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Exercício sobre alimentação de suinos 1-Alimentação da leitoa de reposição. Os suínos apresentam consumo regulado pela relação entre a concentração energética da ração; Após os 70 kg é comum introduzir um manejo alimentar que varia desde a alimentação á vontade até uma restrição de 85% do consumo aos 110kg; A adoção de um programa de manejo alimentar diferenciado visando uma nutrição mais adequada durante os dois primeiros ciclos reprodutivos terá impacto sobre o desenvolvimento reprodutivo do plantel. 2-O que significa o efeito flushing? O termo FLUSHING é utilizado para caracterizar fornecimento de alto nível de energia;Após fase de alimentação levemente restrita, segue-se um arraçoamento intenso, em um período de 10 a 14 dias (até o dia da cobrição);OBJETIVO do FLUSHING : aumentar a taxa de ovulação e, em conseqüência o número de leitões nascidos.. Sugere-se fornecer uma dieta de 3200 kcal EM/dia á vontade, até a cobrição. 3-Alimentação da fêmea gestante. As fêmeas em gestação apresentaram exigências nutricionais + baixas em relação à lactação; A alimentação durante gestação tem função estratégica, além de influenciar o desenrolar da prenhez, o tamanho, o peso e a uniformidade da leitegada, afeta também a produtividade durante a lactação, o intervalo desmama-cio e a longevidade da porca;Matrizes que receberam pouca energia e/ou nutrientes essenciais durante à gestação produzem leitões com pesos desuniformes e maior proporção de leitões fracos. As desvantagens de excesso de energia nessa fase são: a)Morte embrionária no terço inicial da gestação; b) dificuldades no parto e redução de apetite; c) redução de ingestão de ração na lactação, isso refletir-se-á na perda de peso na lactação, na incapacidade fisiológica para altas produções de leite e no retardamento do cio pós-desmame. O fornecimento de grande quantidade de ração ao dia no terço inicial da gestação,que propicie um alto ganho de peso acarreta: A)Aumento do fluxo sangüíneo ao nível hepático, aumentando a taxa de metabolização da progesterona, que aparece em menor concentração no plasma influenciando uma secreção subótima de proteína uterina específica, o que reduz a taxa de sobrevivência embrionária. ; Portanto após a cobrição, as fêmeas devem ser alimentadas coma ração de gestação, CUJO NÍVEL ENERGÉTICO É BAIXO. Restrição de 2,0 kg de ração ao dia ´para animais em primeira gestação e 1,8 a 2,0 ao para animais de mais de uma gestação pode ser necessária nos primeiros dias de gestação. Um nível alimentar muito alto ou escasso de peso durante o período de 75 a 115 dias de gestação (quando ocorre o máximo desenvolvimento da glândula mamária) resulta em piores consumos alimentar e na produção de leite na lactação subsequente;Alimentação adequada de uma porca durante a gestação é aquela que lhe proporcione uma boa reserva corporal sem engordá-la em demasia. O ideal que o escore esteja entre três e quatro. O escore 1 categoria MUITO MAGRA espessura de toucinho de 15mm; O escore 2 categoria FRACA espessura entre 16 a 17mm; O escore 3 categoria MODERADA, espessura toucinho entre 17 a 20mm; O escore 4 categoria BOA, espessura de toucinho entre 20 a 23mm; O escore 5 categoria MUITO GORDA, espessura toucinho superior a 23mm. A temperatura ambiente é um fator que afeta a necessidade de ingestão diária de energia: Durante o último terço da gestação ocorre aumento na retenção dos teores de água, energia, proteínas e minerais no organismo da fêmea. Essa reserva é feita visando um futuro catabolismo a ocorrer durante a lactação e faz com que a porca ganhe peso com facilidade;O peso dos fetos duplica no último mês de gestação e qualquer deficiência na ingestão diária de nutrientes ou de energia causa mobilização de reservas corporais da porca e afeta negativamente o peso dos leitões ao nascer;Nos últimos 30 dias de gestação recomenda-se aumentar a quantidade diária de ração e de preferência, utilizar uma dieta mais energética como a de lactação. 4-Alimentação da fêmea em lactação. a)Durante a fase de lactação o objetivo é maximizar a produção de leite; b) Minimizar a perda de peso corporal para controlar intervalo desmama-cio; c) E garantir uma taxa de ovulação adequada - promovendo a longevidade da fêmea. O suprimento de nutrientes e energia na ração deve ser suficiente para a mantença e para atender as necessidades de desenvolvimento corporal da fêmea e para garantir o crescimento dos leitões através do leite.Quanto maior o consumo de ração durante a lactação, maior será produção de leite e menor a perda de peso das fêmeas até o desmame; 5-As mudanças dinâmicas na condição corporal das fêmeas primiparas. a)A magnitude da ingestão de ração na lactação é influenciada pela quantidade de ração consumida na gestação. Existe uma relação inversa entre a quantidade de ração consumida durante a gestação e o consumo durante a lactação; b)Objetivando o máximo consumo de ração na lactação deve-se dar atenção as primíparas e às fêmeas em geral nos períodos de calor intenso. c) No calor intenso ocorre a redução na ingestão alimentar e isto induz a matriz a um balanço nutricional negativo maior do que em condições termoneutras. d) A utilização de reservas corporais para viabilizar a produção de leite é biologicamente ineficiente, sendo que o peso dos leitões ao desmame é reduzido em períodos de altas temperaturas, pois, a fêmea não consegue manter a produção de leite nos níveis normais. e)O estresse calórico predispõe a fêmea a subseqüentes problemas de desempenho reprodutivo como maior intervalo desmama-cio, maior taxa de mortalidade embrionária, maior suscetibilidade a doenças e descarte antecipado. f) É sabido que o consumo de primípara é limitado e, por isto é recomendado a equalização das leitegadas. As primípara terão o número de leitões em menos de dez, já as fêmeas adultas que tem maior capacidade de ingestão devem ser equalizadas em doze leitões. g) Primíparas com alta produção no primeiro ciclo podem sofrer grande perda de peso durante a lactação. Após o desmame fornecer ração á vontade. h)As mudanças na condição corporal da primípara durante a lactação podem influenciar o tamanho da leitegada subsequente.O frequente problema do baixo número de nascidos no segundo parto pode ser devido em grande parte a perda de peso durante a primeira lactação. 6-Alimentação do cachaço. A criação de machos inteiros pra a reprodução deve ser diferenciada da criação de suínos para o abate, a partir dos 50 kg de peso vivo . Devido ao fato de que os machos inteiros apresentarem exigências nutricionais diferenciadas dos castrados e fêmeas, porque apresentam maior potencial de crescimento e necessitam formar uma estrutura corporal adequada para a futura atividade de reprodução.Os cachaço adultos necessitam de uma alimentação diferenciada de acordo com o peso vivo, o genótipo, clima e as condições de alojamento. Para evitar o descarte precoce por excesso de peso. Verificar as exigências nutricionais é fundamental. A restrição alimentar severa para os cachaços adultos pode alterar a secreção hormonal e reduzir a quantidade de sêmen. A estratégia de alimentação adaptada para o cachaço adulto deve garantir máximo desempenho reprodutivo e moderados ganhos de peso. Deve-se restringir o consumo de energia pra evitar o excesso de peso, reduzindo os problemas de aprumos e facilitando a monta natural. Na dieta do cachaço visa-se o aumento da longevidade e da fertilidade.Caso este já pesado reduz-se o nível de energia na dieta do cachaço com a inclusão de alimentos fibrosos na dieta – aumentando assim a sensação de saciedade e garantindo o maior bem estar do animal. 7-Alimentação dos leitões no aleitamento e na creche. O desmame precoce é um dos momentos mais críticos para os leitões. Vários fatores interferem entre eles:o estresse da separação da mãe;mudança do ambiente; deficiência do controle ambiental;dificuldade de adaptação a comedouros e bebedouros;misturade leitões de outras leitegadas (estabelecimento da dominância); e troca de dieta, levam à queda da imunidade e redução do consumo, favorecendo a manifestação de doenças e reduzindo a taxa de crescimento. No momento do desmame ocorre mudanças bruscas no tipo de dieta, é forçado a adaptar-se rapidamente ao consumo de um alimento seco, com uma nova forma de apreensão de alimento. A gordura do leite e a lactose, principais fontes de energia durante a fase de aleitamento são substituídas pro amido e óleo vegetal.A caseína, altamente digestível, é substituída por proteínas vegetais menos digestíveis. Esta nova dieta apresenta antígenos que provocam reações de hipersensibilidade transitória no intestino, além de haver perda da proteção imunológica passiva do leite. a)Fornecimento de ração antes do desmame. Para leitões desmamados com 21 dias ou mais uma alimentação pré-desmame altamente digestível e consumida em quantidade adequada aumentará o peso ao desmame e refletirá na redução da idade de abate. Deve-se fornecer a ração pré- inicial a partir dos sete dias de vida. b)Dietas de desmame. Para minimizar os problemas de má absorção e de proliferação microbiana no intestino dos leitões recém-desmamados e, para maximizar o desempenho, é necessário fornecer aos leitões dietas de desmame com alta digestibilidade e baixos níveis de antígenos dietéticos. c)Cite alguns ingredientes para as dietas de desmame e comente sobre 2 deles. Para formular uma dieta de transição, fornecida durante a fase de aleitamento deve-se usar produtos lácteos, açúcar, farinha de peixe, glúten de milho, leveduras. SUBPRODUTOS DO LEITE – como leite desnatado em pó e soro de leite em pó, proporcionam bom desempenho aos leitões, tanto em função da qualidade da proteína com da fração de carboidratos (lactose), mas a lactose parece ser o componente , mais importante no caso do soro de leite.É altamente digestível. GLÚTEN DE MILHO E GLÚTEN DE TRIGO – podem ser fornecidos com fonte protéica em dietas complexas para desmame precoce, proporcionando desempenho semelhante às dietas com soro de leite em pó, desde que associado a lactose. SUBPRODUTO DA SOJA- geralmente são extrusados. A extrusão é um processo que utiliza calor seco ou úmido e que em condições ótimas, provoca várias alterações nos diversos componentes dos alimentos, melhorando o seu aproveitamento pelos suínos, por meio do aumento da digestibilidade dos carboidratos e das proteína, redução dos fatores antinutricionais e destruição dos fatores antigênicos. GORDURAS – Em torno de 60% da energia bruta do leite são fornecidos pela gordura, a qual é altamente emulsificada e tem uma digestibilidade aparente em torno de 100% para os leitões.A adição de óleo vegetal ou gordura animal ás dietas complexa de desmame precoce podem melhorar o desempenho dos leitões, pois aumenta o suprimento de energia por meio de uma fonte mais digestível do que o amido vegetal. d)Nível de proteína na dieta. Em função da baixa produção de ácido no estômago dos leitões jovens,prejudica a digestibilidade das proteínas, recomenda-se que altos níveis de proteína não sejam utilizados na dieta de leitões após a desmama, o que também promove elevação do pH gástrico, sendo um dos fatores que favorecem a proliferação de E. Coli patogênica e a ocorrência de diarréia. Uma das formas de evitar o problema é reduzir o teor de proteína da dieta, suplementando-a com aminoácidos essenciais e /ou acidificar a dieta utilizando ácidos orgânicos. e)Acidificação da dieta. O papel dos ácidos orgânicos estaria relacionado principalmente à redução do pH do conteúdo do trato digestivo. Com isso, aumenta a ação das enzimas digestivas, melhorando a digestibilidade dos nutrientes, criando um ambiente favorável para o desenvolvimento de flora bacteriana desejável inibindo a flora patogênica. A utilização de ácidos orgânicos reduza incidência de diarreia e na mortalidade pós-desmame. f)Formas físicas da dieta. Peletizadas ou trituradas- o diâmetro de pelete recomendado está entre 2,4 a 3,2mm melhorando o desempenho dos leitões; Alimentação úmida ou liquida tem apresentado ótimos resultados com relação ao maior consumo de alimento e ganho de peso no período após o desmame. Os leitões ficam mais tranquilos, com menos vícios de comportamento (hábito de fuçar, na barriga ou seccionar o umbigo dos outros leitões) em relação aos que receberam dietas seca. g)Fornecimento da dieta. Os leitões tendem a alimentar todos ao mesmo tempo, continuando seu hábito da fase de aleitamento. Necessitando de espaço adequado no comedouro, sendo um dos pontos críticos para maximizar o consumo de alimento após o desmame. É necessário também auxiliar os leitões a localizarem o alimento e a água, pois o consumo de alimento esta diretamente relacionado com o consumo de água. 8-Alimentação dos suínos em crescimento e terminação. O suínos em crescimento e terminação (dos 25 a 30 kg até 90-100kg de peso vivo) em uma granja de ciclo completo representam 70% do número dos animais e são responsáveis pelo gasto de 60% do total da ração consumida na granja e pela produção de aproximadamente 60% de dejetos totais produzidos pelo plantel. Na prática de manejo da alimentação para suínos em crescimento e terminação a questão fundamental é determinar a inter-relação econômica que existe entre: ganho de peso diário, conversão alimentar, custo da alimentação, bonificação pela qualidade da carcaça, bonificação pelo tamanho da carcaça e custo diário para cada unidade animal instalada.Quando o custo da alimentação é alto a opção escolhida deve dar ênfase sobre a melhor conversão alimentar. 9-Comente sobre os sistemas de alimentação a)Alimentação a vontade-Alimentação á vontade ou “ ad libitum”, os nutrientes necessários para a expressão do máximo potencial de produção ou ganho de peso são fornecidos em proporção e quantidade suficientes. A ração está á disposição do animal para o consumo o tempo todo e a quantidade total consumida depende do apetite dos suínos. Este é o sistema adotado preferencialmente para os leitões nas fases de crescimento - visando aproveitar o máximo potencial de deposição de tecido magro aliado ao máximo ganho de peso. b)Alimentação controlada pelo tempo. No sistema de alimentação controlado no tempo os suínos são alimentados várias vezes ao dia. As refeições são oferecidas em determinados períodos de tempo limitado, nos quais os suínos dispõem de ração à vontade. Por exemplo, consumo á vontade em um tempo de 30 minutos, quando são realizadas duas refeições ao dia. c)Restrição alimentar. No sistema de alimentação com restrição, um ou mais e , ás vezes, todos os nutrientes são fornecidos numa quantidade não suficiente para permitir o máximo ganho de peso. As quantidades são restritas a níveis abaixo do máximo consumo voluntário e podem ser fornecidas em uma só vez ou ser divididos em várias porções iguais durante o dia. d)Quando fazer restrição. No caso de suínos em terminação – o objetivo na realização da restrição alimentar é a redução da deposição de gordura subcutânea e o aumento da proporção de tecido magro na carcaça. Tecido magro é músculo do animal composto em média de 75% de água e 20% de proteína e 4% de lipídeos. Durante a fase inicial ( até 25 kg de peso vivo) e no crescimento ( até 60kg de peso vivo) a deposição de tecido magro é alta e a de gordura é baixa. Com o avançar da idade, a taxa de ganho em tecido magro atinge um platô, isto é, um nível máximo, enquanto a taxa de deposição de gordura continua aumentando e assumindo a maior proporção do ganho de peso. Assim, na fase de terminação, o objetivo é reduzir uma fração do ganho de gordura restringindo o ganho de peso diário, de modo a não permitir uma deposição excessiva dessa gordura na carcaça. Na fase inicial e de crescimento a ocorrência de deposição de gordura é devido à inadequação nutricional das dietas. Para isto ocorrer, basta apenas que qualquer um dos aminoácidos essenciais não esteja presente na dietana proporção correta. A restrição na fase inicial e crescimento não deve ser praticada devido a dois motivos: 1- É necessário, explorar máximo potencial de deposição de carne magra, viabilizado pela sincronia entre idade do animal e seu peso corporal; 2- Para cada idade do suíno existe um ganho de peso ideal que maximiza a deposição de tecido magro. Aplicação da restrição alimentar depende fundamentalmente da características intrínsecas do animal ( genótipo, sexo, peso) sendo importante também o ganho de peso que os suínos apresentam no período compreendido entre 60 a 100kg. e)Efeito genótipo. As características genéticas estabelecem o limite máximo para o crescimento e a deposição de carne.O peso aumenta com o tempo, até atingir um ponto de inflexão, quando a deposição de gordura supera a deposição de carne. A partir daí, o ganho de peso declina e eventualmente, cessa, quando o animal atinge a maturidade do tamanho corporal.E isto diferem entre genótipos. Em geral os genótipos que apresentam peso maior à maturidade crescem mais rapidamente e apresentam maior quantidade de músculos e ossos e menos tecido adiposo a um mesmo peso de abate.O genótipo é o principal determinante no momento que a deposição de gordura excede a deposição de carne. f)Efeito sexo. O sexo é um dos principais fatores na determinação do potencial de crescimento, consumo voluntário de alimento, eficiência alimentar e a qualidade da carcaça em suínos na fase de crescimento e terminação.Este fator esta relacionado devido a ação dos hormônios sexuais. Na fase inicial os seu desempenho e as suas exigências nutricionais não são dependentes do sexo. g)Efeito peso. h)Implicações do ganho de peso. i)Os métodos de restrição e suas características. j)Espaço no comedouro durante a restrição alimentar.