bncc TRABALHO SOBRE BNCC

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ORGANIZAÇÃODO ESPAÇO EDUCATIVO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Senhor do Bonfim - BA
2018
ORGANIZAÇÃODO ESPAÇO EDUCATIVO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Portfólio de Trabalho Interdisciplinar do Curso de Pedagogia. Apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Organização e Didática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; Avaliação da Aprendizagem e Ação Docente; Ensino de Ciências Naturais e Saúde Infantil; Educação de Jovens e Adultos; Seminário Interdisciplinar VI; Prática Pedagógica Interdisciplinar: Ensinar e Aprender na Educação de Jovens e Adultos.
Orientadores: Jaqueline Rodrigues Gonçalves Guerreiro, Mari Clair Moro Nascimento, Mirela ramos Moimaz, Juliana Bicalho de Carvalho Barrios, Vilze Vidotte Costa, Natália Germano Gejão Dias, Natália Gomes dos Santos
Tutor eletrônico: Tatiane Aparecida da Silva Nunes
Tutor de sala: Nadja Maria da Silva Santana
Senhor do Bonfim – BA
2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................04
2. DESENVOLVIMENTO...........................................................................................05
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................09
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................10
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho trata-se de uma reflexão sobre o que é o documento normativo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), qual a sua finalidade e como devem ser elaborados os currículos de todas as instituições públicas e privadas que atendem crianças, adolescentes, jovens e adultos na Educação Básica.
 A seguir, apresentamos no desenvolvimento o que trata a Base, a finalidade, quais os fundamentos legais e pedagógicos que embasam a BNCC, o trabalho nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e a relação professor e aluno em sala de aula, durante a execução da proposta pedagógica nas unidades escolares. 
 Após a reflexão sobre a BNCC, explanamos nossas considerações finais acerca da importância do estudo e apropriação do conteúdo da Base que nos levam a compreender que enquanto formandos em Pedagogia precisamos nos capacitar, inovar, pesquisar, estudar e atender ás necessidades e especificidades dos discentes para que a educação seja realmente de qualidade e seus saberes perpetuados às gerações vindouras para o exercício da cidadania, formação humana e sucesso profissional. Desse modo, finalizamos o nosso trabalho apresentando as referências bibliográficas que embasaram as nossas reflexões sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que define os direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para todas as crianças, jovens e adultos, em escolas públicas e privadas de todo o Brasil. O referido documento determina que as dez competências, habilidades e conteúdos devem ser os mesmos, independente de onde as crianças, adolescentes e jovens morem ou estudem. De acordo com o conteúdo sobre a Base (BNCC, 2017), esta se trata de um:
[...] documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1 e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN) (p. 7).
 A BNCC teve sua implementação através da Constituição e legislação vigente, que regula a Educação Básica e, todo esse conjunto significa normas obrigatórias a serem asseguradas em todas as unidades escolares, sejam elas públicas ou privadas, que atendam crianças, jovens e adultos para a garantia da aprendizagem a todos esses sujeitos em suas inúmeras especificidades, de forma unificada, visando à valorização da cultura, aprendizagem significativa e consolidação dos objetivos almejados até a data prevista para a sua apropriação e execução.
 Com a BNCC espera-se adequar ou construir os currículos de todas as regiões brasileiras, no sentido de reafirmar o compromisso de todos com a redução das desigualdades educacionais no Brasil e a promoção da equidade e da qualidade das aprendizagens dos estudantes brasileiros.
 A BNCC é um conjunto de referências organizadas para que professores, escolas e redes elaborem, revejam as suas propostas curriculares, reavaliando estratégias ou confirmando suas opções.
 Os defensores da BNCC reiteram que o objetivo não é levar um currículo pronto e acabado para sala de aula, mas sim oferecer referenciais para que a escola construa o seu próprio currículo, valendo-se da autonomia garantida pela Lei de Diretrizes de Bases da Educação 9394/96 de 1996. 
 Salientamos que para quem acredita ou não na ideia, a BNCC agora é lei, e passa a ser uma referência obrigatória para as escolas brasileiras.
Todas as unidades educativas devem aceitar o desafio de fazer a Base acontecer, para que em 2025 não apenas saibamos quais foram os efeitos que ela trouxe para a educação, mas principalmente, apontemos como ela pode ser melhor, uma vez que haverá tempo de avaliar e propor mudanças durante a elaboração do currículo em cada região. 
 O documento normativo da BNCC (2017), afirma que o Ensino Fundamental de nove anos é uma das etapas mais longas da Educação Básica que atende crianças de 6 a 14 anos, que passam por inúmeras transformações nos aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais e culturais e que leva as instituições juntamente com os órgãos competentes pela regulamentação, manutenção, orientação, supervisão, distribuição de recursos para efetivação do trabalho educativo, a elaborarem o currículo com evidências nas especificidades da clientela nas etapas iniciais e finais dessa modalidade tendo em vista superar os entraves e consequências oriundas das mudanças que perpassam durante o processo de escolarização. Conforme a BNCC (2017, p. 56) sobre o Ensino Fundamental nos anos Iniciais:
Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes em seu processo de desenvolvimento que repercutem em suas relações consigo mesmas, com os outros e com o mundo. Como destacam as DCN, a maior desenvoltura e a maior autonomia nos movimentos e deslocamentos ampliam suas interações com o espaço; a relação com múltiplas linguagens, incluindo os usos sociais da escrita e da matemática, permite a participação no mundo letrado e a construção de novas aprendizagens, na escola e para além dela; a afirmação de sua identidade em relação ao coletivo no qual se inserem resulta em formas mais ativas de se relacionarem com esse coletivo e com as normas que regem as relações entre as pessoas dentro e fora da escola, pelo reconhecimento de suas potencialidades e pelo acolhimento e pela valorização das diferenças. 
 Desse modo, a partir do conteúdo da BNCC (2017) entendemos que no Ensino Fundamental nos Anos Iniciais, a progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e interculturaldas crianças, considerando tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda precisam aprender. Ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, que dizem às relações dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o ambiente. 
 Então, para que o trabalho pedagógico seja favorável, cabe a todo corpo docente estudar, participar e articular as experiências vivenciadas no cotidiano anterior às outras etapas para que os discentes possam suprir suas dificuldades, compreendem as diversas situações contidas em vários contextos sociais e amadureçam a aprendizagem no percorrer da passagem de uma etapa para outra durante o processo de formação contínuo que sempre continuará passando por diversas transformações.
 Vale ressaltar que não há como acontecer na escola uma educação adequada às necessidades dos alunos sem contar com o comprometimento ativo do professor no processo educativo. Assim, quanto mais o professor compreender a dimensão do diálogo como postura necessária em suas aulas, maiores avanços serão obtidos e este estará conquistando os alunos e novos conhecimentos serão produzidos, pois desse modo, sentir-se-á mais curioso e mobilizado para transformar a realidade. Quando o professor atua nessa perspectiva, ele não é visto como um mero transmissor de conhecimentos, mas como um mediador, alguém capaz de articular as experiências dos alunos com o mundo, levando-os a refletir sobre seu entorno, assumindo um papel mais humanizador em sua prática docente. 
 De acordo com os dizeres de Calligaris (2000), os adolescentes e jovens amam, estudam, discutem, brigam, batalham com seus corpos, que se esticam e se transformam. Então, cabe à escola despertar o interesse e os sonhos desses jovens, do contrário só poderá constatar que os discentes veem o espaço como lugar desinteressante, inapropriado, inacessível para quem precisa adquirir aparato essencial para a vida ativa no convívio social. Infelizmente, ainda prevalece, no senso comum, a ideia de que os jovens significam problemas para a sociedade. Lembramos que no cenário atual, está sendo esquecido que essa faixa etária faz parte de um contexto social bem maior, o qual está passando por várias transformações e crises em vários setores na esfera do nosso país. Essas transformações acabam provocando mudanças no comportamento de todas as pessoas, gerando crises de valores e uma crescente desigualdade social devido à má distribuição de renda, desvalorização dos profissionais da educação, falta de recursos humanos e pedagógicos e adequação da estrutura física das instituições de ensino.
 Portanto, devemos nos apropriar e compreender através de estudos sobre o conteúdo, que a base proporciona a construção de um currículo que priorize a realidade cotidiana presente em cada região, tendo em vista que ela visa o desenvolvimento de um trabalho consolidado, no sentido de elevar os índices de aprendizagem dos discentes e permitir que os professores possam ter uma visão longitudinal das competências que devem ser desenvolvidas pelos alunos ao longo de sua escolaridade, nos diferentes componentes curriculares.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O presente trabalho tem sua significância, pois como estamos em processo de formação na área educacional e almejamos exercer a docência, faz-se necessário apropriarmo-nos do modelo de planejamento e trabalho pedagógico a ser seguido conforme os propósitos da BNCC, que regula todas as instituições públicas e privadas, tendo em vista alcançar os objetivos e favorecer a aprendizagem significativa dos discentes e conforme as normas estabelecidas para cada etapa da Educação Básica.
 Vale ressaltar que a partir do que fora apresentado no documento normativo, percebe-se que o currículo deve ser elaborado respeitando o contexto da realidade local onde os discentes estão inseridos, para que o trabalho dos mesmos conteúdos em todas as unidades escolares, seja compreendido e a cultura local valorizada para que os discentes não desconheçam suas origens e desvalorizem os costumes e tradições pertinentes a sua comunidade, pois vivemos em um país multicultural que em muitos momentos, e em determinadas situações, alguns elementos poderão ser deixados ocultos e não serão contemplados por causa da diversidade das manifestações presentes nas demais regiões.
 Então, o estudo sucinto sobre a BNCC e a legislação educacional brasileira, nos leva a compreender que somos educadores e precisamos nos desenvolver enquanto formador, inovar, pesquisar, estudar e atender ás necessidades e especificidades dos nossos educandos para que a educação seja realmente de qualidade e seus saberes perpetuados às gerações vindouras para o exercício da cidadania, formação humana e sucesso profissional. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Base Nacional Comum Curricular (BNCC): é a base, 2017. Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: 16 de outubro, de 2018.
CALLIGARIS, C. A adolescência. São Paulo: Publifolha, 2000.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Pedagogia