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Disfunção de ATM - aula dia 07/08 -Considerações sobre a ATM: Ossos Articulações Ligamentos Dentes Músculos *O paciente com a disfunção da atm irá apresentar alteração em alguma ou todas esses estruturas. -Componentes ósseos da ATM: Fossa mandibular ou cavidade glenóide Eminência articular do osso temporal. Côndilo da mandíbula . *É uma articulação bilateral, unidas pelo osso da mandíbula, porém são independentes. Ou seja, pode ter alteração em um lado e não ter no outro, mas pela sobrecarga, pode ao longo do tempo comprometer as duas. *Se o indivíduo perder a altura da dimensão vertical (principalmente ligada a dentes posteriores) pode ter uma intrusão da região da ATM, que tem uma altura definida, e quando modificada causa deficiências. FOTO 1 - Considerações sobre a ATM: Capsula articular (auxilia na formação do líquido sinovial. Da resistência e proteção a mandibula) Ligamento temporomandibular (limita o movimento da mandibula- protrusão, abertura.) Esfenomandibular Estilomandibular Colaterais (medial ou interno e lateral) estão ao redor do côndilo Zona bilaminar (retrodiscal ou discomaleolar) se conecta ao ligamento colateral (côndilo) e ao ouvido, no osso chamado martelo. Por essa razão pessoas com disfunção da ATM com um processo inflamatório pelo estiramento ou edema, tem dor no ouvido. Também causa zumbido. Disco articular *O pterigoideo lateral na parte anterior tem relação com o disco. *O disco é avascular, se nutre pela zona bilaminar ou tecido retrodiscal, e também pelo líquido sinovial. * O nervo aurículo-temporal é ramo do V3. Músculos da mastigação- temporal, masseter, pterigoideo lateral e medial. *Pacientes com disfunção de atm tem muita dor de cabeça principalmente por conta do músculo temporal. * Pessoas que fazem apertamento tem dor no Masseter (clinder points, pontos doloridos no masseter) Supra hióideos- digástrico, estilo, milo e geniohiódio. (Fazem abaixamento da mandíbula) Infra hiódeos- Omo, esterno-hiódeo, esternotiroióideo, tireo-hióideo. (Eles INDIRETAMENTE, junto com os supra hiódeos, também ajudam no abaixamento da mandíbula). DISCO ARTICULAR Fibrocartilagem, rica em colágeno com capacidade de remodelar-se Entre a fossa e o côndilo- posição de 12 horas (linha no centro das estruturas) Um formato de sela na porção superior e côncavo na inferior (ou formato de gravata de borboleta) Borda anterior fusiona-se com o músculo pterigoideo lateral e borda posterior fusiona-se com a zona bilaminar. *Estalo (estalido)- por conta da alteração discal. O disco não esta centrado (12 horas) e sim deslocado (total ou parcial). O estalido acontece pela mudança de pressão (líquido e ligamentos) que permite o disco reduzir. DAD- deslocamento anterior de disco. DADCR- deslocamento anterior do disco com redução. A posição habitual do disco é deslocada. Não fica em 12 horas, fica mais anterior. *Quando o paciente não consegue abrir a boca: a pessoa tenta abrir a boca, o disco fica no mesmo lugar . O disco vai mudando sua forma. O ligamento não consegue trazer mais o disco, porque se rompeu. Ai seria DADSR- sem redução. * Também pode ocorrer fibrose, ele se ‘cola’ e não muda mais a posição. * Quando há uma sobrecarga o líquido sinovial pode perder sua viscosidade (altera sua composição) dessa forma dificulta a movimentação do disco. - Sintomas mais comuns de DTMs: Cefaleia Otalgia Dor e pressão atrás dos olhos Um ‘clique’ (estalido) ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca Dor ao bocejar, ao abrir muito a boca ou ao mastigar Mandíbulas que ‘ficam presas’, travam, ou saem do lugar Flacidez dos músculos da mandíbula Uma brusca mudança no modo em que os dentes superiores e inferiores se encaixam. *Também pode ter alteração oclusal. Porque quando o disco esta fora da posição pode ser que ele intrua na fossa articular, e pode ter contato prematuro. -A DTM pode ser classificada em: Disfunção muscular (só na musculatura, hábito de apertamento por exemplo mas sem alterações no disco ou osso) NÃO É INDICADO CIRURGIA Disfunção articular (articulações e osso) *É provável que a pessoa que tenha disfunção articular, também tenha muscular- Musculo-articular. *Luxação da mandibula: quando o côndilo ultrapassa a eminência da mandíbula. -Fisiopatologia das DTMs: Desconhecida Multifatorial Fatores etiológicos, desencadeantes e perturbantes. Oclusão- principalmente classe 2. Alterações complexo côndilo-disco e adesões - colapso no sistema de lubrificação articular- fosfolipídeos e ácido hialurônico- presença de sobrecarga- aumento de fosfolipase A2 e hipóxia dos tecidos. *Bruxismo- pode ser por causa local: má oclusão e o organismo entende que precisa colocar os dentes no lugar. Ou sistêmico: estresse. *Um dos compostos do líquido sinovial é um fosfolipídeo, e quando tem uma sobrecarga há uma alteração para a fosfolipase a2. Ele começa a ter mediadores inflamatórios e assim muda sua viscosidade. Pode contribuir para um deslocamento discal. *O ácido hialurônico também esta presente no líquido. As vezes em tratamentos de articulação é injetado o ácido hialurônico para a tentativa de voltar na viscosidade do líquido. *Líquido sinovial- aproximadamente 1.8 ml. -Diagnóstico: Anamnese (perguntar sobre: dor de cabeça, onde?, pode ficar na luz/ver brilho?, dor de ouvido? Dificuldade para comer? Estala? Tem dificuldade para abrir e fechar a boca? Trava a boca, e como? Abrir ou fechar? Qual a profissão? Hábitos parafuncionais? Usou aparelho? Examine físico (palpação- pterigoideo lateral, atrás do trígono) Exames de imagem- Raio x panorâmico Boca aberta e fechada TC RNM ( para disco articular, é a única que mostra o disco) *Alterações do cálcio podem levar a DTM: é um componente que ajuda na contração muscular. Mulheres na meno-pausa geralmente, por razão do estrogênio, diminui o cálcio. * Abertura de boca: de 35 a 60 mm é normal. *Osteófito- alteração do osso do côndilo. Remodelação óssea. Artrose. *Quando a mandíbula esta mais de uma hora luxada o músculo esta rígido. É preciso anestesiar ou sedar. Técnica: Para baixo, para trás e para cima. - Tratamento clínico das DTMs: Repouso mandibular- dieta leve- pastosa AINES (cetoprofeno, nimesulida, ibuprofeno, bi-profenid, voltarem IM, naproxeno, meloxican) Relaxante muscular (miosan, mioflex A, tandrilax, dorflex) Analgésico (tramal, morfina, toragesic, lisador, tylex, paco) Ansiolíticos (nortriptilina e amitriptilina) Anticonvulsivante (pregabalina- lyrica) Fisioterapia Foniatria DIO (dispositivo inter-oclusal – placa) Tratamento cirúrgico (somente quando todas as opções falharem) - O tratamento clínico visa: Reduzir a dor Restaurar a função Controlar a recorrência de dor Devolver equilíbrio neuromuscular. *A placa faz a desmemorização (rígida e lisa). Altera a propriocepção. O tratamento será eficaz se houver uma equipe experiente no diagnóstico, estadiamento w tratamento das DTMs. Um tratamento cirúrgico só será indicado quando um completo tratamento clínico reabilitador foi adequadamente instituído e não houve êxito na resolução das lesões intracapsulares. -Indicações da placa: Remoção do ciclo vicioso: tensão emocional + apertamento Minimizar as forças causadas pelos hábitos parafuncionais Mialgias, espasmos e atralgias Trismo e limitação da abertura bucal Estalidos e creptações da atm DADCR e DADSR -DIO: Posição articular mais estável e funcional Reorganiza a atividade neuromuscular Reduz a atividade muscular anormal Promove função muscular adequada Ao relaxar a musculatura, leva a mandíbula Aparelho removível Resina acrílica Adapta-se as estruturas oclusais e incisais dos dentes em um dos arcos Superfície de contato lisa e polida Espaço interoclusal de 2 a 3 mm Contato dental preciso com antagonista Eliminar temporariamente a informação nociceptiva daregião oral, periodontal e articular, permitindo que se rompa total ou parcial o mecanismo de contração e estiramento prolongado dos músculos associados ao sistema estomatognático Desmemorização proprioceptiva dos contatos prematuros ao se interpor nas arcadas, rompendo o ciclo vicioso patogênico, criado pela prematuridade e interferências oclusais. - DIO objetivos: Redção dos sintomas das disfunções estruturais do sistema estomatognático e DTM Prevenção de desgaste oclusal Redução da hiperatividade muscular Alivio de tensões musculares, devolvendo tônus muscular normal Correção da relação côndilo-fossa (deslocamento do disco e côndilo) Tratamento de artrite envolvendo a ATM e lesões relacionadas a zona bilaminar Recuperação da DV *Tratamento de 4 a 6 meses para obter resultado. -Tratamento clínico das DTMs : Moldagem superior e inferior- indicar a placa para arcada superior, se houver ausência dentária, placa para a arcada que apresenta a ausência dentária Registro em cera número 7 Vazar os moldes com gesso pedra tipo III Confecção em laboratório Adaptação em todos os dentes com total estabilidade e retenção, sem movimento de báscula MIC- todas as cúspides vestibulares inferiores devem tocar uniformemente o DIO- realizar ajuste com carbono- na instalação Após 1 semana paciente retorna- realizar ajuste em MIC e iniciar as guias em protrusiva e lateralidade Lateralidade (guia canina)- toque da guia canina lado de trabalho, sem interferência do lado de balanceio Protrusiva- não deve haver interferência dos dentes posteriores Estes ajustes são realizados após 15 dias da instalação e mantidos em todas as consultas. 1 mês- ajustes semanais Após 30 dias- quinzenais Conforme o quadro for evoluindo aumenta-se gradativamente o intervalo entre consultas- 3 semanas, 1 mês, até a finalização do tratamento Orientados ao uso noturno- se for necessário 24 horas, tirando apenas para comer
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