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Nome: Matrícula: Disciplina: Alfabetização 1 Coordenação: Prof.ª Jéssica do Nascimento Rodrigues Avaliação Escrita a Distância 1 Valor: 3,0 QUESTÃO 1 (Valor: 1,0) Alfabetizar é ensinar o princípio do alfabeto. É auxiliar o aluno no aprendizado da leitura e escrita e orientar para a utilização do código de comunicação. Alfabetizar também contribui para a formação do indivíduo enquanto cidadão, auxiliando no desenvolvimento de sua socialização, como também ampliar sua visão crítica acerca do mundo em que vive. A política educacional tem como visão, educar para diminuir a pobreza, promover melhores condições de vida a partir da aquisição do conhecimento científico, como também a garantia de obtenção de resultados satisfatórios a partir de exames e avaliações. O IDEB (Indice de Desenvolvimento da Educação Básica) que foi criado no ano de 2007 e desde sua concepção, as escolas passaram a receber provas que devem ser realizadas de dois em dois anos, sendo assim, um mecanismo que mede a qualidade da educação pública onde é realizado provas em escolas que ofertam o ensino fundamental de primeiro e segundo ciclos em que essas escolas realizam um tipo de “disputa” entre si. São classificadas entre melhor e pior escola, aquelas que obtém a maior e menor quantidade de erros e acertos de seus alunos. Sendo classificadas no “ranking” educacional. Como exemplo temos duas: a Prova e a Provinha Brasil, em que uma é realizada no primeiro ciclo do ensino fundamental, a partir do 2º ano e a outra no segundo ciclo a partir do 6º ano. Quando acontece de uma escola não conseguir alcançar a meta estipulada, os professores se veem pressionados a trabalhar para que a meta futura seja atingida. Essa postura da política pública educacional, é uma postura economicista, onde sua visão está no quantitativo, na redução de erros e aumento de lucros. Seu objetivo é preparar o aluno para o mercado de trabalho, é instruílo para obter uma formação e “melhorar de vida”. Paulo Freire, um importante teórico coloca em suas ideias a concepção de uma educação humanista onde para ele, mais importante que educar para obter resultados, é educar para que o indivíduo se sinta preparado para ampliar sua visão de mundo, pensar criticamente sobre o mundo em que vive e compreender sobre tudo o que acontece a sua volta e além disso, poder exercer sua cidadania participando ativamente na sociedade. Alfabetização com visão humanista é exercício para prática de liberdade. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Diante do exposto, Paulo Freire, diz que... “(...) somente tem sentido quando os oprimidos, ao buscar recuperar sua humanidade” se tornam “restauradores da humanidade em ambos” (1987, p.16), pois eu não posso ser eu sozinho ao excluir ou desumanizar o outro, mas sou eu no convívio humanizado com outros homens e mulheres livres, ou melhor, como Freire nos ensina: “Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão” (1987, p. 29). Paulo Freire visava uma educação com caráter humanista que contribuísse para a prática da liberdade não só para os indivíduos menos favorecidos como também para toda a comunidade escolar que vive sobre a ótica mercantilista deixando sua identidade de “Bem público” para dar lugar a um perfil de patrimônio privado. Referências: FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo, Paz e Terra, 1987. QUESTÃO 2 (Valor: 1,0) Considerandose que o saber científico e escolar é aquele adquirido através de estudos e pesquisas e investigações onde há comprovação de determinado fato, ou seja, a partir de um “problema estabelecido” onde chegase a um resultado, a uma comprovação. Já o saber popular é aquele que se adquire com o tempo, é aquele que passa de geração em geração transformando em um costume, em um ato cultural. Esse segundo é caracterizado como senso comum, ou seja, é uma crença, uma tradição que ronda as vivencias populares etc. É importante que a escola saiba alinhar esses dois saberes pois, vivemos em uma sociedade onde há muitas diferenças sociais e com isso, há uma gama de fatos que colocam em cheque a postura do professor em sala de aula ou seja, é preciso que o professor atue com o objetivo de combater qualquer forma de preconceito e discriminação. A escola é um cenário importantíssimo na vida dos educandos. Ela tem o papel de auxiliar na “quebra de paradigmas”, ou seja, combater a visão estereotipada em relação àqueles que vivem em áreas marginalizadas e menos favorecidas. É preciso ter sensibilidade ao tratar de assuntos que giram em torno da vida desses alunos. Devendo o professor buscar um novo olhar pois, ele carrega consigo a missão de educar o aluno para exercer sua cidadania e participar ativa e conscientemente nas ações da sociedade compreendendo seus direitos e deveres. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o aluno não pode ser considerado alguém violento ou praticante da violência e sim como “vítima” da própria pois, como ser ainda sem autonomia de seus atos, ele apenas reproduz o que vivencia e não teve escolha de viver em ambientes que se presencia constantemente essa prática. Para esse estatuto, a escola tem o dever de protegêlos. Por isso é importante que o professor conheça antes de tudo a realidade de seus alunos, conheça seus costumes e sua cultura, sobre o lugar onde vivem e saiba sincronizar os saberes. Essa sincronização deverá acontecer com o objetivo de combater qualquer forma de discriminação e promover a aceitação e respeito às diferenças. Referências: TAQUARE BRITTO ORBAGE, ENEIDA. diálogo entre os saberes: as relações entre senso comum, saber popular, conhecimento cien�fico e escolar. Brasília, 2007. Disponível em:
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