideias básicas de sua teoria geral dos sistemas: interdependência das partes e tratamento complexo da realidade complexa.
De acordo com Maximiano (2012)
Para compreender, é preciso analisar não apenas os elementos, mas também suas inter-relações: a inter-relação das enzimas na célula, de muitos processos mentais conscientes e inconscientes, a estrutura e a dinâmicados sistemas sociais. Isso exige a exploração dos muitos sistemas no universo à nossa volta, com todas as suas particularidades. Além disso, é evidente que há aspectos gerais, correspondências e isomorfismo comuns aos sistemas...
A teoria geral dos sistemas, portanto, é a exploração científica de “todos” e “totalidades” que, há pouco tempo, eram considerados noções metafísicas, que transcendiam as fronteiras da ciência. (p.322)
 Essa é a primeira ideia importante da teoria geral dos sistemas, da qual todas as demais decorrem: a ideia de que todos são formados de partes interdependentes.
A segunda ideia importante da teoria geral de sistemas é variante da primeira. De acordo com Bertalanffy, essa ideia é a necessidade de aplicar vários enfoques para entender uma realidade que se torna cada vez mais complexa e lidar com ela. 
“A tecnologia e a sociedade hoje em dia tornaram-se tão complexas que as soluções tradicionais não são mais suficientes. É necessário utilizar abordagens de natureza holística ou sistêmica, generalista ou interdisciplinares”. (MAXIMIANO, 2012, p.323)
A essa parte da teoria Bertalanffy deu o nome de tecnologia de sistemas, designando assim as técnicas desenvolvidas para lidar com a complexidade.
De acordo com Bertalanffy, a teoria dos sistemas é a reorientação do pensamento e da visão do mundo a partir da introdução dos sistemas como novo paradigma científico, que contrasta com o paradigma analítico, mecanístico e linear de causa e efeito da ciência clássica.
Segundo a Teoria geral dos sistemas, os limites de um sistema dependem não do próprio sistema, mas do observador. As fronteiras entre os sistemas, ou entre os sistemas e seu ambiente, são arbitrárias. Enxergar sistemas é a habilidade que corresponde a essa ideia. Mais tarde, outros autores reforçariam essa ideia, recusando as definições de sistema como entidades com tributos objetivos. Sistemas devem ser definidos em termos de percepção e das distinções traçadas pelos observadores. São construtos, entidades construídas cognitivamente pelas pessoas. No extremo, um sistema é o que se percebe como tal.
Bertalanffy, assim como Wiener, não estava interessado especificamente na administração ou nas organizações. Seu foco estava na integração das ciências para a compreensão e manejo da realidade genérica. A migração dos conceitos para o campo da administração foi obra de cientistas que perceberam a proximidade entre os problemas complexos das organizações e as soluções que a teoria geral dos sistemas tinha a oferecer. Essas ideias, à medida que se juntaram e amadureceram, convergiram para o moderno enfoque sistêmico.
 Caraterísticas dos sistemas
“Da definição de Bertalanffy, segundo a qual o sistema é um conjunto de unidade reciprocamente relacionadas, decorrem dois conceitos: de propósito (ou objetivo) e de globalismo (ou totalidade)”. (CHIAVENATO, 2004, p.371)
Ambos retratam características do sistema:
Propósito ou Objetivo: todo o sistema tem um propósito. Os elementos do sistema definem uma combinação que visa um objetivo a alcançar;
Globalismo ou totalidade: qualquer estimulação em qualquer unidade do sistema afetará todas as demais unidades. Há uma relação de causa e feito entre as diferentes partes do sistema.
 Aprendendo a usar o enfoque sistêmico
 “Uma das premissas mais importantes do moderno enfoque sistêmico é a noção de que a natureza dos sistemas é definida pelo observador” (MAXIMIANO, 2012, p.324)
As pessoas que se valem do enfoque sistêmico precisam aprender a enxergar os sistemas e suas complexidade, e para tanto é necessário perceber os elementos da realidade como parte dos sistemas.
“No final das contas, para andar de automóvel, você depende do comportamento da galáxia. Para usar o enfoque sistêmico, é preciso aprender a delimitar fronteiras de sistemas para entende-los e manejá-los. Isso se chama fazer recortes na realidade” (MAXIMIANO,2012, p. 324)
Aplicações do enfoque sistêmico
 A ideia de sistema e de enfoque sistêmico auxilia na compreensão da complexidade da situação e na resolução do problema, dentro das organizações. Desta forma, várias ideias da administração modernas associadas ao pensamento sistêmico podem ser citadas:
-Administração estratégica;
- Administração da qualidade total;
- Reengenharia e redesenho de processos;
- Mudança organizacional;
- Abordagem situacional
manejá-los. Isso se chama fazer recortes na realidade”. (MAXIMIANO,2012, p. 324)
As organizações como Sistemas
 “A organização é um sistema composto de elementos ou componentes interdependentes” (MAXIMIANO,2012, p.326) Assim um bom administrador deve ter plena compreensão dos elementos que interagem na organização. A organização divide-se em pelo menos dois sistemas que se influenciam mutuamente o sistema técnico (são os recursos e componentes físicos e abstratos, que até certo ponto independem das pessoas) e o sistema social (são toda as manifestações do comportamento dos indivíduos e dos grupos).
Maximiano (2012) também diz que os limites dos sistemas são arbitrários e dependem de quem observa, por isso pode-se imaginar outros sistemas além dos citados. Como exemplo temos as organizações onde é possível distinguir três sistemas ao invés de dois, sendo eles o social (pessoas, sentimentos), o estrutural (autoridade, normas) e o tecnológico (máquinas, conhecimentos).
Análise e planejamento
 “A sociedade humana é organizacional, burocratizada, e ao mesmo tempo sistêmica. As organizações são sistemas formadas por sistemas que se juntam em sistemas cada vez maiores” (MAXIMIANO,2012, p.326). Alguns sistemas vão se formando lenta e naturalmente; esses são sistemas que não possuem coordenação que abranjam todos os seus componentes, existem quanto os deliberados geralmente possuem falhas devido ao mal planejamento, ou pelo processo de degeneração.
HOLISMO – JAN CHRISTIAN SMUTS
 Holismo (do grego holos que significa inteiro ou todo) é a ideia de que as propriedades de um sistema, quer se trate de seres humanos ou outros organismos, não podem ser explicadas apenas pela soma dos seus componentes. O sistema como um todo determina como se comportam as partes. 
Embora Smuts seja o primeiro a utilizar o termo "holismo", considera-se que a primeira apresentação completa do conceito se dá por meio do filósofo grego Aristóteles, quando este afirma em sua obra Metafísica que "o todo é maior que a soma de suas partes", implicando que a análise de um sistema, ou estrutura complexa, supera a simples análise das partes que o compõe e suas características fundamentais, mas converte-se em um sistema em si mesmo.
O holismo é a posição que se opõe ao método cartesiano, na medida em que este afirma que a análise das partes é suficiente para compreender o todo. Sendo, portanto, um método não-reducionista, o holismo defenderá que o todo possui características que não podem ser adequadamente compreendidas pela simples análise das partes, mas apenas por uma análise sistêmica de toda a estrutura, já que as partes formam um organismo com características e configurações próprias.
Smuts acreditava que uma verdadeira revolução no pensamento estaria ocorrendo, desde meados do século XIX, no que diz respeito à visão de homem relativa à natureza. No entanto, considerava que, no momento em que estava escrevendo seu livro, os efeitos dessa revolução ainda não pudessem ser plenamente avaliados, pois a mesma ainda estava em processo. A ideia da fixidez nos elementos inorgânicos e da fixidez nas espécies orgânicas, fora abandonada por um ponto de vista mais fluido, contrário à tentativa de estabelecimento de padrões fixos de análise.
Ele destacava a importância da Teoria da Relatividade Geral de Einstein como um dos grandes marcos nessa revolução de pensamento. O germe da ideia da Relatividade estava na noção de que o movimento de um corpo nunca é absoluto, mas sempre relativo a outros corpos de referência. Como consequência dessa ruptura conceitual evidenciou-se o fato de que espaçoe tempo, separados, são meras abstrações e que em qualquer tipo de movimento a ação de ambos é inseparável. Isto, por si só, alterava toda a concepção de universo até então aceita. A Teoria da Relatividade trazia uma importante contribuição para se redefinir os critérios de objetividade e subjetividade nas experiências. O espaço e o tempo não podem ser compreendidos como meras condições subjetivas das experiências, nem como simplesmente dados pelos elementos objetivos das experiências – são sempre a resultante de fatores objetivos e subjetivos que operam conjuntamente no campo da experiência total.
As novas contribuições da física também vinham alterando os estudos relativos à estrutura química do átomo mostrando que essas também não seriam estáticas, mas sim dinâmicas, levando-se em conta o contínuo espaço-tempo. A consequência desse ponto de vista dinâmico foi o entendimento de que a matéria não seria nada além do que uma forma de energia em ação. A matéria passa a ser vista como uma estrutura de energia concentrada que assume aspectos diferentes, que são os estados líquido, sólido e gasoso. A noção de matéria como algo morto, passivo e inerte é abandonada em nome dessa nova visão de concentração de energia em atividade e movimento constante. Desse modo, a matéria também está em processo de criação, de transformação. A vida não é inserida, colocada na matéria – antes uma estrutura morta – mas ela interpenetra a matéria e ambas (matéria e vida) se conectam.
Outra importante contribuição trazida por Smuts é referente ao seu ponto de vista quanto à visão da evolução da Natureza. Ele defendia que a evolução era um processo de criação e não meramente um processo de reagrupamento de formas velhas em novas. O processo evolutivo propiciava o surgimento de novidades em termos materiais, mas também mentais. Através da evolução surgem novos valores morais, espirituais e religiosos. Quando um organismo assimila algo do meio ele não o faz como uma mera adição mecânica, mas sim adequando através da transformação aquilo que é assimilado às suas necessidades peculiares. O processo evolutivo libera a Natureza da escravidão aos fatos passados – liberta o futuro de qualquer predeterminação fixa.
A esse respeito, Chiavenato (2004) declara:
Em sua obra Holismo e Evolução (1926), Jan Christian Smuts salientava que, ao serem reunidos para constituir uma unidade funcional maior, os componentes individuais de um sistema desenvolvem qualidades não encontradas em seus comportamentos isolados. O holismo é a tese que sustenta que as totalidades representam mais do que a soma de suas partes. Essas totalidades podem ser organismos biológicos, organizações, Sociedades ou complexos teóricos científicos.
Pouco antes, em 1912, surgira a Psicologia da forma ou da Gestalt (do alemão, Gestalt = forma, configuração, estrutura), mostrando que as leis estruturais do todo determinam as partes componentes, e não o inverso. A tese principal da Gestalt é a de que “o todo é maior que a soma das partes “. O todo não deve ser comparado a agregação aditivas. Por essa razão, não vemos apenas linhas e pontos em uma figura, mas configurações – isto é, um todo -, e não ouvimos sons isolados em uma canção, mas a canção em si mesma. (p.370)
De acordo com Smuts (1996, p.32) “Assim como um campo físico tem suas linhas de força, também o campo orgânico da natureza, que resulta da interpenetração de todos os campos de conjuntos que a compõem, tem suas próprias curvas estruturais de progresso. Na sociedade humana vemos como o campo social ou atmosférico torna-se um sistema de controle, uma influência moldadora à qual todos os membros nele introduzidos estão sujeitos.
Conclusão
A Teoria Geral de Sistema surgiu com os trabalhos do cientista (biólogo) alemão Ludwig von Bertalanffy no final dos anos 30, para preencher uma lacuna na pesquisa e na teoria da Biologia. Os seus primeiros enunciados são de 1925 e ela é amplamente reconhecida na administração da década de 60. Sua difusão se deu a uma necessidade de síntese e integração das teorias precedentes. De forma concomitante, possibilitou a operacionalização e a aplicação de conceitos da Teoria dos Sistemas à administração.
Da definição de Bertalanffy, segundo a qual o sistema é um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas, decorrem dois conceitos: o de propósito (ou objeto) e o de globalismo (ou totalidade). Esses dois conceitos retratam duas características básicas em um sistema.
Sem dúvida, o pensamento holístico foi uma das principais contribuições às bases filosóficas e teóricas da Gestalt-terapia. No entanto, Smuts trouxe inovações aos conceitos de personalidade, evolução e mente e essas não foram consideradas nesta abordagem. Neste artigo busquei destacar estas contribuições para que possamos refletir sobre elas, dada a atualidade do pensamento de Smuts dentro de um ponto de vista de campo, ecológico e sistêmico. Levando em consideração que o pensamento sistêmico já se fazia presente na teoria de Smuts, percebemos a sua originalidade quando esse autor reforça a importância do papel da transformação na evolução do homem e tendo a criatividade como a principal ferramenta nesse processo evolutivo. Sua contribuição à noção de personalidade como o sistema holístico mais evoluído é de grande valia para todos àqueles que buscam reformulações ao conceito de self, conceito esse que tem sido bastante rediscutido, não só na Gestalt-terapia, mas também nas teorias sociais de um modo mais amplo.
Dessa forma conclui-se que a Teoria Geral dos Sistemas Traz luz a uma forma diferente de se ver um sistema, seja ele computacional ou não. Essa visão consiste em considerá-lo não como simples unidade isolada, mas na maioria das vezes sistemas que interagem com outros sistemas e ambientes.
Referência Bibliográfica
Alcides Rezende, Denis /Franca de Abreu, Aline, Tecnologia da Informação: Aplicada a Sistemas de Informação Empresárias.7ed. São Paulo:Atlas,2010
Idalberto,Chiavenato,Introdução a Teoria Geral da Administração.3ed.Rio de Janeiro,2004
Cesar Amaru Maximiliano,Antonio,Teoria Geral da Administração: Da Revolução Urbana a Revolução Digital .7ed.Sao Paulo:Atlas ,2012

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