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Seguridade Social

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seguridade social 
evolução histórica
CF/1824: Socorros Públicos
CF/1891: Aposentadoria por Invalidez
 Func. Público
 Lei Eloy Chaves (1923): caixa de aposentadorias e pensões
1933: Instituto de Aposentadorias e pensões
CAP’S -> IAP’S -> INPS -> INSS
1923 1933 1966 1990
CF/1934: Assistência Social, saúde e previdência
CF/1937: Seguros Sociais
CF/1946: Saúde, Assistência, Previdência Social
 LOPS (1960)
INPS (1966)
CF/1967: Saúde, Assistência Social, Previdência Social 
princípios 
SOLIDARIEDADE
- A participação da sociedade em favor de quem e depara com as contingências sociais 
- Não é uma solidariedade voluntária, mas sim imperativa.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
 I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
- Sem tal solidariedade não haveria a previdência social, pois há uma solidariedade entre gerações. 
universalidade de cobertura e do atendimento
- da cobertura universal objetiva: quais serão as contingencias sociais a serem cobertas = o ideal seria tudo.
- Atendimento: universalidade subjetiva 
Quem terá o direito à seguridade social - de acordo com o princípio o ideal seria “todas as pessoas”
UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS ÀS POPULAÇÕES RURAIS E URBANAS
- BENEFÍCIOS E SERVIÇOS: são prestações – direitos que as pessoas tem perante a seguridade social.
Benefícios: direito de pecúnia
Serviços: direito em serviços
- POPULAÇÕES URBANAS E RURAIS: tratamento isonômico entre populações urbanas e rurais – não é igualdade unicamente formal, mas sim material (tratar os desiguais de formas desiguais). 
seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços 
- Seletividade: Escolha/seleção a respeito de quais contingências devem ser objeto da cobertura – o ideal seria cobrir todas as contingências, mas há uma limitação orçamentária, por isso o resultado é a seletividade. 
Deve se selecionar as principais contingências em razão da limitação orçamentária – a seleção feita pelo legislador, e não o administrador público.
Distributividade: efeito da seletividade – redistribuição de renda que é um dos objetivos que decorre da seleção das contingências a serem cobertas; é efeito da seletividade porque quando se cobre uma contingência social se está dando renda a quem não tem/ a quem precisa, retirando-se da renda a quem tem -> exemplo da previdência social.
irredutibilidade do valor dor benefícios 
O valor nominal dos benefícios não pode ser reduzido.
O problema não é manter somente o valor nominal, mas sim o valor real (poder aquisitivo) em decorrência da inflação: a solução é a correção monetária, ou seja, reajustando (índice INPC). 
Art. 201, par. 4º da CF/88:
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.
EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO 
Capacidade contributiva, igualdade no custeio da seguridade social.
Participação equânime no custeio: igualdade material – quem tem mais participa mais, quem tem menos participa menos.
Ex: dois contribuintes – trabalhador e empresa – a empresa tem mais condições econômico-financeiras.
diversidade na base de financiamento (custeio)
A seguridade social é mantida por várias fontes, ou seja, várias contribuições são e várias bases de incidência.
Lembrar da tríplice fonte de custeio- várias bases de incidência e não somente de contribuintes.
Contribuições para seguridade social vem da arrecadação das loterias (boa parte), além do empregador, empregado, Estado, etc. 
caráter democratico e descentralização da adm 
Caráter democrático: participação dos interessados: trabalhadores, empregados e aposentados.
Nos órgãos colegiados específicos, em cada ente (ex: na previdência o Conselho Nacional da Previdência – gestão quadripartíte: governo, trabalhadores, empregadores e aposentados).
Caráter descentralizado: a União descentraliza, por exemplo, para autarquia da administração indireta a adm do regime de previdência – a descentralização gera mais eficiência. 
“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".”
pré-existência do custeio em relação aos benefícios ou contrapartida
Antes de criar o benefício/serviço, aumentar o valor do benefício ou estender o benefício, deve haver uma fonte do custeio para isso, deve-se justificar de onde virão os recursos. 
anterioridade nonagesimal
Voltado às contribuições para a seguridade social.
Uma contribuição para a seguridade social que crie uma nova contribuição ou que modifique uma contribuição só pode ser exigida depois de 90 dias da publicação da lei ou modificado (aumentar).
Por que não se aplica a anterioridade anual à seguridade social? Porque está na lei. 
Não tem vacatio legis. 
direito adquirido
Art. 5º, XXXVI
“XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;”
Para fins previdenciários: quando se tem o direito adquirido? Direito adquirido existirá quando o interessado preenche os requisitos desse direito, na vigência da lei da época.
Ex: o sujeito preenche o requisito para tempo de contribuição e posteriormente vem a reforma e altura – há direito adquirido, pois, os requisitos foram preenchidos na vigência da lei na época. 
custeio da seguridade social 
De onde virão os recursos para custear a seguridade social?
Art. 195, CF/88:
“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais”
custeio direto 
É o principal custeio 
Parte final do art 195, CF
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:   I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços
III - poderão ter alíquotas:  
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; 
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei.
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.
Natureza jurídica da contribuição para a seguridade social: é o tributo. (art. 149)– tributo com algumas peculiaridades, distinções específicas. 
Orçamento da seguridade social específico: as receitas que vão ser resultantes da contribuição para a seguridade social junto com as despesas estão previstas no art. 165, par.5º da CF – Orçamento fiscal 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:	 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
A contribuição social é instituída pela União, e somente pela União. As leis que tratam de constituição social são federais. (art. 149, caput)
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Há alguma exceção para a hipótese acima? Art. 149, §1º
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. 
tipos de contribuições 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício - folha de pagamento – 20% sobre a filha de pagamento; 
b) a receita ou o faturamento - CONFINS – contribuição para o financiamento da seguridade social – base de cálculo é receita ou faturamento (receita é tudo que entra no caixa da empresa);
c) o lucro 
CSLL
PIS – É sobre a receita, tem natureza social – art. 239, CF
 Não é exclusividade da seguridade social, pois parte dos valores são usados para outros fins. 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
Desconte no holerite cujo credor para esse desconto é a União. 
Segurados da previdência social – os obrigatórios e os facultativos. 
III – lotéricas
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar
Contribuições residuais – a lei pode criar outras fontes de contribuição para a seguridade social consoante o art. 195, §4 -obedecido o art. 154,I – exige-se lei complementar para criar contribuição, e não pode ser a mesma base de cálculo de outra contribuição. 
Contribuição previdenciárias: são as do inciso I, “a” e II – só podem ser usadas para pagar benefício previdenciário.
Desoneração da folha de pagamento: a tributação que incide sobre a folha de pagamento desestimula a contratação de trabalhadores. A desoneração diminui os tributos sobre a folha de pagamento com o intuito de estimular contratação de trabalhadores. A desoneração substitui a contribuição sobre a folha de pagamento por sobre a Receita Bruta
Art. 95 – contribuição sobre receita bruta 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento.
Imunidade de contribuição para a seguridade social
Art. 195, § 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei – estimular essas entidades do setor privado – lei ordinária 12.101/2009.
A lei amplia a atividade, diz que não precisa ser estritamente assistência social, por exemplo áreas de saúde e educação. 
O STF entende que tal lei deve ser respeitada e observar lei complementar, que ainda não existe, então se usa o CTN. 
custeio indireto
Está ligado ao orçamento fiscal – “financiada por toda a sociedade” – art. 195, caput – mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do DF e dos Municípios.
Orçamento geral para despesa geral 
Quando o custeio direto não é suficiente para custear - se faltar recurso o poder público não pode cessar a seguridade social. - Recursos adicionais 
DRU – a CF permite a utilização de até 30% das contribuições para a seguridade social.
Art. 167. São vedados: XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998).
Art. 16. A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual. Parágrafo único. A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social, na forma da Lei Orçamentária Anual.
Contribuição do segurado:
Obrigatórios – empregado, empregado doméstico,
trabalhador avulso, contribuinte individual e segurado especial. 
Valor da contribuição: base de cálculo (salário de contribui + alíquota.
Salário de contribuição: corresponde à remuneração mensal.
Facultativo – estudante, estagiário, dona de casa.
No caso do facultativo é aquele indicado por ele mesmo. Há teto estabelecido pelo INSS (R$ 5.839,45).
Alíquota de 20%
Contribuição da empresa: 
Contribuição sobre a folha de pagamento - total das remunerações pagas aos trabalhadores. Não há teto estabelecido. 
Alíquota de 20% com acréscimo do SAT (seguro contra acidentes de trabalho). 
assistência social 
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL
- Artigo 6º, 203 e 204 da CF/88 - "assistência aos desamparados" 
- Lei 8.742/93 (LOAS) Se volta aos desamparados, necessitados, vulneráveis na esfera econômica. Atende a essas pessoas nos termos financeiros. 
- Por que a assistência social é trazida como direito fundamental? Imprescindível a preservação da dignidade da pessoa humana - quem vai ter a assistência social são pessoas que estão à margem da sociedade e tem risco de violação à sua dignidade. 
- Duas principais características: 1. será prestada aos necessitados; 2. independe de contribuição - artigo 203 da CF. A saúde é plenamente universal (direito de todos); já a assistência social não tem universalidade, pois só se dirige aos necessitados.
- Só assegura às pessoas necessitadas o mínimo para a sobrevivência - mínimo existencial (básico para preservar a dignidade da pessoa humana).
Conceito
é uma área da seguridade voltada aos necessitados, sem exigir contribuição,garantindo o mínimo existencial.
Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. 
A lei 8.742 traz conceito passível de crítica.
"direito do cidadão" - seria melhor direito da pessoa humana, pois cidadão se dá margem a entender que é apenas pessoa com direitos políticos (exclui crianças, estrangeiros, etc.)
"ações de iniciativa pública e da sociedade" - há também muita assistência privada, como ONGs, entidades filantrópicas, etc.
princípios 
Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios:
 I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; a assistência social se dirige principalmente aos necessitados, logo esse atendimento tem caráter de supremacia. Também está acima das preocupações de exigência de rentabilidade econômica. 
II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; universalização parte da premissa de que quem vai ser atendido está tão à margem da sociedade, que a assistência social é o direito elementar para universalizar os demais direitos; primeiro degrau para a pessoa cogitar de usufruir os outros direitos.
 III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;
DOIS ASPECTOS: 1. para a preservação da dignidade da pessoa humana é preciso um serviço de assistência social; 2. proibição de expor a pessoa necessitada a algo vexatório quando tem que comprovar que está nessa situação de necessitado. 
IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; no atendimento aos necessitados não pode haver discriminação (prejudicar alguém sem justificativa) - a igualdade não significa que se vai conceder a assistência social a toda a população, mas sim igualdade dentro do público necessitado da assistência social. 
V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão; Publicidade feita pelo Poder Público; quem cuida é o Ministério da Cidadania e o sistema é Sistema Único da Assistência Social (SUAS). - Todos os entes da federação tem competência para atuação em matéria de assistência social.
objetivos 
Artigo 203 da CF. - O que ela deve alcançar?
 Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
 I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; O não cumprimento desse recurso pode gerar dependência do necessitado nos benefícios da assistência social.
 IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; Pessoas com deficiência necessitadas no quesito econômico.
 V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei - Benefício de prestação continuada - salário mínimo pago às pessoas idosas e com deficiência que comprovem não ter recursos para se manter nem por si, nem por sua família - pagamento feito pelo INSS, mas não tem caráter previdenciário, mas sim assistencial. - A assistência social só é voltada aos necessitados, e não a todos, diferentemente do que está nos incisos.
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA: idade mínima para receber esse benefício. 
Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
 - Para provar ser pessoa com deficiência: perícia médica no INSS.
 O que significa família sem condições para manter o idoso ou pessoa com deficiência? Qual sua renda? A lei traz critério objetivo no artigo 20, parágrafo 3º:
 - § 3o Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo. - Somar as rendas das pessoas da família e dividir pelo número de seus integrantes. Questionamento: esse limite pode ser flexibilizado, no caso de família com renda um pouquinho maior? Entende a jurisprudência que sim. 
§ 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento.
Ainda não há regulamentação, logo esse parágrafo não é aplicável no âmbito administrativo, somente por meio judicial.
custeio
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes. 
- Custeio direto da seguridade social - contribuições. - Quando não é suficiente é custeio indireto - "além de outras fontes".
DIRETRIZES
 linhas mestras do Sistema único de assistência social.
Descentralização político administrativa; político: entes políticos - não fica centralizado somente na União.
Participação da população: concretização do aspecto da democratização da gestão através de órgãos colegiados: Conselhos de Assistência Social. 
 - 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de organizações de usuários, das entidades e organizações de assistência social e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do Ministério Público Federal. - entidades que reúnem essas pessoas necessitadas e organizações de assistência social (entidades filantrópicas) e trabalhadores do setor.
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA (ASSISTENCIAL) 
- Artigo 20 da Lei 8.742 1.
 BOLSA FAMÍLIA - PROGRAMA DE RENDA MÍNIMA
 Lei nº10.836/2004
Benefício da assistência social voltada a pessoas em situação de extrema pobreza, necessitadas. O valor do benefício varia conforme o número de integrantes dessa família; o benefício básico é R$58,00, aumentando conforme o número de integrantes. 
 Programa de renda mínima: relação com mínimo existencial - relação de complemento da renda familiar
PROGRAMA DE RENDA BÁSICA (Lei 10.835/2004)
Assegurar um valor de renda básica para toda a população. 
Países mais desenvolvidos pagam um valor básico anualmente para todos; assegura-se mínimo para os necessitados, beneficiando a todos, não exigindo nenhum requisito.
Lei 10.835/2004 - existe lei de renda básica, porém ninguém nunca recebeu e nem pleiteou; é lei que nunca saiu do papel, pois não tem aplicabilidade por não definir aspectos essenciais como o valor do benefício, o que se faz pra receber, quando vai ser pago, de onde virão os recursos.
REGIMES PREVIDENCIÁRIOs 
REGIME GERAL DE PREVIDENCIA SOCIAL (ISS)- abrange a grande maioria da população: artigo 201
REGIMES PRÓPRIOS: dois tipos de pessoas são abrangidos
Funcionários públicos: servidores públicos que ocupam cargo de provimento efetivo (servidor público estatutário - regido pelo direito administrativo); não está incluído o servidor público celetista; DESDE QUE O ENTE POLÍTICO TENHA CRIADO O REGIME PRÓPRIO; caso não tenha sido instituído regime próprio, irá ser regido pelo regime geral de previdência social. 
Militares - policiais militares (estado), militaresdas forças armadas.
REGIMES DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR facultativa
- Privada:
aberta: mantida pelos bancos (qualquer um pode aderir).
fechada: só os empregados da empresa podem aderir (por exemplo, previdência complementar privada dos empregados da Petrobrás); normalmente o empregador contribui um pouco.
- Pública: 
Funcionários públicos - o FP que ingressa no serviço público não se aposenta mais com vencimento integral; para compensar instituiu-se a previdência complementar pública, pois antigamente se aposentavam com o valor integral.
CARACTERÍSTICAS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
Caráter contributivo: para ter direito ao benefício previdenciário é necessária a contribuição. 
Filiação obrigatória: vai ter que contribuir, não é opcional. A contribuição previdenciária tem caráter de TRIBUTO, é compulsória.
Não depende da vontade do agente. Por exemplo: começou a trabalhar como empregado; automaticamente se passa a contribuir para a previdência, independentemente da vontade do empregado. 
Equilíbrio financeiro: precisa haver ajuste de conta entre as despesas e o que é arrecadado, por isso de tempos em tempos haverá reforma previdenciária.
OBJETIVOS - Lei 8.213/91
Art. 1º A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.
Beneficiários do regime geral de previdência social:
Segurados: aquele que contribui além de receber 
Dependentes: ligado a alguém que contribui; 
A previdência também cobre as contingências e assegura meios indispensáveis para a pessoa sobreviver. 
Benefícios previdenciários e coberturas:
Por motivo de incapacidade: não tem condições de realizar o trabalho habitual -> benefício: auxílio doença (a doença por si não gera o benefício, mas sim a incapacidade); incapacidade permanente: aposentadoria por invalidez 
Desemprego involuntário: o benefício que cobre esse evento é o seguro desemprego; não é pago pelo INSS, mas sim o antigo Ministério do Trabalho, ou seja, são contribuições sociais que mantém o seguro desemprego. 
Idade avançada: o benefício previdenciário é a aposentadoria por idade; atualmente 65 anos para homens, e 60 anos para mulheres (o trabalhador rural se aposenta com cinco anos de antecedência) + tempo de contribuição, que é 15 anos.
Por tempo de serviço: não se fala mais em tempo de serviço, mas sim tempo de contribuição; 35 anos para o homem (quando é só tempo de contribuição) e 30 anos para mulher; professor de escola tem redução de 5 anos. Não há idade mínima para aposentar por tempo de contribuição. 
Encargos familiares: benefício é o salário família: valor extremamente ínfimo (32,80) - complementar a renda quando o segurado tem filho até 14 anos (valor dado por filho), e quem tem renda salarial baixa (1.364,43); na prática é o empregador quem paga, e ele se reembolsa com esse valor.
Prisão: benefício é o auxílio reclusão; esse benefício é devido aos dependentes, e não ao segurado (esse segurado deve contribuir por um tempo mínimo para que os beneficiados recebam); os dependentes só tem direito ao auxílio reclusão se o salário à época que foi preso era salário de baixa renda (R$ 1.364,43) - somente para regime fechado (abarca prisão temporária, etc.) 
Morte: benefício devido aos dependentes - pensão por morte
princípios 
Art. 2º A Previdência Social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos:
 I - universalidade de participação nos planos previdenciários; Só tem direito quem contribui; a universalidade na previdência se acentual quanto ao acesso (mesmo a pessoa não sendo segurada obrigatória da previdência, ela pode ter acesso à previdência, e isso gera a universalidade); figura do segurado facultativo - pessoa que não se enquadra como segurado obrigatório, e se quiser pode contribuir/ter acesso à previdência (ex: estudantes, dona de casa, estagiário). - Quem já integra regime próprio não pode se filiar como segurado facultativo (filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo - artigo 201, parágrafo 5º) 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; - Igualdade material entre os urbanos e rurais. O tratamento ao rural é mais benéfico e tem justificativa.
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; 
Seletividade: como a previdência não tem recurso para cobrir todos e quaisquer eventos, logo a seletividade determina que sejam cobertas as principais contingências - limitação orçamentária
Distributividade: redistribuição de renda, como consequência da seletividade. Quando um beneficiário recebe a prestação é porque ela está sem condições de obter renda por si; alguém está contribuindo para que ela receba esse benefício.
IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição corrigidos monetariamente; Quando se vai calcular o benefício previdenciário deve-se utilizar os salários de contribuição que o contribuidor recebeu durante a vida; essas remunerações devem ser corrigidas monetariamente.
V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o poder aquisitivo; 
O benefício não pode ser reduzido, o valor nominal deve ser mantido. Além disso, deve-se manter o reajuste periódico, mantendo o valor real do benefício - artigo 201, parágrafo 4º. 
VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo; 
Qualquer benefício previdenciário que fique no lugar da renda do segurado não pode ser menos do que um salário mínimo - artigo 201, parágrafo 2º. 
VII - previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional; 
A característica da previdência complementar é facultativa 
VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e aposentados. 
Na previdência social o caráter democrático é a participação da sociedade na gestão da previdência social; ocorre em órgão colegiado (Conselho Nacional de Previdência), no qual, além de representantes do governo há representantes da sociedade civil (aposentados e pensionistas, trabalhadores e empregadores) -> Artigo 3º da Lei 8.213 - gestão quadripartíte (governo, aposentados, trabalhadores e empregadores) 
Caráter descentralizado na previdência social: regime geral de previdência social é de competência exclusiva da União (e não competência concorrente dos entes federativos); estados e municípios só tem atuação no seu regime próprio, e não regime geral. Como se aplica o princípio da descentralização? INSS - a descentralização é meramente administrativa - a administração direta descentralizou para a administração indireta, que é o INSS (autarquia da adm indireta) a administração, portanto é descentralização administrativa e somente administrativa. CAI NA PROVA.
 Parágrafo único. A participação referida no inciso VIII deste artigo será efetivada a nível federal, estadual e municipal.
abrangência 
Artigo 201, incisos I a V:
 Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
 I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; LEI 8.213, artigo 1º.
 II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; o benefício é o salário maternidade; o adotante e quem tem guarda judicial para fins de ação também tem direito (nesse caso o seguradohomem também tem esse direito) 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; SEGURO DESEMPREGO 
IV - Salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; SÓ SÃO PAGOS AOS SEGURADOS DE BAIXA RENDA (ATÉ R$ 1364,43)
 V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.
previdência social 
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS (art. 11 da Lei 8.213/91) - do regime geral de previdência social 
- São pessoas físicas e trabalhadores. 
- São cinco tipos: todos tem o dever de contribuir
EMPREGADO
O empregado na previdência social é mais abrangente do que o empregado no direito do trabalho. O empregado do direito do trabalho é a alínea "a". 
Para ser empregado precisa de pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação.
 A lei previdenciária considera como empregado tanto o urbano quanto o rural (rural - lei 5.889 - é a atividade econômica realizada pelo empregador, e consequentemente os empregados; se o produto perde a condição in natura, então deixa de ser empregador rural).
- SÚMULA 578 - questão da cana de açúcar. 
B) Trabalhador temporário: não é o empregado contratado por prazo determinado (Lei 6.019/74) - relação triangular (trabalhador temporário se vincula a empresa temporária, que é contratada pela empresa tomadora de serviço - só pode ficar na empresa tomadora por 180 dias; além disso, o trabalhador temporário recebe ordens do tomador).
G) Servidor público que ocupa cargo em comissão (art. 40, parágrafo 13 da CF) - não é só o servidor público que ocupa cargo em comissão. => § 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.
J) Agente político que exerce mandato eletivo: é empregado para a previdência porque não ocupa cargo de provimento efetivo.
EMPREGADO DOMÉSTICO - Inciso II do art. 11 
Aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos (para o empregador) 
Prestar serviço mais de duas vezes por semana, e no âmbito residencial.
O empregado doméstico não visa o lucro, mas sim o salário.
TRABALHADOR AVULSO 
Decreto 3048 - artigo 9º Presta serviço a um tomador de serviço, mas é intermediado por órgão gestor de mão de obra (esse órgão que faz a escalação do trabalhador avulso, com rodízio entre os trabalhadores)
 VI - como trabalhador avulso - aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei nº8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria, assim considerados
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
- Quem não se enquadra nas demais hipóteses - trabalhador, com atividade remunerada.
Exemplos: Trabalhador autônomo, profissional liberal (autônomo com conhecimentos técnicos), UBER, trabalhador eventual (que presta serviço esporádico para um tomador - tipo técnico, eletricista, diarista, etc.; trabalhador que não se fixa a um tomador), empresário, ministro de confissão religiosa e membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa (pastor, bispo, clérigo, etc.).
Autônomo que não recolhe a previdência está deixando de recolher tributo.
SEGURADO ESPECIAL
artigo 195, parágrafo 8º da CF 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. 
 Vantagem que o segurado especial tem: Lei 8.213 art. 39, I - não precisa comprovar o recolhimento da contribuição previdenciária; comprova-se somente que exerceu a atividade rural como segurado especial. Se provar que exerceu atividade como segurado especial se aposenta com um salário mínimo. 
Não se aposenta por tempo de contribuição
Para provar a condição de segurado especial precisa de um início de prova documental contemporânea à época. Também tem que provar que foi segurado especial pelo tempo de carência do benefício.
 Inciso II: Se o segurado especial quiser se aposentar por tempo de contribuição e receber mais do que um salário mínimo, pode fazer uma contribuição a mais, como contribuinte individual. 
SEGURADO FACULTATIVO
Conceito: é a pessoa que não se enquadra como segurado obrigatório, mas queira contribuir para a previdência social
Ex: Dona de casa, estudante, estagiário, pessoa desempregada. 
Decreto 3048, art. 11: 
Art. 11. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social.
Súmula 272: se aplica no caso do inciso II.
dependentes 
Pensão por morte e auxílio reclusão
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:				
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;   (DEPENDÊNCIA ECONÔMICA PRESUMIDA, NÃO PRECISA PROVAR)	
II - os pais;		
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
É dividido pelo número de dependentes da mesma classe, mesmo número de quotas
Se alguém falecer, deixa de ser beneficente, e há redistribuição. Se todos deixarem de ser dependentes não há disponibilização das demais classes poderem receber. 
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
§ 2º. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.         
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada
PROVA DE MATERIALIDADE 
ART. 16, § 5º A prova de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento.       
 Súmula 63, TNU - A comprovação de união estável para efeito de concessão de pensão por morte prescinde de início de prova material.
Enteado e menor tutelado necessita de prova de dependência econômica. 
Mas não há referencia quanto a guarda. O STJ entende que não é dependente para fins previdenciários. 
Meios de provas: lícitas
Art. 76. A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação.
§ 1º O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira, que somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica.
§ 2º O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos no inciso I do art. 16 desta Lei. – APLICA-SE PARA O AUXILIO RECLUSÃO - CONJUGE QUE DIVORCIA OU SEPARA – concorre em igualdadede condições com os dependentes, desde que recebesse pensão ...
- SÚMULA 336, STJ - A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente
§ 3º Na hipótese de o segurado falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por determinação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício.   
SALÁRIO DO BENEFÍCIO 
BASE DE CÁLCULO
O QUE É?
Art. 31. Salário-de-benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salário-família, a pensão por morte, o salário-maternidade e os demais benefícios de legislação especial.
 Parágrafo único. O INSS terá até cento e oitenta dias, contados da data do pedido, para fornecer ao segurado as informações constantes do CNIS sobre contribuições e remunerações utilizadas no cálculo do salário-de-benefício. 
Pensão por morte
Salário maternidade
Média dos salários de contribuições do assegurado
Lei 8.213/91
Art. 28. O valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido por norma especial e o decorrente de acidente do trabalho, exceto o salário-família e o salário-maternidade, será calculado com base no salário-de-benefício.
 Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for:   
I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta e cinco anos; ou     
II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observado o tempo mínimo de contribuição de trinta anos. 
       
renda mensal do beneficio 
Lei 8.213/91
Art. 33. A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o salário-de-contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não terá valor inferior ao do salário-mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-de-contribuição, ressalvado o disposto no art. 45 desta Lei.
CF/88
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. 
DEC. 3.048/99
Art. 39. A renda mensal do benefício de prestação continuada será calculada aplicando-se sobre o salário-de-benefício os seguintes percentuais:
 I - auxílio-doença - noventa e um por cento do salário-de-benefício;
 II - aposentadoria por invalidez - cem por cento do salário-de-benefício;
 III - aposentadoria por idade - setenta por cento do salário-de-benefício, mais um por cento deste por grupo de doze contribuições mensais, até o máximo de trinta por cento;
 IV - aposentadoria por tempo de contribuição:
 a) para a mulher - cem por cento do salário-de-benefício aos trinta anos de contribuição;
 b) para o homem - cem por cento do salário-de-benefício aos trinta e cinco anos de contribuição; e
 c) cem por cento do salário-de-benefício, para o professor aos trinta anos, e para a professora aos vinte e cinco anos de contribuição e de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio;
 d) cem por cento do salário-de-benefício, para o segurado que comprovar, na condição de pessoa com deficiência, o tempo de contribuição disposto no art. 70-B
 V - aposentadoria especial - cem por cento do salário-de-benefício; e
 VI - auxílio-acidente - cinqüenta por cento do salário-de-benefício.
 § 1º Para efeito do percentual de acréscimo de que trata o inciso III do caput, assim considerado o relativo a cada grupo de doze contribuições mensais, presumir-se-á efetivado o recolhimento correspondente, quando se tratar de segurado empregado ou trabalhador avulso.
2o Para os segurados especiais, inclusive os com deficiência, é garantida a concessão, alternativamente: (Redação dada pelo Decreto nº 8.145, de 2013)
 I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou de pensão por morte, no valor de um salário mínimo, observado o disposto no inciso III do art. 30; ou
 II - dos benefícios especificados neste Regulamento, observados os critérios e a forma de cálculo estabelecidos, desde que contribuam, facultativamente, de acordo com o disposto no § 2º do art. 200.
 § 3º O valor mensal da pensão por morte ou do auxílio-reclusão será de cem por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, observado o disposto no § 8º do art. 32.
 § 4º Se na data do óbito o segurado estiver recebendo aposentadoria e auxílio-acidente, o valor mensal da pensão por morte será calculado conforme o disposto no parágrafo anterior, não incorporando o valor do auxílio-acidente.
 § 5º Após a cessação do auxílio-doença decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa, tendo o segurado retornado ou não ao trabalho, se houver agravamento ou sequela que resulte na reabertura do benefício, a renda mensal será igual a noventa e um por cento do salário-de-benefício do auxílio-doença cessado, corrigido até o mês anterior ao da reabertura do benefício, pelos mesmos índices de correção dos benefícios em geral.

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