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Educação Patrimonial e espaços não escolares

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EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E OS ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Artur Figueredo¹
Alessandra Goulart Macan Gazzoni²
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura (FLX0965) – Práticas Interdisciplinares IV
30/06/2019
	
RESUMO
Neste paper, apresenta-se a relação entre Educação Patrimonial e Espaços não Escolares, veremos que esses dois assuntos então ligados. A Educação Patrimonial é formada de todos os processos educativos formais e não formais que têm como foco o patrimônio cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio histórica das referências culturais em todas as suas manifestações. Sendo em espaços escolares ou não.
Veremos também a importância de profissionais que não se acomodam em suas salas de aulas e buscam uma melhor qualidade de ensino para seus alunos.
Palavras-chave: Educação Patrimonial, Espaços não Escolares.
1 INTRODUÇÃO
 A Educação Patrimonial consiste em ações educativas que tenha o Patrimônio Cultural, material, imaterial ou destinados às manifestações artístico-culturais. Os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, ecológico e científico em um todo como objetivo central, desenvolvidas em espaços escolares ou não escolares utilizando práticas pedagógicas. 
As práticas pedagógicas utilizadas na formação dos alunos devem contemplar a formação, a análise dos processos e acontecimentos históricos, tendo uma visão ampla, adotando condutas de investigação e de autoria em práticas escolares e sociais voltadas para a construção de conhecimentos, da sustentabilidade ambiental, da interculturalidade e da vida, visando a formação do aluno não só como estudante mas como pessoa.
ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Todas as vezes que as pessoas se reúnem para trocar, construir e dividir conhecimentos, investigar suas dúvidas para conhecer melhor determinado assunto, entender e transformar a realidade em que elas vivem, estão de fato realizando uma ação educativa, sendo em igrejas quando o pastor reuni seus fiéis para estudar a Bíblia e discutir suas visões do assunto, em ONGS ou projetos sociais, quando focam em educar e formar melhores pessoas a partir do desenvolvimento humano, através de trabalhos em equipes ou individuais, visando sua postura social, respeito, educação, e outros valores que podem ser ensinados fora de uma sala de aula. Quando os professores consideram aspectos relacionados ao patrimônio cultural, o ambiente em que as pessoas estão inseridas, trata-se de Educação Patrimonial.
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
 A Educação Patrimonial é formada de todos os processos educativos formais e não formais que têm como foco o patrimônio cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, sendo artística, histórica material, imaterial ou arqueológica a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação para sociedade. Considera-se, ainda, que os processos educativos devem priorizar pela construção coletiva e democrática do conhecimento, por meio da participação efetiva das comunidades detentoras e produtoras das referências culturais, onde convivem diversas noções de patrimônio cultural, veremos algumas delas no decorrer deste trabalho.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	
 	No Brasil, aproximadamente, desde o final da década de 1980 com o decreto da constituição Federal de 1988, adotou-se uma visão abrangente para o Patrimônio Cultural, que contempla as expressões culturais de diversos grupos sociais e étnicos brasileiros, através de uma nova política de preservação de bens materiais.
 Mais que uma nova visão, um novo conceito, essa ampliação do que é considerado Patrimônio Cultural tratasse das memórias construídas socialmente sobre o passado. Em um momento histórico anterior, falando sobre os bens considerados como patrimônio, foi privilegiado o tombamento de bens arquitetônicos, como de costume representativos principalmente da elite econômica brasileira. Deste jeito, “elegeram-se determinados bens como representativos da memória nacional em detrimento de outros, que pudessem mostrar ‘a cara’ multifacetada e pluriétnica do país” (ORIÁ; PEREIRFA,2012, p.167).
 As proposições de Oriá e Pereira (2012) deixam subentendidas a noção de patrimônio como um campo de disputas e escolhas. Segundo os autores:
São os homens e as mulheres no presente que elegem os bens culturais reveladores de seu passado e de seu presente para a constituição de sua identidade como sujeitos históricos e cidadãos plenos que constroem coletivamente suas múltiplas memórias. (ORIÁ; PEREIRA, 2012, p 168)
 A partir desta da noção de Patrimônio Cultural que está em vigor e utilizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) são também repensadas as ações educativas que têm o Patrimônio Cultural como objetivo. Considerando-o como o parte do presente, passível de ressignificações podendo atribuir novos significado a acontecimentos através da mudança de sua visão de mundo, e como produto de uma cultura dinâmica, ampliam-se as possibilidades de abordagem dessas ações.
 O material que foi elaborado pelo IPHAN (2014), intitulado: Educação Patrimonial Histórico Conceitos e Processos, apresenta linhas conceituais como um plano de ação para as práticas em Educação Patrimonial. O texto expõe elementos interessantes para analisar e pensar a atuação do Programa de Educação Patrimonial APERS-UFFRGS. A partir desse referencial apresentado a definição de Educação Patrimonial: 
A Educação Patrimonial constitui-se de todos os processos educativos formais e não formais que tem como foco o Patrimônio Cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação. Considerada ainda que os processos educativos devem primar pela construção coletiva e democrática do conhecimento, por meio do diálogo permanente entre os agentes culturais e sociais e pela participação efetiva das comunidades detentoras e protetoras das referências culturais, onde convivem diversas noções de Patrimônio Cultural. (IPHAN, 2014, p.19)
 Este conceito não direciona para uma metodologia específica na construção de ações educativas. A Educação Patrimonial consiste em ações educativas que tenha o Patrimônio Cultural, material, imaterial ou destinados às manifestações artístico-culturais; Os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, ecológico e científico em um todo como objetivo central, desenvolvidas em espaços escolares ou não escolares. A partir dessa definição o IPHAN (2014) apresenta outras premissas conceituais que devem ser consideradas na elaboração das propostas educativas. Dessas premissas, cabe ressaltar duas:
A primeira delas é à participação das comunidades na relação das propostas, de Educação Patrimonial. Veremos que essas diretrizes propõe uma “construção coletiva do conhecimento”, que possibilite a “ação transformadora dos sujeitos no mundo e não uma educação somente reprodutora de informações” (IPHAN, 2014, p.20)
 Para justificar essa visão sobre esta diretriz, seguem abaixo fotos do trabalho que é realizado no Projeto Social Meia Guarda, onde atende-se cerca de noventa crianças e adolescentes. Este trabalho atua juntamente com a comunidade para formação de atletas e cidadãos, visando a melhoria na qualidade de vida dos alunos praticantes de jiu-jitsu.
 A segunda premissa é o reconhecimento do Patrimônio Cultural como um campo de conflitos. Segundo o (IPHAN, 2014, p.23), as “políticas de preservação se inserem num campo de conflitos e negociação entre diferentes segmentos, setores e grupos sociais envolvidos na definição dos critérios de seleção, na atribuiçãode valores e nas práticas de proteção dos bens e manifestações culturais”. O texto afirma também que “é fundamental conceber as práticas educativas em sua dimensão política, a partir da percepção de que tanto a memória como o esquecimento são produtos sociais” (IPHAN, 2014, p. 23).
 Nesta visão, as diretrizes do IPHAN direcionam para ações educativas críticas e reflexivas a respeito da constituição do Patrimônio Cultural. Idealizar as práticas educativas em dimensão política e transformadora significa refletir no que está afirmado como Patrimônio de todos e nas memórias sociais que ficaram para traz, a beira destas escolhas, muitas vezes por falta de interesse da elite econômica brasileira.
2.1 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
As práticas pedagógicas utilizadas na formação dos alunos, devem contemplar a formação a análise dos processos e acontecimentos históricos, tendo uma visão ampla, adotando condutas de investigação e de autoria em práticas escolares e sociais voltadas para a construção de conhecimentos, da sustentabilidade ambiental, da interculturalidade e da vida. 
Esses pressupostos da formação profissional do educador encontram-se em conformidade com o disposto na Lei de Diretrizes e Bases, a LDB – 9.394/96, que prevê em seu art. 1ºque: 
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
Com base nessa legislação, percebesse também que a compreensão do processo educacional admite um caráter mais amplo, ultrapassando a noção de escolarização. Uma vez que o processo educacional não se diminui somente ao espaço escolar, se reconhece igualmente o apoio de diversos agentes e de variados contextos culturais na concepção dos sujeitos. Assim, a educação deve ser entendida como aquela que também ocorre nos ambientes da vida, devendo ser analisada igualmente em conjunto com as mais diversas práticas sociais e culturais. 
Tendo como base o texto a cima, cabe ressaltar que o objetivo geral deste trabalho de conclusão do semestre é a promoção de Educação Patrimonial, utilizando situações de aprendizagem que contemplem a valorização do patrimônio cultural das comunidades locais. Como objetivos específicos, busca-se promover a identificação das referências culturais que formam o patrimônio cultural das comunidades locais por meio diálogo entre a escola e as comunidades que detêm os bens a serem explorados. 
	
 	
2.2 APLICAÇÕES EM CAMPO DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
 
 Contemplamos até agora teorias sobre as práticas que devem ser elaboradas para uma educação patrimonial, em ambientes escolares e não escolares, mas sabemos que a realidade do em que vivemos é diferente, vemos muitas vezes profissionais que se acomodaram em suas salas de aulas escrevendo em seu quadro negro, usando o seu mesmo caderno de estudo de quando se formou.
 O verdadeiro desafio para uma boa educação e conscientização dos alunos a respeito do nosso patrimônio cultural é um profissional que busca conhecimento além do seu tempo, que não se acomoda com o seu cotidiano. Muitas vezes a falta de interesse do profissional em se aperfeiçoar e continuar sua formação, terá como consequência alunos que sairão das salas de aulas com a mente fechada, por falta de um estímulo que seria necessário para que este aluno superasse suas expectativas.
 Mas ainda há profissionais que valorizam suas comunidades, mostrando para os alunos a importância de conhecer o ambiente cultural no qual eles estão inseridos. Veremos abaixo que ações que buscam o conhecimento fora das salas podem ser muito benéficos para os alunos e para os professores na construção do conhecimento. 
 
 Vemos a importância de os alunos não só ficarem isolados em uma sala de aula, e de fato conhecerem os Patrimônios Culturais de sua comunidade.
 
4. CONCLUSÕES
Concluímos que é fundamental a interação de alunos com a Educação Patrimonial em forma de todos os processos educativos formais e não formais que têm como foco o patrimônio cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, onde eles estão inseridos ou não, sendo artística, histórica material, imaterial ou arqueológica a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação para sociedade. Considera-se, ainda, que os processos educativos devem priorizar pela construção coletiva e democrática do conhecimento dos mesmos, por meio da participação efetiva das comunidades detentoras e produtoras das referências culturais, onde coexistem diversas noções de patrimônio cultural. 
Como vimos nas fotos apresentadas a importância da junção de Educação Patrimonial nos Espaços não escolares, para que os alunos possam ter uma visão mais ampla da sua cultura.
5 REFERÊNCIAS
ORIÁ, Ricardo; PEREIRA, Júlia Sales. Desafios teórico-metodológicos da relação Educação e Patrimônio. Resgate, Campinas, v. 20, n. 23, 161-171, nov. 2012. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8645738/13038. Acesso em 30 jun. 2019.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓFRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Educação Patrimonial: histórico, conceitos e processos. Brasília: IPHAN, 2014. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Educacao_Patrimonial.pdf. Acesso em: 30 jun. 2019.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12907:legislacoes&catid=70:legislacoes. Acesso em 30 Jun. 2019.
1Acadêmico: Artur Figueredo
2Tutor externo: Alessandra Goulart Macan Gazzoni
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - História (PED2181) – Prática do Módulo III - 25/11/18
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