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Caderno Privado II REquião - FBDG

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Larissa de Jesus Miranda 
FBDG 
T3AA 
Anotações Direito Privado II 
 Maurício Requião 
Teoria do fato jurídico – base em pontos de Miranda e revista (essa) por Marcos 
Bernardes de Mello. 
➢ Conteúdo Programático: 
(1) Plano da existência; 
(2) Plano da validade; 
(3) Plano de eficácia. 
Temos o suporte fático pode ser abstrato ou concreto, o primeiro é previsão na norma de 
algo que pode acontecer. 
O ser humano que cria a ideia do contrato e outros, por isso é importante diferenciar o 
que o ser humano pode escolher ou não, por exemplo nascimento e morte não está no 
controle do humano. 
Prescrição e decadência – Pesquisar, está relacionado com o tempo 
➢ Referências bibliográficas: 
Marcos Bernades de Mello – Três livros 
• Teoria do fato jurídico – Plano da Existência – LER DE CAPA A CAPA, se está 
no livro pode cair na prova, LER NOTA DE RODAPÉ, trazer livro para aula. 
• Teoria do fato jurídico – Plano da Validade – usa um pouco menos.7 
• Teoria do fato jurídico – Plano da Eficácia. 
 
➢ Avaliações: 
1º avaliação: 04/04/19; 
2º avaliação: 06/06/19. 
As provas tendem a ser mais casos práticos, para serem solucionados. Talvez tenha um 
trabalho. 
▪ Introdução: 
Fenômeno jurídico: nós seres humanos temos diferentes formas de regulamentação de 
ações, desde cortesias, questões religiosas até mesmo questões morais, o Direito é só mais 
um nesses modos, mas que de todos esses é o único legitimado a usar a força do Estado 
para obrigar seu cumprimento, estando definido normativamente. Pelo Direito ter muita 
força ele interfere muito na realidade, mas na mesma medida é impedido de interferir em 
algumas coisas, como a situação do negro, não mudou o fato de que sempre foi um ser 
 Larissa de Jesus Miranda 
FBDG 
T3AA 
humano, não modificando coisas naturais, elas são o que são, mas interfere socialmente 
e juridicamente, tendo um impacto gigantesco. Podemos analisar pela dimensão 
normativa, axiológica ou sociológica. A primeira delas seria a axiológica, que tem 
questões valorativas, pois decidir o que é, e o que não é do direito é uma escolha, muitas 
vezes o que está na lei não é o justo, lembrar sempre que o direito em si não é feito para 
justiça, nós puxamos para funcionar menos vil, mas o direito é instrumento de poder e 
força. Nosso recorte metodológico vai para o normativo para entender como tudo está 
estruturado. Pensando no viés sociológico, é que impacto vai trazer na sociedade, bem 
como a aceitação social daquela norma. 
Falar sobre a norma nos leva a pensar no porque que a norma é obrigatória, teoria 
sancionista e não-sancionista. Kelsen explica essa teoria de forma sancionista, se não 
cumprir o que a norma determina sofre-se sanção. A teoria não-sancionista parte da ideia 
de que a obrigatoriedade da norma está vinculada a questão da incidência, isso quer dizer 
que ela é obrigatória porque se se der no mundo concreto algo que está descrito na norma, 
acontecer aqui algo que será caracterizado como suporte fático concreto, a norma 
necessariamente incide, ela diz que é obrigatória porquê não há como fugir da sua 
incidência, já que há condições para que ela aconteça. 
 
 
 
Suporte fático - livro - ler - até nota do rodapé 
 
Elementos nucleares: se relacionam com o plano da existência, ou seja, quando falamos 
de se faltar qualquer dos elementos do suporte fático não surge fato jurídico, falávamos 
dos elementos nucleares, eles são essenciais para que se de incidência da norma e se de o 
fato jurídico. Em termo de efeito prático, a falta de cerns ou completants, não incide. 
• Cerns: é o basilar do fato jurídico em questão, e é por ele que se identifica qual é o 
tipo jurídico. Se tem no cern a vontade, necessariamente a vontade, já é fato jurídico. 
• Completants: completa o sentido do cern. Imagine que eu pretendo celebrar um 
contrato de compra e venda, faço um acordo desse contrato de um celular, o que é 
a coisa central para ter esse contrato: - vontade, o acordo é o cern, que se aplica para 
mostrar o contrato, mas para ter um contrato preciso de dois sujeitos, esses são 
completants, e para que possa acontecer a compra e venda tem que ter o preço fixado 
e uma coisa para ser entregue, que são também completants, e TODOS eles são 
elementos nucleares, o que significa dizer que se faltar um deles o suporto fático 
não foi completo, não surge o fato jurídico. 
Quando falamos de incidência a verificação do que é suporte fático completo é algo que 
depende diretamente do suporte fático hipotético, ou seja, do que está previsto na norma 
como sendo necessário. A análise para ver se incide ou o que é, depende do que está 
descrito na norma, ou seja, do suporte fático hipotético. Quando falamos de vontade se 
ele comporta o suporte fático, fazemos análise de validade. Se no plano hipotético dizer 
Exemplo: matar alguém, a norma vai incidir e aquilo vai ser qualificado como 
homicídio, não há como afastar isso, por isso é seria obrigatório. A obrigatoriedade não 
parte da sanção e sim da incidência. 
 
 Larissa de Jesus Miranda 
FBDG 
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que não precisa da vontade, para o direito é irrelevante, por exemplo, e o menor faz um 
contrato, dizemos que é inválido, mas se um menor incapaz pesca um peixe, não podemos 
dizer isso, porquê a vontade não importa. 
Elementos Complementares: podem se relacionar ou com validade ou com a eficácia, 
mas na maior parte das vezes com a validade. Nota-se que esses elementos 
complementares não se dá a análise da incidência. Só temos elementos complementares 
nos casos que hajam análise de validade, o que acontece é que esses elementos 
complementares são apresentados como elementos de perfeição, adjetivadores daqueles 
que são os elementos nucleares, eles trazem características de qualidade e perfeição para 
os nucleares. O mais óbvio é quando se fala que tem que ser um sujeito capaz para fazer 
um contrato, não é para fazer o contrato, é para que o contrato seja VÁLIDO. 
Quando falamos de complementares eles pegam algo que já está nos nucleares e exigem 
características a mais. Para que o contrato exista, eu preciso de dois sujeitos, mas para 
que seja válido, os dois precisam ser capazes, essa qualificadora de capaz é o elemento 
complementar. Do mesmo modo, a legitimidade do sujeito, legitimidade a consequência 
é na eficácia já capacidade é na validade. A diferença é que quando falamos de 
capacidade, portanto de validade, a análise de validade é sempre absoluta, não tem como 
algo ser valido para um e inválido para outro, ou é válido ou é inválido. 
Já quando falo em legitimidade, pode ser que o negócio jurídico tenha problema para uma 
pessoa e não tenha para outra, é uma análise na eficácia, portanto relacional, por exemplo, 
compra e venda, na situação que uma pessoa venda uma cosia que não é sua, esse contrato 
existe? 
Existe. É válido? Não. Esse contrato produz efeito entre as partes? Produz. Mas para quem 
era o dono, o contrato não produz efeito. Não é parte legitima. Vai ser analisado como 
algo que já existe como elemento nuclear, e por força disso, surge essa situação em alguns 
casos, porque nem todos tem complementares, e esse traz requisito de perfeição, 
qualificar, e normalmente implica em invalidade ou ineficácia. Nota-se também que só 
há sentido em pensar em discutir analisar elementos complementares se os nucleares 
estiverem presentes. Se o fato não existe para o mundo do Direito, não há o porquê 
discutir. 
Nota-se que esses elementos complementares não se dá a análise da incidência. Só temos 
elementos complementares nos casos que hajam análise de validade, o que acontece é que 
esses elementos complementaressão apresentados como elementos de perfeição, 
adjetivadores daqueles que são os elementos nucleares, eles trazem características de 
qualidade e perfeição para os nucleares. O mais óbvio é quando se fala que tem que ser 
um sujeito capaz para fazer um contrato, não é para fazer o contrato, é para que o contrato 
seja VÁLIDO. 
Quando falamos de complementares eles pegam algo que já está nos nucleares e exigem 
características a mais. Para que o contrato exista, eu preciso de dois sujeitos, mas para 
que seja válido, os dois precisam ser capazes, essa qualificadora de capaz é o elemento 
complementar. Do mesmo modo, a legitimidade do sujeito, legitimidade a consequência 
é na eficácia já capacidade é na validade. A diferença é que quando falamos de 
capacidade, portanto de validade, a análise de validade é sempre absoluta, não tem como 
algo ser valido para um e inválido para outro, ou é válido ou é inválido. Já quando falo 
 Larissa de Jesus Miranda 
FBDG 
T3AA 
em legitimidade, pode ser que o negócio jurídico tenha problema para uma pessoa e não 
tenha para outra, é uma análise na eficácia, portanto relacional, por exemplo, compra e 
venda, na situação que um indivíduo venda uma cosia que não é sua, esse contrato existe? 
Existe. É válido? Não. Esse contrato produz efeito entre as partes? Produz. Mas para quem 
era o dono, o contrato não produz efeito. Não é parte legitima. Vai ser analisado como 
algo que já existe como elemento nuclear, e por força disso, surge essa situação em alguns 
casos, pq nem todos tem complementares, e esse traz requisito de perfeição, qualificar, e 
normalmente implica em invalidade ou ineficácia. Nota-se também que só há sentido em 
pensar em discutir analisar elementos complementares se os nucleares estiverem 
presentes. Se o fato não existe para o mundo do Direito, não há o porquê discutir. 
Elementos Integrativos: Se relaciona com a eficácia, quando analisamos esse elemento, 
essa análise diz respeito ao plano da eficácia, de todos acima citado, o mais incomum de 
ter são os elementos integrativos. Quando não temos implica na ineficácia do ato, estão 
ali para ampliar a eficácia, ou seja, fazer com que aquele ato alcance sua eficácia plena, 
por exemplo, o registro em cartório, para maior ampliar a eficácia, normalmente envolve 
atos registrais. 
Suporte fático x Fato Jurídico: o fato jurídico já é o produto, suporte fatico hipotética 
normativo, prevendo o fato juridico e fatos da vida que se enquadrem no que está previsto 
na norma, suporte fato concreto, tem a incidência e nasce o fato juridico. O que importe 
para o suporte fático, é o que era no momento da incidência, em regra, se depois o suporte 
fático mudar, não feita em nada no fato jurídico já aconteceu, é o fato juridico perfeito. 
Preceito: a ideia de preceito surge exatamente a mesma lógica de suporte fático, só que 
quando analisamos o SF o que a lei exige e tal para ocorrer o fato, mas em preceitos 
analisamos quais são esses efeitos, qual efeito decorrente do fato jurídico. Temos dois, o 
preceito hipotético, que está na norma e o preceito concreto há uma variação. 
É importante dizer que, nem sempre vai ter o suporte fático e o preceito exatamente no 
mesmo dispositivo, por exemplo, ato ilícito, Art. 186 e 187, observando o Art. 186 - 
suporte fático, mas observa-se que ele não diz o que acontece com quem cometeu o ato 
ilícito, mas avançando para o Art. 927 teremos isso, logo temos o preceito. 
Incidência: 
-Definição: o efeito que acontece quando se tem uma norma jurídica vigente 
-Características: 
• Incondicionalidade - se estiverem presentes os pressupostos de incidência, 
ela acontecerá, ela não é afastável meramente pela vontade das partes. É 
como uma norma coagente, que você não pode afastar com a vontade. 
Quando falamos de uma norma não coagente, não é simplesmente que a vontade 
das partes pode afastar a vontade, porquê dá a entender que qualquer coisa a vontade 
impede a norma incidir, consegue-se fazer isso apenas porquê a sua vontade faz 
incidir outra. No caso, uma norma permite o afastamento de outa. Exemplo de 
norma não coagente: Art. 252, CC 
"Art. 252. Nas obrigações 
alternativas, a escolha cabe ao 
devedor, se outra coisa não se 
estipulou." 
 Larissa de Jesus Miranda 
FBDG 
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Então o suporte fático concreto que se preencheu foi outro e não o da norma. Suporte 
fático: quem escolhe é quem o determinou, quando falamos de norma coagente, é 
que podemos preencher um suporte fático diferente do que seria regular, o que seria 
a regra, mas isso só pode ser feito porquê outra norma permitiu fazer, e isso não 
impede de ter a incondicionalidade. Quando houver algum dispositivo proibindo 
algo e não vier expressa a consequência disso, toda vez que isso acontecer a 
consequência vai ser a nulidade. (regra geral). 
 
 
 
 
*Contrato atípico - pode-se inventar contratos atípicos mesmo sem estarem previsto 
no código, por isso tem um olhar voltado para ser não coagentes. 
• Inesgotabilidade - o fato da incidência da norma se dá um milhão de vezes, 
e isso não impede que a incidência da norma aconteça. Se a incidência 
acontecer uma vez, não impede que ocorra outras vezes. Existem algumas 
normas que incidem no momento do tempo ou em alguns momentos do 
tempo e depois vão parar de incidir, essa norma parar de incidir 
abstratamente não significa que ela não tenha essa característica, em 
concreto de fato ela não vai mais existir. Observando o Art. 19 da ADCT, 
temos que a norma não incide mais, porquê a CF/88 não será promulgada 
nada. O que precisa de pressuposto para ela incidir não tem mais, por isso 
ela não incide mais. 
Pressuposto: 
• Vigência da norma jurídica - O suporte fático hipotético abstrato está na 
norma, ela por considerar relevante tipifica e transforma em suporte fático 
hipotético abstrato, a ressalva que tem que ser feita é em "vigência", nos 
mostra que não basta que a norma apenas exista, é preciso também que essa 
norma esteja apta a produzir os seus efeitos. 
 
 
 
• Concreção do suporte fático suficiente - Já vimos que a norma por si só 
não gera efeitos, logo precisamos de algo concreto. Suficiência e 
insuficiência do suporte fático só se faz no plano concreto. Existe um suporte 
fático suficiente quando estão presentes todos elementos nucleares do 
suporte fático. Insuficiente é quando algum dos elementos nucleares não 
estão presentes. 
 
 
 
 
Atendidos esses pressupostos a norma incide, e gera algumas das consequências abaixo: 
Exemplo: você não pode fazer tal contrato e não disser o que acontece se você fizer, 
o contrato será nulo. Por conta da natureza patrimonial e contratual se trata de regras 
não coagentes. É preciso observar em que contexto está acontecendo, diz-se que a 
vontade afasta a incidência dessa norma, por que essa vontade não compõe o suporte 
fático dela e sim de outro que incide incondicionalmente. 
 
Exemplo, uma norma em vacância, a lei geral de proteção de dados que vai entrar em 
vigor em 2020. Norma que esteja apta a produzir seus efeitos. 
 
Exemplo, uma mulher pensa em pegar um celular e jogar na parede e desiste. Suporte 
fático deficiente, em regra se refere a falta de um elemento complementar, não 
fazendo com que ele não exista. 
 
 Larissa de Jesus Miranda 
FBDG 
T3AA 
Consequências: 
• Juridicização - a mais comum, é a norma que incide para pegar a parte que 
importa no SFC e transformar em um fato jurídico, mas sempre a incidência 
serve para isso. 
• Pré-exclusão de juridicidade - antes que se torne jurídico estou impedindo 
que isso aconteça. A norma incide para impedir que algo que seria 
juridiscizado dealguma maneira. Art. 186 é a jurisdição e 188 exclusão, 
portanto, o Art. 186 não acontece por que o 188 incide impedindo. 
• Invalidação - a norma incide para dizer que algo é inválido, para isso 
necessariamente antes precisa existir, então teve uma norma gerando a 
Juridicização, que o fez ingressar no mundo do direito, mas como tinha um 
defeito no suporte fático e assim invalidando. 
• Deseficalização - tirar a eficácia. As normas de prescrição têm esse efeito, 
digamos que eu fiz um contrato e o efeito desse é que eu posso exigir algo 
de alguém, só que o código diz que se eu não fizer isso em 5 anos eu perco 
a possibilidade de cobrar. 
• Desjuridização - é que algo que esteja no mundo jurídico que vai ser 
retirado. Já falamos de contrato, duas pessoas fazem acordo em relação a 
algum objeto, proposta e aceitação e forma o contrato, mas o código 
regulamenta também o destrato, que é quando se muda de ideia e se faz um 
acordo para que esse contrato que esteja no mundo jurídico, não exista mais, 
quando isso ocorre temos a consequência de desjuridização. 
Questão 03: 
Dois sujeitos realizaram um determinado ato jurídico ao qual nomearam como sendo o 
ato de tem por suporte fático hipotético os elementos A, B e C, que chamaremos aqui de 
ATO 01. Entretanto, em concreto, o que ocorreu foi a realização dos elementos A, B, C 
e D, que correspondem a outro ato, aqui denominado ATO 02. Levando em conta o acima 
exposto, qual foi o ato praticado pelos sujeitos? Justifique e exemplifique. 
Os elementos A, B e C - Ato 01 
Os elementos A, B, C e D - Ato 02 
Ato final: Ato 02 
A ideia é que existe um ato o ATO 01, e existe outro com SF A,B,C,D, e em concreto o 
que se deu foi A,B,C,D, e por fim o que aconteceu foi o ATO02, mas a pessoa não pode 
fazer por seu ato de vontade qual norma vai incidir, e sim qual SFC se deu de forma 
suficiente, porquê se não existisse o ATO02, poderia dizer que o 01 aconteceu porquê 
estava sobrando, mas ele existe então é o ATO02. 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo, digamos que para fazer uma compra e venda, e que eu tenha que fazer um 
acordo e a pessoa se obriga a me entregar uma coisa em troca de eu pagar um preço, 
e sabemos que para fazer uma doação, em que eu me obrigo a entregar algo a alguém 
em troca de nada. Então o pagamento do preço seria o D, então não posso 
entrega/transferir essa coisa para alguém e pedir o preço de volta e dizer que é uma 
doação, porquê quando eu transfiro algo para alguém não é mais doação. 
 
 Larissa de Jesus Miranda 
FBDG 
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▪ Planos do mundo jurídico: Existência, validade e eficácia. É muito importante a 
existência dos três planos, e qualquer falha em um deles, vai gera uma consequência 
jurídica diferente. Qualquer existência jurídica parte do plano da existência, e ai 
analisamos a concreção do fato jurídico, então passam pela análise da vaidade, e 
tem outros que vão direto para eficácia, primeiro ver se existe, se é válido e depois 
se é eficaz. Podemos ter 4 situações: 
SITUAÇÃO 01: o ato existe é válido e eficaz - mais comum; 
SITUAÇÃO 02: o ato existe, é válido e ineficaz - suposição, no caso em que faz o 
testamento (ver atividade). 
SITUAÇÃO 03: o ato existe, é inválido e eficaz; 
SITUAÇÃO 04: o ato existe, é invalido e eficaz. 
Se o ato for nulo a regra é que ele for eficaz, e se for anulável é eficaz. Mas há exceções, 
temos o casamento putativo. No nosso ordenamento jurídico em cada momento só se 
pode casar com uma única pessoa, então se uma pessoa que já é casada casar de novo, o 
2º casamento é nulo e não produz efeito, temos que o cônjuge do 2º casamento não sabia 
e agiu por boa-fé, isso ainda acontece porque não há um sistema integrado dos fóruns, e 
mesmo tendo boa-fé é nulo, porquê tem a questão da nulidade, o que é para um é para 
outro, a lei para proteger o cônjuge de boa-fé determinou que esse casamento produz os 
efeitos para essa pessoa que está de boa-fé. Por isso é importante que existência e validade 
não é uma coisa só, se ser nulo e ser inexistente for a mesma coisa isso não seria possível. 
Precisamos dos três planos, mesmo que em algumas situações em que o efeito prático 
possa ser igual, mas o efeito jurídico é diferente é justamente porquê em diversas 
situações as consequências jurídicas são diferentes. 
*PUTATIVO - parece ser uma coisa, mas não é, parece que está em ordem, mas não está. 
▪ Classificação dos fatos jurídicos: É uma classificação que tem efeitos práticos 
gigantescos, pois o tipo de fato muda tudo. Para sabermos qual fato jurídico é, 
teremos que sempre fazer perguntas sobre os elementos nucleares. 
1. Aquilo que está regulamentado é conforme ou contrário o direito? Se for conforme 
é lícito, caso não ilícito. 
Uma primeira classificação que fazemos: Fato Jurídico Lato Sensos - qualquer fato que é 
relevante para o mundo jurídico. 
2. No suporte fático, temos a conduta humana? Se a resposta for não, teremos um fato 
jurídico stricto sensus, que são aqueles que no suporte fático não temos a conduta 
humana. 
 
 
 
3. Tenho no suporte fático a vontade? A conduta é voluntiva ou involutiva? Conduta 
envolve vontade ou não envolve à vontade? Se não envolver teremos um ato-fato 
jurídico. O suporte fático vai ter a conduta humana, mas não vai ter a vontade, por 
exemplo, o código quando trata da pesca como meio de inquisição de propriedade, 
o regulamente como ato-fato jurídico, e isso significa que a vontade é 
completamente irrelevante, por isso se eu capaz pesco ou uma criança de 10 anos 
pesca, completamente incapaz, o efeito será exatamente o mesmo, porquê a vontade 
Exemplo, a morte e nascimento que não são condutas humanas, mas fatos naturais que 
o direito regulamenta, caso sim é ato real. 
 
 Larissa de Jesus Miranda 
FBDG 
T3AA 
que eu tenho e a criança tem, juridicamente falando não compõe suporte fático, é 
irrelevante para esse tipo de fato. Se ao contrário a resposta for que a vontade 
compõe o suporte fático nós teremos um ato-juridico lato sensu, o que significa 
dizer que a vontade humana compõe o suporte fático, e que se divide em ato-jurídico 
stricto sensu e negócio jurídico. 
4. A vontade das partes pode mudar a eficácia do ato? Como eu sei se é stricto sensu 
ou negócio jurídico, no primeiro os efeitos do ato já estarão pré-determinados em 
leis e a vontade das partes não poderão mudar os efeitos. Se não puder, ato stricto, 
se puder é negócio, por exemplo, imagine que uma pessoa resolve adotar uma 
criança, adotar é vontade, é ato jurídico lato sensu, e eu posso resolver que eu vou 
adotar e querer só o dever de dar o auxílio intelectual e emocional, mas o financeiro 
não, posso fazer isso? Não, pois quando se adota isso já está pré-determinado, eu 
não posso modificar os efeitos de adotar alguém. Já quando se trata do negócio 
jurídico é o inverso, não é que tudo pode ser modificado, mas dentro da lei é 
permitido mudar algumas coisas, por exemplo, todo contrato é um negócio jurídico, 
para ser uma compra e venda precisa ter um acordo de uma pessoa entregar uma 
coisa e a outra pagar o preço, em regra nessa ordem de acordo com o código, mas 
eles podem fazer um acordo em que eu te entrego uma coisa hoje e você me paga 
daqui a 30 dias, como é um negó0cio eu posso modificar os efeitos, o pagamento 
que deveria ser agora pago em outro momento. 
A análise da validade só acontece a partir do ato jurídicos. 
Ato-fato jurpidico: O que importa é o fato que resulta da conduta e não a vontade. 
EXERCÍCIO: Procurar o suporte fático - artigo, para a partir daí classificar: 
1. Um nascimento: Stricto sensus (onde não temos a conduta humana). Art. 2°, que 
torna o nascimento um fato jurídico."Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas 
a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro." 
2. Celebração do contrato de locação: Negócio jurídico. Art. 565 ; 
 "Art. 565. Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por 
tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa 
retribuição." 
3. Ter realizado algo que satisfaz a uma promessa de recompensa: Ato fato jurídico. 
Art. 855., tem a conduta e não tem vontade. 
 "Art. 855. Quem quer que, nos termos do artigo antecedente, fizer o serviço, ou 
satisfizer a condição, ainda que não pelo interesse da promessa, poderá exigir a 
recompensa estipulada." 
4. Atropelar alguém: Ilícito. Art. 186. 
"Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito." 
5. Emissão de uma quitação: Ato Jurídico stricto sensus. Art. 320. 
"Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, 
designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por 
 Larissa de Jesus Miranda 
FBDG 
T3AA 
este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu 
representante." 
LER LIVRO COMPLETO 
Fato jurídico strito senso: A vontade humana não compõe o suporte fático. 
• Pagamento é um ato fato jurídico, já que independe da vontade pelo pensamento 
da maioria pois há uma divergência na doutrina. 
• Ato fato jurídico- A conduta humana compõe o suporte fático, porém, a vontade 
é irrelevante. 
Todos os exemplos de ato fato jurídico se enquadram em atos reais. 
• Atos reais: 188/cc situações que seriam ilícitas, mas foram praticadas em situações 
que não são consideradas (excludentes de ilicitude). 
• Ato indenizativo: 929 e 930 são lícitos, mas tem o dever de indenizar como 
consequência (então ato indenizativo). 
• Ato caducificante: A consequência é alguém vir a perder um direito, logo, seria 
um ato caducificante(prescrição) 
Esses efeitos do ato caducificante também podem ser encontrados em atos ilícitos. 
Características do ato jurídico latu senso: 
✓ Exteriorização da vontade 
Declaração da vontade: Ela envolve ato linguagem, comunicação inequívoca do que se 
pretende, tem que falar ou escrever por exemplo (mais preciso). 
✓ Manifestação de vontade: Envolve outros tipos de atos, o agir sem declaração 
(menos preciso). 
Às vezes a lei vai exigir declaração e isso será ato completante, só poderá ser feito por 
declaração como o casamento por exemplo. 
 
✓ Art.111/cc- O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o 
autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. Quando exigir 
declaração será impossível ser formada através do silêncio. 
✓ Art.112/cc - Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas 
consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. 
✓ Art. 113/cc - Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e 
os usos do lugar de sua celebração. Depende do local, dos usos do lugar. 
✓ Art. 114/cc – ato benéfico só umas das partes aufere vantagem ou benefício, só 
uma tem obrigações o principal exemplo é a doação. 
Ato oneroso as duas partes têm obrigações podendo responder por culpa em que o 
principal exemplo é a compra e venda. 
 Larissa de Jesus Miranda 
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✓ Consciência da vontade: Contexto em que o sujeito não sabe que determinada 
conduta exterioriza uma vontade. 
✓ Resultado licito, possível, determinado ou determinável (para que haja 
exteriorização da vontade). 
• Ato jurídico stritu senso: Efeitos já colocados em lei para determinado ato de 
vontade. 
 
 
Ato complexo- Vários atos feito pelo mesmo ente 
Ato composto- Realizado por vários entes. 
• Pode haver atos jurídicos mistos que é ato jurídico e negócio jurídico, tem as duas 
coisas acontecendo. 
Negócio Jurídico: 
Se trata de um tipo de fato jurídico em que sem tem à vontade compondo o suporte fático, 
mas também está autorizada pela lei de efetuar mudanças nos efeitos, ou seja, podendo 
nos limites da lei determinar os efeitos. 
➢ Critérios que definem o negócio jurídico: 
Quanto a quantidade de polos que exteriorizam a vontade e o sentido, 
direcionamento das vontades: 
a) Unilateral- Testamento, promessa de recompensa. 
b) Bilateral- Antagônico, complementar. 
 
c) Plurilaterais- Sentidos convergentes (um mesmo sentido). 
 
Quanto a causa (algo que juridicamente justifica aquilo): 
a) Causais- A causa continua influenciando o negócio jurídico. 
 
b) Abstratos(independente)- A causa deixa de importar. 
 
 
 
Inter vivos e Mortis causa: 
Exemplo: Quitação/ ato jurídico composto (somado ao ato de vontade, há ainda outras 
circunstâncias que devem acontecer para concretiza-la. 
 
Exemplo: contratos de compra e venda, doações (todos os contratos). 
Exemplo: constituição de uma sociedade. 
 
Exemplo: compra e venda 
 
Exemplos: Títulos de créditos(cheque) (se fosse causal, não haveria a possibilidade 
de circulação). 
 
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Inter vivos: Tem efeito independentemente da morte da pessoa. 
 
 
Mortis causa: depende da morte da pessoa. 
 
 
Quanto a entrega das coisas: 
Consensuais- Art. 481, cc (um tem que se obrigar a pagar o preço e outro a entregar a 
coisa). Não depende da entrega da coisa, o contrato já existe. 
 
 
Reais- Art. 579, cc(trata da entrega efetiva da coisa). 
 
 
Quanto a exigência da forma (de uma forma específica): 
Solene- A lei exige, expressamente, uma forma (via de regra escrita), art. 108, cc 
Não solenes- A lei deixa a forma livre-REGRA. 
Quanto as vantagens: 
Onerosos- Há vantagens ou desvantagens a ambas as partes 
Gratuitos ou benéficos- Há vantagens ou desvantagens somente para uma parte 
Quanto a dependência: 
Principais- Existência independente 
Acessório- Existência vinculada a um negócio principal. 
Quanto a previsão em lei: 
Típicos- Aquele previsto na legislação(expressamente) 
Atípicos- Permissão que o código traz para liberdade dos sujeitos. São negócios jurídicos 
não previstos em lei (ainda não foram regulamentas). 
Ato Ilícito: 
Algo ser ilícito significa que algo está sendo analisado pelo Direito. Quando se pensa em 
atos ilícitos se pensa muito em atitudes humanas, um fato stricto sensus não podem ser 
Exemplo: contratos em geral. 
 
Exemplo: Testamento 
 
Exemplo: Comodato, o consenso é insuficiente para formá-lo. 
 
Exemplo: Compra e venda. 
 
Exemplo: Fiança 
 
 Larissa de Jesus Miranda 
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ilícitos, a morte seria ilícita? Uma tempestade? Não tem como botar a determinação de 
ilicitude em stricto, em algo que não parte da conduta humana, e não parece ter lógica 
fazer esse juízo de valor em algo de stricto sensus. No suporto fático um fato contrário ao 
direito e imputabilidade. Considerado indevido e imputada responsabilidade a alguém, o 
que não significa pelo alguém que praticou, por exemplo, os menores não são 
responsabilizados, pois quando ele causa um dano a regra geral é que quem vai ser 
imputável são os pais e responsáveis, não é porquê é um menor que não é ilícito a 
responsabilidade só deslocada para outro sujeito. 
Marcus Bernadis coloca também em outras doutrinas o critério quanto a natureza do 
direito ao ofendido, que ele fala em ilícito absoluto e ilícito relativo. 
Não basta o que está em Marcus Bernadis, além do que ele fala deve procurar o artigo 
Ilícito civil, esse desconhecido, de Felipe Peixoto Braga Netto. 
▪ Atividade: 
Dê as classificações:1. Contrato de compra e venda 
2. Contrato de comodato 
3. Contrato de doação 
4. Fiança (inadimplência do contrato de locação) 
5. Testamento 
6. Promessa de recompensa 
Arts.: 186,187 e 188; 
Classificações: 
A prática de alguns atos ilícitos para que eles possam se realizar, exigem uma formação 
de relação prévia entre os sujeitos envolvidos no ato ilícito, seja como ofensor ou no 
ofendido, por exemplo, em um contrato, descumprir um contrato é ilícito – ilícito relativo, 
primeiro se estabeleceu uma relação (contratual) e o ilícito só foi possível por essa 
relação, eu não posso descumprir um contrato se não faço parte dele. 
O absoluto é quando não tem esse requisito. 
 
 
A eficácia de um ato ilícito, ou seja, qual tipo de consequência juridica, e se divide em 
efeitos: 
▪ Ato ilícito indenizante: a mais comum, a consequência é de indenizar, se o sujeito 
pratica um ato ilícito e esse causou danos a outrem tem como consequência o 
dever de indenizar. 
Exemplo: um acidente qualquer duas pessoas podem se envolver nele, sem nenhuma 
relação prévia. 
 
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▪ Ato ilícito caducificante: o sujeito perde determinado direito, por exemplo, se os 
pais batem nos filhos podem ter como consequência a perda de um direito, a perda 
do poder familiar. 
▪ Ato ilícito autorizante: a prática do ato ilícito tem por efeito gerar para alguém a 
permissão da prática de certo ato que a pessoa não estava permitida a praticar, por 
exemplo, doação, ela pode ser revogada e tem dois caminhos para tal, um é com 
encargo onde a pessoa fez a doação mas determinou um ônus para ele, tipo, dar 
um terreno e exigir que seja feito uma creche naquele local e o outro caso é que 
temos a possibilidade de revogação por ingratidão (homicídio, ofensa à honra, 
negar alimentos). Teremos então uma autorização para o doador para que ele 
revogue a doação (consequência). 
▪ Ato ilícito invalidante: a consequência é invalidar. Ne todo autor entenda a 
invalidade como sendo uma consequência da ilicitude, eles colocam como algo a 
parte. 
Um ato ilícito não necessariamente está ligado a uma dessas consequências, por exemplo, 
o pai que castiga o filho demasiadamente, pode não perder o poder familiar e ele pode ter 
efeito caducificante e indenizante (ato ilícito com mais de uma consequência). 
Artigo 186 e 187, CC/02: 
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, 
violar direito e causar dano a outrem, ainda 
que exclusivamente moral, comete ato 
ilícito.” 
Quando falamos em ato ilícito exige-se primeiro uma conduta, que pode ser ativa ou 
passiva, ou seja, ação ou omissão, também seja se o sujeito quis ou não agir. Diferente do 
Direito Penal a preocupação do Direito Civil é com a vítima, enquanto o Direito Penal 
está preocupado com quem cometeu o problema. Isso não significa que no Direito Civil 
nunca vá se medir a culpa, nesse primeiro momento, nesse artigo ele não faz distinção 
entre dolo e culpa, mas temos algumas situações em Responsabilidade Civil que se mede 
o grau de culpa (Art. 944, parágrafo único). Temos que ter em mente que não temos 
palavras desnecessárias no código, se ele utilizou essas duas palavras representa que são 
duas exigências distintas, por exemplo, temos muitas situações em que as pessoas causam 
danos a outras, mas que não estão violando direito – situação: médico faz uma cirurgia 
em uma pessoa e que para isso precisa cortar pessoa, isso é um dano, mas autorizado pela 
pessoa, não se diz portanto, que é uma violação de direito e muito menos em um ato 
ilícito. Hoje poderia não está escrito, não haveria necessidade, mas esse código começou 
a ser redigido em 1969, e já existiu na doutrina uma época em que se discutia se existia 
dano moral, vários argumentos eram postos contra. Ato ilícito em sentido stricto. 
“Art. 187. Também comete ato ilícito o 
titular de um direito que, ao exercê-lo, 
excede manifestamente os limites impostos 
pelo seu fim econômico ou social, pela boa-
fé ou pelos bons costumes.” 
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Temos o abuso de direito. Temos um ato ilícito que em sua base temos uma conduta que 
por si só não é ilícita, não se analisa o que se foi realizado, mas como foi realizado. A 
ilicitude só surge porque o sujeito no exercício de seu dever excede barreira, tornando a 
conduta ilícita. Por exemplo, caso da França de abuso de direito vinculado a função social 
que é bem conhecido, basicamente um sujeito tinha um terreno que próximo desse imóvel 
existia um local que acontecia decolagem e pouso de dirigíveis e ele não gostava, então 
ele mandou construir estacas pontiagudas altas e instalou n terreno dele, com a finalidade 
de furar se o dirigível passasse por cima da casa dele, observe, se tenho um terreno eu 
tenho o direito de construir o que eu quiser, da forma que eu achar adequado, mas deve-
se lembrar que a propriedade deve atender a uma função social, logo eu não sou 
totalmente livre, quando ele agiu dessa maneira ele claramente excedeu o exercício 
daquele direito. Inicialmente parte de uma situação licita e o exercício se excede, o que 
seria o limite regular para o uso desse direito. 
Outra situação foi no desastre de Mariana, que por consequência ficou sem água potável 
e as pessoas começaram a vender galões de agua mineral e vender por R$200,00, 
claramente excede o limite do direito, lembrar que não é o preço e sim a intenção que 
gera p abuso de direito. 
As próprias situações que desautorizam a propriedade estão excedendo o direito, indo 
contrário ao direito a propriedade. 
A maior parte é dada como o descumprimento da boa-fé ou bons costumes, a boa-fé pode 
se distinguir em objetiva e subjetiva, quando falamos da boa-fé subjetiva estamos falando 
muito mais da análise de um dado psíquico do sujeito porque ela é situacional, ela é o 
sentido de boa-fé que as pessoas do dia a dia que não estudaram o direito usam, por 
exemplo; “Luiza fez isso, mas fez de boa-fé.” Quando falamos de boa-fé em princípio, 
nos referimos a boa-fé objetiva. Aqui falamos que existe um padrão ideal de conduta, que 
há um modo que as coisas d3vem acontecer e quando não acontecem estão, portanto, 
ferindo a boa-fé, a grande diferença é que isso ultrapassa a ideia de intencionalidade, não 
importa se eu quis fazer certo ou errado, mas sim se eu fiz certo ou errado, o que é mais 
fácil para a pessoa que recebeu o prejuízo, pois o outro querer ter feito ou não é 
irrelevante, é importante só se aconteceu da maneira errada, por exemplo, se em um 
contato meu tem uma clausula abusiva, pouco importa se a pessoa quis que ela fosse, ela 
terá que ser retirada do contrato, quando falamos de boa-fé objetiva, passa a ser 
desnecessária a análise da subjetividade, do querer ou não fazer errado, apenas se analisa 
como se deu. 
Espécies de abuso de direito 
“Venire contra factum proprium” – o sujeito tem uma primeira conduta que vai em um 
sentido, que levam as pessoas a acreditarem que o comportamento dele vai seguir naquele 
sentido, essa primeira conduta é o “factum proprium”, no segundo momento ele tem uma 
outra conduta que vai no sentido oposto a expectativa/confiança que a conduta dele gerou, 
esse é o “venire”, temos o “Nemo Potestasi venire contra factum proprium”. Você não 
pode ter uma conduta que crie uma expectativa e no final ter uma conduta que contrarie 
a conduta anterior, por exemplo, o professor fiz vou fazer um trabalho aqui e quem fizer 
vai ter um ponto extra, você e depois o professor diz que não vai dar o ponto extra na 
prova, algum professor é obrigado a dar ponto extra na prova? Não, não é ilícito! Mas ele 
criou a expectativa nos alunos nesseponto e então ele não pode quebrar essa confiança 
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que esse ponto será gerado, percebe-se que as condutas não são ilícitas, mas se tornam na 
quebra da boa-fé. 
Para além dessa ideia de “venire”, temos outras que são variações dessa ideia original do 
“venire contra factum proprium”, temos situações outras em que teremos coisas que 
lembram essa ideia de “venire”, mas que não são exatamente a mesma situação. 
“Supressio e surrectio” – a diferença é na ordem das coisas e nos efeitos, na “supressio” 
o primeiro comportamento é uma inação, o sujeito tinha certo direito a exercer, mas ele 
não exerce, mas ele cria a expectativa para terceiros que aquele direito não será mais 
exercido, em virtude disso, isso faria com que o primeiro sujeito perdesse o direito que 
ele tinha, que é “supressio”(perda do direito pelo não exercício vinculado a expectativa 
legitima) e em contrapartida o outro sujeito ganharia o sujeito – “surrectio”. A doutrina 
usa o Art. 330, CC/02 para exemplificar: 
“Art. 330. O pagamento reiteradamente feito 
em outro local faz presumir renúncia do 
credor relativamente ao previsto no 
contrato.” 
Analisamos, em um contrato de locação, diz-se que todo mês o locatário deve entregar na 
casa do locador o dinheiro, só que no primeiro mês ele encontra na rua e paga, no segundo 
ele pede para pegar na casa dele e paga, e isso passa a ser feito sucessivamente e em um 
dado momento o locador para de ir na casa dela cobrar e ele também não vai até ele, o 
sujeito entende que não precisa levar, pois o fato de o locatário não ter agido criou uma 
expectativa legitima de perda de direito e o sujeito locatário recebe direito dele receber 
apenas na casa dele. Se o locador avisasse que pegou lá mas que o combinado era o 
mesmo não perderia o direito. Isso não se aplica em prescrição e decadência, pois já 
sabemos o prazo, diferente de “supressio e surrectio” que temos que analisar o caso 
concreto para ver se a inação foi tempo suficiente para gerar expectativa no outro. 
Uma outra situação que está dentro dessa lógica é o caso do “Tu Quoque” – “até tu 
Brutus”, a ideia é que o sujeito até está fazendo algo errado, mas o problema é que quem 
reclama é alguém que também está errado, o sujeito tem uma condita ilícita com o outro 
e quando o outro tem com ele, ele quer reclamar. 
Situação: Um sujeito faleceu e tinha dois imóveis e muitos filhos, um dos filhos dele, o 
mais velho, resolver comprar as frações ideais dos imóveis de todos irmãos, mas uma 
irmã não quis vender, essa irmã que ficou com 1/14 dos imóveis morou sozinha em um 
imóvel e outro irmão que é dono de 13/14 ficou morando nos dois outros acima. E ela 
quis que ele pagasse esse 1/14 do aluguel para ela e ela não pagava o equivalente da parte 
dela, isso caracteriza abuso de direito. 
Inalegabilidade das nulidades formais – a situação em que haveria por alguma questão 
formal uma causa para invalidade só que essa causa ou é de ciência do outro contratante 
e ele mesmo ciente do problema formal ignora isso e depois quer alegar ou então situações 
em que o sujeito que teria invalidade para alegar a si próprio e oculta, logo perde o direito 
de usá-lo. Quando um jovem maliciosamente esconde sua idade, ele perde o direito de 
anulação. A propriedade se desdobra em vários direitos o mais comum é a posse, mas 
algumas vezes podemos fracionar ele dá para diferentes pessoas, que é o caso do usufruto, 
onde eu digo que a posse vai ficar para outra pessoa, mas isso é feito no cartório que 
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fulano é usufruto do imóvel, quem pode fazer tudo em relação ao imóvel é o usufrutuário, 
eu continuo sendo proprietário. Temos dois sujeitos o usufrutuário e o nu proprietário, o 
segundo é o dono, mas não pode fazer nada, o caso é, ela não paga aluguel e sai devendo, 
quando o nu proprietário entra com ação para cobrar dela ela diz “você é nu proprietário 
e não pode cobrar aluguel”, existe realmente um problema formal, a parte que celebrou o 
contrato não é legitima. 
Temos uma última figura que a do inadimplemento substancial que está mais ligado a 
ideia de abuso de direito, os anteriores estão mais ligados ao “venire”. A ideia é que uma 
pessoa que deve e não paga o credor tem direito de imputar no devedor as consequências 
do inadimplemento e pode permitir que a parte que foi prejudicar resolva o contrato, então 
se o sujeito for inadimplente o credor pode aplicar qualquer uma dessas consequências, 
mas a hipótese de resolver o contrato é sempre possível, mas o que se considera é que em 
algumas situações permitir que o autor exerça seus direitos em relação a isso seria 
abusivo. Temos uma dívida que foi paga quase toda, daí o nome da teoria inadimplemento 
substancial. A teoria defende que aplicar todas as consequências de inadimplemento seria 
abuso de direito do credor levando em conta o inadimplemento substancial do credor. Por 
exemplo o sujeito não paga 2 de 46 parcelas, não é justo que ele perca tudo, é 
desproporcional. 
▪ Não existe uma porcentagem pré-estabelecida do aceitável, mas na maioria dos 
processos está em torno de 80% do valor. 
Outra situação é o “duty to mitigate the loss” (dever de amenizar a perda) - temos 
situações que o sujeito sofre um dano que vai ser indenizado por outro, só que eu por 
interesse ou negligência nessa situação termino não tentando diminuir o dano que sofri, e 
isso pode ser entendido também como abuso de direito. 
Adimplemento substancial – Se o sujeito foi inadimplente, o credor pode resolver 
(encerrar o contrato pelo inadimplemento) o contrato. Defende que, aplicar todas as 
consequências do inadimplemento é abuso de direito do credor, levando em conta o 
adimplemento substancial do devedor. 
 
OBS.: O contrato de leasing ou arrendamento mercantil, assim denominado no Direito 
brasileiro, é o contrato no qual duas ou mais pessoas resolvem alugar ou arrendar 
determinado objeto um ao outro. 
Norma de textura aberta e interpretação – Requião, parte da boa-fé; 
Atividade: criar questão e barema. 
Larissa M., Julia L. e Maria A. 
 
Pergunta 
Exemplo: O sujeito compra um carro via leasing. 
 
 Larissa de Jesus Miranda 
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T3AA 
Mauricio interessado em comprar um carro, procura Tiago e acorda o valor de 
R$23.000,00. Após receber o pagamento, Tiago descobre que Mauricio mentiu quanto a 
idade, alegando ser maior de idade, quando na verdade tinha 16 anos. Existe o contrato? 
Houve má-fé? Caso Tiago não descobrisse a idade no momento do pagamento, qual teria 
sido as consequências? Qual elemento do suporte fático é elemento chave para resolução 
dessa questão? 
Barema: 
O contrato existe, entretanto não é válido, visto que uma das partes não atende os 
requisitos necessário definidos no ordenamento jurídico. 
Mauricio agiu de má-fé ao mentir sobre a sua idade, pois sabia que não seria possível a 
completa realização do negócio jurídico, tendo ele 16 anos. 
Na hipótese que Tiago não descobrisse a idade ao momento do pagamento, o carro seria 
de Mauricio, no entanto descobriria no momento seguinte, pois para realizar a 
transferência de um veículo é preciso seguir rito específico em cartório. É importante 
ressaltar que não haveriam consequências no plano da existência. 
O elemento chave está nos elementos complementares, sendo ele a capacidade civil 
(relativamente incapaz), pois o contrato é anulável, portanto eficaz. 
O jovem por ter mentido, não poderia posteriormente usar o artificio da idade para anular 
o contrato. 
Questão para responder: Mário e João firmaram um contrato de leasing em que ficou 
expressamente acordado que a propriedade de João seria passada para o ainda possuidor 
Márioapós o pagamento de 40 parcelas de aluguel. Após certo tempo, já quitadas 30 
parcelas, Mário foi demitido do seu emprego e João tolerou 3 parcelas sem pagamento. 
Tendo em visto esse cenário, João quis tomar do possuidor o seu apartamento já melhor 
valorizado por Mário no tempo em que estava no imóvel. João agiu de maneira correta? 
Em que estado se encontra o possuidor? 
Resposta: CERTA, NO ENTENTO TER CUIDADO COM PORCETAGENS. 
 Larissa de Jesus Miranda 
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A situação em que Mário se encontra é de adimplemento substancial, o que permite que 
o credor aplique as consequências de inadimplemento tem-se que a hipótese de resolver 
o contrato é sempre possível, portanto não se é permitido exceder o exercício de 
direitos, o que torna abusivo, logo João não agiu de maneira correta, principalmente 
quando há interesse econômico envolvido (o fato do imóvel está mais valorizado – não 
muito). 
A teoria defende que aplicar todas essas consequências é abuso de direito do credor, 
levando em consideração o inadimplemento substancial da outra parte. A situação de 
Mário seria a permanência no estabelecimento e uma tentativa justa de resolução do 
contrato, visto que já foi pago cerca de 75% das parcelas e em regra está em torno de 
80% do valor. 
Temos presente no Código Civil, para reafirmar o inadimplemento substancial 
inimputável, no qual temos a existência de força maior ao ato de terceiros que 
influenciaram na atual situação, defendido por Ruy Rosado Aguiar, o Art. 393: 
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força 
maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. 
▪ Plano da Validade: 
Ele analisa os elementos de perfeição do ato jurídico, temos que ver se os elementos 
básicos atendem exigências que são feitas pela norma, se está de acordo com s 
características desses elementos. 
Os pressupostos de validade estão previstos no Artigo 104 CC, não apenas esses, pois há 
outras situações que podem ser causa de invalidade: 
“Art. 104. A validade do negócio jurídico 
requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei.” 
Analisando o inciso I: 
 Larissa de Jesus Miranda 
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O absolutamente incapaz não prática seus atos, e sim seu representante legal. 
Os relativamente incapazes, praticam atos inválidos, porém inválidos, ele precisa um 
assistente, pois aqui é o incapaz que pratica o ato. Se acompanhado com o assistido, é 
válido. 
• Críticas: 
“Art. 4o São incapazes, relativamente a certos 
atos ou à maneira de os exercer: 
III - aqueles que, por causa transitória ou 
permanente, não puderem exprimir sua vontade;” 
O sujeito não consegue exprimir, é errado está aí, pois se estar no artigo 4°, é 
relativamente incapaz, ele pratica um ato estando em coma, como seria possível? O ideal 
é que voltasse ao Art. 3°. 
Outra crítica é que estão usando esse inciso III para burlar as mudanças posteriores ao 
Estatuto da Pessoa com Deficiência. Hoje pessoas com deficiência, é capaz. O mesmo 
estatuto prevê a possibilidade da curatela da pessoa com deficiência. O problema é que o 
juiz na decisão, não vai poder simplesmente dizer que essa pessoa é absolutamente ou 
relativamente incapaz, então ele cria limitações exatas na capacidade desse sujeito. 
Diz respeito a questões patrimoniais, e não as existenciais, a pessoa continua podendo 
casar. 
Capacidade x Legitimação: é inerente o sujeito, é capaz ou não. Caso de dois sujeitos, 
capazes e solteiros, podem casar, mas tem o impedimento de ser filho, sogra... É algo que 
se aplica ao sujeito naquela situação específica. É situacional, por exemplo: se existem 
sujeitos casados, um deles não vai poder fazer uma compra e venda de imóvel sozinho. 
Assim como o caso do fiador, para prestar a fiança o conjunge tem que legitimar. Não é 
que a pessoa não possa fazer aquilo, é que para aquele ponto há limitação, impedimento. 
Os artigos 105 e 177 dialogam, temos que: 
“Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes 
não pode ser invocada pela outra em benefício 
próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, 
salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito 
ou da obrigação comum” 
“Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes 
de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; 
só os interessados a podem alegar, e aproveita 
exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de 
solidariedade ou indivisibilidade.” 
Além dos elementos de incapacidades, temos que analisar outras situações. 
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“Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, 
não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a 
sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido 
pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-
se maior.” 
Se o menor alegar falsamente sua capacidade, ele perde direito posterior de pedir anulação 
do negócio jurídico. 
Analisando o inciso II: 
Licitude do objeto – se o ordenamento considera que determinado objeto é ilícito, obvio 
que ele não vai recepcionar negócios jurídicos que versem sobre objetos. 
A lei fala além de licito o objeto também tem que ser possível. Quando falamos de 
possível, temos que analisar dois aspectos: impossibilidade fática - é fazer o negócio 
juridico impossível (vender um pedaço do céu) e impossibilidade jurídica – o objeto 
juridicamente impossível se relacionam com a ideia de bens fora do comercio, que o 
ordenamento não quer que se realize, mas o objeto não é ilícito, imagine a pessoa que 
recebe alimentos, no caso dele, o sujeito que recebe o alimentos não pode fazer um 
negócio juridico sobre esses alimentos, isso porque tem proibição do ordenamento, que 
esse valor seria para se alimentar e não para negociar. Na prática o efeito é o mesmo. 
Nota-se que quando falamos de impossibilidade fática, que impossibilidade é essa, 
observe: 
“Art. 106. A impossibilidade inicial do 
objeto não invalida o negócio jurídico se for 
relativa, ou se cessar antes de realizada a 
condição a que ele estiver subordinado.” 
Quando falamos de impossibilidade devemos lembrar que a impossibilidade inicial, no 
momento em que se fez, mas se depois se torna possível, também não vai ser invalidado. 
Exemplo: imóvel na plana, apartamento existe? Não. Mas é apenas impossibilidade 
inicial, pois o negócio juridico será valido. Apenas é invalido quando a impossibilidade 
é absoluta. 
Além de licito e possível, tem que ser também determinado ou determinável. Não tem 
que necessariamente desde o início está determinado o objeto, mas precisa que sejam 
oferecidos os elementos para que eu possa determina-los. Por exemplo: eu combino com 
Bianca que vou dar ou o celular ou o notbook, isso mostra eu não sei qual será, mas já 
tenho elementos suficientes para determinar qual será. 
Analisando o inciso III: 
A forma prescrita ou em lei, a regra geral é da liberdade de forma, a liberdade de forma 
se difere de inexistência de forma, o comum é deixar essa forma livre, pode-se fazer o 
negócio verbalmente ou por escritura pública, por exemplo. Em outras vezes a lei exige 
uma certa forma (prescrita). 
▪ Nulidade x Anulabilidade: 
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o Eficácia do ato inválido: 
É talvez o caso nunca trabalhado em sala, em regra temos que o ato nulo não produz 
efeito, enquanto o anulável produz efeitos. Obvio que há exceções, um exemplo é o 
casamento putativo, assim como também no Art. 48: 
“Parágrafo único. Decai em três anos o 
direito de anular as decisões a que se refere 
este artigo, quando violarem a lei ou 
estatuto, ou forem eivadasde erro, dolo, 
simulação ou fraude.” 
No caso, é contra lei, mas produz efeitos. O ato nulo, não produz os efeitos pretendido. 
Por exemplo: uma compra feita por um absolutamente incapaz é nula, mas essa pode ter 
efeitos práticos, o que quero dizer, o menor pagou o preço, o dinheiro foi entregue e o 
sujeito entregou para ele a coisa, por mais que juridicamente não existe a compra e venda, 
e não existe a causa que transmita a propriedade, mas mesmo juridicamente falando, esse 
menor está na posse do bem, logo é um efeito, não é um efeito que decorreu da compra e 
venda, pois ela é nula e não produz efeitos, mas da transmissão da propriedade. 
Eventualmente, teremos efeitos secundários/derivados, e uma situação que foi realizado 
um negócio jurídico nulo. 
O anulável produz efeitos. A regra do inválido anulável é de eficácia, o anulável produz 
efeitos, pois a invalidade já existe, mas ele é inválido no grau anulável, até alguém que 
em seu direito reclame, ele continua produzindo seus efeitos. 
o Extinção da invalidade: 
É bem diferente quando se pensa em ato nulo ou anulável, em regra, as raríssimas 
exceções, quando falamos de ato nulo não tem como se dar a extinção da invalidade, não 
tem como deixar de inválido. Se ele é nulo, em regra é nulo e acabou, não tem como 
resolver o problema dele em válido, a exceção é o exemplo do artigo em que traz que se 
passou o prazo, o ato nulo vai validar. Já o ato anulável é possível extinguir a invalidade, 
isso se dá por dois caminhos: pode acontecer por força de uma sanação ou por força de 
uma convalidação, a extinção a rigor só aconteceria na sanação, pois você pega o que 
estava errado e resolve, pega a causa de invalidade e sana, dar fim a ela, ela pode ocorrer 
através de uma confirmação ou de assentimento posterior, veja quando falamos de 
confirmação o que acontece é que o próprio sujeito que participa do negócio juridico, ele 
vai lá e resolve o problema que existia, por exemplo: menor faz negócio jurídico com 16 
anos, logo é anulável, quando ele completa 18 anos ele confirma o negócio, visto que 
agora ele é capaz, expressando novamente a vontade dele, afastando a invalidade que 
existia. Outro exemplo é comprar um colar achando que era de ouro (eu achei) e era 
apenas dourado, eu comprei em erro – defeito do negócio jurídico, logo anulável, eu 
descubro que é não é, mesmo assim quero ficar com o colar, então eu confirmo o negócio 
juridico, afastando a invalidado. Pensando no assentimento posterior, onde o ato de 
sanação é feito por um terceiro, usando o mesmo exemplo do menor de 16 anos temos 
que o assistente vem e confirma o ato, afastando a invalidade. Sanação são os artigos 172, 
173 e 174: 
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“Art. 172. O negócio anulável pode ser 
confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.” 
“Art. 173. O ato de confirmação deve conter a 
substância do negócio celebrado e a vontade expressa 
de mantê-lo.” 
“Art. 174. É escusada a confirmação expressa, 
quando o negócio já foi cumprido em parte pelo 
devedor, ciente do vício que o inquinava.” 
A convalidação não extingue a invalidade, pois a causa de invalidação permanece. 
Convalidou o ato inválido, é quando passa o prazo do sujeito reclamar a cláusula de 
anulação., normalmente só é ato anulável, pois o nulo pode alegar a qualquer tempo. Esses 
prazos decadenciais que fazem o sujeito perder o direito de anular, no Código temos os 
artigos 178 e 179, que regulamentam os casos gerais, mas muitas vezes nas partes 
especificas do código, quando ele fala “isso é anulável”, já temos no próprio artigo qual 
prazo e a partir de quando conta. 
O Art. 178 se aplica para todas situações: 
“Art. 178. É de quatro anos o prazo de 
decadência para pleitear-se a anulação do 
negócio jurídico, contado: 
I - no caso de coação, do dia em que ela 
cessar; 
II - no de erro, dolo, fraude contra 
credores, estado de perigo ou lesão, do dia em 
que se realizou o negócio jurídico; 
III - no de atos de incapazes, do dia em 
que cessar a incapacidade.” 
Por exemplo, quem tem um prazo maior, um menor com 16 anos que realiza um negócio 
juridico ou um menor com 17 anos? O prazo é o mesmo, pois cessa com 18 anos. Outro 
exemplo é essa pessoa fez negócio hoje com 16 e com um mês ela é emancipada, começa 
dali, pois ele passou a ser capaz. 
Já o inciso II, regulamenta os prazos nos defeitos dos negócios jurídicos, a diferença é 
que nos outros começa a conta no dia que celebrou o negócio, já a coação ela começa a 
conta em um momento diferente, pois pode ser que a coação não cesse com o negócio, 
digamos que estou vendendo um piloto por 500 reais e se o aluno não comprar perde na 
matéria, só que o risco de o professor abusar do poder e reprovar ele, acaba só no final do 
semestre, pois se a coação serve para anular um negócio juridico, seria irrazoável começar 
a conta de agora. 
“Art. 179. Quando a lei dispuser que 
determinado ato é anulável, sem estabelecer 
prazo para pleitear-se a anulação, será este de 
dois anos, a contar da data da conclusão do ato.” 
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Traz uma regra supletiva, algumas vezes encontra-se artigos que diz” tal ato é anulável”, 
sem dizer qual prazo e nem a partir de quando conta, quando isso acontece é porque na 
verdade, o prazo é de dois anos, a contar do momento em que o ato foi celebrado. Se 
pegarmos o Artigo 496 temos: 
“Art. 496. É anulável a venda de ascendente a 
descendente, salvo se os outros descendentes e o 
cônjuge do alienante expressamente houverem 
consentido.” 
Logo usamos o Artigo 179 para resolver. 
o Legitimação para alegar a invalidade: 
Aqui a questão da legitimação é tratada de modo muito diferente do ato nulo e anulável, 
e tem razão para tal, pois quando o ordenamento determina que alo é nulo, é que ele está 
expressando um repúdio aquilo, normalmente quando é nulo temos relação maior com 
ordem pública, não quer proteger o sujeito e sim que não aconteça. Já quando falamos de 
anulabilidade, o raciocínio é quando aquilo é anulável, é para proteger algum sujeito em 
específico, tanto ele não se importa que não aconteça que o anulável produz efeitos, ele é 
anulável simplesmente porque se a pessoa está protegida tiver interesse de usar, ela vai 
pedir para anular. O rol dos sujeitos legitimados para alegar a invalidade no caso do nulo, 
é muito maior que no anulável. Analisa-se o artigo 168: 
“Art. 168. As nulidades dos artigos 
antecedentes podem ser alegadas por 
qualquer interessado, ou pelo Ministério 
Público, quando lhe couber intervir. 
Parágrafo único. As nulidades devem ser 
pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do 
negócio jurídico ou dos seus efeitos e as 
encontrar provadas, não lhe sendo permitido 
supri-las, ainda que a requerimento das 
partes.” 
O interessado é o sujeito que pode acontecer alguma consequência do negócio. É uma 
alegação mais ampla, e mais do que isso, mesmo que ninguém alegue a nulidade e o juiz 
verificando encontrar uma situação de nulidade, ele tem que decretar a nulidade, mesmo 
que as partes sejam contrários. 
Já no caso da anulabilidade a lógica é muito diferente, veja no artigo 177: 
“Art. 177. A anulabilidade não tem efeito 
antes de julgada por sentença, nem se 
pronuncia de ofício; só os interessados a 
podem alegar, e aproveita exclusivamente 
aos que a alegarem, salvo o caso de 
solidariedade ou indivisibilidade.” 
A ideia da anulabilidade aqui, existe para proteger um sujeito, onde o juiz não pode 
reconhecer de oficio, se o menor 17 fez o negócio quando tinha 16, o juiz ao identificar 
 Larissa de Jesus Miranda 
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esse contrato, não pode fazer nada em termo de invalidade,pois só quem poderia alegar 
seria o próprio menor. Podemos também analisar Art. 496: 
“Art. 496. É anulável a venda de ascendente a 
descendente, salvo se os outros descendentes e o 
cônjuge do alienante expressamente houverem 
consentido.” 
São os únicos que podem alegar. Outro exemplo é de doação, no Artigo 550: 
“Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu 
cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por 
seus herdeiros necessários, até dois anos depois de 
dissolvida a sociedade conjugal.” 
Observe que o artigo só dar os casos e quem pode alegar. Essa contagem do prazo se dá 
dessa forma, justamente porquê se a pessoa é casada e o conjunge faz doação antes, é para 
proteger a sociedade conjugal. O sentindo de 168 e 177 são completamente diferentes, no 
anulável é muito restrito, é aquele que o código autoriza expressamente, e só aquela 
pessoa que vai pode reclamar. 
o Desconstituição do negócio inválido: 
A desconstituição em regra é necessária e é feita cia ação judicial, então se eu comprei 
algo porque fui coagido, não basta só afirmar e automaticamente ser anulado, tenho eu 
entrar com ação judicial de anulação do contrato por força da coação, e o juiz da sentença 
anulando. Há algumas situações de negócio jurídico nulo em que a desconstituição é 
muito importante, como o casamento putativo (se opera em “ex nunc” – não retroage), 
mas existem outras que você precisa desconstituir também por conta de efeitos práticos 
terem se realizado, como um sujeito absolutamente incapaz que realiza uma compra e 
venda, que é nula, mas passa a posse. Mas existem situações de negócio nulo que não há 
necessidade prática para essa desconstrução. 
 
 
Já anulável é óbvio que precisa ser desconstituído pois ele produz efeitos, isso porque 
apesar de ser inválido a pessoa pode permanecer com negócio invalido produzindo seus 
efeitos regularmente, por isso precisamos desconstruir. Novamente analisando o artigo 
177 temos: 
“Art. 177. A anulabilidade não tem efeito 
antes de julgada por sentença, nem se 
pronuncia de ofício; só os interessados a 
podem alegar, e aproveita exclusivamente 
aos que a alegarem, salvo o caso de 
solidariedade ou indivisibilidade.” 
Além da desconstituição só acontecer após a sentença, nota-se que a invalidade vai afetar 
somente aquilo que for necessário. 
Exemplo: se o menor fez o contrato de compra e venda, o acordo foi feito, o contrato 
existe, é ulo, mas nem o menor pagou preço e nem foi entregue a coisa, logo ingressar 
com a ação para desconstituir é perda de tempo. 
 
 Larissa de Jesus Miranda 
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Então se houver solidariedade, é exceção, se o sujeito pode alegar ele alega numa 
obrigação em que está constituído a solidariedade, afeta tudo. Aqui é “ex tunc”, retroage. 
o Conversão: 
É algo que se aplica especificamente ao ato nulo. O ato nulo não tem como aproveitar ele, 
não se pode deixar ele válido. Está prevista no Art. 170: 
“Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo 
contiver os requisitos de outro, subsistirá 
este quando o fim a que visavam as partes 
permitir supor que o teriam querido, se 
houvessem previsto a nulidade.” 
A conversão não está resolvendo a nulidade desse ato, pois o ato continua sendo nulo, 
mas acontece que o quadro da conversão normalmente envolve nulidade por requisito da 
forma, temos que se apresenta quando temos um certo habito que tem requisitos de forma 
e temos também a previsão legal que tem uma finalidade semelhante, mas que tem menos 
requisitos formais, o que acontece é que a pessoa queria fazer o primeiro ato e na 
realização desse ela não atende aos requisitos de forma que foram exigidos, e se você não 
cumpre a forma ato será nulo, só que tem um outro ato que alcança um objetivo parecido 
com o que elas queriam e o modo com que elas redigiram o ato, embora gere a nulidade 
do ato um, atende a exigência de forma do ato dois, então ao invés de anular, transforma-
se o ato um em ato dois, converte-se. 
Por exemplo, a nota promissória, que tem uma séria de requisitos – bem detalhado no que 
toca a forma, se você está emitindo essa nota e esquecer algum requisito legal, ela é nula, 
mas temos um outro negócio jurídico, a confissão de dívida, que serve para uma pessoa 
assumir que ela deve algo para outra, que vejam, tem uma finalidade parecida com a nota 
promissória, mas tem menos requisitos formais do que a nota promissória. 
➢ Trabalho: 
Será uma pesquisa jurisprudencial. 
Exemplo: eu vendi para duas pessoas 100 sacas de feião, uma delas é relativamente 
incapaz e a outra é capaz, e temos a presunção de divisão de partes iguais, nessa 
situação se o sujeito relativamente incapaz pede para ser anulado (que somente ele 
pode pedir) e quando e se ele relativamente pede a anulação da sentença que anula vai 
anular somente a parte dele, então nesse contrato das 100 sacas, a anulação afeta 
somente as 50 sacas de feijão que é a parte do contrato que se aplica somente ao sujeito 
relativamente incapaz, e com o sujeito capaz se mantém, a não ser que seja 
indivisibilidade, mudando o exemplo acima, se não fossem 100 sacas de feijão e sim 
um notbook, que não vai ser quebrado para dividir, do mesmo modo que se tiver 
solidariedade, a ideia de solidariedade é que quando você tem dois sujeitos em algum 
polo, o normal é que cada um responda ou tenha direito só a sua parte, se eu tenho 
duas pessoas que me devem 100 reais, só posso cobrar 50 para uma e 50 para outra, 
mas por conta de algumas circunstâncias podem ser que esses sujeitos sejam 
solidários, e isso significa que em relação ao outro polo vai ser como se (no caso do 
devedor) cada devedor fosse do topo, e no caso do credor, seria do todo, nesses casos 
pode-se cobrar os 100 reais de um deles. 
 
 Larissa de Jesus Miranda 
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5 minutos para cada decisão. Até 40 minutos a apresentação. 
Explicar a decisão e relaciona a decisão com a aula e o código civil, tipo “nesse caso aqui 
vimos isso e isso e isso, que vimos na aula, e usaremos tal artigo” 
Deve-se também trazer todas decisões impressas na íntegra – capa e encadernado, bem 
bonito, e na ordem que forem se apresentadas. 
Assuntos: fraude 
Data: 09/05 
Nota em grupo. 
Tribunais TJ da região Sul e centro-oeste, TJ-DF, mas nada de stj ou stf 
Grupo: 
 Bianca; 
 Ludimila; 
 Larissa; 
 Julia; 
 Nathalia; 
 Daniele; 
 Paula. 
Causas de anulabilidade: 
• Falta de assentimento: Um relativamente capaz realiza um negócio jurídico ele 
precisa de um assentimento do assistente (assentimento assistencial), exigido 
pensando em proteger o sujeito que está fazendo o negócio, porém também há o 
assentimento resguardativo que é exigido não para proteger o sujeito que está 
praticando o negócio jurídico e sim de quem dá o assentimento (pessoa de quem 
se exige o assentimento). 
• Por imposição legal: Não há uma sistemática, acontece por que por vezes o 
ordenamento jurídico entende que algo é anulável por ter um certo grau de 
ilicitude, mais pela visão do ofendido 
 
Defeitos do negócio jurídico (art.138, erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão, fraude 
contra credores): 
 
Os 5 primeiros são chamados de “vícios da vontade” se a vontade não tivesse “viciada” 
não seria manifestada dessa forma. A fraude contra credores é vista como um “vicio 
social”, então é anulável porque o negócio traz prejuízo ao terceiro. 
 
 Larissa de Jesus Miranda 
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• Erro (ou ignorância): Há um falso entendimento da realidade, assim como no dolo, 
a diferença é que no erro a representação equivocada (a manifestação) surge do 
próprio sujeito que erra, não há participação (nem ação e nem omissão) de umaterceira pessoa. Só é anulável quanto a diligência da pessoa é normal caso 
contrário não se pode anular. O erro que anula é o substancial. Erro in negócio: o 
sujeito faz um negócio, achando que está fazendo outro. Erro in corpore (quanto 
ao objeto): pensa que está fazendo negócio com um objeto, mas é com outro; ou 
erra quanto a qualidade do objeto (pensa que é de ouro, mas é apenas dourado.). 
Erro in persona: normalmente, quando há homônimos (pessoas com o mesmo 
nome); quer contratar uma pessoa, mas acaba contratando outra (contrata achando 
que é carpinteiro, mas é marceneiro). Erro iures (de direito): Quase não se aplica 
na prática, pois não se pode alegar desconhecimento da lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Dolo (invalidante): Aqui o erro ocorre porque alguém induz a pessoa a cometer o 
erro, ou mantem a pessoa no erro mesmo sabendo sobre isso. Dolo causal: Quando 
o dolo for a causa do negócio, se não fosse o dolo o negócio não teria sido feito, 
e a consequência é que esse negócio jurídico é anulável. Dolo acidental: Só obriga 
a satisfação das perdas e danos, aqui o negócio não é anulável é mantido, mas 
pode ser pedido indenização por perdas e danos, já que o negócio seria feito de 
qualquer forma. O código também trata da situação do dolo feito por um terceiro, 
assim como pelo representante. Aqui a consequência vai ser diferente a depender 
se ela sabia ou devia saber (no caso de ser um funcionário por exemplo, o negócio 
seria anulável) ou se ela não sabia e não deveria saber (nesse caso ela também 
estava de boa fé e o negócio jurídico é valido e não anulável, mas pode pedir ao 
terceiro uma indenização por perdas e danos. Obs: O representante pode ser legal 
(incapaz) ou convencional, por isso quando é legal o sujeito só responde pelo que 
ganhou e o representante pelas perdas e danos, porém, quando é convencional a 
pessoa responde solidariamente com o representante (pode-se cobrar tudo de 
qualquer uma). Ainda há uma situação que se ambas as partes procederem com o 
dolo, não se pode alegar o dolo para anular o negócio (ideia do tu quoque). 
• Coação: Alguém faz uma ameaça ao outro e por conta dessa ameaça a pessoa faz 
o negócio jurídico ou o realiza naqueles termos. Pode ser dirigida a própria pessoa, 
aos bens ou familiares e o juiz analisando a situação pode entender se houve ou 
não coação. Deve haver um fundado temor, uma razão ainda que “errada” de dano 
Exemplo: achar que pode construir um prédio em área proibida. Pode anular por 
motivo declarado se o negócio for expresso e tiver erro, se ele for declarado a razão 
determinante da anulação. 
 
Exemplo: Você comprar um cavalo para reprodução e ele for estéril. Art.142, não 
anulará se for possível identificar qual o problema e conseguir resolve-lo (saber quem 
é a pessoa ou o objeto, ou tratar-se de um erro de cálculo (erra um 0 no contrato, 
retifica). 
v 
Exemplo: Um testamento deixando herança para o filho único, o nome foi escrito 
errado, mas é possível identificar a quem se refere. Em situações que se poderia anular 
por haver erro substancial o código traz possibilidade da outra parte envolvida no 
negócio impedir a anulação, se ele aceitar realizar o negócio nos moldes inicialmente 
pensados. 
 
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iminente e considerável. O código traz duas situações que não se considera 
coação: ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor 
reverencial (um respeito que você tem por alguém pela posição que ela ocupa) 
(art153). Também há o regramento de coação pelo representante ou por terceiro, 
seguindo a mesma lógica do dolo (arts.154 e 155). 
• Estado de perigo: não confundir com estado de necessidade que é uma excludente. 
Nele acontece é que a pessoa quando está premida da necessidade de salvar-se, 
nota-se que o risco que existe é um dano que a doutrina costuma indicar ou a vida 
da pessoa, ou a saúde ou a integridade física. A necessidade de se salvar a priori 
é a si próprio ou alguém da família, mas o código estabelece que também pode 
caracterizar se for outra pessoa. Art. 156 
• Lesão: art. 157 - quando falamos pode se dar por dois caminhos ou premente 
necessidade (que não se enquadre em estado de perigo), ou inexperiência, que é 
algo que é analisado dentro do contexto de cada sujeito, por exemplo, posso ser 
experiente para várias coisas, mas não era para cabeça de gado, e nesse me 
vendem altíssimo valor. Ao contrário do estado de perigo, não é requisito o dolo 
de aproveitamento, não preciso provar que a outra pessoa fez aquilo porque sabia 
a condição eu estava. 
• Credores: 
Questão sobre defeito: 
Requião comprou uma CBr300 que, segundo Carlos (vendedor), a fim de induzir o 
Requião ao erro, seria do tipo “flex”, logo poderia ser abastecida tanto com gasolina 
quanto com álcool. Requião deixou claro que não fazia a mínima questão de ter essa 
qualidade em sua moto, e teria realizado o negocio juridico ainda que a moto não fosse 
“flex”. No entanto, em razão do que o vendedor afirmou, Requião abasteceu com 
combustível inapropriado, danificando o motor. Tal negócio é passível de anulação, visto 
que Carlos fez a afirmação a fim e induzir a compra? Fundamente, apontando qual defeito 
de negocio se aplica no caso exposto. 
Barema: 
A situação descrita se encaixa em dolo acidental, e não é passível de anulação, visto que 
o dolo acidental só obriga perdas e danos, mas não é anulável. É importante dizer que 
pode ser pedido indenização por perdas e danos, já que o negócio seria feito de qualquer 
forma. 
Causas de nulidade: 
“Art. 166. É nulo o negócio jurídico 
quando: 
I - celebrado por pessoa 
absolutamente incapaz; 
II - for ilícito, impossível ou 
indeterminável o seu objeto; 
III - o motivo determinante, comum a 
ambas as partes, for ilícito; 
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IV - não revestir a forma prescrita em 
lei; 
V - for preterida alguma solenidade 
que a lei considere essencial para a sua 
validade; 
VI - tiver por objetivo fraudar lei 
imperativa; 
VII - a lei taxativamente o declarar 
nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar 
sanção.” 
Para ter uma causa de nulidade com base no inciso III, a questão probatória é muito difícil, 
pois em regra o que importa para o negocio juridico é a causa. 
Se um individuo faz um contrato e a lei exige que seja de determinada forma e ela não 
seja observada a consequência é que o negócio vai ser nulo, mas a nulidade só é quando 
a norma seja exigida (analise do inciso IV). 
No inciso IV, a ideia é que não confunda com fraude contra pratica um ato que pode ser 
prejudicial aos credores. Neste caso, é uma lei cogente, imperativa, as pessoas para tentar 
burlas essa norma realiza mais de um negócio juridico para afastar a proibição que essa 
lei traz, observe no art. 497: 
“Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem 
ser comprados, ainda que em hasta pública: 
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e 
administradores, os bens confiados à sua 
guarda ou administração;” 
No inciso VII, temos quando a lei taxativamente dizer que é nulo, então assim como temos 
as situações de anulabilidade por legislação expressa temos a de nulidade também. 
Quando a lei proíbe alguma coisa e não diz qual sanção, implicitamente será a nulidade. 
Além dessas situações temos ainda o caso da simulação, Art 167: 
“Art. 167. É nulo o negócio jurídico 
simulado, mas subsistirá o que se 
dissimulou, se válido for na substância e na 
forma. 
§ 1o Haverá simulação nos negócios 
jurídicos quando: 
I - aparentarem conferir ou transmitir 
direitos a pessoas diversas daquelas às quais 
realmente se conferem, ou transmitem; 
II - contiverem declaração, confissão,

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