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AULA - CONDUTA-TIPICIDADE

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DIREITO PENAL I
Prof. Dr. André Callegari
ANOTAÇÃO:
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TIPO PENAL OBJETIVO
1 – DA CONDUTA
1.1 – AÇÃO OU OMISSÃO→ 
DIREITO PENAL DO AUTOR→ RE 583.523/RS, rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário, j. 03.10.2013, noticiado no Informativo 722: Recurso extraordinário. Constitucional. Direito Penal. Contravenção penal. 2. Posse não justificada de instrumento de emprego usual na prática de furto (artigo 25 do Decreto-Lei 3.688/1941). Réu condenado em definitivo por dois crimes de furto. Alegação de que o tipo não teria sido recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Arguição de ofensa aos princípios da isonomia e da presunção de inocência. 3. Possibilidade do exercício de fiscalização da constitucionalidade das leis em matéria penal. Infração penal de perigo abstrato à luz do princípio da proporcionalidade. 4. Reconhecimento de violação aos princípios da dignidade da pessoa humana e da isonomia, previstos nos artigos artigos 1º, inciso III; e 5º, caput e inciso I, da Constituição Federal. Não recepção do artigo 25 do Decreto-Lei 3.688/41 pela Constituição Federal de 1988. 5. Recurso extraordinário conhecido e provido para absolver o recorrente nos termos do artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal.
DA CONDUTA
1.2 – CRIME COMISSIVO→
1.3 – CRIME OMISSIVO→
1.3.1 – CRIME OMISSIVO PRÓPRIO→ ex: art. 135 do CP.
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei: Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Se o crime é culposo: Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
DA CONDUTA
OMISSÃO PRÓPRIA
OMISSÃO IMPRÓPRIA
O agente tem dever genérico de agir (genérico porque atinge a todos indistintamente. É o dever genérico de solidariedade);
A omissão está descrita no tipo. Isso quer dizer que há subsunção direta da omissão ao tipo penal;
Não admite tentativa.
O agente tem o dever jurídico de evitar o resultado (é dever endereçado a personagens especiais que estão previstos no art. 13, §2º, CP. É a figura do garante ou garantidor);
O tipo não descreve a omissão. Há subsunção indireta.
OBS. – O garantidor responde pelo resultado como se o tivesse causado (por ação);
Admite tentativa.
DA CONDUTA
1.3.2 – CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO→ COMISSÃO POR OMISSÃO.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
Superveniência de causa independente 
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
Relevância da omissão
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
DA CONDUTA
A – COMPREENDENDO O art. 13, § 2.º, do CP:
A.1 – DIMENSÃO DA EXPRESSÃO “PODIA AGIR” → impossibilidade física ou decorrente de norma (legal ou contratual) ou de decisão judicial:
Trata-se de HC em que se alega, em favor dos ora pacientes, que as indústrias pertencentes a eles não eram mais proprietárias do imóvel onde ocorreu o delito ambiental, não podendo, dessa forma, agir para evitar o dano causado pelo rompimento da barragem de resíduos industriais, motivo por que se pretende o trancamento da ação penal pela ausência de justa causa. A Turma, ao prosseguir o julgamento, por maioria, concedeu a ordem ao entendimento de que, mesmo se encontrando presentes, na hipótese, o perigo para o bem jurídico tutelado e a posição de garantidor dos diretores da empresa, ora pacientes, no que se refere ao poder de agir, carece desse elemento para configurar a conduta omissiva deles. De fato, na época em que a propriedade inundada encontrava-se sob o domínio das indústrias pertencentes aos pacientes, poder-se-ia imputar a eles a omissão de desativar o reservatório que deu causa ao desastre ambiental, visto que, com a não realização da ação devida ou esperada, os diretores assumiram o risco da ocorrência do resultado (dolo eventual). Entretanto, na data em que ocorreu tal evento, a propriedade inundada já não pertencia ao grupo empresarial há mais de nove anos, motivo pelo qual os diretores não detinham mais o poder de agir para interromper o processo causal que levaria ao resultado, ou seja, evitar a ocorrência da inundação. Portanto, ausente um dos elementos objetivos – poder de agir – previstos no art. 13 do CP, falta efetivamente justa causa para o prosseguimento da ação penal, em face de atipicidade da conduta” (HC 94.543-RJ, 5.a T., rel. para o acórdão Arnaldo Esteves Lima, 17.09.2009, m. v., grifamos)
DA CONDUTA
A.2 – DEVER DE AGIR IMPOSTO POR LEI → LEI EM SENTIDO FORMAL?
Henrique, responsável pela carceragem do Presídio Central de Porto Alegre, observa que um preso está passando mal, porém nada faz a respeito. Em consequência da ausência de cuidados, o preso vai a óbito (causa mortis: ataque cardíaco). Henrique praticou algum crime?
DA CONDUTA
A.3 - DEVER DE AGIR DE QUEM ASSUMIU A RESPONSABILIDADE DE EVITAR O RESULTADO→
HENRIQUE, Policial Militar, presencia que o carro de Álvaro, seu desafeto, está sendo furtado. Alegre com a situação, Henrique acende seu cigarro e nada faz para impedir o crime ou deter o agente. Henrique praticou algum crime?
HENRIQUE, vigilante de uma agência bancária, observa que uma senhora, bastante idosa, está subtraindo determinada quantia em dinheiro de um caixa eletrônico. Comovido com a cena, Henrique nada faz a respeito. Henrique delinquiu?
DA CONDUTA
TJMG: “Verificado que o médico, ao atender paciente que se queixava dos sintomas de moléstia grave, não procedeu a nenhum tipo de exame e liberou-a, prescrevendo medicamento que não contribuiria para sua melhora, agindo de forma negligente e imperita, deve ele responder pelo homicídio culposo, pois sua posição de garantidor (situação elencada no art. 13, § 2.º, do CP) impunha que ele atuasse tentando impedir o resultado morte” (Ap. Crim. 1.0382.11.007457-4/001-MG, 7.a C. Crim., 30.04.2015).
DA CONDUTA
A.4 - DEVER DE AGIR POR TER GERADO O RISCO→
HENRIQUE, durante trote universitário, lança Jancarlo no lago do campus São Leopoldo da Unisinos, achando que ele soubesse nadar. Jancarlo começa a se afogar. Henrique assiste a tudo com muito sadismo e, mesmo notando o afogamento do colega, nada faz, embora pudesse, para impedir a morte, que ocorre. Henrique cometeu crime?
DA CONDUTA
VICTOR conduzia sua Kombi em via pública, quando, durante a comemoração do gol de seu time, cujo jogo ouvia pelo radio do carro, distraiu-se e atropelou a inocente Nicole, que corria na ciclofaixa. Assustado, Victor se afasta do local sem prestar socorro, ainda que fosse possível fazê-lo. Nicole sofreu lesões corporais leves. Victor cometeu crime?
DA CONDUTA
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único.  Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1o do art. 302: 
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; 
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; 
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; 
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
DA CONDUTAELIANE, PILOTAVA SUA SUZUKI, NO MOMENTO EM QUE SE ENVOLVE NUM ACIDENTE DE TRÂNSITO, DO QUAL NÃO FOI RESPONSÁVEL. LUIZ FICOU GRAVEMENTE FERIDO. ELIANE POUCO SE IMPORTA. LUIZ FALECE. ELIANE COMETEU CRIME?
 
 
DA CONDUTA
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.
DA CONDUTA
MORTE INSTANTÂNEA DA VÍTIMA E FUGA DO LOCAL: O STJ decidiu que, no homicídio culposo, a morte instantânea da vítima não impede a incidência da causa de aumento de pena estabelecida no art. 121, § 4°, do Código Penal (deixar de prestar imediato socorro à vítima), exceto se o óbito for evidente. Para o tribunal, “o aumento imposto à pena decorre do total desinteresse pela sorte da vítima. Isso é evidenciado por estar a majorante inserida no § 4° do art. 121 do CP, cujo móvel é a observância do dever de solidariedade que deve reger as relações na sociedade brasileira (art. 3° , I, da CF). Em suma, o que pretende a regra em destaque é realçar a importância da alteridade. Assim, o interesse pela integridade da vítima deve ser demonstrado, a despeito da possibilidade de êxito, ou não, do socorro que possa vir a ser prestado. Tanto é que não só a omissão de socorro majora a pena no caso de homicídio culposo, como também se o agente “não pro- cura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar a prisão em flagrante”. Cumpre destacar, ainda, que o dever imposto ao autor do homicídio remanesce, a não ser que seja evidente a morte instantânea, perceptível por qualquer pessoa. Em outras palavras, havendo dúvida sobre a ocorrência do óbito imediato, compete ao autor da conduta imprimir os esforços necessários para minimizar as consequências do fato. Isso porque “ao agressor, não cabe, no momento do fato, presumir as condições físicas da vítima, medindo a gravidade das lesões que causou e as consequências de sua conduta. Tal responsabilidade é do especialista médico, autoridade científica e legalmente habilitada para, em tais circunstâncias, estabelecer o momento e a causa da morte” (REsp 277.403-MG, Quinta Turma, DJ 2/9/2002). Precedente cita- do do STF: HC 84.380-MG, Segunda Turma, DJ 3/6/2005 (HC 269.038/ RS, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 2/12/2014, DJe 19/12/2014 – Info 554).
DO RESULTADO
2 - RESULTADO →
A – RESULTADO NATURALÍSTICO → 
B – RESULTADO NORMATIVO OU JURÍDICO →
2.1 – CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES QUANTO AO RESULTADO →
2.1.1 – CRIMES MATERIAIS →
2.1.2 – CRIMES FORMAIS OU DE CONSUMAÇÃO ANTECIPADA→
2.1.3 – CRIMES DE MERA CONDUTA →
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
3 – NEXO DE CAUSALIDADE →
3.1 - CAUSA → significa toda ação ou omissão indispensável para a configuração do resultado concreto, por menor que seja o seu grau de contribuição.
3.2 – NEXO NORMATIVO → Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
FATO TÍPICO = NEXO CAUSAL FÍSICO + CONCRETO + NEXO NORMATIVO.
3.3 – TEORIAS REFERENTES AO NEXO CAUSAL →
3.3.1 - TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DAS CONDIÇÕES (TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES OU TEORIA DA CONDIÇÃO SIMPLES OU GENERALIZADORA) →
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
3.3.1 – TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES → Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Como identificar o que é causa do delito? Procedimento Hipotético da Eliminação → Ex: “Nicole matou Gabriel com um tiro disparado à queima roupa”. Quais antecedentes podem ser eliminados?
1º) a produção do revólver pela indústria; 2º) aquisição da arma pelo comerciante; 3º) compra do revólver pelo agente; 4º) refeição tomada pelo homicida; 5º) emboscada; 6º) disparo de projéteis na vítima; 7º) resultado morte.
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
3.3.2 – TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA → Leva em conta a idoneidade da causa para fins de provocação do resultado.
Realiza-se um juízo que deve apontar: 
A)Idoneidade individual mínima;
B)Contribuição efetiva.
3.4 – NEXO CAUSAL NOS DELITOS OMISSIVOS→
3.5 – SUPERVENIÊNCIA CAUSAL →
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
3.5.1 - CAUSA → Atua de forma paralela à conduta.
A – CAUSA DEPENDENTE → Decorre da conduta e se insere na linha normal de desdobramento causal. Conserva o nexo causal. Ex: Hemorragia interna causada por um traumatismo. Sem o anterior não há o posterior;
B – CAUSA INDEPENDENTE → Escapa ao desdobramento causal da conduta, produzindo, por si só́, o resultado. Não é uma consequência lógica da conduta. Pode romper o nexo causal.
3.5.2 - CONCAUSA → Atua de forma lateral à conduta. Logo, as concausas são distintas da conduta principal.
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
3.5.2 – CONCAUSA OU CAUSA INDEPENDENTE→ ESPÉCIES
ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES → 
A.1 - Preexistentes; 
A.2 – Concomitantes; 
A.3 - Supervenientes.
B) RELATIVAMENTE INDEPENDENTES →
B.1 - Preexistentes; 
B.2 – Concomitantes; 
B.3 - Supervenientes.
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
A) CONCAUSA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE
A.1 – PREEXISTENTE OU ESTADO ANTERIOR →
Achando que sua esposa estava dormindo, Henrique efetua um disparo de arma de fogo contra ela, atingindo-a. Ocorre que a vítima falece em decorrência de um veneno que lhe foi dado momentos antes por sua amiga Fátima, amante de Henrique. 
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
A) CONCAUSA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE:
A.2 – CONCOMITANTE:
No exato momento em que Victor está inoculando veneno letal na artéria da sogra, Nicole entra na residência e efetua disparos contra a referida vítima, matando-a instantaneamente.
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
A) CONCAUSA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE:
A.3 – SUPERVENIENTE:
Manoel deixa o dispositivo de gás do fogão aberto, com a intenção de matar sua filha que se encontra dormindo. João foge do local. Entretanto, Ana, funcionária da família, chega ao local e mata a menina mediante estrangulamento. 
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
B) CONCAUSA RELATIVAMENTE (DERIVA DA CONDUTA) INDEPENDENTE (PRODUZ POR SI SÓ O RESULTADO):
B.1 – PREEXISTENTE:
HENRIQUE fura, com a chave de seu carro, com a intenção de matar, o rosto de Zebedel. Este sofria de hemofilia, morrendo pelo sangramento. A furada não tinha, isoladamente, o poder de matar. Henrique responderá por homicídio consumado ou tentado? O Direito Penal brasileiro adota a teoria da Responsabilidade objetiva?
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
B) CONCAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE:
B.2 – CONCOMITANTE:
ANTONIO, com intenção de matar, atira em LAURA, atingindo-a de raspão. A vítima, entretanto, assustando-se com o disparo, tem um colapso cardíaco e morre.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
B) CONCAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE:
B.3 – SUPERVENIENTE:
HENRIQUE, com a intenção de matar, agride, com extrema gravidade, o corpo de Joana, valendo-se de um punhal. Joana é socorrida. Entretanto, o carro que a levava para o hospital cai do viaduto, levando todos os passageiros à morte em razão dos variados traumatismos.
Art. 13, § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
TENTATIVA DE HOMICÍDIO E INFECÇÃO HOSPITALAR:
Caracteriza-se o crime de homicídio consumado quando a vítima, atingida por golpe não fatal, vem a falecer posteriormente. O acusado desferiu um golpe de faca contraa vítima, que veio a falecer cinco meses depois, em decorrência de uma infecção hospitalar. Os Julgadores afirmaram que a morte decorreu de uma causa superveniente absolutamente dependente, isto é, que se encontra na linha de desdobramentos da conduta. No caso, foram os desdobramentos das lesões corporais que ensejaram a evolução a óbito. Dessa forma, pela teoria da equivalência dos antecedentes causais, o nexo causal entre a conduta do réu e o resultado morte não pode ser afastado. Sendo assim, o Colegiado concluiu que o acusado deve responder pelo homicídio consumado.
Acórdão n.º 807717, 20090310267339RSE, Relator: ROMÃO C. OLIVEIRA, 1ª Turma Criminal, Data de Julgamento: 24/07/2014, Publicado no DJE: 08/08/2014. Pág.: 216
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