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aula 06 tipologia textual exercicios

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1
Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
TIPOLOGIA TEXTUAL — EXERCÍCIOS
QUESTÕES DE CONCURSO
Constituem o que se denomina técnica legislativa as normas e os princípios, 
escritos e não escritos, os quais, do ponto de vista constitucional e jurídico, regem 
o modo de escrever os textos legais. Diferentes autores apresentam de maneiras 
diversas as características que deve ter a lei bem feita. Em geral, todos concor-
dam que é mister conciliar cinco qualidades essenciais da linguagem legislativa, 
a saber: simplicidade, precisão, clareza, concisão e correção.
Tais qualidades, contudo, só se podem alcançar quando o legislador conhece 
bem a matéria tratada na lei que esteja em processo de elaboração. A falta de 
familiaridade com as relações jurídicas, sociais ou econômicas decorrentes de 
um projeto de lei responde por muito da imprecisão quando não pelo conflito 
direto de uns dispositivos com outros, por exemplo. 
Do ponto de vista conceitual, contudo, embora diretamente ligada ao estilo e 
aos seus aspectos formais e gramaticais, a técnica de redigir textos legais não é 
limitada por eles. No meu modo de pensar: a lei precisa ser universal e abstrata, 
substantiva e imperativa, normativa e principiológica; o texto da lei deve ser obje-
tivo, direto, conciso, bem ordenado, simples e claro. 
Said Farhat. Dicionário parlamentar e político: o processo político e legislativo no Brasil. São 
Paulo: Editora Fundação Peirópolis/Melhoramentos, 1996, p. 943 (com adaptações).
1. O texto pode ser classificado como didático por ser marcado pela repetição 
de vocabulário e ausência de elementos subjetivos.
Comentário
Como sugere a referência bibliográfica do texto em questão, há a presença de 
elementos subjetivos (que se relacionam com o sujeito, no caso, o autor).
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Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
Agora vale a vida,
e de mãos dadas,
trabalharemos todos
pela vida verdadeira.
(...)
Artigo III
Parágrafo único
O homem confiará no homem
como um menino confia em outro menino.
(...)
Artigo Final
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.
Thiago de Mello. Estatuto do homem (fragmento).
2. É correto afirmar que o poema mimetiza características de outro gênero textual. 
Comentário
O termo “mimetiza” pode ser entendido, aqui, como “imita”.
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Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Diversas são as naturezas dos instrumentos de que dispõe o povo para par-
ticipar efetivamente da sociedade em que vive. Políticos, sociais ou jurisdicio-
nais, todos eles destinam-se à mesma finalidade: submeter o administrador ao 
controle e à aprovação do administrado. O sufrágio universal, por exemplo, é 
um mecanismo de controle de índole eminentemente política — no Brasil, está 
previsto no Art. 14 da Constituição Federal de 1988, que assegura ainda o voto 
direto e secreto e de igual valor para todos —, que garante o direito do cidadão 
de escolher seus representantes e de ser escolhido pelos seus pares. Costuma-
-se dizer que a forma de sufrágio denuncia, em princípio, o regime político de 
uma sociedade. Assim, quanto mais democrática a sociedade, maior a amplitude 
do sufrágio. Essa não é, entretanto, uma verdade absoluta. Um sistema eleito-
ral pode prever condições legítimas a serem preenchidas pelo cidadão para se 
tornar eleitor, desde que não sejam discriminatórias ou levem em consideração 
valores pessoais. Segundo José Afonso da Silva, considera-se, pois, universal o 
sufrágio quando se outorga o direito de votar a todos os nacionais de um país, 
sem restrições derivadas de condições de nascimento, de fortuna ou de capaci-
dade especial. No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os requisitos 
da nacionalidade, idade e capacidade, além do requisito formal do alistamento 
eleitoral. Todos requisitos legítimos e que não tornam inapropriado o uso do 
adjetivo universal. 
Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações).
3. O texto é, essencialmente,
a. descritivo.
b. informativo.
c. prescritivo e normativo.
d. dissertativo-argumentativo.
e. narrativo.
Comentário
• Uma questão de múltipla escolha pode ser ocasião de assinalar a alterna-
tiva mais adequada, e não a única correta.
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Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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• Observando a referência do texto, é de se esperar que o texto tenha uma 
linguagem mais objetiva e formal.
• As palavras mais recorrentes, “voto” e “sufrágio”, constituem o assunto do 
texto.
• Há posicionamentos claros do autor dentro do texto.
• A melhor resposta seria “expositivo-argumentativo”, mas ela não figura 
entre as alternativas.
Pedi ao antropólogo Eduardo Viveiros de Castro que falasse sobre a ideia 
que o projetou. A síntese da metafísica dos povos “exóticos” surgiu em 1996 e 
ganhou o nome de “perspectivismo ameríndio”. 
Fazia já alguns anos, então, que o antropólogo se ocupava de um traço espe-
cífico do pensamento indígena nas Américas. Em contraste com a ênfase dada 
pelas sociedades industriais à produção de objetos, vigora entre esses povos a 
lógica da predação.
O pensamento ameríndio dá muita importância às relações entre caça e caça-
dor — que têm, para eles, um valor comparável ao que conferimos ao trabalho 
e à fabricação de bens de consumo. Diferentes espécies animais são pensadas 
com base na posição que ocupam nessa relação. Gente, por exemplo, é, ao 
mesmo tempo, presa de onça e predadora de porcos. 
Pesquisas realizadas por duas alunas de Viveiros de Castro, na mesma época, 
com diferentes grupos indígenas da Amazônia, chamavam a atenção para outra 
característica curiosa de seu pensamento: de acordo com os interlocutores de 
ambas, os animais podiam assumir a perspectiva humana. Um levantamento 
realizado então indicava a existência de ideias semelhantes em outros grupos 
espalhados pelas Américas, do Alasca à Patagônia. 
Segundo diferentes etnias, os porcos, por exemplo, se viam uns aos outros 
como gente. E enxergavam os humanos, seus predadores, como onça. As onças, 
por sua vez, viam a si mesmas e às outras onças como gente. Para elas, con-
tudo, os índios eram tapires ou pecaris — eram presa. Ser gente parecia uma 
questão de ponto de vista. Gente é quem ocupa a posição de sujeito. No mundo 
amazônico, escreveu o antropólogo, “há mais pessoas no céu e na terra do que 
sonham nossas antropologias”.
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Tipologia Textual — Exercícios
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Ao se verem como gente, os animais adotam também todas as característi-
cas culturais humanas. Da perspectiva de um urubu, os vermes da carne podre 
que ele come são peixes grelhados, comida de gente. O sangue que a onça 
bebe é, para ela, cauim, porque é cauim o que se bebe com tanto gosto. Urubus 
entre urubus também têm relações sociais humanas, com ritos, festas e regras 
de casamento.
Tudo se passa, conforme Viveiros de Castro, como se os índios pensassem o 
mundo de maneira inversa à nossa, se consideradas as noções de “natureza” e 
de “cultura”. Para nós, o que é dado, o universal, é a natureza, igual para todos 
os povos do planeta. O que é construído é a cultura,que varia de uma sociedade 
para outra. Para os povos ameríndios, ao contrário, o dado universal é a cultura, 
uma única cultura, que é sempre a mesma para todo sujeito. 
Ser gente, para seres humanos, animais e espíritos, é viver segundo as regras 
de casamento do grupo, comer peixe, beber cauim, temer onça, caçar porco. 
Mas se a cultura é igual para todos, algo precisa mudar. E o que muda, o que é 
construído, dependendo do observador, é a natureza. Para o urubu, os vermes 
no corpo em decomposição são peixe assado. Para nós, são vermes. Não há 
uma terceira posição, superior e fundadora das outras duas. Ao passarmos de 
um observador a outro, para que a cultura permaneça a mesma, toda a natureza 
em volta precisa mudar.
Rafael Cariello. O antropólogo contra o Estado. In: Revista piauí, n.º 88, janeiro de 2014 (com 
adaptações).
4. Narrado em primeira pessoa e tratando de tema científico, o texto classifica-se 
como artigo científico, ainda que tenha sido publicado em periódico não espe-
cializado. 
Comentário
• Marcas de tempo, espaço e personagem são características do tipo narrativo.
• A linguagem própria do autor não é característica de artigo científico. 
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Em episódio que não sei mais se se estuda na História do Brasil, pois nem 
mesmo sei se ainda se estuda História do Brasil, nos contavam, às vezes com 
admiração, que D. Pedro, o da Independência, irritado com a primeira Assem-
bleia Constituinte brasileira, por ele considerada folgada e ousada, encerrou a 
brincadeira e outorgou a Constituição do novo Estado.
Decerto a razão não é esta, é antes um sintoma, mas vejo aí um momento 
exemplar da tradição de encarar o Estado (que, na conversa, chamamos de 
“governo”) como nosso mestre e os nossos direitos como por ele dadivados. Os 
governantes não são mandatários ou representantes nossos, mas patrões ou 
chefes. Claro, há muito que discutir sobre o conceito de praticamente cada pala-
vra que vou usar — isto sempre, de alguma forma, é possível —, mas vamos 
fingir que existe consenso sobre elas, não há de fazer muito mal agora. 
Nunca, de fato, tivemos democracia. E a República não trouxe nenhuma 
mudança efetivamente básica para o povo brasileiro, nenhuma revolução ou 
movimento o fez. Tudo continua como era dantes, só que os defeitos, digamos, 
de fábrica, vão piorando com o tempo e ficam cada vez mais difíceis de consertar.
Alguns, na minha lúgubre opinião, jamais terão reparo, até porque a Humani-
dade, pelo menos como a conhecemos, deve acabar antes. 
João Ubaldo Ribeiro. A gente se acostuma a tudo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006, p. 113-4 
(com adaptações).
5. É correto afirmar que o trecho foi extraído de um ensaio acadêmico, pois ver-
sa sobre tema histórico com base em conceitos de teoria política. 
Comentário
• Algumas características da crônica (gênero):
 – Tratar de fatos da sociedade;
 – Lidar com passado histórico;
 – Linguagem coloquial.
• “Lúgubre”, no texto, significa “nefasto”, “ruim”.
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Tarde de verão, é levado ao jardim na cadeira de braços — sobre a palhinha 
dura a capa de plástico e, apesar do calor, manta xadrez no joelho. Cabeça caída 
no peito, um fio de baba no queixo. Sozinho, regala-se com o trino da corruíra, 
um cacho dourado de giesta e, ao arrepio da brisa, as folhinhas do chorão fais-
cando — verde, verde! Primeira vez depois do insulto cerebral aquela ânsia de 
viver. De novo um homem, não barata leprosa com caspa na sobrancelha — e, 
a sombra das folhas na cabecinha trêmula, adormece. Gritos: Recolha a roupa. 
Maria, feche a janela. Prendeu o Nero? Rebenta com fúria o temporal. Aos tran-
cos João ergue o rosto, a chuva escorre na boca torta. Revira em agonia o olho 
vermelho — é uma coisa, que a família esquece na confusão de recolher a roupa 
e fechar as janelas? 
Dalton Trevisan. Ah, é? Rio de Janeiro: Record, 1994. p. 67 (com adaptações).
6. No texto, predominantemente narrativo, ocorrem tanto o discurso
direto como o discurso indireto livre.
Comentário
O discurso indireto livre se caracteriza quando o autor entra na mente do 
personagem e expressa os sentimentos ou pensamentos dele indiretamente, 
enquanto o discurso direto é a reprodução fiel da fala do personagem.
7. Por tratar-se de narrativa em terceira pessoa, o texto apresenta,
além do relato das ações, alguns comentários do narrador, sem
perscrutar o pensamento do personagem principal.
Comentário
“Perscrutar” significa “pesquisar, investigar”. 
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GABARITO
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5. E
6. C
7. E
�����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pela professora Grazy.

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