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SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E CIVIL

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FACULDADE DE DIREITO DAMÁSIO DE JESUS DEVRY – FDDJ
PROCESSO CIVIL
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E EXECUÇÃO CIVIL
SÃO PAULO
2016
INTRODUÇÃO
Os embargos à execução fiscal foi regido pelo Código de Processo Civil de 1973 até que foi sancionada a Lei de Execução Fiscal nº 6.830/80. Assim nem todas as alterações na lei geral foram incorporadas a lei especial e divergências foram criadas entre ambas, como o prazo para interposição dos embargos. Nesta senda, ainda há semelhanças entre as duas mesmo com as modificações do Novo CPC de 2015, que trouxe celeridade ao andamento processual e que há muitas discussões se a LEP deve seguir essa evolução. Portanto, será abordado todas as semelhanças e diferenças entre os embargos à execução civil e execução fiscal, visto que pelo polo ativo na execução fiscal ser a Fazenda Pública mudasse a visão que deve ser feito em questão do processo de execução, onde não são meros credores e devedores.
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E EXECUÇÃO CIVIL
Tanto as execuções de titulo executivo como a execução fiscal são feitas por procedimentos de quantia certa, em que se realiza pela expropriação de bens do executado. Entretanto a execução civil tem a finalidade de conseguir por meio do processo, e sem o concurso da vontade do obrigado, o resultado prático a que tendia a regra jurídica que não foi obedecida, já a execução fiscal se destina a satisfação do crédito da Fazenda Pública por meio dos atos expropriatórios do processo de execução, não se discutindo o acertamento da relação creditícia nem a definição de responsabilidades. Eventual discussão acerca do título da Fazenda Pública será objeto dos embargos à execução.
Para se interpor os embargos à execução é necessário que se respeite o prazo de 15 dias contados da citação, conforme o art. 915 combinado com o art. 213 do CPC/15. Já no caso dos embargos à execução fiscal será necessário que haja a garantia do juízo para que se admitam os embargos à execução fiscal, que deveram ser ajuizados no prazo de 30 dias, contados do depósito, da juntada aos autos da prova da fiança bancária ou da intimação da penhora, conforme o art. 16, § 1º da Lei de Execução Fiscal nº 6.830/80 – LEF. 
Entretanto há divergências doutrinarias em questão da lei geral afetar a lei especial, onde não haveria necessidade da garantia de juízo para que se interpusessem os embargos, o que vem sendo discutido desde a alteração da redação no antigo art. 747 do CPC/73. Por uma vertente se afirma que, se a lei especial seguisse a sorte da geral, traria benefícios às partes possibilitando o acesso a justiça, a ampla defesa e a razoável duração do processo e a sua efetividade, além da uniformidade para o prazo de oposição dos embargos, uma vez que independeria de garantia. Não afetando as garantias e privilégios da Fazenda Pública, pois os embargos não teriam o condão de suspender a execução fiscal que prosseguiria na busca de bens penhoráveis do devedor, nem autorizaria a expedição de certidão positiva com efeitos de negativa (art. 206 do CTN) sem que houvesse a prestação de garantia suficiente. 
Por outro lado, é comum a afirmativa de que a lei geral não atinge a lei especial, de sorte que, na execução fiscal, continuaria a ser necessária a garantia do juízo, exatamente porque o parágrafo 1º do art. 16 da Lei nº 6.830 /1980 não foi modificado, alterado, nem revogado. Há, na LEF, regras próprias para execução fiscal, instituindo-se, assim, um regime específico, que decorre da peculiar relação entre o particular e a Fazenda Pública. A exigência de prévia garantia do juízo para oposição dos embargos à execução - feita no § 1º do art. 16 da LEF - não decorre, contudo, de detalhes, vicissitudes ou particularidades da relação entre o contribuinte e a Fazenda Pública. À evidência, não se trata de regra especial criada pela legislação em atenção às peculiaridades da relação de direito material, mas de mera repetição, na lei especial, de regra geral antes prevista no CPC. Não incide, portanto, o princípio de que a regra geral posterior não derroga a especial anterior.
Pode-se comparar que também é necessário a garantia de juízo nos embargos à execução civil no tocante ao efeito suspensivo, conforme o art. 919 do CPC/15, remanescendo o ope judicis, exigindo-se, como requisitos, além da prévia garantia por penhora, caução ou depósito suficientes, os pressupostos da tutela provisória. Dado que o dispositivo não faz distinção, é lícito supor que os pressupostos a que se alude tanto podem ser aqueles exigidos para a tutela provisória de urgência (art. 300 do CPC/15), quanto para a tutela provisória de evidência (artigo 311 do CPC/15).
Consoante dispõem os parágrafos do artigo 919, cessando as circunstâncias que ensejam o efeito suspensivo, será possível ao juiz, a requerimento da parte, modificar ou revogar a decisão concessiva, fundamentadamente. Em sendo o efeito suspensivo apenas parcial, quando á parte diversa haverá prosseguimento normal. Em todo caso, o efeito suspensivo não suspende a execução contra os executados que não hajam embargado e nem, tampouco, inviabiliza a efetivação dos atos de substituição, de reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos bens.
Não se fala de efeito suspensivo nos embargos quanto a Lei de Execução Fiscal, mas há citação ao antigo art. 739-A do CPC/73 que referia aos embargos à execução civil para haver o efeito suspensivo, sendo os requisitos: a) se houver o requerimento do embargante, b) relevância da argumentação, c) risco de grave dano de difícil ou incerta reparação e d) garantia integral do juízo através de penhora, depósito ou caução referente ao crédito tributário devido. Que se manteve no novo CPC indo para o art. 919, dando atenção ao §4º em que a concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderá a execução contra os que não embargaram quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante. Sendo que não fala de que a execução fiscal seguirá as alterações do novo CPC.
No art. 917 do CPC/15 se elenca as matérias que poderão ser alegadas nos embargos à execução, sendo estas: inexequibilidade do título e inexigibilidade da obrigação, penhora incorreta e à avaliação errônea, o excesso de execução e a cumulação indevida de execuções, a retenção por benfeitorias úteis ou necessárias de entrega de coisa, incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução, qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.
Por outro lado na execução fiscal, está matéria é mais abrangente sendo que o executado pode desenvolver todo o ato necessário ao curso do processo, observando-se o princípio do devido processo legal e do contraditório. Conforme o art. 2º da LEP, em que o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite.
BIBLIOGRAFIA
Considerações sobre a ação de embargos à execução fiscal - https://jus.com.br/artigos/30905/consideracoes-sobre-a-acao-de-embargos-a-execucao-fiscal;
Os meios de defesa do executado na execução fiscal - https://thamibastos.jusbrasil.com.br/artigos/258935345/os-meios-de-defesa-do-executado-na-execucao-fiscal;
O descompasso do procedimento dos embargos à execução na lei de execução fiscal e no Código de Processo Civil - http://raphaelfunchalcarneiro.jusbrasil.com.br/artigos/258399193/o-descompasso-do-procedimento-dos-embargos-a-execucao-na-lei-de-execucao-fiscal-e-no-codigo-de-processo-civil;
As reformas no CPC e seus reflexos na Execução Fiscal - https://pge-se.jusbrasil.com.br/noticias/1048925/as-reformas-do-cpc-e-seus-reflexos-na-execucao-fiscal-na-visao-do-jurista-leonardo-carneiro;
Embargos à execução: questões atuais - http://www.migalhas.com.br/ProcessoeProcedimento/106,MI238155,31047-Embargos+a+execucao+questoes+atuais;
LEP - https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm;Quadro Comparativo do CPC 1973 > 2015 - http://portalprocessual.com/wp-content/uploads/2015/06/quadro-1973-2015-compactado.pdf.

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