matematica e espaço

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COMPONENTE CURRICULAR MATEMÁTICA E ESPAÇO – 2019.2 
 
PRIMEIRA ATIVIDADE AVALIATIVA 
Discente: Gabriela S. Aguiar 
Turma: BI Ciências 
 
 
 Questão 01 
a) (Valor: 1,0 pontos) Produza um texto reflexivo e crítico sobre o texto “Trançados Amazônicos”, 
buscando considerar os seguintes aspectos: 
- a importância da dimensão educacional da etnomatemática; 
- a diferença entre o ensino tradicional da matemática e a abordagem proposta no texto; 
- a presença da matemática em diferentes atividades humanas e em distintas culturas. 
 
Os trançados amazônicos ou “Bora” são de origem cultural do povo indígena Bora, 
moradores da Amazônia peruana e colombiana, na América do Sul. Esta cultura abre uma 
reflexão a respeito de novas formas de conhecer a matemática e a geometria, associando a 
cultura de um povo muito rico em sua cultura, porém, de pouco conhecimento popular que 
vai de encontro ao conceito de Ubiratan D‟Ambrosio, que foi o percursor da 
etinomatemática no Brasil, ao idealizar esse conceito ele teve como base a critica social do 
ensino da matemática tradicional, defendia que a matemática deve ser explicada e entendida 
dentro de um contexto cultural próprio. Este novo modelo de ensino é importante e 
necessário, pois visa a introdução da matemática no aspecto cultural de cada aluno, 
facilitando a compreensão e preservando as culturas. O que difere do ensino da matemática 
tradicional, que se baseia em números e problemas, como já é sabido que no Brasil a 
desigualdade educacional é catastrófica, podemos concluir que a etinomatemática se faz 
necessária. 
 
 
b) (Valor: 1,0 pontos) Desenhos na areia, carregados de significados ancestrais, são colocados em 
evidência no Componente Curricular Matemática e Espaço. Trata-se dos sona, desenhos oriundos 
da prática cotidiana dos povos Cokwe, Luchazi, Ngangela, entre outros social e culturalmente 
relacionados a estes. Residentes no leste de Angola e em regiões vizinhas, na Zâmbia e na 
República Democrática do Congo, estes povos trazem consigo saberes milenares que ensinam ao 
mundo diferentes modos de organizar e difundir conhecimento. A região da tradição africana sona 
é uma área de grande concentração do movimento de escravização, via tráfico transatlântico, para 
o Brasil. Este fato nos leva a um importante questionamento: Por que muito dos conhecimentos 
Cokwe, Luchazi e Ngangela foram e continuam sendo invisibilizados no território brasileiro se os 
mesmos são parte fundante da cultura brasileira, na diversidade em que esta se manifesta? 
 
 
 
 
 
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O Brasil carrega consigo o preconceito histórico contra a cultura e os povos africanos desde a colonização 
de Portugal, podendo até afirmar que este preconceito nos foi ensinado obrigatoriamente, visto que o 
povo indígena que habitava o Brasil não possuía conhecimento sobre bens financeiros. Na colonização 
para fornecer a mão-de-obra necessária ao trabalho nos engenhos, foi instituído o tráfico negreiro para 
abastecer a escravidão no Brasil, o que acabou gerando uma atividade altamente lucrativa para os 
comerciantes portugueses. Por mais de três séculos, cerca de 5 milhões de africanos foram encaminhados 
à força para e submetidos à escravidão no Brasil. Na Bahia, predominavam negros capturados na região 
da Guiné – eram os chamados sudaneses. Para o Rio de Janeiro e Recife, foram mandados negros de 
regiões onde atualmente estão Angola, Congo e Moçambique – eram conhecidos como bantos. No 
cenário de escravidão no Brasil os negros eram vistos como mercadoria, os negros eram vendidos em 
mercados de escravos e seu preço variava de acordo com o sexo, a idade, o estado físico e a origem. No 
dia 13 de maio de 1888, chegou ao fim o trabalho escravo no Brasil. Após quatro séculos de escravidão, 
tortura e maus-tratos, os negros estavam libertos perante a lei. A aprovação da Lei Áurea, a lei que 
oficializou o fim da escravidão no Brasil, porém, há controvérsias no conceito de “liberdade” pois a 
população negra ainda é a mais afetada pela desigualdade e pela violência no Brasil. É o que alerta a 
Organização das Nações Unidas (ONU). No mercado de trabalho, pretos e pardos enfrentam mais 
dificuldades na progressão da carreira, na igualdade salarial e são mais vulneráveis ao assédio moral, 
afirma o Ministério Público do Trabalho. De acordo com o Atlas da Violência 2017, a população negra 
também corresponde a maioria (78,9%) dos 10% dos indivíduos com mais chances de serem vítimas de 
homicídios, De acordo com o Infopen, um sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário 
brasileiro desenvolvido pelo Ministério da Justiça a população carcerária no brasil 61,7% são pretos ou 
pardos. Vale lembrar que 53,63% da população brasileira têm essa característica. Os brancos, 
inversamente, são 37,22% dos presos, enquanto são 45,48% na população em geral. 
Observando os números alarmantes de desigualdade observamos que termos uma divida histórica com os 
negros, o que não é diferente com relação à cultura e ancestralidade Africana, ainda nos dias atuais 
tentamos embranquecer e ou inferiorizar as culturas Africanas, os negros nunca foram vistos como 
pessoas que podem ser inteligentes e emponderados a nível organizacional tão magnífico como o sona. 
 
Questão 02 
Os trançados do povo amazônico Bora geram uma forma geométrica em forma de „mariposa‟. Os itens 
desta questão se contextualizam nesta temática. 
 
a) (Valor: 0,4 pontos) Para cada caso, diga que terno ordenado representa a „mariposa‟: 
 
 
 
 
 
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1 2 
 
 
3 4 
 Resposta: 
1: (5,4,2) 
2: (1,4,4+1+3) 
 3: (1,4,3) 
 4: (3,5,2+1+2+2) 
 
b) (Valor: 0,8 pontos) Para cada terno ordenado, construa a „mariposa‟ por ele 
representada: 
 
(1,4,3) (3,4,2+3+2) (1,4,2) (5,3,2+4) 
 
 
 
 
 
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c) (Valor: 0,8 pontos) Qual é o número de fitas utilizado para construção da primeira 
„mariposa‟ do item anterior? E da última „mariposa‟ do item anterior? 
 
 
1º: (1,4,3): 4º: (5,3,2+4) 
NF= 2.a + 4c (b-1) NF= 2.a+4.(c1+c2) 
 2.1+4.3.(4-1) 2.5+4.(2+4) 
 2+12.3 10+4.6 
 2+36 10+24 
 NF= 38 NF= 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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d) (Valor: 1,0 pontos) Desenhe uma „mariposa‟ que possua 50 fitas. Que terno ordenado 
representa a mariposa por você desenhada? 
 
 
(5,5,2+4+2+2) 
 
 
 
 
• Questão 03 
Outro tema desenvolvido acerca dos trançados Bora foi o cálculo de área. Neste âmbito, o quadrado 
mínimo de formação das „mariposas‟ foi considerado como unidade de medida. Tendo essa convenção 
como referência, desenvolva os itens: 
 
a) (Valor: 0,5 pontos) Determine a área da mariposa (5,4,3). Apresente os cálculos por você 
utilizados. 
 
NF= 2.a+4.c (b-1) A=(nf)² + 4/8 
2.5+4.3.(4-1) (46)² + 4/8 
10+12.3 2.116+4/8 
10+36 2120/8 
NF= 46 A=265 
 
 
 
 
 
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b) (Valor: 1,0 pontos) Apresente dois outros ternos ordenados cuja área das „mariposas‟ seja a 
mesma da „mariposa‟ do item anterior. Justifique matematicamente sua resposta. 
 
 
1° (7,3,4) 
 
NF= 2.a+4.c(b-1) A=(nf)² + 4/8 
NF= 7.2+4.4(3-1) A=(46)² + 4/8 
NF= 14+16.2 A=2.116+4/8 
NF= 14+32 A=2120/8 
NF= 46 A=265 
 
2° (3,3,5) 
 
NF= 2.a+4.c (b-1) A=(nf)² + 4/8 
NF= 2.3+4.5.(3-1) A=(46)² + 4/8 
NF= 6+ 20.2 A=2.116+4/8 
NF= 6+40 A=2120/8 
NF= 46 A=265 
 
 Questão 04 
O tema em foco nesta questão é a Geometria Sona. 
a) (Valor: 1,2 pontos) Em cada „caixa espelhada‟ apresentada abaixo, construa o lusona 
correspondente: 
 
 
1 Fio 
3 Fios 
2 Fios 
1 Fio 
2 Fios 
 
 
 
 
 
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b) (Valor: 0,6 pontos) Quantos fios foram utilizados em cada caso? 
1: 1 fio 
2: 3 fios 
3: 2 fios 
4: 1 fio 
5: 1 fio 
6: 2 fios 
 
c) (Valor: 0,5 pontos) Em cada rede retangular de pontos apresentada abaixo, diga quantos fios 
são utilizados para construção do lusona. 
- (24 x 36) - (35 x 15); - (1 x 100); - (68 x 240); - (202 x 1010). 
L C F 
24 36 12 
35 15 5 
1 100 100 
68 240 4 
202 1010 202 
 
 
 
 
 
 
 
1 Fio 
 
 
 
 
 
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d) (Valor: 1,2 pontos) Crie um lusona a partir de uma „caixa espelhada‟ não quadrada e não 
retangular que possua três miniespelhos.