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RELATORIO FINAL EJA

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Professora: Silvia Simões
	MODALIDADE
	(X) Curricular
	( ) Extra-curricular
	1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
	Estagiários: Felipe Willian Alves
 Thais Renilda Borba Correa
	Curso: Licenciatura em Pedagogia Turma: LP16
	Orientador(a): Aldalúcia Tereza da Rosa
	Supervisor(a): Dayane Regina Macelai
	2 DADOS SOBRE O ESTÁGIO
	
	Período de realização: 06/05/2019 a 28/05/ 2019
	Carga horária: 75h
	2.1 Apresentação da Instituição
	
2.1.1 Apresentação da modalidade
Com o objetivo de inserir os acadêmicos na realidade encontrada na Educação de Jovens e Adultos em âmbito escolar, de modo que possa contribuir para que os mesmos se apropriem do conhecimento prático de mais uma possível área de atuação profissional, o presente relatório refere-se às vivências proporcionadas no Estágio supervisionado em Modalidades da Educação Básica - Educação de Jovens e Adultos (EJA).
De acordo com os dizeres de Haddad e Di Pierro (2000) a escolarização de Jovens Adultos não é recente. Fez-se necessário passar por uma longa caminhada que vem avançando vagarosamente no perpassar da história.
Para muitos autores que estudam e pesquisam sobre a Educação de Jovens e Adultos, vários elementos intensificaram e agravaram a educação para esses cidadãos. Partindo deste ponto, aplica-se a compreensão de que a educação de qualidade, em sua maioria, é um direito apenas para crianças. Em um determinado período da história, segundo as afirmações de Haddad e Di Pierro (2000) a cidadania e até mesmo a educação primária era somente para as pessoas que pertenciam à elite econômica.
Para os autores desta linha, naquela época, a EJA não era vista em nenhum momento como preocupação social, de políticas educacionais e pensamentos pedagógicos, mas sim como uma preocupação e agravo social a partir do momento em que os baixos índices de escolarização situam o país ao ser comparado com os demais países da América Latina e, na medida em que a sociedade brasileira se configura com início da industrialização (HADDAD; Dl PIERRO, 2000).
A educação neste contexto passou a ser considerada uma alavanca para o progresso, e uma das responsáveis pela formação de novos sujeitos, pois com a Revolução Industrial, foi necessária uma nova visão do homem e a mão de obra passou a necessitar de qualificação profissional para exercer as funções que surgem com a industrialização.
A Constituição Federal do Brasil de 1988 estabelece em seu Art. 205 que:
A educação, direitos de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
Sem nenhum impedimento, a Constituição traz em seu Art. 208 inciso I, que o dever do estado só será efetivado quando houver garantia de "educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que ela não tiveram acesso na idade própria" (BRASIL, 1998). 
Além disso, no inciso VII da Lei, "o atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde".
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9.394/96) apresenta a Educação de Jovens e Adultos no Título III, Art. 4, inciso VII, onde garante a:
Oferta de educação escolar regular para Jovens e Adultos, características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola (BRASIL, 1996).
Além disso, a Lei na seção V, Art. 37 nos diz que: 
“a Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria”.
 Fazendo um apontamento em seu § 10 que: "os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do aluno, seus interesses, condições de vida e trabalho, mediante cursos e exames".
 Já no § 20 tem se que o "Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si" (BRASIL, 1996).
 Diante das concepções postas, conseguimos observar que a EJA tem como objetivo final, proporcionar uma formação escolar certificada aos que não tiveram acesso ao estudo na idade certa, ou ainda, aos que por diversos motivos foram excluídos do sistema regular de ensino, que está organizado em modalidade: Ensino Fundamental para os maiores de quinze anos e Ensino Médio para os maiores de dezoito anos (BRASIL, 1996).
 2.1.2 Apresentação da instituição
A presente descrição refere-se à instituição escolar em que foi desenvolvido o Estágio Supervisionado em Modalidades da Educação Básica. Realizado no Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Deputado Doutel de Andrade, localizado na Rua 3020 no 160, Centro do Município de Balneário Camboriú.
CEJA foi fundado em 1991 como Centro Popular de Ensino Supletivo Deputado Doutel de Andrade, e tinha direção na época, representada por Gilberto João Dalla Nora. Nesta época, a instituição localizava-se na Avenida Santos Dumont, em anexo à Secretaria Municipal de Educação. O ensino se dava de forma semipresencial, com sistema modular e atendimento individual pelo professor, durante todos os dias da semana, no período vespertino e noturno.
Segundo o Projeto Político Pedagógico (PPP) da instituição, a partir de 1992, o Centro Popular de Ensino Supletivo deslocou-se para a Rua 916 e permaneceu nesta localidade por um ano. Esta mudança ocorreu devido a sua nova gestão.
Em 1993, o Centro teve novamente uma mudança de direção, que passou a ser de responsabilidade da Professora Claudete Terezinha Cardoso Mazuco. Esta transferiu a instituição para a Rua 2650, onde organizou o ensino em cabines individuais para os alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental e aulas presenciais para os alunos dos Anos Iniciais, no CAIC Ayrton Senna da Silva e no Centro Educacional Municipal (C.E.M.) Governador Ivo Silveira, durante o período noturno.
 De acordo com o PPP da instituição, com mais uma troca de direção em 1997, o Centro Popular de Ensino Supletivo passou a atender os Anos Iniciais de modo presencial e os Anos Finais de modo semipresencial, anexo ao prédio CAIC Ayrton Senna da Silva. No ano 2000, com a direção de Aidê Alair Galindo, o Centro iniciou o atendimento presencial no período noturno, para os alunos dos Anos Finais no C.E.M. Governador Ivo Silveira.
Foi no ano de 2002, com o Decreto no 2175/2002 que o Centro Popular de Ensino Supletivo Deputado Doutel de Andrade, passava por uma outra mudança, desta vez na sua nomenclatura, passando a se chamar Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Deputado Doutel de Andrade.
Ainda de acordo com o PPP, no ano de 2003, o Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) juntamente com a Secretaria Municipal de Educação transfere seu atendimento realizado no C.E.M. Governador Ivo Silveira, para o Centro Educacional Municipal Ariribá, que passa a atender os Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental.
 Com a direção e administração de Terezinha Machado Schmidt, iniciou-se o atendimento dos Anos Iniciais no Núcleo de Educação Infantil Nova Esperança, encerrando o atendimento das aulas presenciais dos Anos Finais no C.E.M Governador Ivo Silveira. Foi neste mesmo ano, que o CEJA iniciou o seu percurso com a Educação Inclusiva.
Em 2009, passou a oferecer alimentação para os alunos como nas escolas de ensino regular do Município. No ano de 2011, começa a atender de forma presencial os alunos dos Anos Finais, além de ter seu deslocamento do núcleo do CAIC Ayrton Senna da Silva para a atual localização do CEJA Rua 3020 no 160, com horáriode funcionamento nos três períodos: manhã, tarde e noite.
 Fonte: acervo dos estagiários
 Atualmente, o Centro de Educação de Jovens e Adultos Deputado Doutel de Andrade volta-se para a educação de nível Fundamental, com oferta de estudos dos Anos Iniciais e Anos Finais nos três turnos, na modalidade presencial. 
Consta no Projeto Político Pedagógico (PPP) da Instituição, que o Centro direciona-se para uma filosofia educacional onde apresenta uma visão multidimensional do homem, possibilitando uma formação filosófica, crítica, racional e livre, onde seja possível usufruir da herança cultural, viabilizando métodos de elaboração e assimilação dos conhecimentos científicos, que promovam a construção de uma escola de qualidade para todos. 
 2.2.3 Apresentação da professora
A turma em que se desenvolveu o estágio era composta de uma professora regente, que atua no ramo educacional desde o ano de 1997. Possui especialização lato sensu em Educação de Jovens e Adultos (EJA), pelo Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC. Especialização em Docência na Educação Infantil pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC e especialização em Gestão Educacional pela AUPEX.
A professora regente possui mais de 22 anos de experiência, sendo 14 deles no CEJA Doutel de Andrade, atuando principalmente no ciclo de alfabetização dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, conforme informado pela professora. 
2.2.4 Apresentação da turma 
A turma da 1° e 2° etapa da alfabetização do CEJA Deputado Doutel de Andrade, é composta por 9alunos, sendo 3 deles com deficiência. Durante o período de observação, pode-se perceber que a turma era bastante participativa, comunicativa e curiosa. 
Demonstravam interesse em aprender. Além disso, uma das características da turma que nos chamou a atenção foi o respeito e a escuta que os alunos davam a professora no momento de explicação. 
Neste, notou-se também, que um dos maiores desafios de ser professor, refere-se à especificidade de cada aluno, bem como suas frequências nas aulas, pois não são todos que possuem assiduidade regular, o que acaba dificultado um trabalho contínuo planejado pela professora.
	2.2 Objetivos do estágio
	
3.1 Objetivo Geral
 Problematizar o trabalho docente nas modalidades da educação básica, as realidades das diversas modalidades de ensino em conformidade com a legislação.
3.2 Objetivos específicos
- Refletir dialeticamente sobre o trabalho docente nas modalidades da educação básica;
- Identificar as concepções e conceitos das modalidades da educação básica;
- Compreender o campo de estágio como campo de vivência, observação e de coleta de dados sobre a prática pedagógica desenvolvida nas modalidades de educação básica;
- Identificar a realidade em que estão inseridas, as crianças, jovens e adultos, buscando conhecer suas experiências, no contexto de cada modalidade de ensino de educação básica;
- Verificar a relação entre legislação e as práticas pedagógicas desenvolvidas na sala de aula;
- Planejar e propor situações educativo-pedagógicas que tenham como fundamento as concepções de cada modalidade de ensino da educação básica e a prática social dos sujeitos envolvidos nesse processo.
	2.3 Síntese da carga horária
	
	Semana
	Número de dias
	Número de horas
	06/05/2019 a 10/05/2019
	04
	16
	13/05/2019 a 14/05/2019
	02
	08
	20/05/2019 a 23/05/2019
	03
	12
	27/05/2019 a 29/05/2019
	03
	12
	
	
	
	TOTAL
	12
	48
	3 RELATÓRIO DESCRITIVO DAS ATIVIDADES
	
3.1 OBSERVAÇÃO
 Segundo o Projeto Político Pedagógico do curso (PPC) de licenciatura em Pedagogia do IFC – campus Camboriú, o estágio representa uma vivência de exercício profissional com articulação dos estudos teórico-práticos. Este, de acordo com a organização da matriz curricular é desenvolvido em três etapas, sendo 24h de observação, 24h de planejamento e 24h de intervenção. 
Tendo em vista as três etapas de desenvolvimento do estágio, a primeira etapa a ser realizada, foi de 24h de observação.
Esta etapa foi caracterizada como um momento de familiarização com a instituição e estabelecimento de vínculo com os alunos de modo a conhecê-los para elaborarmos um planejamento autêntico e coerente para o grupo. Nesse sentido, as observações ocorrem entre os dias 06 a 14 de maio de 2019, no período vespertino na turma de 1° e 2° etapa de alfabetização.
No decorrer da observação, pôde-se observar que havia uma forte relação de amor entre professor/aluno preconizada pelo educador Paulo Freire. Essa relação de afetividade estabelecida fazia com que os alunos criassem uma dependência desse efeito e que a professora esquecesse sua função profissional. 
Neste sentido, Freire defende ao dizer: “Professora sim, tia não” (1997 p. 8). Nesta questão o autor coloca a tarefa do educador, que também é aprendiz, sendo prazerosa e igualmente exigente. Exigente de seriedade, de preparo cientifica físico, emocional e efetivo. (FREIRE, 1997 p. 8). Além disso, o autor acrescenta:
A tarefa de ensinar é uma tarefa profissional que, no entanto, exige amorosidade, criatividade, competência científica, mas recusa a estreiteza cientificista, que exige a capacidade de brigar pela liberdade sem a qual a própria tarefa fenece (FREIRE, 1997 p. 9).
Além disso, afirma que:
[...]ensinar é profissão que envolve certa tarefa, militância, certa especificidade no seu cumprimento enquanto tia é viver uma relação de parentesco. Ser professora implica assumir uma profissão enquanto não se é tia por profissão(FREIRE, 1997 p. 9).
Neste sentido, compreende-se que a relação de carinho e afeto mantida pela professora configurava-se em relação de assistência, de prática redentora, com afinco de ressaltar em seus alunos características e potencialidades devido as necessidades que alguns em especial, possuem.
No que diz respeito a metodologia utilizada pela professora verificou-se que esta parte, seja ela da mais simples até a mais complexa, com atividades associadas a junção e separação de sílabas simples, decifração, memorização dos sons e cópia. Conforme observado, nota-se que a prática desenvolvida acaba trabalhando, como traz Fernandes (2003, p. 31):
[...] uma gramática descontextualizada, amorfa, da língua como potencialidade; gramática que é muito mais “sobre a língua”, desvinculada, portanto, dos usos reais da língua escrita ou falada na comunicação do dia-a-dia além de uma gramática que não tem como apoio o uso da língua em textos reais.
Nesta linha, Freire (1996, p.21) defende que: ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidade para sua própria produção ou sua construção. O Autor ainda problematiza esta questão afirmando que:
Falar da realidade como algo parado, estático, compartimentado e bem comportado, quando não falar ou dissertar sobre algo completamente alheio a experiência existencial dos educandos [...] o educador, aparece como seu indiscutível agente, como seu real sujeito, cuja tarefa indeclinável é “encher” os educandos dos conteúdos de sua narração (FREIRE, 2014 p. 79).
O pensamento de Freire coloca que, ao trabalhar com a fragmentação da realidade em detrimento da totalidade “a palavra esvazia da dimensão concreta que devia ter ou se transformar em palavra oca, em verbosidade alienada e alienante” (FREIRE 2014, p. 79).
Durante o período de observação realizada na instituição, observamos que o espaço da sala de aula era amplo, as carteiras organizadas em fileiras e quando necessário organizadas em duplas pela própria professora. O espaço era composto ainda por uma mesa de professor, carteiras e cadeiras de uso individual para os alunos, um armário onde eram guardados os materiais pedagógicos da professora. 
Nas paredes havia um silabário, acompanhados com sequência numérica, e em cima do quadro ficavam as letras do alfabeto e ao lado as vogais.
Ao que se refere a organização diária, todos os dias era desenhado no quadro uma representaçãode um calendário, neste era descrito com letra caixa alta a data, e como o clima (tempo) do seu exterior estava.
Era notório que os alunos matriculados na 1° e 2° fase, tinham ainda algumas dificuldades no processo inicial de alfabetização, mas em compensação, percebemos que os alunos eram muito participativos e buscavam sempre realizar as atividades que eram propostos e mantinham uma boa relação entre si. 
Nas observações, pode-se identificar que não havia interação da turma com os demais alunos do CEJA, uma vez que possuíam horário de lanche e saída antecipados das demais turmas.
Durante esse período de observação, com a intenção de colher informações sobre a turma,a organização de trabalho da professora regente bem como a possibilidade de intervenção com os alunos, questionamos a professora o tema que ela gostaria que desenvolvêssemos no período de intervenção, em conversa a mesma nos informou que, conforme o planejamento mensal, o conteúdo que estaria trabalhando em sala na semana de nossa intervenção seria a cidade de Balneário Camboriú, dessa forma comunicou-nos que gostariam que trabalhássemos esse tema, assim esse período de observação caracterizou-se como um espaço de interação com os alunos e a professora regente com seus interesses e preferências, visando a construção de planejamento com atividade de sentidos e significados para o período de intervenção do estágio.
3.2 PLANEJAMENTO
Após o término do período de observação, a segunda etapa foi o planejamento, este ocorreu entre os dias 20 e 29 de maio de 2019. Este foi um momento de aproximação da turma, bem como da prática docente desenvolvida nessa segunda etapa. Elaboramos então, para esta segunda etapa, o projeto de intervenção, este se desenvolveu considerando as especificidades que a turma apresentava e conforme o tema sugerido pela professora regente e supervisor da instituição.
O projeto de intervenção, foi elaborado a partir da perspectiva do PPP do CEJA - Deputado Doutel de Andrade, o qual pressupõe que na educação de jovens e adultos EJA “o trabalho deve ser realizado garantindo o sucesso, elaboração e reconstrução de saberes que contribuem para a humanização e emancipação do ser humano. Em concordância com o PPP da instituição apresenta que:
Reconhece os adultos como sujeitos de direitos, entre os quais o de ter acesso a saberes e conhecimentos produzidos em toda a história. Além disso, tem o direito de criar autonomia frente ao seu processo de apreensão e compreensão do mundo, em todos os seus aspectos, mais do que assimilar “conteúdos perdidos” em sua trajetória escolar (BALNEÁRIO CAMBORIÚ, 2017ª, p. 04)
Com base nestes aspectos, considerando as especificidades da turma, as atividades foram todas desenvolvidas para dar continuidade na alfabetização dos alunos, com base no tema instituído pela professora regente, a cidade de Balneário Camboriú.
3.3 AS ATIVIDADES
O período de observação foi um momento muito importante, e neste mesmo período, a professora regente antecipou o tema que teríamos de trabalhar com os educandos. O objetivo deste, era de darmos sequência ao planejamento que ela já tinha para a classe. O tema foi a cidade de Balneário Camboriú e seres vivos e não vivos. O objetivo geral que norteou nossa intervenção, e tinha como objetivo ampliar os conhecimentos acerca da cidade de Balneário Camboriú, principalmente no que se refere aos pontos turísticos e aos seres vivos da natureza. Para isso, as atividades propostas consistiam em: conhecer a cidade em que vivemos, sua história e seus principais pontos turísticos, os tipos de seres vivos e não vivos e onde podemos encontra-los.
Tendo em vista estes objetivos, para o início das atividades, os alunos foram recepcionados pelo estagiários que os informaram sobre os dias que estariam intervindo em sala e o motivo desta intervenção. No primeiro momento, fizemos a atualização do calendário, e logo em seguida, foi feito um questionamento sobre os conhecimentos prévios de cada um sobre o tema. Como resposta, os alunos citaram algumas coisas, sobre Balneário Camboriú: é uma cidade quente, turística e com bastante gente. Já Sobre os seres vivos, os educandos ficaram pensativos e responderam que éramos nós.
Com base no tema, trouxemos um vídeo explicativo, ressaltando e mostrando o que são seres vivos e não vivos e quais eram suas características. No terceiro momento, os educandos realizaram uma atividade de recorte e colagem, o objetivo desta, foi de fazê-los conhecer as letras que compõem os nomes dos animais que se encontravam na atividade.
Com relação ao desenvolvimento desta atividade, esta superou as expectativas planejadas, pois foi aderida positivamente pelos alunos e com isto foi possível perceber o nível de alfabetização e quais eram as principais dificuldades que apresentavam, uma vez que no decorrer da observação não era possível identificar tais aspectos.
 Figura 1
 Fonte: acervo dos estagiários
O segundo dia de intervenção foi o dia de conhecerem na prática os seres vivos e não vivos, os professores estagiários e a professora regente juntamente com os alunos da primeira e segunda fase, realizaram uma visita técnica no Complexo Ambiental Cyro Gevaerd, conhecido por Zoológico da Santur, como mostra a figura 2 e 3.
 
 Figura 2 Figura 3
 Fonte: acervo dos estagiários Fonte: acervo dos estagiários
No terceiro dia, após a atualização do calendário, os estagiários deram inicio trazendo o Data show com imagens sobre os seres vivos que observaram do passeio realizado no dia anterior, o objetivo desta, era de rememorar partes importantes como imagens dos animais fotografados no parque e a contribuição deste para o processo ensino aprendizagem dos alunos.
Após a apresentação das imagens do zoológico, os estagiários apresentaram para a turma, figuras e imagens dos pontos turísticos da cidade de Balneário Camboriú. A proposta foi de relembrar aspectos importantes sobre a cidade onde residem. Após a apresentação das imagens, os alunos receberam um texto sobre a cidade de Balneário Camboriú. 
Instruídos pelos professores estagiários, os educandos da etapa um, circularam as vogais no texto com lápis de cor vermelha com o objetivo de reforçar os conhecimentos prévios acerca das vogais e a diferença das consoantes.
Na etapa dois, por sua vez, após uma explicação sobre a diferença dos substantivos próprios e comuns, os alunos foram também instruídos a encontrar no mesmo texto os substantivos próprios e comuns e posteriormente ordená-los em colunas.
No quarto dia, a proposta foi de trabalhar o alfabeto, a escrita e a leitura. Após a atualização do calendário, foi aplicado uma atividade denominada “caixa de letras”, nesta, cada aluno retirou uma letra da caixa e pegou uma figura que inicia com a letra correspondente. Nesta atividade, os estagiários elaboraram uma caixa com todas as letras do alfabeto. Estas letras foram confeccionadas com material E.V.A, com o objetivo de de fazê-los identificar a letra retirada da caixa fechada, e relacioná-la com as imagens dos animais que se encontravam colados no quadro. Neste momento, os educandos ao retirarem a letra, se direcionavam até o quadro para pegar a figura e colar em um papel pardo, que foi fixado na sala para rememorar sempre que necessário as letras do alfabeto, como mostra a imagem 4.
 Figura 4
 Figura 3: acervo dos estagiários
No segundo momento deste dia, os educandos escolheram um ponto turístico da cidade de Balneário Camboriú. A proposta desta atividade, foi de confeccionar um livro coletivo de forma a transcrever com as suas letras, pequenos textos sobre os respectivos pontos turísticos.
 
 Figura 5
 Fonte: acervo dos estagiários
O quinto dia de intervenção, foi trabalhado Sílabas, ordem crescente e decrescente e números Naturais. Neste diafoi realizado um bingo silábico, onde os alunos recebiam uma cartela com nomes variados. Na caixa, eram retirados por meio de sorteio uma silaba. Os educandos por sua vez, tinham de procurar em suas cartelas as palavras que iniciavam com a silaba sorteada.
 Figura 6
 Fonte: acervo dos estagiários
No segundo momento, foi realizada uma atividade impressa, cujo objetivo foi de ligar a figura ao nome. Um jogo de palavras cruzadas com imagens para preencher fez parte do terceiro momento. Os educandos não tiveram dificuldades para realizar nenhuma das atividadeS, o que trouxe para os estagiários um sentimento de avanço bastante significativo no processo ensino aprendizagem dos alunos. 
O ultimo dia, com o objetivo de contribuir na melhora do desenvolvimento intelectual e a saúde física dos estudantes no que diz respeito a natureza, e demais segmentos que fazem parte da cidade de Balneário Camboriú. Os alunos, juntamente com os professores estagiários e professora regente, realizaram um passeio no barco Pirata. O objetivo desta foi de fazê-los conhecer um ponto turístico significativo para a cidade e população.
Ao retornar para instituição, foi realizado a entrega das lembrancinhas e uma breve conversa com a turma sobre as atividades que foi realizada em sala e o que foi mais significativo. Das respostas, tivemos um retorno bastante positivo, onde os alunos comentaram que gostaram muito das atividades desenvolvidas.
	
	4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
O estágio curricular obrigatório veio para nos como mais um desafio entre tantos outros do curso de Pedagogia, acredito que este tenha sido o mais difícil, mas também o mais prazeroso e real. O processo vivido nesse percurso nos fez compreender a importância deste momento para a formação docente já que é hora de ressignificar os saberes, refletir sobre a nossa conduta e construir a nossa identidade enquanto pedagogos.
 Sentir o carinho dos alunos e perceber a evolução no processo de aprendizagem é um momento de muita felicidade, principalmente quando percebemos a nossa importância para a construção da identidade e da cidadania dos educandos. 
Pensamos que quando há comprometimento do profissional, planejamento das aulas e metas a ser alcançada, a atividade de estágio passa a ser um prazer e não apenas mais uma disciplina a ser estudada. Podemos dizer, ao final deste processo, que esta é uma das disciplinas primordiais para o processo de formação do pedagogo.
Sendo assim, com o intuito de inserir os acadêmicos na realidade escolar que é encontrada na sala de aula da educação de Jovens e Adultos (EJA), e de modo possibilitar o conhecimento prático de mais uma área de possível atuação. O estágio desenvolvido na turma de 1° e 2° fase da alfabetizaçãodo CEJA Deputado Doutel de Andrade constituiu-se em um momento deaproximação com o cotidiano dos alunos que frequentam a EJA, e a reflexão da prática pedagógica desenvolvidas pelos educadores que atuam nesta modalidade de ensino.
Diante da realidade com que nos deparamos, o estágio representou um desafio a ser enfrentado, tomando-se um momento de bastante reflexão e construção de nossa identidade docente.
Com a realização do estágio de educação Básica - Educação de Jovens e Adultos tivemos a possibilidade de compreender que este foi um momento de complementação para nossa formação profissional, pois o contato com a realidade de uma das possíveis áreas de atuação, representou um espaço/tempo de interação e aprendizado, no qual tivemos de estabelecer uma relação de diálogo com os alunos. O desenvolvimento do estágio foi extremamente enriquecedor, pois contribuiu muito para o desenvolvimento de nosso conhecimento profissional, mas principalmente pessoal. Com ele notamos o quão difícil é tornar-se um professor, pois não basta somente gostar da área, mas necessita assumir um papel de pesquisador, em que é preciso questionar, construir e reconstruir.
	REFERÊNCIAS
	
BRASIL(1988). Constituição da República Federativa do Brasil.Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
_______. (1996) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília. Disponível em: <https://www2.senado.leg.-br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf>. Acesso em 05 jun 2019.
GADOTTI, Moacir.Por uma política nacional de educação popular de jovens e adultos. ed. — São Paulo : Moderna : Fundação Santillana, 2014.Disponível em: http://www.moderna.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A8A8A8246FB74BF0146FC10A8A14E0E.
HADDAD, Sérgio. Di Pierro, Maria C. Escolarização de jovens e adultos. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n14/n14a07.pdf. 
HADDAD, S. (Coord.). Educação de jovens e adultos (1986-1998).
Brasília: MEC/INEP/COMPED, 2002. 140 p. (Série Estado do Conhecimento).Disponível em: http://www.bdae.org.br/dspace/bitstream/123456789/2429/1/ESTADO_ARTE_EJA_1986_1998.pdf
PAIVA, Jane (et al.)Educação de Jovens e Adultos: uma memória contemporânea1996-2004 – Brasília: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação : Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, 2007. 186 p. – (Coleção Educação para Todos; v. 1). Disponível em:http://portal.mec.gov.br/component/docman/?task=doc_downloadHYPERLINK "http://portal.mec.gov.br/component/docman/?task=doc_download&gid=657&Itemid="&HYPERLINK "http://portal.mec.gov.br/component/docman/?task=doc_download&gid=657&Itemid="gid=657HYPERLINK "http://portal.mec.gov.br/component/docman/?task=doc_download&gid=657&Itemid="&HYPERLINK "http://portal.mec.gov.br/component/docman/?task=doc_download&gid=657&Itemid="Itemid=. 
___________________________ ___________________________
 Assinatura do(a) Supervisor(a) Assinatura do(a) Estagiário(a)
_____________________________
Assinatura do(a) Orientador(a)
	ANEXOS
	
Fonte: Arquivo Pessoal

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