Prévia do material em texto
Estimativa da utilização de Substrato durante o exercício Razão da troca Respiratória - R • Técnica não invasiva utilizada para estimar a % de contribuição de gorduras e carboidratos no metabolismo energético durante o exercício • é a relação entre o débito de dióxido de carbono (VCO2) e o volume de oxigênio consumido (VO2) R = VCO2 VO2 • em função das proteínas possuírem pequeno papel como substrato, tem-se o “R não protéico” Razão da troca Respiratória - R • R das gorduras: • quando oxidada combina-se com o carbono para formar CO2 e ao Hidrogênio para formar H2O Gordura (ácido palmítico) C16 H32 O2 Oxidação: C16 H32 O2 + 23 O2 ⇒16CO2 + 16 H2O VCO2 16CO2 VO2 23 O2 • somente durante o exercício estável é que reflete a troca respiratória ( p.ex. hiperventilação) = = 0,70R= Razão da troca Respiratória - R • R dos Carboidratos: • quando oxidada combina-se com o carbono para formar CO2 e ao Hidrogênio para formar H2O Glicose C6 H12 O6 Oxidação: C6 H12 O6 + 6 O2 ⇒6CO2 + 6 H2O VCO2 6CO2 VO2 6 O2 • a oxidação das gorduras exige mais O2 que a de carboidratos • Quanto maior o R maior a utilização de carboidratos como fonte energética • o R dos exercícios pode estar entre 0,7 e 1,0 = = 1,0R= Percentagem de Gorduras e Carboidratos Metabolizados Determinados pela Razão de Troca Respiratória -R Não-protéica R % de gorduras % de carboidratos 0.70 100 0 0.75 83 17 0.80 67 33 0.85 50 50 0.90 33 67 0.95 17 83 100 0 100 Fatores que controlam a utilização do substrato Duração/Intensidade do exercício •Exercícios < 30% VO2 máx gorduras >70% VO2 máx carboidratos 1-aumento dos níveis de adrenalina 2-recrutamento de fibras rápida Fatores que controlam a utilização do substrato• Intensidade/Duração 1-aumento da lipólise 2- este processo e lento, portanto ocorre após alguns minutos 3-baixos níveis de insulina Interação entre o Metabolismo das Gorduras e dos Carboidratos • Exercícios acima de duas horas – Redução, da concentração nos músculos de ácido pirúvico oriundo da glicólise – Redução dos intermediários do ciclo de Krebs`(oxaloacetato, malato,...) • estoque adequado e glicogênio aumenta em nove vezes os valores de repouso – quando estoques de carboidratos são depletados é reduzida a oxidação de gorduras “a gordura queima na chama dos carboidratos” FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO ENERGIA “A capacidade de realizar trabalho” 1. Definição: A necessidade de energia de um indivíduo é o nível de ingestão de energia a partir do alimento que irá equilibrar o gasto de energia quando o indivíduo possui um tamanho e composição corporal e nível de atividade física consistentes com boa saúde a longo prazo. (WHO,1985) FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Componentes do gasto de energia A energia é despendida pelo corpo humano na forma de: gasto de energia em repouso (GER) taxa metabólica de repouso, que consiste nas condições basal e durante o sono mais o custo metabólico adicional do despertar. TM DE REPOUSO 60-75% Efeito termogênico do alimento (ETA) Ingestão alimentar, estresse induzido pelo frio 10% Energia gasta na atividade física (EGAF) 15-30% do Gasto de Energia, Duração, Intensidade GET = GER + ETA + EGAF FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO GEB (TMB) Quantidade mínima de energia gasta que é compatível com a vida, despendida para manter os processos corpóreos vitais do organismo, como: respiração, circulação, metabolismo celular, atividade glandular e conservação da temperatura corpórea. – Representa 60% a 70% do GTE – varia habitualmente entre 160 e 290 ml/min. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO • As medidas da TMB são feitas: – Logo cedo (pela manhã), antes que a pessoa tenha iniciado qualquer atividade física; – 10 – 12 hs após a ingestão de qualquer alimento, bebida ou nicotina; – Ambiente termoneutro FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO O conhecimento da TMB permite estabelecer a importante linha basal energética, para elaborar um bom programa de controle do peso através de restrição alimentar, exercícios, ou uma combinação de ambos. Os valores basais medidos sob condições laboratoriais controlados se enquadram ligeiramente abaixo dos valores para a taxa metabólica de repouso TMR, por isso o termo TMR substitui o TMB em muitas situações. GER (TMR) É a energia gasta sob condições semelhantes à da TMB, apesar de: – poder ser realizada após o indivíduo se deslocar; – Não requerer um período de 12 a 14 hs de jejum. A recomendação é que haja um período de 30 minutos de descanso TMR ↑ 10% a 20% que a TMB FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Fatores que afetam o gasto de energia em repouso • Tamanho corporal - ↑MLG ↑TMR -atletas possuem TMB 5% ↑ • Idade: – Criança TMR ↑ (1-2 anos de vida) – Envelhecimento TMR ↓ 2% a 3% por década (após o início da maturidade) • Sexo ♀ TM ↓ que o ♂ cerca de 5% a 10% (de mesmo peso e altura) • Estado hormonal: – Hiper/hipotireoidismo – Estresse – TM das ♀: flutua com o ciclo menstrual e durante a gravidez • Outros fatores – A febre ↓ TM em 13% p/ cada grau acima de 37 ºC – Temperatura ambiente TMR 5% a 20% ↑. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO HARRIS BENEDICT (GER):HARRIS BENEDICT (GER): Mulher : 655 + 9,65 Peso (kg) + 1,85 Altura (cm) – 4,68 Idade Mulher : 655 + 9,65 Peso (kg) + 1,85 Altura (cm) – 4,68 Idade (anos)(anos) Homem : 66,4 + 13,75 Peso (kg) + 5,0 Altura (cm) – 6,77 Idade Homem : 66,4 + 13,75 Peso (kg) + 5,0 Altura (cm) – 6,77 Idade (anos)(anos) FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Efeito Termogênico do Alimento (ETA) ↑ gasto de energia associado ao consumo do alimento 10% do gasto total de energia TID = termogênese induzida pela dieta O efeito térmico do alimento, alcança seu máximo em uma hora após se comer, dependendo da quantidade e do tipo de alimento. ADE = ação dinâmica específica termogênese obrigatória que resulta da energia necessária para a digestão, a absorção e a assimilação dos nutrientes. termogênese facultativa, relaciona-se com a ativação do sistema nervoso simpático e com o seu efeito estimulante sobre a taxa metabólica. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Energia Gasta em Atividade Física (EGAF), inclui: – Energia gasta em exercício voluntário – Energia gasta em atividades involuntárias (calafrios, agitação contínua e manutenção do controle postural) – Varia de 10% a 50% do GTE no atleta FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO GASTO ENERGÉTICO DURANTE A ATIVIDADE FISICA Intensidade Duração Todos nós já realizamos algum tipo de trabalho físico que poderíamos classificar como extremamente "difícil". Por exemplo: subir vários lances de escadas, correr uma quadra para pegar ônibus, levantar caixas pesadas ou escalar uma montanha íngreme. A intensidade e a duração do trabalho são fatores que determinam a dificuldade de execução da tarefa e também o gasto de energia. Para ficar mais claro, vamos tomar como exemplo dois corredores de maratona. Um deles termina a prova em 2,3 horas e o outro, em 3,3 horas. Nesse caso, mostra-se a intensidade da atividade: aquele corredor que terminou a prova antes gastou mais energia que o outro.. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Com relação à duração, podemos exemplificar desta maneira: se duas pessoas correm com a mesma velocidade, porém uma delas percorre o dobro da distância, aquela que percorreu a maior distância vai precisar de mais energia para poder suportar a sua tarefa. Outro fator que interfere no gasto de energia é o tamanho da pessoa. Umhomem de 1,80 m com 85 kg vai ter um gasto energético maior que um homem com 1,60 m e 77 kg FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO NATAÇÃO A natação difere em vários aspectos importantes da marcha ou da corrida. Uma diferença obvia reside no fato de ser necessário despender energia para flutuar e , ao mesmo tempo, gerar o movimento horizontal pela utilização dos membros superiores e inferiores. Outra diferenças incluem as demandas para superar as forças de resistência que impedem o movimento do nadador através do meio liquido. Todos estes fatores contribuem para a eficiência mecânica total na natação. Dentro de todas estas diferenças, o custo energético para nadar um determinada distancia é cerca de 4X maior que o custo para correr a mesma distancia. ENERGIA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO CLIMA Os fatores ambientais influenciam a TMR. O metabolismo de repouso das pessoas que vivem em climas tropicais é, em média, 5 a 20 % mais alto do que de quem vive em regiões temperadas. O exercício em clima quente também aumenta devido a um aumento direto da temperatura central, mais a energia adicional para a atividade das glândulas sudoríparas e da dinâmica circulatória alterada. No frio ocorre um aumento dependendo da quantidade de gordura corpórea da pessoa e da qualidade térmica da roupa. Calafrios geram calor a fim de manter uma temperatura central estável. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO GRAVIDEZ A gravidez não compromete o valor absoluto para a capacidade aeróbia. A medida que a gestação progride, os aumentos no peso corporal materno dificultam muito o esforço físico durante as atividades realizadas com o apoio do peso corporal, como caminhada, trote e subir escadas. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO EFEITO DA MASSA CORPORAL A massa (peso) corporal é um fator importante que afeta a energia gasta em muitas formas de exercício . o custo energético de um determinado exercício em geral é mais alto para as pessoas mais pesadas, especialmente para os exercícios com sustentação do peso, como caminhar, correr, durante os quais a pessoa terá que transportar sua própria massa corporal. Durante o exercicio no qual o peso é apoiado, como pedalar e uma bicicleta estacionária, a influencia da massa corporal sobre o custo é muito menos acentuada FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO A quantidade total de energia despendida a cada dia depende em grande parte do tipo e da duração da atividade física realizada pelo individuo. As atividades adquirem um significado especial para a população em geral em virtude de seus papéis no controle do peso, no condicionamento físico e na manutenção da saúde e na reabilitação. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO MET Como 5kcal são iguais a 1l de oxigênio consumido, o dispêndio de energia pode ser calculado com mililitros de oxigênio por quilogramas de peso (massa corporal) por minuto ml/kg/min ou METs. Outra maneira de enunciar o custo energético da atividade consiste em relatar o esforço do trabalho em termos de MET. Este termo é um acrônimo para “equivalente metabólico” (em inglês Metabolic EquivalenT). Um MET é definido como o dispêndio energético (Vo2) em condições de repouso tranqüilo, 1 MET é igual a uma captação de oxigênio em repouso de aproximadamente 250 ml por minuto para um homem de peso médio e 200 ml por minuto para uma mulher de peso médio. 1 MET é igual a 3,5 ml/kg/min. 1 MET é o Vo2 de repouso. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Equilíbrio Energético A quilocaloria (Kcal) é a unidade de medida utilizada na mensuração do consumo e da demanda energética. O equilíbrio energético é o determinante principal quanto às modificações associadas à proporção relativa de gordura e de massa isenta de gordura. Isso torna as dietas e a prática da atividade física mecanismos essenciais de controle do peso corporal. Desse modo, o tema equilíbrio energético adquire importância fundamental para os fatores nutrição, exercício físico e composição corporal FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO O consumo energético é traduzido pelo equivalente calórico dos nutrientes que compõem a dieta, ao passo que a energia envolvida com o metabolismo basal e com o metabolismo voluntário corresponde à demanda energética. Essa relação de consumo e demanda de energia é o que se denomina de equilíbrio energético (Guedes, 1995:105) Calorias consumidas – calorias gastas = Equilíbrio energético. Equilíbrio energético é a relação entre o consumo energético, traduzido pelo equivalente calórico dos nutrientes que compõem a dieta e a demanda energética associada ao equivalente energético do trabalho biológico realizado. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Equação do Equilíbrio Energético A primeira lei da termodinâmica, a chamada lei de conservação de energia, indica que a energia não se cria, nem se destrói, porém pode trocar de forma. No caso do organismo humano, a energia necessária para atender à demanda solicitada pelo trabalho biológico é sintetizada dos alimentos que são consumidos. Portanto, o equilíbrio energético oferece indicações quanto ao estado nutricional com repercussões diretas na variação do peso corporal. A relação consumo-demanda energética apresenta três possíveis situações: FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Equilíbrio Isoenergético CONSUMO ENERGÉTICO = DEMANDA ENERGÉTICA Equilíbrio Energético Positivo CONSUMO ENERGÉTICO > DEMANDA ENERGÉTICA Equilíbrio Energético Negativo CONSUMO ENERGÉTICO < DEMANDA ENERGÉTICA Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36