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Pré ENEM e Vestibular: Redação - Os desafios da adoção no Brasil

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REDAÇÃO – TEMA 21 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua forma-
ção, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios da 
adoção no Brasil”. Ao desenvolver o tema proposto, apresente experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos 
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
 
Texto 1 
Adoção no Brasil 
Humanização, coerência e atitude 
 
Adotar é dar a uma criança ou adolescente a oportunidade de ter um lar, uma família de forma definitiva, com todos os 
vínculos próprios da filiação. Envolve vocação, disposição, doação e vontade de desenvolver a maternidade e a paternidade 
intuitiva, pelo real desejo de ter um filho, reflete o desejo de construir uma família, por decisão responsável e refletida. 
Desafios da adoção no Brasil incluem a superação de obstáculos legais e a conscientização de que o ato é em benefício 
da criança. Dignidade é o que todos nós necessitamos! Sim, a dignidade inerente ao ser humano, aquela que a constituição cida-
dã prevê. (CF, artigo 1º, inciso III). 
Das 44 mil crianças e adolescentes acolhidos em abrigos em todo o país, 5.500 estão em condições de serem adotados e 
têm o nome e dados pessoais inseridos no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), criado em 2008, para mapear informações de 
todos os tribunais de Justiça do país sobre os processos de adoção. 
Adotar é uma grande responsabilidade, mas também um belo gesto. É importante que cada vez mais esta atitude ganhe 
cada vez mais destaque, dando a estas crianças a oportunidade de ter uma família, algo essencial para todo ser humano. 
O país, o Estado, necessita de leis com a máxima responsabilidade social, leis que acompanham a evolução social, que 
tenham coerência e aplicabilidade. As crianças e adolescente de nosso país estão em festa, afinal temos motivos para comemorar 
mais um passo em favor da cidadania. 
http://www.aredacao.com.br/artigos/40260/adocao-no-brasil#sthash.Er19NbwT.dpuf 
 
 
Texto 2 
Mais de 5,5 mil crianças aguardam pela adoção no Brasil 
Exigências dos candidatos dificultam a adoção no Brasil. 
 
Apesar de ser um dos países mais miscigenados do planeta, o Brasil ainda não aceita as diferenças. Prova disso é a difi-
culdade de efetivação nos processo de adoção. Mesmo que existam mais pretendentes do que crianças disponíveis, a adoção no 
Brasil é dificultada pelas restrições impostas pelas pessoas que desejam adotar. 
 
Como funciona a adoção no Brasil 
O primeiro passo para concretizar o sonho da adoção deve ser dado no núcleo familiar. O casal ou a pessoa que deseja 
adotar uma criança precisa calcular e planejar todos os detalhes que o ato envolve. É necessário pensar na qualidade de vida e 
segurança, nos possíveis acompanhamentos que a criança possa precisar e na própria capacidade de assumir a responsabilidade 
por uma outra vida. 
Com tudo isso pensado, é hora de iniciar a primeira etapa do processo de adoção no Brasil - a apresentação para a justi-
ça. Procure uma Vara da Infância e Juventude e o Serviço Social. É lá que você deverá inscrever-se no CPA - Cadastro de Pre-
tendentes à Adoção. É tempo também de entregar uma documentação inicial, por isso tenha todos os documentos preparados no 
dia. 
Você precisará apresentar ao Serviço Social comprovantes de residência e renda, atestados negativos de antecedentes 
criminais, certidões de nascimento ou casamento e cópias de RG e CPF. Os papéis são encaminhados ao setor técnico, que agen-
da entrevistas com psicólogos e assistentes sociais. O laudo é enviado ao Ministério Público, pois o sistema de adoção no Brasil 
exige liberação judicial. 
Com a habilitação finalizada, o pretendente entra para o banco de cadastro nacional e fica em uma lista de espera, até 
que uma criança com as exigências exigidas seja liberada processo adotivo. 
 
Os problemas da adoção no Brasil 
É difícil de acreditar que um país que possui cerca de 6 vezes mais pretendes à adoção do que crianças disponíveis sofra 
com problemas no processo adotivo. Mas é isso que ocorre no Brasil. “O que acontece é que a maioria dessas crianças disponí-
veis não são mais bebês, e a procura maior no país ainda é por bebês da cor branca”, comenta a psicóloga Rafaela Monteiro. 
Mas bebês da cor branca não são a maioria. As crianças disponíveis para a adoção no Brasil são em sua maioria pardas 
ou negras, além dos indígenas, que constituem uma minoria. Segundo o relatório elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça, 
das 5.544 crianças disponíveis no sistema brasileiro, 1.017 são negras e 2.668 são pardas. Apenas 1.804 são brancas. 
 
Porém o mesmo relatório aponta que dos 32.033 pretendentes cadastrados, 9.083 aceitam somente crianças brancas. E, 
se não bastassem as exigências de raça, ainda há outros pontos que dificultam a adoção. “Crianças doentes também entram nessa 
perspectiva, pois essas são as que têm menos chances de serem adotadas”, afirma Rafaela. 
 
Outras características procuradas 
A idade, as ocorrências de doenças ou vícios por parte dos pais biológicos e o sexo são também bastante restritivos. 
Cerca de 10 mil pretendentes à adoção no Brasil só aceitam crianças do sexo feminino, por exemplo. Além disso, crianças que 
tenham mais de 6 anos são menos propensas a serem adotadas, sendo que o maior índice de disponibilidade está em adolescentes 
de 16 anos. 
“Uma nova cultura de adoção vem sendo difundida após o estatuto da Criança e do Adolescente (1990). Onde a busca é 
no sentido de encontrar famílias para as crianças, e não o contrário. Muito ainda tem que ser feito - a caminhada é longa. A espe-
rança que temos é que um dia isso mude e que nenhuma criança cresça em uma instituição, longe de uma família”, explica a 
psicóloga. 
http://vivomaissaudavel.com.br/bem-estar/qualidade-de-vida/mais-de-55-mil-criancas-aguardam-pela-adocao-no-brasil/ 
 
 
Texto 3 
O lado B da adoção 
Luiz, de 12 anos, chegou a uma das Varas da Infância de São Paulo apenas com uma mochila nas costas. Nenhum brin-
quedo, nenhum livro, nenhum CD. Além de trazer poucos pertences, o menino parecia triste. Bem triste. Estava ali para ser de-
volvido. Depois de cinco anos em uma família, a mãe que o adotou não o quis mais. “Foi devolvido como se fosse um saco de 
batatas”, disse a psicóloga da Vara da Infância, Mônica Barros Rezende, que acompanhou o caso. A alegação da mãe adotiva foi 
que ele não obedecia mais. “Não aguento mais. Ele desobedece, falta na escola”, teria dito ela. A intervenção do Conselho Tute-
lar não adiantou. O Judiciário propôs uma terapia familiar, mas a mãe não compareceu. O que fazer? Luiz voltou ao abrigo para 
viver a experiência de abandono. O segundo. Na família em que nasceu, o pai o espancava com um pau e foi preso por tráfico de 
drogas. A mãe, que também apanhava do marido, não lhe dava comida nem banho. Luiz foi parar em uma instituição aos 2 anos, 
depois de ser encontrado pela polícia sozinho, aos prantos, com fome e sujo. Como ele tinha uma avó, o Conselho Tutelar deu-
lhe a tarefa de criá-lo, mas ela não conseguiu. Ao voltar ao abrigo, Luiz estava com hematomas e um braço quebrado. Ficou ali 
até ser adotado, aos 7 anos. O Judiciário avisou que o menino tinha problemas de anemia, raquitismo e arritmia do coração, e a 
mãe adotiva o levou ao médico inúmeras vezes. Tudo parecia bem. Mas, quando ele entrou na adolescência, a mãe adotiva teve 
dois netos e, segundo os técnicos que acompanharam o caso, ela passou a cuidar mais deles que de Luiz. “O meu primo nasceu, 
e minha mãe só cuida deles”, teria dito o menino. 
Luiz, como os demais personagens desta reportagem, recebeu um nome fictício, mas sua história é dolorosamente real. 
Há muitos casos de adoção que terminam dessa forma,naquilo que os especialistas chamam de segundo abandono. Não deveria 
acontecer, mas acontece. Existe uma brecha na lei quando a situação é irreversível ou acontece antes de a adoção ser formaliza-
da. Traumática, assustadora, a devolução é o caso extremo de um fenômeno pouco discutido: o lado B da adoção – os problemas 
inesperados, os conflitos. Por ser um tema muito delicado, fala-se pouco sobre os problemas que enfrentam as famílias adotivas. 
As angústias e dificuldades existem, são palpáveis e se forem amplamente discutidas podem evitar situações desastrosas para a 
família que adota e, principalmente, para a criança, que já sofreu um primeiro abandono, o da família biológica. “Aquele discur-
so de que adoção é um ato de amor é, no mínimo, ultrapassado. A adoção demanda um estudo da situação, um preparo muito 
especial para aquilo que as pessoas estão se dispondo a realizar”, afirma o juiz Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, da Vara da 
Infância da Lapa, em São Paulo. A maior parte das adoções tem um final feliz, mas, para que o sonho não se torne um pesadelo, 
quem adota precisa conhecer melhor esse universo. “O sentimento pela criança adotada pode ser o mesmo de um filho biológico, 
mas a situação não é a mesma”, diz a psicanalista paulista Maria Luiza Assis Ghirardi, que estuda o assunto há 15 anos e publi-
cou no ano passado, na Universidade de São Paulo, a tese Devolução de crianças e adolescentes adotivos sob a ótica psicanalí-
tica: reedição de histórias de abandono. “O fato de uma criança ser adotiva traz especificidades. O fato de alguém não poder 
gerar um filho também tem suas especificidades que precisam ser aceitas.” 
 
 
 
 
 
 
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI83098-15228,00-O+LADO+B+DA+ADOCAO+TRECHO.html 
 
Texto 4 
ADOÇÃO NO BRASIL: urgência e necessidade de uma revisão conceitual e procedimental 
São muitos os problemas relacionados à adoção no Brasil. Dentre eles, uma triste e contraditória realidade chama a 
atenção: de um lado, casais ou pessoas solteiras que, dispostos, por motivos diversos, a adotar um filho, envelhecem numa longa 
espera de um processo desgastante e extremamente burocratizado; de outro, uma infinidade de crianças e adolescentes crescem 
institucionalizados, sem uma referência própria de família. 
É certo que os problemas são muitos, tanto para os que estão diretamente envolvidos, quanto para quem conduz esses 
processos. A responsabilidade é muita, e muitos são os sentimentos, os desejos e as vidas que estão em jogo. Frente ao anseio 
pela composição de uma família é preciso cautela. O tempo não pode e não deve ser o principal fator de definição para um pro-
cesso dessa natureza. Mas, sem dúvida, deve ser muito mais considerado do que atualmente é. Sabe-se que no Brasil a preferên-
cia dos potenciais adotantes é por bebês: quanto mais novos, melhor. Ao mesmo tempo, crianças pequenas, que chegaram bebês 
às instituições, crescem e passam da idade preferencialmente escolhida para a adoção. Isso acontece devido à morosidade dos 
procedimentos atuais, tal como estão propostos. Resultado: muitas delas passam toda a infância e adolescência institucionaliza-
das, sem uma família. Por isso é preciso rever conceitos e procedimentos relacionados à adoção no Brasil. 
http://www.domtotal.com/direito/pagina/detalhe/23769/adocao-no-brasil-urgencia-e-necessidade-de-uma-revisao-conceitual-e-
procedimental 
 
INSTRUÇÕES: 
• O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copi-
adas desconsiderado para efeito de correção. 
 
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
• tiver até 19 (dezenove) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”. 
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
• apresentar proposta que desrespeite os direitos humanos. 
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

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