Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* * R1 PEDIATRIA-Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF Moabe Saraiva Moutinho 05/04/2011 www.paulomargotto.com.br Nota: com links pra o recém-nascido: para Faceíte necrosante e Gangrena venosa de extremidades inferiores por S.aureus * * INFECÇÕES DE PARTES MOLES PELE (estrutura) -Epiderme -Derme -Hipoderme ou tecido celular subcutâneo -Anexos (folículos pilosos, glândulas sudoríparas) * * Fisiopatologia Pele BARREIRA IMPORTANTE! Hospedeiro X Agente Patogenia Patogenicidade da bactéria Porta de entrada Defesa do hospedeiro * * INFECÇÕES DE PARTES MOLES CLASSIFICAÇÃO: Epiderme Impetigo, Ectima Vias linfáticas e tecido celular subcutâneo Erisipela e Celulite Anexos cutâneos Foliculite (folículo piloso) e Furúnculo ou Antraz (folículos pilosos e tec.subcutâneo) * * PIODERMITES: Infecções cutâneas produzidas por germes piogênicos, principalmente Staphylococcus aureus e estreptococcus B-hemolítico. FORMA PRIMÁRIA: atingem a estrutura da pele e anexos sem lesões prévias perceptíveis. FORMA SECUNDÁRIA: Surgem como complicação de dermatoses preexistentes, principalmente as muito pruriginosas. * * Queixas ou achados cutâneos 20-30%. A INFECÇÃO CUTÂNEA BACTERIANA é o diagnóstico mais comum dentre aquelas com problemas cutâneos, respondendo por 17% do total de consultas ambulatoriais. Dentre elas, a mais comum é o IMPETIGO (10% de todos os problemas de pele). * * IMPETIGO Infecção cutânea infantil mais comum ETIOLOGIA: estafilococos coagulase + ou estreptococos beta hemolítico do grupo A (S.pyogenes) CLASSIFICAÇÃO : Não-bolhoso Bolhoso FATORES PREDISPONENTES. * * IMPETIGO: NÃO BOLHOSO: 70% dos casos. - Predomina em crianças de 2-5 anos. Streptococcus pyogenes. Esta bactéria coloniza a pele cerca de 10 dias antes do desenvolvimento da infecção, sendo transmitida de pessoa a pessoa. - História de trauma (face/ membros). * * - A adenopatia regional (90%) Leucocitose (50%) - Sem tratamento, a maioria dos casos resolve-se espontaneamente dentro de cerca de 2 SEMANAS. * * IMPETIGO BOLHOSO: Principalmente lactentes e crianças pequenas. Staphylococcus aureus. Cerca de 10% são devidas S. pyogenes e outros 10% sem identificação microbiológica. As lesões são bolhas de 1-2 cm de diâmetro que se tornam pústulas e se rompem, deixando finas crostas cor de verniz. Em geral não há eritema circundante nem adenopatia regional. * * COMPLICAÇÕES: - Osteomielite - Artrite séptica - Septicemia - Celulite ( raro na forma bolhosa) - Linfangite, Linfadenite supurativa, Psoríase e Escarlatina podem complicar a forma estreptocócica - GNDA (cepas nefritogênicas)- forma estreptocócica - Síndrome da pele escaldada (suceder a forma bolhosa) * * IMPETIGO * * * * TRATAMENTO - Limpeza local ATB tópicos (?) Discutível DESCOLONIZAÇÃO: Mupirocina Antibióticos sistêmicos : Cefalosporina de 1ªGer; Oxacilina, Amoxacilina-Clavulanato - 7 a 10 dias. - cura sem deixar cicatriz. * * ABCESSOS -Coleção, interna ou superficial, de pus e de material infectado na pele - Podem surgir seguida de uma infecção bacteriana ou a partir de um pequeno ferimento ou lesão Etiologia: - S. aureus - Anaeróbios * * * * * * CELULITE - Doença comum da infância DEF: Processo inflamatório agudo, de etiologia infecciosa que acomete a porção mais profunda da pele e o tecido celular subcutâneo. * * ETIOLOGIA: Streptococcus beta-hemolíticos e S. aureus. Crianças <5 anos: pode ser causada por H. influenzae do tipo B. Geralmente desenvolvem-se num curto período de tempo. Apresenta-se com uma área de limites mal-definidos, eritematosa, edemaciada, dolorosa e associada à linfangite e linfadenopatia. * * CELULITE PERI-ORBITÁRIA * * DIAGNÓSTICO: Clínico. Ex. Lab: VHS discretamente aumentada, Leucocitose + Neutrofilia com desvio à esquerda. Celulites pré e pós septais. FATORES PREDISPONENTES: Pré-septal: TRAUMA, INF. SUPERFICIAIS DA PELE, IVAS, OMA. Pós-septal: RELACIONADOS À PRESENÇA CONTÍGUA DE SINUSITE. * * A Celulite pré-septal caracteriza-se pelo quadro inflamatório do tecido ANTERIOR ao SEPTO ORBITÁRIO, incluindo as pálpebras. -Movimentação ocular e conjuntiva costumam estar normais. A Celulite pós-septal difere da pré septal pelo acometimento dos tecidos moles e espaços virtuais da órbita, POSTERIORMENTE AO SEPTO ORBITÁRIO. -Oftalmoplegia, proptose, mudanças na acuidade visual e diplopia. - Diagnóstico X Evolução - TC de crânio * * * * COMPLICAÇÕES: - Acometimento SNC e/ou meninges (17%); correspondem a 70% dos óbitos. - Bacteremia; Abscesso orbitário; Acometimento visual (20%). * * TRATAMENTO: Cefalosporina de 1ªGer, Oxacilina ou Amoxacilina-Clavulanato. <5 anos (Hib)- Cefalosporina de 3ªGer, Ampicilina-Sulbactam, Suspeita de Meningite. Nas Celulites pré-septais, sem acometimento do estado geral: VO Cef 1ªG, Eritromicina, Amoxacilina-Clavulanato. * * ERISIPELA Celulite superficial , porém envolve porções mais profundas da pele, atingindo vasos linfáticos. Apresenta normalmente uma porta de entrada. Caracteriza-se por uma placa endurada, eritematosa, limites bem definidos (Dif. Celulite Clássica) Podem aparecer vesículas ou bolhas * * ETIOLOGIA: S. pyogenes; pode ser secundária ao estrepto do grupo C, G e pelo S.aureus. TTO: Cefalosporina de 1ªGer. * * FASCIÍTE NECROTIZANTE Infecção Bact. SEVERA, Potencialmente fatal se não reconhecida prontamente. FERIDA OPERATÓRIA/ TRAUMA/ SEM CAUSA APARENTE. Sítio de infecção mais comum: extremidades/ tronco. A área assume aspecto eritematoso, edematoso, quente e doloroso, e a infecção se não tratada prontamente, dissemina-se pelo espaço entre as fáscias causando necrose muscular e podendo evoluir para quadro septicêmico. Desaparecimento da dor (?) Necrose das terminações nervosas por contiguidade.(?) * * * * ETIOLOGIA: Streptococcus beta-hemolíticos, o S. aureus, e floras mistas com G+. TRATAMENTO: “ Tempo é tecido” - Debridamento cirúrgico!! - Antibióticos EV de largo espectro - Medidas de suporte ( ressuscitação líquida e monitorização invasiva) -Regime de escolha na maioria dos estudos : Beta-lactâmico c/ inibidor de beta-lactamase + Clindamicina (CULTURA E EVOLUÇÃO CLÍNICA). * * * * Nota do Editor do site www.paulomargotto.com.br , Dr. Paulo R. Margotto Consultem também:
Compartilhar