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Movimento Harmônico Simples Maykon Douglas da Silva Brito João Adilio Silva Araujo Maria Karolina Meneses Damasceno Yoseph Isaacs Vaz Saldanha Lucas Rayan Gomes Amaral Departamento de Física – Centro de Ciências da Natureza – UFPI e-mail: karolinaduff@hotmail.com Resumo O movimento harmônico simples determina-se que quando o sistema é deslocado de sua posição de equilíbrio, uma força restauradora que obedece à lei de Hooke tende a restaurar o sistema para esse equilíbrio. Uma vez que a massa é deslocada da sua posição de equilíbrio, experimenta uma força resultante de restauração. Como resultado, ela acelera e começa a voltar à posição de equilíbrio. A energia mecânica, em um sistema massa-mola, é dada pela conservação da energia, ou seja, a energia mecânica total é a soma da energia cinética com a energia potencial. O experimento foi dividido em duas partes, a primeira parte teve como objetivo determinar a constante da mola através da coleta de dados de duas massas de valores distintos. O valor encontrado foi de 0,0008N/m. Já a segunda parte do experimento consistia em calcular a energia do movimento harmônico simples, onde foi constatado que a energia mecânica do sistema foi constante e conservativa. Palavras chave: Deslocamento; energia; MHS; Hooke. Introdução Nosso mundo está repleto de oscilações, nas quais os objetos se movem repetidamente de um lado para outro. Muitas são simplesmente curiosas ou desagradáveis, mas outras podem ser economicamente importantes ou perigosas. Eis alguns exemplos: quando um taco rebate uma bola de beisebol, o taco pode sofrer oscilações suficientes para machucar a mão do jogador ou até mesmo se partir em dois. [1] Existem sistemas simples como é o caso da oscilação de uma mola, após aplicar uma determinada força de compressão por exemplo, usando-se uma mola ideal o sistema entrara em um movimento repetitivo de estiramento e compressão. Esse tipo de movimento em que existe essa oscilação em relação a uma massa é chamado de harmônico simples e sua posição pode ser modelada como: 𝑦 = 𝐴𝑐𝑜𝑠(2𝜋𝑓𝑡 + 𝜑) (1) Nesta equação, y é o deslocamento vertical a partir da posição de equilíbrio, é a amplitude do movimento, f é a frequência de oscilação, t é o tempo, e 𝜑 é a constante de fase. Este experimento esclarecerá cada um destes termos. Nós podemos descrever uma massa oscilando em termos de sua posição, velocidade e aceleração com função do tempo. Nós também descrevemos o sistema a partir de uma perspectiva em termos de energia. Neste experimento, você medirá a posição e velocidade como uma função do tempo para um sistema massa-mola, e a partir desses dados, você fará gráficos da energia cinética e potencial do sistema. A energia está presente em três formas para o sistema massa-mola. A massa m, com velocidade v, pode ter a energia cinética Ec 𝐸𝑐 = 1 2 𝑚𝑣2 (2) A mola pode manter uma energia potencial elástica (Epe), definida como: 𝐸𝑝𝑒 = 1 2 𝑘𝑦2 (3) onde k é a constante elástica da mola e y é a extensão ou compressão da mola medida a partir de sua posição de equilíbrio. O sistema massa-mola também tem energia potencial gravitacional, dada pela seguinte expressão 𝐸𝑝𝑔 = 𝑚𝑔𝑦 (4) Mas nós não precisamos incluir este termo se nós medirmos o comprimento da mola a partir da posição de equilíbrio. Nós podemos então nos concentrar na troca de energia entre as modalidades energia cinética e energia potencial elástica. Se não há outras forças agindo sobre o sistema, então o princípio da conservação da energia nos diz que a soma ∆𝐸𝑐 + ∆𝐸𝑝𝑒 = 0 (5) A equação (5) pode-se testar experimentalmente. (lembre-se ∆ é a variação de uma grandeza calculada como a diferença entre o valor final e o inicial) Teve-se como objetivo de a execução do experimento medir a posição e a velocidade como função do tempo para um sistema de massa-mola oscilante, comparar o movimento de um sistema massa-mola observando com um modelo matemático de um movimento harmônico simples, determinar a amplitude, período, e a constante de fase do movimento harmônico simples e testar os princípios da conservação de energia. [2] Procedimento: Materiais utilizados na primeira parte: • Computador Windows • Detector de movimento Vernier • Logger pro • Tripé • Massas de 200g e 300g • Mola • Barras de aço • Castanha Procedimento experimental da Parte I da Prática 3: Iniciou-se prendendo a mola a uma barra horizontal que fica conectada a um anel, em seguida o detector de movimento foi colocado a uma distância de aproximadamente 75cm abaixo da massa. Conectou-se o detector de movimento no computador e foi aberto o arquivo “15 Simple Harmonic Motion” que se encontra na pasta Physics with Vernier do Logger pro. Clicou-se em Collect no programa afim de examinar se no gráfico da posição estava mostrando uma curva senoidal. Foi medido a posição (yo) de equilíbrio da massa conhecida que estava suspensa pela mola, clicando em Collect para coletar os dados e após em Statistics, a posição (yo) foi anotada na Tabela 7. Em seguida ergueu-se a massa m1 , que está definida na Tabela 7, cerca de 5cm e a liberou para oscilar ao longo da linha vertical, clicou-se em Collect para coletar os dados e usando o gráfico da distância foi medido o intervalo de tempo entre duas posições máxima, o período (T), frequência (f) e amplitude (A) foi calculada clicando no botão Examine, em seguida todos os dados anteriores foram anotado na Tabela 7. Os procedimentos anteriores foram repetidos três vezes com a mesma massa e apenas variando a amplitude, em seguida os dados foram anotados na Tabela 7 Depois de feito todos os passos anteriores, utilizamos uma massa m2, definida na tabela 8, e realizamos três vezes os mesmos procedimentos que a massa m1 foi submetida e os dados foram anotados na Tabela 8. Procedimento experimental da Parte II da Prática 3: Parte A da Parte II da Prática 3 Com o computador preparado o arquivo “7b Energy in SHM” foi aberto a partir da pasta Physics with Vernier do Logger Pro. Clicou-se em “Collect” para iniciar a coleta de dados e suspendeu-se um objeto de massa 50g pela mola e em repouso clica-se em Keep e digita-se 0.49 e pressionou-se ENTER para completar a entrada de dados. Em seguida, foram prendidos os pesos de 100, 150, 200, 250 e 300g na mola e anotando a posição e inserindo os valores dos pesos em Newton. Em seguida clicou-se em Stop para encerrar a coleta de dados e em “Regression Line”, para ajustar uma linha reta nos dados coletados. Parte B da Parte II da Prática 3 Colocou-se um objeto de massa 200g no arranjo experimental e preparou o computador para abrir o arquivo “17c Energy in SHM” que se encontra na pasta Physics with Vernier do Logger Pro. Com o objeto preso à mola e em repouso clica-se no botão “Zero” para zerar o detector de movimento, e começa a coleta de dados com o objeto oscilando somente na vertical com uma amplitude de cerca de 10cm e depois foi clicado no botão “Collect” para iniciar a coleta de dados da posição, velocidade e energia. Resultados e Discussão Parte 1: Depois de ser montado todo o processo experimental, mediu-se a posição e a velocidade (em função do tempo) para um sistema massa- mola oscilante, e a partir desses dados foi determinada a amplitude, o período e a constante de fase do movimento harmônicosimples para diferentes massas. Assim como examinou-se as energias envolvidas no processo, como mostra as tabelas (a) e (b). Tabela (1): dados da parte I Prática 3 para massa m1 Dados Tentativa 1 Tentativa 2 Tentativa 3 Massa(g) 100 100 100 y0(cm) 0,335 0,332 0,333 A(cm) 6,27 6,00 6,05 T(s) 1,2 1,2 1,2 F(Hz) 0,83 0,83 0,83 Tabela (2): dados da parte I Prática 3 para massa m2 Dados Tentativa 1 Tentativa 2 Tentativa 3 Massa(g) 150 150 150 y0(cm) 0,257 0,256 0,255 A(cm) 6,06 6,08 6,02 T(s) 1,00 1,00 1,00 F(Hz) 1 1 1 Com base nos dados, os cálculos realizados foram realizados a partir da fórmula y=A sin(2π f t+w0). Assim obteve-se os gráficos de posição contratempo, e velocidade contratempo, como observa-se abaixo nas figuras (1), para massa de 100 gramas, e figura (2), para a massa de 150 gramas: Com os dados obtidos, foi esbouçado um gráfico da altura contra o tempo para o objeto preso à mola que foi utilizada no experimento, à medida que a mola oscila para os lados em ciclo. Foram marcados no gráfico os instantes em que o objeto se move com uma velocidade maior (e assim obtendo energia cinética maior), e onde ele se move mais lentamente (e consequentemente obtendo menor energia cinética) Figura(1): para massa de 100 g: Figura (2) para massa de 150 g: Pelo gráfico, os pontos azuis estão relacionados com os pontos onde a energia potencial tem valor máximo (energia cinética com menor valor) e mínimo (energia cinética de maior valor), e a energia mecânica está representada pelos pontos vermelhos no gráfico altura contratempo. Os gráficos de velocidade contratempo e altura contratempo diferem-se no número de concavidades em um mesmo período e assemelham-se no comportamento constante das curvas. Pelos dados coletados, a amplitude não depende nem da frequência (f) nem do período (T). Daí obteve-se que a constante elástica da mola se deu por: 0,0008 N\m, de forma objetiva e direta, usando-se de materiais laboratoriais como a barra horizontal de aço, a mola, castanhas, um tripé, o detector de movimento e o computador executando o programa logger pro. Neste experimento, a margem de erro, para a tabela (a) (primeira tabela) foi de 1,5% ou 0,015 no calculo da amplitude (A) e de 0,0002 no calculo da posição inicial (y0) devido à resistência do ar e da maneira em que o pendulo foi solto. Parte 2: Nesta etapa do experimento foi onde se calculou a energia do movimento harmônico simples. Marcou-se onde a e mola tem maior energia potencial elástica e também onde ela é menor. Dado o gráfico da figura (3), gráfico das energias potencial elástica e cinética: Figura (3): das Energias potencial elástica e Cinética: O calculo da energia potencial da mola foi calculado utilizando a lei de Hooke, que diz que a força da mola é proporcional ao seu 0 1 2 0 1 2 En er gi a Tempo Gráfico Das Energias Energia Potencial Energia Cinética Energia Mecânica estiramento a partir do equilíbrio, sendo a fórmula dada por: F=-Kx. A energia mecânica mostrou-se constante e conservativa, já que a energia potencial elástica somada com a energia cinética resulta no mesmo valor de energia mecânica em toda a função altura contratempo esbouçado nas figuras (1) e (2). Conclusão Em princípio, qualquer material elástico poderia ser usado para realizar essa atividade. Porém, é aconselhável que se utilize algum tipo de material onde a deformação elástica seja algo notório. Ao comparar os gráficos da primeira parte do experimento constatou-se que a amplitude não depende da frequência e nem do período. A constante elástica da mola encontrada foi de 0,0008N/m. Na segunda parte notou-se que a energia mecânica foi constante e conservativa, já que a energia potencial elástica somada com a energia cinética resultou na mesma energia mecânica. Conclui-se que os gráficos foram sucintos para demonstrar a baixa variação de valores encontrado no sistema. Referencias [1] Halliday, D; Resnick, R; Krane, K. Física, 5ª ed. ED. LTC, Rio de Janeiro. 2000 [2] Apostila de Física experimental I-elaborada pela Prof(a). Maria Leticia Vega-2015
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