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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ – UFOPA
INSTITUTO DE ENGENHARIA E GEOCIÊNCIAS – IEG
PROGRAMA CIÊNCIAS DA TERRA – PCDT
BACHARELADO PROFISSIONAL EM GEOLOGIA
OSTRACODES E A SUA APLICAÇÃO EM PESQUISAS PALEOCLIMÁTICAS E PALEOCEANOGRÁFICAS 
Santarém – Pará
2019
ILLANA PAULA NOGUEIRA DE SOUSA, LAIENE CATARINA DOS SANTOS VIANA, MOISÉS VIEIRA ALVES E MATHEUS CAVALCANTE SILVA
OSTRACODES E A SUA APLICAÇÃO EM PESQUISAS PALEOCLIMÁTICAS E PALEOCEANOGRÁFICAS 
Este trabalho apresenta-se como requisito parcial para a conclusão da disciplina Geologia do Quaternário (IEG 20039), ministrada pela Prof. Dr. Christiane do Nascimento Monte, ofertada à turma T01, no semestre 2019.1.
Santarém – Pará
2019
1. INTRODUÇÃO
	Este estudo apresenta reflexões acerca da utilização do grupo de microfósseis Ostracodes para a execução de análises direcionadas às mudanças climáticas globais, especialmente no que tange às pesquisas Paleoclimáticas e Paleoceanográficas. 
O estudo foi desenvolvido como atividade prática de ensino referente à disciplina Geologia do Quaternário, ofertada pelo Bacharelado Profissional em Geologia, vinculado ao Instituto de Engenharia e Geociências da Universidade Federal do Oeste do Pará (IEG/UFOPA).
À princípio evocam-se as diversas mudanças climáticas ocorridas na Terra devido aos aspectos ligados à dinâmica geológica do planeta. Acrescido a isso tem-se a acentuação de processos antrópicos de interferência, as quais modificam o clima e os ciclos biogeoquímicos (BERG, 2006). 
Em segundo plano, menciona-se a relação existente entre o oceano e a atmosfera terrestres, que regulam o clima – pela captação de gás carbônico e distribuição de calor. Em decorrência desse sistema integrado, o registro sedimentar em bacias oceânicas torna-se um vultoso aspecto de estudo de mudanças ambientais (BRADLEY, 1999). 
De todo modo, o registro fóssil de determinados organismos auxiliam na obtenção de dados acerca dos oceanos. Nessa situação, o esqueleto do respectivo organismo concebe-se como revelador de propriedades físico-químicas. Enfatiza-se então a relevância do uso do Ostracodes nesse tipo de estudo, visto que possuem características gerais e potencialidades (Imagem 1) para a pesquisa paleoceanográfica (BERG, 2006). 
Imagem 1 - Principais elementos morfológicos presentes na carapaça de um ostracode. A. Trachyleberis sp., valva esquerda em vista externa; B. Trachyleberis sp., valva esquerda em vista interna; C. Krithe dolichodeira, valva direita em vista externa; D. Krithe dolichodeira, valva direita em vista interna por transparência. A-C, fotos em
Microscopia eletrônica de varredura; D, em microscopia óptica. Escala: 100µm. 
Fonte: BERG, 2006. 
A partir do ano de 1960 ocorreu a difusão do Ostracodes em pesquisas de viés paleoclimático. Neste instante mencionado muito se concebia sobre gradiente batimétrico de distribuição e a associação com águas profundas (BENSON, 1969). 
Esta análise objetiva a motivação da discussão sobre a utilização do Ostracodes como indicadores climáticos alternativos e de abordagem faunística, cuja colaboração científica torna-se indispensável para a compreensão do paleoclima e do paleoceano. Para tanto, avaliam-se elementos-traço e isótopos estáveis para estudos mais detalhados (DWYER, et al.1995; DIDIÈ E BAUCH, 2002).
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
	A estrutura dos oceanos modernos elucidam a atuação de processos geológicos que atuam no decorrer de inúmeros anos e alteram a fisiografia dos oceanos e as biotas nele presentes. Para a formação de um oceano considera-se a ruptura da crosta continental e a formação de um assoalho oceânico, gerado a partir da ascensão de materiais provenientes do Manto Terrestre (BERGUE, 2006). Tal ação presente no processo de geração de oceanos pode ser descrita como tectonismo de movimento divergente ou transcorrente (tal como ocorre na constante expansão da dorsal meso-oceânica). 
	Sob a averiguação hidrológica, os oceanos constituem-se por massas d’água que apresentam variações de acordo com a temperatura e a salinidade. Estes oceanos dividem-se em relação a posição na coluna oceânica: massas superficiais, intermediárias e as massas de fundo. Para tal, considera-se que as massas mais superficiais apresentam águas quentes (acima de 10ºC) e de espessura variável, enquanto as camadas inferiores são compostas por massas aquosas mais frias. A última dessas migram para o Equador (Imagem 2), contanto que afundem em regiões de alta latitude (BERGUE, 2006). [1: A terminologia utilizada para melhor denomina-las foi proposta por Bruun (1957), considerando a termosfera (massa d’água superior), a psicrosfera (massa aquosa fria) e, ainda, uma zona transicional denominada ZMO. Tais informações contemplam-se na obra: ANTON F. BRUUN, 1957. "Chapter 22: Deep Sea and Abyssal Depths", Treatise on Marine Ecology and Paleoecology, Joel W. Hedgpeth. ]
	Ressalta-se que a principal consequência da modificação climática observa-se nas modificações de circulação oceânica. A clarificação disso nota-se pelas massas mais profundas, como é o caso da Água Profunda do Atlântico Norte (APAN) e a Água Antártica de Fundo (AAF), que são originadas devido ao afundamento dessas águas próximas a regiões polares – logo, em decorrência do aumento da densidade na região específica. Por fim, a circulação dessas massas afetam o transporte de calor global e as características hidrológicas das bacias hospedeiras (BERGUE, 2006).
Imagem 2 - Representação esquemática do Oceano Atlântico atual mostrando as principais massas d.água e suas
Regiões de origem. APAN. Água Profunda do Atlântico Norte; AAF. Água Antártica de Fundo; AAI. Água Antártica Intermediária; ACAN. Água central do Atlântico Norte; ACAS. Água Central do Atlântico Sul; AM. Água Mediterrânea; RF APAN. Região de Formação da APAN; RF AAI. Região de Formação da AAI; RF AAF.
Região de Formação da AAF.
Fonte: BERGUE, 2006 (modificado de DWYER et al. 2002).
	
	A classe Ostracoda representa um grupo de crustáceos aquáticos cujo segmento corporal da maioria das espécies encontra-se envolto por uma carapaça de tamanho variável (0,3 – 1,5mm). O interesse paleontológico nessa classe pauta-se no amplo registro fóssil, contemplado do Ordoviciano ao Holoceno e, justificando a intensa utilização em estudos paleoambientais. O registro torna-se eficiente devido à carapaça de composição quitino-calcítica, a qual compõe-se por duas valvas de articulação dorsal, mudada durante os oito estágios de crescimento dos organismos em questão (BERGUE, 2006; RODRIGUES & FAUTH, 2013). [2: Bergue (2006) enfatiza que a maior quantidade de formas ocorre nos oceanos, não obstante sucedem em ambientes dulciaquícolas e transicionais (típicas em paisagens do Quaternário). ]
	A carapaça desses crustáceos bivalves fossiliza-se facilmente devido à camada carbonática, portanto, tornou-se tema de estudos de importantes pesquisadores. Benson (1972) realizou análises morfométricas e apresentou ornamentações organizadas para otimizar a resistência mecânica. Arguições obtidas por Swanson (1995) complementaram que tal resistência estaria relacionada à defesa contra a dissolução. 
	Em função da Profundidade de Compensação da Calcita os organismos que apresentam esqueletos carbonáticos e que habitam em regiões subjacentes a essas profundidades necessitam desenvolver mecanismos para resistir ao estado de subsaturação (BERGUE, 2006). No caso específico dos Ostracodes, é sabido que detritos carbonáticos são aprisionados na ornamentação da carapaça e repelem a zona subsaturada, conforme ilustra a Imagem 3 a seguir: 
Imagem 3 - Detalhe da superfície externa da carapaça mostrando o efeito dos detritos acumulados na ornamentação no afastamento da zona de subsaturação de carbonato. Escala: 5µm. 
Fonte: Bergue, 2006 (modificado de Swanson 1995).
	
DISTRIBUIÇÃO DOS OSTRACODES MARINHOS - ?
OSTRACODESE EVOLUÇÃO DOS OCEANOS (ELEMENTOS TRAÇO E ISÓTOPOS ESTÁVEIS) - ?
OSTRACODES EM PESQUISAS PALEOCEANOGRÁFICAS NO BRASIL - ?
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. REFERÊNCIAS 
1. BENSON, R. 1969. Preliminary reports on the study of abyssal ostracods. In: Neale, J. ed. The Taxonomy, Morphology and Ecology of Recent Ostracoda. Edinburgh: Oliver & Boyd. p. 475-480.
2. BENSON, R. 1972. The Bradleya problem, with description of two new psychrospheric ostracode genera, Agrenocythere and Poseidonamicus (Ostracoda: Crustacea). Smithson. Contrib. Paleobiol., 12:1-138.
3. BERGUE, C. T. 2006. A aplicação dos Ostracodes (Crustacea) em pesquisas paleoceanográficas e paleoclimáticas. Terrae Didatica, 2 (1): 54-66.
4. BRADLEY, R.S. 1999. Paleoclimatology. Reconstructing climates of the Quaternary. International Geophysics Series, volume 68. 614p.
5. DIDIÉ, C. & BAUCH H.A. 2002. Implications of Upper Quaternary stable isotope records of marine ostracodes and benthic foraminifers for palaeocological and palaeoceanographical investigations. In: J.A. Holmes, A.R. Chivas. ed. The Ostracoda: applications in Quaternary research. American Geophysical Union, p. 279-301. (Geophysical Monograph 131).
6. DWYER, G.S.; CRONIN T.M. & BAKER P.A. 2002. Trace elements in marine ostracodes. In: J.A. Holmes, A. Chivas. eds. The Ostracoda. Applications in Quaternary Research, American Geophysical Union, p. 205-226. (Geophysical Monograph 131).
7. RODRIGUES, G.B. & FAUTH, G. 2013. Isótopos estáveis de carbono e oxigênio em ostracodes do Cretáceo. Terra e Didatica. 9: 34-49.

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