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EDUCAÇÃO ESPECIAL E USO DE TECNOLOGIAS


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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 DESENVOLVIMENTO	�
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................7
REFERENCIAS............................................................................................................8
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INTRODUÇÃO
	Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a problematização da Educação Inclusiva, no que tange aos direitos, avanços, conquistas e resultados; articulando a escolarização do seu público alvo (educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação) bem como o trabalho do docente, utilizando-se do uso das tecnologias e de uma formação especializada para atender às expectativas deste público.
	Atualmente, a problematização da inclusão vem atingindo a todas as instituições nas mais diversas formas e situações. 
Em 2008, foi lançada a Política Nacional De Educação Especial Na Perspectiva Da Educação Inclusiva e aprovada, por meio de emenda constitucional, a convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência. De acordo com a convenção, devem ser assegurados sistemas educacionais inclusivos em todos os níveis. O Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008, dispõe sobre o atendimento educacional especializado (MEC/CNE/CEB, 2009).
É urgente que professores e gestores tenham acesso aos conhecimentos produzidos na área da educação especial, bem como conheçam e incorporem saberes sobre as novas tecnologias de informação e comunicação na sala de aula (GIROTO; POKER; OMOTE, 2012). 
DESENVOLVIMENTO
Entre os princípios fundamentais da educação inclusiva, está a consciência de que o acesso à educação é um direito incondicional de todos, e o esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com necessidades especiais no Brasil é o resultado da segregação dessas pessoas que aconteceu até o início do século 21, em que o sistema educacional brasileiro disponibilizava dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial - ou o aluno frequentava uma, ou a outra.
 Educação inclusiva, portanto, significa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar, e a escola precisa ter como uma de suas atribuições à integração entre seus diversos públicos. Esses são constituídos de alunos e alunas com necessidades diversas: ouvintes, não ouvintes, cegos, cadeirantes, entre outros (STREY; KAPITANSKI, 2011), e de acordo com Mosquera e Stobäus (2003), as últimas três décadas têm testemunhado as mudanças e progressos ocorridos no mundo em relação à Educação Especial. 
Nela tem sobrepujado a intenção de ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças, e simultaneamente, buscar métodos de ensino eficientes para a intervenção de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Diante de tamanha diversidade, é preciso adequar a escola para completar os espaços deixados por essas diferenças. Para que o aluno seja atendido em sua totalidade, é preciso que haja disponibilização e atualização das ferramentas didático-pedagógicas e das metodologias de ensino. A educação inclusiva tem sido um desafio constante para profissionais de tecnologia, para que esses alunos e alunas possam ser sentir seguros, com dignidade e exercer sua cidadania (STREY; KAPITANSKI, 2011).
Dentre as importantes mudanças que a escola e o professor precisam incorporar, destaca-se a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC, que constituem um diversificado conjunto de recursos tecnológicos (GIROTO; POKER; OMOTE, 2012). Entende-se por TIC’s, elementos multimídia (ilustrações, vídeos, animações, páginas web ou outros tipos de arquivos eletrônicos), cujos formatos variam desde VHS, até a internet, passando pelos CDs e DVDs (CORTELAZZO. 2009).
Tais recursos podem e devem ser usados no processo de aprendizagem, para que facilite a assimilação dos conteúdos dos alunos de modo geral, inclusive os da educação especial, uma vez que também compreendem parte dos recursos contemplados pelas salas de recursos multifuncionais, chamada de tecnologia assistiva.
 Dentre os recursos de tecnologia assistiva disponibilizados pelo Ministério da Educação nas salas de recursos multifuncionais figuram materiais didáticos e paradidáticos em braile, áudio e Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, laptops com sintetizador de voz, como o DOSVOX e o MECDaisy, softwares para comunicação alternativa, entre outros que promovem o acesso ao currículo (GIROTO; POKER; OMOTE, 2012). E como apontado por Stray e Kapitanski (2011), nos dias atuais, a importância da tecnologia na área da educação especial é quase que obrigatória, uma vez que muitas pessoas dependem desses meios para ter acesso ao aprendizado e adquirir as competências básicas para seu cotidiano. Essa nova ideia de escola conectada alerta para a necessidade urgente da escola moderniza-se.
Em primeiro lugar, é preciso insistir no fato de que as escolas tradicionais não dão conta das condições necessárias às mudanças propostas por uma educação aberta às diferenças. Elas não foram concebidas para atender à diversidade dos alunos e têm uma estrutura rígida e seletiva, no que diz respeito à aceitação e a permanecia de alunos que não preenchem as expectativas acadêmicas clássicas, centradas na instrução e na reprodução de conteúdos curriculares (MOSQUERA; STOBÄUS, 2003). 
Contempla, também, a adequada formação profissional de professores do ensino regular e do AEE, que perpassa pelo empoderamento de conhecimentos metodológicos que possibilitam compreender e lidar com as diferenças presentes no contexto escolar (GIROTO; POKER; OMOTE, 2012). 
A sustentação de um projeto escolar inclusivo implica necessariamente mudanças em propostas educacionais da maioria das escolas e em organização curricular idealizada e executada pelos seus professores, diretor, pais, alunos, e todos os interessados em educação, na comunidade em que a escola se insere (MOSQUERA; STOBÄUS, 2003). Ainda, determina a adequada infraestrutura do sistema educacional para que inclusive as TIC’s, de modo geral, e o conjunto de recursos compreendidos como tecnologia assistiva, em especial, possam subsidiar a aprendizagem dos alunos acompanhados no AEE (GIROTO; POKER; OMOTE, 2012). 
Vale ressaltar que apesar de, do ponto de vista legal e teórico, o discurso seja de igualdade de oportunidades, o que acontece dentro de muitas escolas é a falta de acesso aos meios regulares de ensino, além de falta de material e de pessoal especializado. O acesso às tecnologias, embora aconteça em alguns centros de ensino, apresenta algumas peculiaridades na grande maioria dos lugares, como mencionado por Joly (2002): a defasagem no tempo, a velocidade de disseminação dos computadores nas escolas e um grande questionamento sobre a validade de uso de recursos tão dispendiosos em vista das necessidades e prioridades da Educação. 
 Por fim, deve-se destacar que mesmo onde essa tecnologia está disponível, ela representa meios e não um fim em si mesmo. A capacitação de professores não pode limitar-se ao aprendizado competente das ferramentas das teces. Ainda, precisam estar muito claras as metas a serem alcançadas com o uso desses recursos. Isto requer a necessidade de que esses professores compreendam efetivamente os princípios e propostas implicadas na educação inclusiva, construindo atitudes genuinamente acolhedoras das diferenças e favoráveis à inclusão (GIROTO; POKER; OMOTE, 2012).
CONCLUSÃO
Entende-se, portanto, que apesar de ser um direito assegurado por lei, e mais que isso, de ser uma atitude humanizada, a educação inclusiva ainda é uma utopia. 
Muito se fala no assunto, novos recursos tecnológicos surgem a cada dia, mas na prática, a realidade avassaladora é que em uma perspectiva geral, faltatudo: pessoal especializado, disponibilização de recursos, escolas com infraestrutura voltada para a acessibilidade.
A busca por uma comunidade escolar verdadeiramente inclusiva não deveria ser um objetivo apenas dos alunos da educação especial e de seus familiares, mas sim da sociedade como um todo.
Destaca-se que o descaso do Governo em relação à distribuição de recursos de tecnologia de informação e comunicação para todas as escolas, independente de sua localidade, mostra-se um grande obstáculo a ser enfrentado não só pelos alunos que necessitam de uma educação especial, mas também dos profissionais que de alguma forma buscam se adequar, mas que se deparam com a falta de estrutura e de capacitação oferecidas. Além disso, faz-se extremamente necessária a atuação no setor privado na adequação dos ambientes, de forma a disponibilizar recursos, que são onerosos, mas essenciais para o aprendizado e de uma inclusão realmente efetiva. 
Com isso, o cenário pouco atrativo faz com que os profissionais da educação não se especializem e contente-se com o método tradicional, cuja manutenção de uma educação totalmente excludente continue a assolar o sistema educacional brasileiro. 
REFERÊNCIAS
CORTELAZZO, Iolanda Bueno de Camargo. Docência em ambientes de aprendizagem online. Salvador: EDUFBA, 2009.
GIROTO, Cláudia Regina Mosca; POKER, Rosimar Bartolini; OMOTE, Sadao. As Tecnologias nas Práticas Pedagógicas Inclusivas. São Paulo: Editora Cultura Acadêmica, 2012.
JOLY, Maria Cirstina Rodrigues Azevedo. Tecnologia no Ensino: Implicações Para a Aprendizagem. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
MEC/CNE/CEB. Parecer 13/2009. Consulta tendo em vista o artigo 58 da Lei 9.394/96- LDB e a Resolução CNE/CEB 2/2001, que instituiu Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília, 2009.
MOSQUERA; Juan José Moutiño; STOBÄUS, Claus Dieter. Educação especial: Em direção à Educação Inclusiva. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.
STREY, Marlene Neves; KAPITANSKI, Renata Chabar. Educação & Internet: A era da informação e a vida cotidiana. Editora Sinodal, 2011. Disponível em https://books.google.com.br/books?id=Tr0ADAAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false
Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
HELLEN CRISTINA CAMPOS
MÁRCIA EFIGÊNIA BARBOSA SILVA
RAYANA LANA FRANÇA NASCIMENTO
PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO
EDUCAÇÃO ESPECIAL E USO DE TECNOLOGIAS
Itabira
2017
HELLEN CRISTINA CAMPOS
MÁRCIA EFIGÊNIA BARBOSA SILVA
RAYANA LANA FRANÇA NASCIMENTO
PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO
EDUCAÇÃO ESPECIAL E USO DE TECNOLOGIAS
Trabalho apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas Pedagogia em Espaços Escolares e não Escolares; Educação, Cidadania e Diversidade: relações étnicoraciais; Educação e Tecnologia; Educação Inclusiva e Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e Seminário Interdisciplinar III.
Professores: Edwylson de Lima Marinheiro, Jackeline Rodrigues Guerreiro, Luciane Batistella Bianchini, Taísa G. G. L. Gonçalves, Natália Gomes dos Santos, Sandra Malzinoti Vedoato, Vilze Vidotte Costa, Mari Clair Moro Nascimento.
Itabira
2017