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FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Micheli Biasibetti DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) A prevalência varia de 6 a 15,8% da população com idade igual ou superior a 40 anos, equivalente a 2.800.000 a 6.900.000 indivíduos com DPOC no Brasil. A DPOC, em 2003, foi a quinta maior causa de internamento no sistema público de saúde do Brasil, em maiores de 40 anos. Vem ocupando da 4ª à 7ª posição entre as principais causas de morte no Brasil. DPOC Na DPOC, a limitação do fluxo aéreo é progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos RI ocorre por toda via aérea, parênquima e vasculatura pulmonar RI causa espessamento da vasculatura pulmonar – espessamento da parede vascular (exposição a fumaça de cigarro ou tabaco ou liberação de mediadores inflamatórios) DPOC – Fatores de Risco FATORES EXTERNOS FATORES INDIVIDUAIS Tabagismo Deficiência de alfa-1antitripsina Poeira ocupacional Deficiência de glutationa transferase Irritantes químicos Hiper-responsividadebrônquica Fumaça de lenha Desnutrição Infecções respiratórias graves na infância Prematuridade Condição socioeconômica DPOC – Sinais e sintomas Tosse - crônica Secreção – escarro precedendo a limitação do fluxo de ar Dispneia Sibilos Uso de musculatura acessória DPOC – Exame físico Fase expiratória longa Sibilância Tórax em tonel Uso de musculatura acessória Posição de ancoragem Cianose Sinal de Hoover (respiração paradoxal) Baqueamento digital DPOC – Evolução Clínica Os fatores determinantes da evolução clínica e sobrevida dos clientes com DPOC incluem: História de fumo Exposição ao tabagismo passivo Idade Declínio da função pulmonar Hipoximia Alteração da pressão arterial pulmonar FC em repouso Perda de peso Reversibilidade da obstrução do fluxo aéreo DPOC - diagnóstico A existência de limitação do fluxo aéreo é definida pela presença da relação VEF1/CVF abaixo de 0,70 pós-broncodilatador. Avaliação espirométrica Radiografia de tórax nas posições PA e perfil, não para definição da doença, mas para afastar outras doenças pulmonares (neoplasia pulmonar). A radiografia de tórax pode ainda identificar bolhas. Avaliação radiológica Quadros de acidose respiratória e alterações na concentração de oxigênio e SaO2. Avaliação gasométrica DPOC - Estágios Radiografia DPOC ENFISEMA PULMONAR Dilatação dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, consequente à destruição de suas paredes Perda da elasticidade pulmonar devido a destruição tecidual ENFISEMA PULMONAR BRONQUITE CRÔNICA É caracterizada pela produção de muco na árvore brônquica, suficiente para gerar expectoração excessiva. Hipertrofia das mucosas nos brônquios maiores e alterações inflamatórias crônicas nas pequenas vias aéreas. BRONQUITE CRÔNICA ASMA É considerado um distúrbio separado, sendo classificada como uma condição anormal das vias aéreas caracterizada, principalmente, por inflamação reversível. ASMA DPOC - Complicações Insuficiência e falência respiratória Crônicas ou Agudas Pneumonia Atelectasia Pneumotórax Cor pulmonale Fibrose cística Doença autossômica recessiva caracterizada por secreções anormalmente densas das glândulas mucosas, insuficiência pancreática (80%) e aumento de três a cinco vezes na concentração de sódio e cloreto no suor (90%). Possui taxa de incidência de 1:9500 nascidos vivos (Brasil, 2009). É a doença genética letal mais comum na população Caucasiana. Fibrose cística Defeito nos canais de íon cloreto causado por alteração no gene que codifica a proteína reguladora da condutância transmembrana (CFTR) Bronquiectasias; Hiperinsuflação pulmonar; Atelectasias; Tardiamente: abscessos, destruição parenquimatosa; Pneumotórax e hemoptise (doença avançada); Fibrose; Bronquiolite, infecções recorrentes, pneumonias recidivantes; Baixa tolerância ao exercício; Excesso de escarro mucoso e espesso. Fisiopatologia Fibrose cística – Sinais e Sintomas Tosse (expectoração excessiva) Sibilâncias Progressiva diminuição da resistência física Perda de peso Pele azulada Pele salgada Diminuição da capacidade reprodutora Insuficiência respiratória Baqueamento digital Fibrose cística - diagnóstico História familiar Cloro no suor > 60 mEq/L em 2 dosagens Teste do pezinho Pneumonias de repetição Fibrose cística – Raio X Fibrose cística - Complicações Pneumonias de repetição Insuficiência respiratória SARA Pneumotórax Broncopneumonia (BCP) Inflamação do parênquima pulmonar com preenchimento alveolar por exsudato. Originada de complicações de processos infecciosos gerais ou de um processo inflamatório nas vias aéreas superiores. Pode ser também por consequência de uma broncoaspiração. Broncopneumonia e pneumonia Não segue uma segmentação Lesões únicas ou múltiplas Lobos, lobos ou segmentos pulmonares BCP - causas Vários agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e parasitas); Processos inflamatórios (LES, sarcoidose); Substancias tóxicas que são inaladas ou aspiradas; O pneumococo é a causa mais comum para BCPs. Staphylococcus aureus causa de 10% a 15% das BCPs hospitalares. Menos comum, tendo como principal vetor a Histoplasma capsulatum. Infecções sistêmicas com manifestações pulmonares, sendo necessário riqueza nos dados extra-pulmonares. Vírus sincicial, adenovírus, parainfluenzae e o vírus da gripe. BCP - tipos Viral Bacteriana Fúngica Atípica BCP - tipos Comunitária Adquirida fora do ambiente hospitalar ou com sintomas iniciados até 48 horas após a internação hospitalar Nosocomial É uma infecção que não apresenta clínica no momento da internação e que aparece após 48 horas da internação. Aspirativa Aspiração de líquidos ou alimentos, provocados pela dificuldade de deglutição (ausência do reflexo de tosse) Associada a VM Ocorre após 48 horas de intubação e ventilação mecânica BCP – Sinais e sintomas Febre e sudorese Dispneia Fadiga e fraqueza muscular Tosse com expectoração ativa Dor torácica pleurítica Taquipneia e Taquicardia BCP - Diagnóstico Radiografia (veremos a seguir) Leucograma Alterações gasométricas Achados clínicos no exame físico BCP – Raio X BCP – Raio X BCP - Sinal de Broncograma aéreo BCP - Complicações SARA Abscessos pulmonares Empiema pleural Atelectasias Fibrose pulmonar Doença que predomina no sexo masculino,sua frequência aumenta com a idade, raramente acometendo indivíduos com idade inferior a 40 anos. Incidência: 4,6-16,3 casos /100.000 habitantes Prevalência: 13-20 casos/100.000 habitantes. Fibrose pulmonar Se caracterizam por acometimento do interstício pulmonar, lesando regiões bronquíolo-alveolares. Caracteriza-se por uma infiltração celular inflamatória crônica e variáveis graus de fibrose intersticial, mostrando uma série de características clínicas, radiológicas e fisiopatológicas particulares Fibrose pulmonar Fatores Moduladores: Tempo de exposição; Eficiência dos mecanismos de defesa; Extensão da lesão; Integridade da membrana basal; Susceptibilidade individual. Fibrose pulmonar – Diagnóstico e História Fibrose pulmonar Redução da Difusão: Perda de unidades funcionais Aumento da distância capilar - ar alveolar Alterações da relação V/Q Diminuição do tempo das hemácias no capilar alveolar 46 Fibrose pulmonar – Principais Tipos Mesmas características apresentadas, porém sem etiologia definida Tecido granulomatoso com histologia característica Espessamento intersticial da parede alveolar Intersticial difusa Idiopática Sarcoidose Fibrose pulmonar – Sinais e Sintomas Dispneia Tosse seca Fadiga Infecções pulmonares recorrentes Cianose Baqueamento digital Perda de peso Tiragem Fibrose pulmonar - Diagnóstico Presença de crepitantes finos na ausculta pulmonar Sinais de hipertensão pulmonar Raio-X Tomografia computadorizada Provas de funçãoventilatória Fibrobroncoscopia Fibrose pulmonar – Raio X Fibrose pulmonar - TC Fibrose pulmonar - Espirometria Fibrose pulmonar - Complicações Hipertensão pulmonar Cor pulmonale Infecções respiratórias recorrentes Óbito
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