Buscar

Microbiologia - resumo

Prévia do material em texto

Doenças Sexualmente Transmissíveis 
Infecção pelo vírus HIV: O vírus provoca a deleção de linfócitos T helper CD4⁺ ao 
longo dos anos, e como consequência os pacientes morrem por doenças oportunistas 
(imunossupressão). Dessa forma, os sintomas podem ou não se manifestar dependendo 
da carga viral. 
• A infecção pelo vírus HIV é uma doença crônica, e quando ela evolui para uma 
carga viral alta e com manifestações de falhas no sistema imune configura-se 
como AIDS. 
• AIDS é quando os pacientes possuem uma contagem de células CD4⁺ menor que 
200 células por microlitro. 
• Novas terapias com antirretrovirais suprimiu a replicação do vírus para níveis 
indetectáveis, aumentando a expectativa de vida e reduzindo complicações na 
saúde do paciente. 
• Não possui uma latência verdadeira porque o vírus está em constante 
multiplicação, mas existe a latência clínica que é quando o sistema imune ainda não 
está afetado. 
• O vírus pertence à família retrovidae 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores que dificultam a eliminação do vírus: Variabilidade viral (mutações), não é 
expresso em todas as células infectadas,e não é completamente eliminado do sistema 
imune após a infecção primária 
Tratamento: Feito por imunossupressores como: 
Inibidores da integrase: Dolutegravir 
Inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa: Tenofovir 
Inibidores de protease: Efavirenz 
Transmissão: 
A forma mais comum de adquirir o 
vírus é por meio de relações sexuais 
com um parceiro infectado. A infecção 
é transmitida pelo contato com sangue 
contaminado. 
Formas de contrair a doença: sexo 
desprotegido, compartilhamento de 
seringas, transição vertical no útero, 
aleitamento materno e transfusão de 
sangue. 
 
 
Obs: Quanto menos controlada a 
doença, maior a carga viral. Quanto 
maior a carga viral, maior a transmissão. 
 
Infecção pelo vírus HPV: Doença conhecida como Condiloma ou verruga genital 
• Vírus não envelopados (fácil reconhecimento) 
• HPV = Vírus do papiloma humano 
• As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores 
malignos, especialmente do câncer de colo de útero e do pênis. 
Transmissão 
A transmissão se dá predominantemente por via sexual, mas existe a possibilidade de 
transmissão vertical (mãe/feto), através da saliva, e de infecção por perfuração ou 
corte com objetos contaminados pelo HPV. 
 
Diagnóstico 
As características anatômicas dos órgãos sexuais masculinos permitem que as lesões 
sejam mais facilmente reconhecíveis. Nas mulheres, porém, elas podem espalhar-se por 
todo o trato genital e alcançar o colo do útero, uma vez que, na maior parte dos casos 
só são diagnosticáveis por exames especializados, como o Papanicolau (teste de rotina 
para controle ginecológico). 
 
Sintomas 
• pode ser assintomática ou provocar o aparecimento de verrugas na pele e nas 
mucosas 
• O vírus do HPV pode ser eliminado espontaneamente, sem que a pessoa sequer 
saiba que esteve infectada. Uma vez feito o diagnóstico, porém, é necessário 
tratamento, que pode ser clínico (com medicamentos) ou cirúrgico. 
A vacina não contém o vírus do HPV, uma vez que é usado uma proteína 
específica. Assim, não é possível se contaminar por HPV na vacinação. 
Infecções que causam úlceras (feridas) 
Sífilis: O agente causador da sífilis é uma espiroqueta gram-negativa, chamada 
Treponema pallidum. 
• Essa bactéria não tem fatores de virulência evidentes, como toxinas, porém 
produz diversas lipoproteínas que induzem uma resposta imune inflamatória. 
Aparentemente, essa e ́ a causa da destruição tecidual da doença. 
• No estágio primário da doença, o sinal inicial e ́ um cancro, ou úlcera (indolor) 
• No estágio secundário a erupção e ́ amplamente distribuída na pele e nas 
membranas mucosas, sendo especialmente visível nas palmas das mãos e nas 
solas dos pés. 
• Não cresce em placas de petri, apenas em células in vivo. 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico da sífilis é complexo, uma vez que cada estágio da doença tem exigências 
especiais. Os testes se dividem em três grupos gerais: inspeção microscópica visual, 
testes sorológicos treponêmicos (procura o antígeno da bactéria) e testes sorológicos 
não treponêmicos (teste bioquímico). 
Diferenças entre os testes não treponêmicos e os treponêmicos 
A diferença principal é que os testes não treponêmicos detectam anticorpos que não 
são específicos contra Treponema pallidum, e os testes treponêmicos detectam 
anticorpos específicos para antígenos de T. pallidum. 
Tratamento: Penicilina benzatina, azitromicina, a doxiciclina e a tetraciclina. 
Herpes: causada pelo vírus do herpes simples (HSV), que provoca lesões na pele e 
nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos. 
Existem dois tipos de HSV: 
(1) O tipo 1, responsável pelo herpes facial, manifesta-se principalmente 
na região da boca, nariz e olhos; 
(2) O tipo 2, que acomete principalmente a região genital, ânus e nádegas. 
O período de incubação varia de dez a quinze dias após a relação sexual com o portador 
do vírus, que pode ser transmitido mesmo na ausência das lesões cutâneas ou quando 
elas já estão cicatrizadas. 
Tratamento: Aciclovir e Fanciclovir. 
Linfogranuloma venéreo (LGV): Essa doença aparentemente é causada pelos sorovares 
de Chlamydia trachomatis que são invasivos e tendem a infectar o tecido linfoide. 
O antibiótico de escolha para o tratamento e ́ a doxiciclina. 
Cancroides: O agente causador é o Haemophilus ducreyi (bactéria), bacilos gram-
negativo que podem ser isolados das lesões, e fazer o diagnóstico através do cultivo da 
bactéria. 
• Causa úlceras dolorosas 
• Os antibióticos recomendados incluem doses únicas de azitromicina. 
 
Doenças caracterizadas por uretrite e cervicite (coceira) 
Gonorreia: causada pela bactéria Neisseria gonorrhea, que infecta especialmente a 
uretra, canal que liga a bexiga ao meio externo. 
Sintomas: Inflamação no canal da uretra, dor ou ardor ao urinar e saída de pus amarelo 
através da uretra. 
• Nas mulheres a infecção pode se disseminar para o útero e as tubas uterinas, 
causando uma infeção pélvica. 
Transmissão: 
• transmissão vertical (mãe/feto) no momento do parto. 
• A prática de sexo oral e de sexo anal pode levá-la para a região anal e da 
orofaringe, resultando em obstrução do canal anal e alterações da voz. 
 
Clamídia: Ela é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis 
• A clamídia é uma das causas da infertilidade masculina e feminina. 
Nos homens, a bactéria pode causar inflamações nos epidídimos e nos testículos, 
capazes de promover obstruções que impedem a passagem dos espermatozoides. Nas 
mulheres, o risco é a bactéria atravessar o colo uterino, atingir as tubas 
uterinas provocar a doença inflamatória pélvica (DIP). 
Doenças caracterizadas por corrimento vaginal 
Vaginose: alteração da microbiota vaginal devido a mudança de pH 
• Pode ocorrer por estresse ou pelo uso da pílula anticoncepcional 
• Diagnóstico: mudança de pH, odor de peixe e células características. 
Tricomoniase: causada pelo protozoário trichomona vaginalis 
Candidíase: causada pelo fungo cândida albicans. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tuberculose e Hanseníase 
~ ambas são de notificação compulsória 
Tuberculose: e ́ uma doença infecciosa causada pela Mycobacterium tuberculosis, um 
bacilo delgado e aeróbio obrigatório. Os bacilos crescem lentamente (tempo de geração 
de 20 horas ou mais), muitas vezes formam filamentos e tendem a crescer em 
aglomerados. Na superfície de um meio líquido, seu crescimento parece ter a forma de 
um bolor, o que sugeriuo nome do gênero Mycobacterium (myco significa fungo). 
• é reconhecida quando o paciente tem tosse por mais de 3 semanas. 
• A composição incomum da parede celular, que contém grandes quantidades de 
lipídeos como: ácido micólico, cera D e o lipoarabinomanana torna essas células 
impermeáveis a coloração Gram. 
• Coram com Ziehl Neelsem (baciloscopia do escarro) 
• As micobactérias são classificadas como ácido resistentes (BAAR) 
 
Evolução dos sintomas 
• A tosse, o sintoma mais evidente da infecção pulmonar, também dissemina a 
infecção através de aerossóis contendo bactérias. O escarro pode se tornar 
sanguinolento à medida que os tecidos são lesionados, e, por fim, os vasos 
sanguíneos podem se tornar tão erodidos que se rompem, resultando em 
hemorragia fatal. 
 
Fatores que interferem na transmissão da doença 
• Concentração de bacilos nos aerossóis 
• Local sem ventilação e sol 
• Pobreza vital = péssima qualidade de vida 
• Pessoas com sistema imune prejudicado (associado ao HIV) e com baixa nutrição 
 
Como ocorre a infecção bacteriana: 
• Se a infecção progredir, o hospedeiro isola os patógenos em uma lesão fechada, 
chamada de tubérculo, uma característica que dá́ nome à doença. 
• O pulmão forma um granuloma sólido de forma emergencial para isolar a bactéria 
e não permitir que ela se espalhe. Uma vez que o sistema imune está prejudicado, 
ocorre a ativação do granuloma e ele se rompe, liberando a bactéria, e 
consequentemente, gerando a tuberculose. 
• A parte mais ventilada do pulmão é no ápice e, portanto, é a local de maior 
disseminação da tuberculose, já que elas são aeróbicas obrigatórias. Ao 
contrário da pneumonia, que a macha pulmonar aparece de forma homogênea, uma 
vez que possuem bactérias facultativas. 
 
 
Isoniazida > inibidor da parede celular (altera a permeabilidade da membrana) 
Etambutol > inibidor da parede celular 
Pirazinamida > inibidor do metabolismo 
Tratamento: isoniazida, etambutol, pirazinamida e rifampicina. 
 
 Rifampicina > inibidor do RNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento regular: 
Associação medicamentosa = evita resistência bacilar 
Regime prolongado e bifásico: 1º redução da população bacilar diminuindo a 
transmissibilidade e 2º eliminação dos bacilos resistentes para uma cura efetiva 
Tratamento regular: proteção contra a resistência 
Sistema TDO> Tratamento diretamente observado, o profissional treinado passa a 
observar a tomada da medicação do paciente desde o início do tratamento até sua cura. 
Hanseníase: causada pela Mycobacterium leprae. 
• A transmissão não ocorre pela pele, mas sim pela via respiratória. Também pode 
ocorrer por contato com a secreção nasal de pacientes com o bacilo. 
• Sintomas: alterações dermatológicas (manchas) e neurológicas (perda da 
sensibilidade). Se demora para fazer o tratamento, sintomas como cegueira e 
edemas no nariz podem aparecer. 
• Tratamento com o antibiótico Rifampicina. 
Meningites 
Inflamação das membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal. Doença grave, 
de evolução rápida, cujo prognóstico depende do diagnóstico precoce e da instituição 
imediata de tratamento adequado. 
• A inflamação das meninges e ́ chamada de meningite. 
• A inflamação do cérebro em si é chamada de encefalite. 
• Se tanto o cérebro como as meninges forem afetados, a inflamação e ́ chamada 
de meningoencefalite. 
As meninges, sejam elas cranianas ou espinais, consistem em três camadas: dura-máter, 
aracnoide e pia-máter. Entre a aracnoide e a pia-máter há o espaço subaracnóideo, no 
qual circula o líquido cerebrospinal. O LCS e ́ vulnerável à contaminação por micróbios 
carreados pelo sangue, que são capazes de penetrar a barreira hematoencefálica nas 
paredes dos vasos sanguíneos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A meningite pode ser causada por diferentes tipos de patógenos, incluindo vírus, 
bactérias, fungos e protozoários. 
• A meningite viral provavelmente é muito mais comum do que a meningite 
bacteriana, mas tende a ser uma doença branda. A maioria dos casos ocorre nos 
meses de verão e outono e geralmente é causada por um grupo variável de vírus, 
denominado Enterovírus. 
 
 
 
Agentes mais frequentes causadores de meningites no ser humano Bactérias: 
• Neisseria meningitidis 
• Haemophilus influenzae (HiB) 
• Streptococcus pneumoniae MTB (meningite tuberculosa) 
• Enterobactérias 
Vírus: 
• Arbovírus (RNA) 
• Herpesvírus (DNA): HHV (HSV, EBV, CMV) 
• Enterovírus (RNA): Polio, Coxsackie 
Fungos 
• Cryptococcus neoformans Cândida spp. 
Parasitos 
• Toxoplama gondii 
• Trypanosoma cruzi (Chagas) 
• Plasmodium (malária cerebral) 
Vias de transmissão: 
• respiração 
• contato com saliva (beijo) 
Vias de espalhamento no corpo 
• hematogênico 
• nervosa 
Neisseria meningitis (meningococo) > Trata-se de uma bactéria gram-negativa aeróbia 
com uma cápsula de polissacarídeo que é importante para a sua virulência. A 
transmissão é realizada por gotículas de aerossóis ou pelo contato direto com 
secreções. A característica mais marcante e ́ uma erupção cutânea que não desaparece 
quando pressionada. 
• Sorogrupo A, B, C, Y, W135 constituem 90% das infecções 
• Patogenicidade: Colonização mediada por receptor de Pili das células não ciliadas 
da nasofaringe, cápsula polissacarídica antifagocítica e hiperprodução de 
lipooligosacarídeo tóxico. 
Haemophilus Influenzae (Hib)> é uma bactéria gram-negativa aeróbia, membro comum 
da microbiota normal da garganta. Às vezes, porém, ela entra na corrente sanguínea e 
causa várias doenças invasivas. 
• A cápsula de carboidratos da bactéria é importante para sua patogenicidade, em 
particular no caso das bactérias com antígenos capsulares do tipo b (Hib). 
• Existe vacinas o que diminuiu o número de casos. 
Streptococcus pneumoniae (pneumococo)> é um Coco Gram positivo encapsulado 
presente na orofaringe de indivíduos sadios. 
• Mais perigoso que Meningococo e Hib. 
• É a principal causa de meningite bacteriana, agora que uma vacina Hib eficaz está 
em uso. 
• Fator de virulência = capsula e protease IgA 
• Diagnóstico: Sinais de alteração meníngea e alterações do líquor. 
 
Sintomas: 
• Febre alta e repentina 
• Características de irritação meníngea Cefaléia intensa, fotofobia, náuseas e 
vômitos muitas vezes em jato. 
• Frequente a letargia e irritabilidade. 
• Outras: Rigidez de nuca (limitação à flexão do pescoço até o peito devido à dor); 
Sinal de Kernig (flexão da perna sobre a coxa e desta sobre a bacia ao se elevar 
o tronco, quando em decúbito dorsal) e Sinal de Brudzinski (mesmo movimento de 
flexão ao se antefletir a cabeça). 
Crianças abaixo de nove meses, raramente apresentam sinais de irritação meníngea. 
Outros sinais permitem a suspeita, como: febre, irritabilidade, grito meníngeo, recusa 
alimentar, vômitos, convulsões e abaulamento da fontanela. 
Diagnostico de meninges 
• Clínica (e epidemiologia sazonal) 
• + Punção Lombar - Laboratório 
• + Técnicas de Imagem 
Um diagnóstico de meningite bacteriana requer uma amostra de líquido cerebrospinal 
obtida por meio de punção lombar. 
Meios de cultura (meningites): 
• Meios enriquecidos com alto conteúdo em proteínas e com fatores adicionais: 
N. meningitis Ágar chocolate* ‐base BHI ou base Muller‐Hinton. 
Ágar Thayer Martin chocolate seletivo para Neisseria, não serve para outras. 
 
• H. influenzae Ágar chocolate* - base BHI. 
• S. pneumoniae ou agalactiae (bebês) - Ágar sangue de carneiro ou ágar 
chocolate‐baseBHI * 
Obs: O ágar chocolate tem sangue de cavalo ou carneiro fervida para liberar das 
hemácias alguns fatores necessários aos microrganismos fastidiosos. 
Diagnóstico diferencial 
• Abscesso cerebral • Hemorragia intracraniana 
• Tumores ou metástases • Encefalite 
• Encefalopatia metabólica • Coma hiperglicêmico 
• Doenças vasculares 
Tratamento Ceftriaxona >>>> Penicilina cristalina dose máxima i.v. 10 dias 
Profilaxia com Rifampicina para família e contatos íntimos (“contactante próximo”) 
porque possuem risco 1000 vezes maior de contrair a infecção. 
Prevenção >>>> Existe vacina contra as 3 principais causas de meningites 
bacterianas 
• O antígeno que forma parte da vacina é a CÁPSULA bacteriana, normalmente 
conjugada a alguma coisa (ex. os toxoides tetánico ou diftérico CRM197) para 
aumentar a imunogenicidade. 
 
 
Punção Lombar 
Infecções de pele 
Embora a pele normalmente seja inóspita para a maioria dos microrganismos, 
determinados micróbios fazem parte da microbiota normal. A microbiota normal da pele 
contém números relativamente altos de bactérias gram-positivas, como os estafilococos 
e os micrococos. 
 
A
lt
e
ra
çã
o 
d
a
 c
or
 Manchas: Alterações da cor da pele sem relevo ou depressões. 
Manchas vacúolo-sanguíneas: Cor vermelha consequente da vasodilatação que 
desaparece por pressão digital. 
Púrpura: Mancha vermelha que não desaparece quando pressionada, é devido ao 
extravasamento das hemácias na derme e sua evolução torna-se, sucessivamente, 
roxa e verde amarelada. 
Manchas pigmentares: resultam do aumento ou redução de melanina 
F
or
m
a
çõ
e
s 
só
li
d
a
s Pápula: sólida, circunscrita elevada e menor que 1cm 
Nódulo: solida, circunscrita, elevada ou não de 1cm á 3cm de tamanho 
Tubérculo: Nódulo que evolui deixando cicatriz (nomenclatura em desuso) 
Goma: é um nódulo que se liquefaz na porção central e que pode ulcerar-se 
Vegetação: Lesão sólida e pedunculada, com aspecto de couve-flor e superfície 
friável. 
C
ol
e
çõ
e
s 
lí
qu
id
a
s Vesícula: são lesões pequenas e cheias de fluídos. ‘’queimadura na praia’’ 
Bolha: difere-se da vesícula apenas pelo tamanho, que é maior que 1cm. 
Abscesso: possui tamanho variável, é formado por pus na pele 
Hematoma: formada por derrame de sangue na pele ou tecidos subjacentes 
A
lt
e
ra
çã
o 
d
a
 e
sp
e
ss
ur
a
 
 
 
 
Edema: aumento de espessura, devido ao acúmulo de líquido 
Pe
rd
a
 t
e
ci
d
ua
l Escama: rachadura na pele que se desprende da superfície cutânea por alteração 
de queratinização. 
Úlcera: perda circunscrita de epiderme e derme, podendo atingir hipoderme e 
tecidos subjacentes. 
Alterações da pele e conceitos importantes 
 
Staphylococcus Aureus: (catalase+, Coagulase+ e DNAse+) 
Os estafilococos são bactérias gram-positivas esféricas que formam agrupamentos 
irregulares com o formato de cachos de uvas. Para quase todos os propósitos clínicos, 
essas bactérias podem ser divididas naquelas que produzem Coagulase, enzima que 
coagula a fibrina no sangue, e naquelas que não a produzem. 
• O impetigo do recém-nascido é uma infecção superficial da pele altamente 
contagiosa causada por Staphylococcus Aureus. 
• Impetigo: Inicialmente, observa-se o desenvolvimento de vesículas que se 
transformam em pústulas, que por sua vez, sofre ruptura formando crostas. 
• O Streptococcus pyogenes também causa impedigo, o patógeno normalmente 
entra na pele através de pequenas rupturas ou ferimentos 
Staphylococos Epidermidis (Catalase +, Coagulase – e novobiocina sensível) 
Linhagens Coagulase negativas, como o Staphylococcus epidermidis, são muito comuns 
na pele, onde representam cerca de 90% da microbiota normal. Em geral, só são 
patogênicas quando a barreira da pele é rompida ou invadida por procedimentos 
médicos 
Streptococcus: Os estreptococos são bactérias gram-positivas e esféricas. 
Diferentemente dos estafilococos, as células estreptocócicas normalmente crescem em 
cadeias. À medida que os estreptococos crescem, eles secretam toxinas e enzimas, 
fatores de virulência que variam de acordo com cada espécie de estreptococos. Entre 
essas toxinas, destacam-se as hemolisinas, que são capazes de lisar hemácias. 
Dependendo do tipo de hemolisina que produzem, os estreptococos podem ser 
categorizados como alfa-hemolíticos, beta-hemolíticos ou gama-hemolíticos. 
• Os estreptococos beta-hemolíticos do grupo A produzem uma serie de fatores de 
virulência com: proteína M, toxina eritrogênica, hialuronidases. 
 
 
 
 
 
Diferenciar estafilococos e estreptococos e nomear diversas infecções de pele 
causadas por cada um deles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Infecções microbianas intestinais 
Possível causa: Aumento do peristaltismo, comer muita gordura, beber muito café ... 
Tratamento: Dieta branda, recompor a microbiota... 
Diagnóstico: Microscopia Gram de Gota e Antibiograma. 
 
Diarreia inflamatória: aumenta a quantidade de fezes e o número de vezes que se vai ao 
banheiro. Geralmente é causada por bactérias invasoras que produzem toxina 
desencadeando a resposta inflamatória (febre). 
Diarreia secretória: aumenta a quantidade de leucócitos (sem febre) 
 
Sintomas: 
• A diarreia grave acompanhada de sangue ou muco é chamada de disenteria. 
• Doenças do sistema digestório também são frequentemente acompanhados de 
cólicas abdominais, náuseas e vomito. A diarreia e o vomito são mecanismos de 
defesa projetados para livrar o corpo de materiais prejudiciais. 
Shigelose (disenteria bacilar): e ́ uma forma severa de diarreia causada por um grupo de 
bastonetes gram-negativos, anaeróbios facultativos do genêro Shigella. 
Salmonella: As bactérias são Gram-negativas, anaeróbios facultativos, não formadoras 
de endósporos. Em geral, há uma febre moderada, acompanhada de náuseas, dor 
abdominal, cólicas e diarreia. 
Cólera: Bactéria Vibrio Cholerae, Gram-negativa 
Clostridium difficile (infecção hospitalar) : e ́ uma bactéria anaeróbia, gram-positiva, 
formadora de endósporos, encontrada nas fezes de muitos adultos saudáveis. As 
exotoxinas produzidas por essa bactéria causam uma doença que se manifesta em 
sintomas que variam de caso brando de diarreia até colite (inflamação do colo) que 
apresenta risco a vida. A colite pode resultar em ulceração e perfuração da parede 
intestinal. 
Infecções do Trato Urinário 
O diagnóstico é definido pelo paciente com dor ao urinar + sinais de irritação local. 
• Se houver apenas irritação do trato urinário (disúria), o diagnóstico é de ITU 
baixa (cistite e uretrite) 
• Mas se tiver sinais e sintomas de resposta inflamatória sistêmica (febre, dor nos 
rins) o diagnóstico é de ITU alta (pielonefrite). 
Cistite: é uma inflamação comum da bexiga em mulheres. Os sintomas frequentemente 
incluem disúria (dificuldade, dor e urgência para urinar). Em ambos os gêneros, a maioria 
dos casos deve-se a infecções por E. coli, as quais podem ser identificadas com o cultivo 
em meio diferencial, como o ágar MacConkey. Outra causa bacteriana frequente é o 
Staphylococcus saprophyticus coagulase-negativo. 
Pielonefrite: infecção nos rins e na pelve renal, decorrido do agravamento da cistite. 
Tratamento com Cefalosporina e Quinolonas. 
Doença inflamatória pélvica (DIP): é um termo coletivo para qualquer infecção 
bacteriana extensa ao órgãos pélvicos femininos, particularmente o útero, as tubas 
uterinas e os ovários. Os dois micróbios mais comuns são N.gonorrhoeae e a C. 
trachomatis. 
 
IRAS, vacinas e biossegurança na prática farmacêutica 
1) O que é Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH? 
A CCIH diz respeito a um grupo de profissionais da saúde, responsáveis por planejar, 
elaborar, implementar, manter e avaliar o Programa de Controle de Infecção 
Hospitalar. Um conjunto de ações com o objetivo de reduzir ao máximo a incidência 
de infecções hospitalares. 
 
2) Para se adquirir uma infecção hospitalar é necessário que ocorra exposição a fatores 
de risco. Quais são esses fatores e em quais condições esses riscos estão mais 
presentes? 
Entre os fatores de risco para a aquisição de uma infecção hospitalar está, 
obviamente, relacionada a necessidade do individuo ser submetido a internação ou a 
um procedimento de saúde. A ocorrência de infecção hospitalar dependerá do 
desequilíbrio entre três fatores: condição clínica do paciente, virulência do 
microrganismo e fatores relacionados a hospitalização (procedimentos invasivos como 
sondagem urinária, utilização de ventilação mecânica etc.). 
 
3) O que é infecção hospitalar? 
É toda infecção adquirida durante a internação hospitalar ou então relacionada a 
algum procedimento realizado no hospital (por exemplo, cirurgias), podendo se 
manifestar inclusive após a alta. 
 
4) É obrigatório que os serviços de saúde tenham uma Comissão de Controle de Infecção 
Hospitalar? 
Sim, a Lei Federal nº 6.431 instituiu a obrigatoriedade da existência da CCIH e de 
um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), sendo esse um conjunto 
de ações a serem desenvolvidas com o objetivo de reduzir ao máximo a incidência de 
infecções. 
5) Como é possível prevenir as infecções hospitalares? 
Através do uso de luvas, antissépticos, esterilização de materiais, usos de material 
descartável, lavagem adequada das mãos, boas práticas de biossegurança.

Continue navegando