Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Reconstruindo Filogenias Método básico de Sistemática Filogenética Pressupostos do método • Evolução é fato e sua história é única • A diversidade organísmica foi produzida através de especiação • Evolução se deu por mudanças de caracteres • Espécie é a unidade funcional da evolução – Táxons supra-específicos são caracterizados por sua respectiva espécie ancestral Ciência = base em evidências e fatos • Quais evidências ou fatos que podem ser utilizados no processo de reconstrução filogenética? – Fósseis? – Posição no estrato do sedimento? – DNA? – Imunologia? – Morfologia? – Máquina do tempo? Terminologia Três tipos de árvores Taxon A Taxon B Taxon C Taxon D 1 1 1 6 3 5 troca genética Taxon A Taxon B Taxon C Taxon D tempo Taxon A Taxon B Taxon C Taxon D apenas tempo relativo Cladograma Filograma Árvore ultramétrica Lendo um cladograma Todos estes arranjos apresentam o mesmo relacionamento evolutivo entre os táxons B A C D A B D C B C A D B D A C B A C D árvore enraizada B A C D A B C D Conceitos Organismos=mosaico O que quer dizer: Um pouco mais complicado do que isto • O mosaico pode ser “quebrado” ainda mais. – Tipos de folhas – Tipo de venação – Estrutura anatomica das folhas – Perenes ou não – Etc, etc, etc,..... “deixando pedras no caminho” • Organismo=Um mosaico de caracteres de origens temporais distintas – Herdados de ancestrais mais antigos ou mais recentes Como utilizar? • Esta é a grande questão – Semelhanças! • Mas qualquer semelhança? – Lembrem-se dos problemas observados com escolas de classificação que utilizam semelhanças absolutas... – A semelhança deve refletir história recente em comum e não “pressões” seletivas em comum ou história “antiga” em comum! Pressões seletivas em comum Homoplasias C C G G C G G C C G G T convergência paralelismo reversão Semelhanças = compartilhamento de caráter • Por caracteres homoplásicos • Por caracteres homólogos – Semelhanças gerais – quando organismos são semelhantes por compartilhar caracteres homólogos antigos! • Ex. Cloroplasto em plantas verdes – Semelhanças especiais - quando são semelhantes por compartilhar caracteres homólogos recentes! Porque recentes? • Porque o compartilhamento de caracteres recentes é considerado como evidência de compartilhamento de ancestral recente? • Este é uma hipótese que deve ser testada no processo de reconstrução filogenética. História antiga em comum Por que são semelhantes? ESCAMAS Caracteres em comum especiais CARACTERES ÚNICOS Homologia Similaridade de posição Critérios adicionais • Similaridade especial – Estrutura, ultraestrutura, composição química e embriologia • Continuidade de formas intermediárias – Ossos do ouvido interno de peixes a mamíferos Ossos do ouvido Como saber é especial ou não • Especial=derivado, novo, inédito • Porque especial? – Sugere que o compartilhamento do caráter é derivado da herança deste caráter de um ancestral em comum onde o caráter surgiu • É preciso comparar com outro grupo (grupo externo) (outgroup) Regra do grupo externo • Se uma espécie do grupo interno compartilha um estado de caráter com o grupo externo, existe uma grande probabilidade deste caráter ter sido herdado de um ancestral mais antigo em comum Número de árvores não enraizadas possíveis # Taxa (N) 3 4 5 6 7 8 9 10 . . . . 30 # Unrooted trees 1 3 15 105 945 10,935 135,135 2,027,025 . . . . ≈3.58 x 1036 (2N - 5)!! = # unrooted trees for N taxa C A B D A B C A D B E C A D B E C F Exercício Grupo interno G. externo Fluxograma: Definir séries de homólogos Polarizar Agrupar por caráter derivado Se existir inconsistência=Parsimônia Utilizando os critérios para proposta de homologias, “quebrar” o mosaico e agrupar os caracteres (ou estados) em séries de caracteres hipoteticamente homólogos Utilizando a técnica de comparação por grupo externo (assumindo que o que existe de comum entre o grupo externo e o interno deve ser associado à herança de um ancestral antigo em comum) Unir taxa que compartilham caracteres “novos” considerando a extensão e contexto do estudo (NUNCA por caracteres antigos ou reconhecidamente análogos) Optar sempre pela(s) hipótese(s) que exigem o menor número de pressupostos e com maior suporte dos caracteres Quebrando o mosaico Grupo interno G. externo Olhos: - Pequenos - Grandes Orelha: -monolobada -bilobada Nariz: -longo -curvo Pés: -de gente -de pato Nariz: -fino -largo Polarizando Grupo interno G. externo Olhos: - Pequenos - Grandes Orelha: -monolobada -bilobada Nariz: - reto - curvo Pés: -de gente -de pato Nariz: -fino -grosso Olhos: - Pequenos - Grandes Olhos: - Pequenos - Grandes Olhos pequenos Hipótese 1 Orelha: -monolobada -bilobada Orelha bilobada Hipótese 2 Hipótese 3 Nariz longo Nariz: -fino -grosso Pés: -de gente -de pato Pés de pato Hipótese 4 Nariz curvo Nariz: -reto -curvo Hipótese 5 Olhos: - Pequenos - Grandes Olhos pequenos Hipótese 1 Orelha: -monolobada -bilobada Orelha bilobada Hipótese 2 Hipótese 3 Nariz longo Nariz: -longo --largo Nariz: -reto - curvo Nariz curvo Hipótese 4 Pés: -de gente -de pato Pés de pato Hipótese 5 Olhos pequenos Cabelo presente Orelha bilobada Pés de pato Nariz reto Nariz curvo Comprimento= 6 “passos”
Compartilhar