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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TOMÉ-AÇU CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA INTRODUÇÃO A ZOOTECNIA SUINOCULTURA Discentes: Aline Moraes Dagner Rangel Leandro alves Maiara Resco Willian Marques Docente: Márcia Brito de Aviz 1 histórico Domesticado desde cerca de 5000 AC; Utilizado como alimento, mas também sua pele servia de abrigo, seus ossos de ferramentas e armas, e seus pelos de escovas; Javali – Suino doméstico; A transformação do porco selvagem; Foi tomando o formato de um paralelepípedo, de comprimento pequeno ou médio, com uma grande papada na cabeça e quartos traseiros mais amplos do que tinham os seus ascendentes selvagens. O perímetro torácico foi sendo reduzido com a vida sedentária e o coração e os pulmões foram envoltos em uma grossa camada de gordura. Suinocultura no Brasil O Brasil é o quarto maior produtor mundial de carne suína (CNA, 2018). Vale ressaltar que, na região nordestina, assim como no Norte, a produção ainda é mais voltada para subsistência. Mais de 80% da produção brasileira. A suinocultura no Brasil gera 923.394 de empregos indiretos. 2009: expectativa de crescimento entre 3% a 3,5% (de acordo com n° de matrizes alojadas no final de 2008). 3 Suinocultura na região norte Nas regiões norte e nordeste a produção é 100% independente, caracterizada por granjas em menor escala. Rondônia: 17 granjas, com cerca de 2.000 matrizes em produção 100% realizada por suinicultores independente; Acre: 1 granja, com cerca de 1.500 matrizes em produção independente; Pará: 1 granja, com cerca de 1.500 matrizes em produção independente. Distribuição por modelos de produção, por unidade da federação. Abate de suínos entre os estados. PRINCIPAIS RAÇAS estrangeiras Duroc; Large White; Landrace; Hampshire. 7 Duroc Origem: Americana (1875); Pelagem: avermelhada, vermelho dourado; Aptidão: Produção de carne magra (pequeno marmoreio). Duroc – características produtivas Alto rendimento de carcaça; Marmorização da massa muscular; Ótima conversão alimentar; Alto GMDP Large White Origem: Condado de York, Norte de Inglaterra (1770 a 1780); Pelagem: branca; Boa morfologia dos membros, pernis cheios e profundos, habilidade materna, alta prolificidade; Aptidão: produção de híbridos comerciais. Large White – características produtivas Alto rendimento de carcaça; Ótima qualidade de carcaça; Alto ganho médio diário de peso, pode alcançar até 500 kg; Rápido desenvolvimento, grande fertilidade. Landrace Origem: Dinamarca; Pelagem: Branca, fina e sedosa, não apresentando redemoinhos ou pêlos crespos; É um animal prolífico, precoce, produtivo, que possui excelente pernis; Aptidão: produção de carne magra. Landrace - características produtivas Alto rendimento da carcaça; Alta percentagem de cortes nobres; Ótima conversão alimentar; Alto ganho de peso médio diário. hampshire Origem: Estado Kentucky, nos EUA; Pelagem: Preta apresentando faixa branca de 10 a 30 centímetros ao redor do corpo abrangendo a cernelha e os membros anteriores; Aptidão: produção de carne. Hampshire – características produtivas Bom rendimento da carcaça; Ótima qualidade de carne; Alto GMDP. pietrain Origem: Bélgica; Descendência: Berkshire e Tamworth; Pelagem: branca, com manchas pretas; Aptidão: produção de carne magra, excelentes pernis, bons para reprodução. PRINCIPAIS RAÇAS brasileiras Canastrão; Canastra; Pereira; Piau; Moura; Caruncho. Características morfológicas Animais curtos, com rugas, papada, e de perfis variados. Caracteristicas produtivas Baixo rendimento e qualidade de carcaça, baixo GMDP. Caracteristicas reprodutivas Baixa prolificidade e habilidade materna, alta rusticidade. Canastra Piau Canastrão Moura Instalações: Planejamento Prédios: eixo maior = leste-oeste 19 Instalações: Planejamento Prédios: ventilação 20 Instalações: planejamento Lanternim; Tipos de instalações: cobertura; Temperatura: manter entre 16 e 18°C; Instalações - maternidade Alojamento das fêmeas pré-parto: 7 dias. Período de aleitamento: 21 dias. Período de ocupação: 7 dias + 21 dias = 28 dias. Maternidade Instalações - creche Desmame: 21 dias. Saída da creche: 63 dias (3 x 21). Período de ocupação: 63 dias - 21 dias = 42 dias. creche Instalações – crescimento e terminação Saída da creche: 63 dias. Venda (abate): 168 dias (8 x 21). Período de ocupação: 168 dias - 63 dias = 105 dias. Crescimento e Terminação Bem-estar animal Matrizes Tópico mais debatido atualmente, as baias de gestação coletiva são direcionadas para a fase das matrizes, o modelo apresenta dois tipos principais: com alimentação automatizada e sem alimentação automatizada. Na linha de alojamento de matrizes, o sistema de baias coletivas veio para ficar. Mas é preciso planejamento e, por isso, recomenda-se suporte técnico e consultoria. Bem-estar animal Creche Os principais cuidados de bem-estar animal na fase de creche estão relacionados ao uso adequado do piso, ambiência térmica e, no futuro próximo, na relação de comedores por animal e densidade por metro quadrado. Estes tópicos são muito importantes para todo o desenvolvimento do animal pois, se um leitão menor precisar disputar espaço para se alimentar com outros mais pesados, a tendência é que se alimente mal e tenha o desenvolvimento prejudicado. Bem-estar animal Engorda Na fase de engorda, os diferenciais para preservar o bem-estar dos animais são a qualificação da mão de obra, instalações adequadas como comedouro e espaço por animal, tecnologias de imunocastração, embarcadores apropriados e manejo. Mostrar para os funcionários que o jeito de tratar o animal pode facilitar o trabalho. Eles entendem que não é força e sim técnica. Bem-estar animal Transporte O transporte também é etapa importante das boas práticas e inclui desde o treinamento dos motoristas (leis de trânsito, direção defensiva, evitar freadas bruscas, velocidade e distância da plataforma) até o tipo e o piso das carrocerias. A Embrapa, inclusive, oferece treinamentos em todo o Brasil e até no exterior sobre o tema. A carroceria mais recomendada é aquela de plataforma móvel e hidráulica que reduz o ângulo de inclinação e facilita o acesso dos funcionários. Também é preferível o piso antiderrapante, o uso de divisórias e adequações para o inverno e o verão. Bem-estar animal Abate humanitário O abate humanitário envolve todas as fases desde o manejo pré-abate e visa evitar o sofrimento desnecessário. Um dos pontos críticos é a insensibilização, que tem dois sistemas aceitos: o americano, que usa gás e é pouco comum no Brasil, e insensibilização elétrica. Deste modo, o animal não sente nenhum tipo de dor quando vem a sangria. Isso tem efeito na dor e na qualidade de carne. O pesquisador da Unesp ressalta que, além da qualidade da carne, o consumidor dificilmente aceitaria consumir produtos a partir de animais maltratados. “Se trata de uma questão moral. Os consumidores valorizam o alimento ético que adota o bem-estar animal como também o respeito ao meio ambiente e ao aspecto social”, finaliza. vantagens Grande poder de assimilação de alimentos; Elevado rendimento de carcaça; Reversão rápida de capital: 1 fêmea produzindo + 11 animais terminados Período de gestação: 114 dias Nascimento ao abate: 150 dias Total: 264 dias = 8,8 meses 11 animais x 100 kg = 1100 kg em 9 meses Pequena área para instalações; Produto de fácil comercialização. limitações Disponibilidade de cereais em algumas regiões; Balanceamento nutricional das dietas; Necessidade de instalações e equipamentos adequados; Necessidade de mão-de-obra especializada; Necessidade de ótimo manejo higiênico-sanitário;Alta mortalidade embrionária; Tratamento correto dos dejetos; conclusão O presente trabalho reuniu e selecionou informações de suma importância no que diz respeito à produção de suínos, contribuindo, desta forma, com a gama de conhecimento científico, de modo que proporcione a disseminação da informação técnica-científica, com o intuito de apresentar e conscientizar os acadêmicos, produtores e consequentemente uma sociedade quanto as melhores formas de manejo da suinocultura, isto é, instalações adequadas, sistemas de produção que ofereçam o bem estar animal, componentes essenciais referentes a um sistema de produção de suínos, e outras especificidades que, quando reunidos, possam funcionar como um caminho a se seguir para atingir uma produção de suínos com eficiência, eficácia e produtividade. REFERÊNCIAS https://www.embrapa.br/qualidade-da-carne/carne-suina/producao-de-suinos http://www.abcs.org.br/producao/genetica/175-historia-dos-suinos https://certifiedhumanebrasil.org/9-cuidados-para-o-bem-estar-dos-suinos/ OBRIGADA PELA ATENÇÃO