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DOENÇAS DERMATOLÓGICAS NA PEDIATRIA EDUARDA FERREIRA LEONARDO CRUZ Anatomia da pele Histologia da pele Funções da pele 01 Barreira 02 Proteção imunológica 03 Termorregulação 04 Percepção de calor, frio, tato e dor 05 Secreção e absorção de substâncias Imunologia da pele Abordagem • IMPETIGO • ECTIMA • SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCOCICA • PERLECHE • ABSCESSO • FOLICULITE • CARBÚNCULO • ERISIPELA • CELULITES • FASCEÍTE NECROTIZANTE • SÍNDROME DE FOURNIER Impetigo crostoso ou não bolhoso Epidemiologia: raro < 2 anos. Etiologia: Estreptococo beta hemolítico do grupo A. Fatores de risco: higiene precária e desnutrição. Formas: primária ou secundária (dermatoses prévias). Quadro clínico: vesícula ou pústula de 1-2cm sobre base eritematosa que crescem de forma centrífuga-> rompe facilmente -> crosta amarelada e aderente -> podem coalescer. Principais locais afetados: face, ao redor do nariz e boca. Outros possíveis achados: febre e linfadenopatia regional. Impetigo bolhoso Epidemiologia: 2 - 5anos. Etiologia: Staphylococus aureus. Quadro clínico: vesículas formam bolhas flácidas, de conteúdo claro que se torna turvo -> rompem com facilidade -> erosão rodeada por restos da bolha (colarete) -> podem coalescer -> figuras policíclicas. Principais locais afetados: face. ● Limpeza das mãos ● Corte de unhas ● Limpeza local com água e sabão ● Limpeza com sabonetes antisépticos (triclosam, iodopovina e clorexidina) em dias alterados *apenas em casos específicos ● Uso de compressas úmidas com água morna durante o banho (crostas muito aderidas) ● Afastamento do paciente até 24h do início do tratamento antibacteriano Tratamento do Impetigo Medidas gerais Tratamento tópico: lesões pequenas e em pouca quantidade ● Mupirocina 3x/dia por 7 dias + retapimulina 2x/dia por 5 dias Tratamento sistemico: lesões grandes e múltiplas, em + 2 regiões topográficas ● Cefalexina ou amoxacilina + ácido clavulânico ● Macrolídeos (azitromicina, claritromicina, eritromicina) Tratamento do Impetigo Medidas farmacológicas Conceito: piodermite ulcerada que acomete principalmente nádegas e membros inferiores Etiogenia: Streptococcus pyogenes (ou aureus), em locais com pequenos traumas ou picadas de insetos. Fatores de risco: higiene precária, diabetes malcontrolado, desnutrição e AIDS. Quadro clínico: vesículas, com halo eritematoso e bordas sobrelevadas -> rompem -> úlceras profundas com crostas espessas, aderentes e amareladas. Pode deixar cicatrizes. Tratamento e medidas de suporte: vide impetigo. Ectima Síndrome da Pele Escaldada Estafilococica Etiologia: cepas de estafilococos que liberam uma toxina epidermolítica. Quadro clínico: dermatite esfoliativa, grandes bolhas, descolamento da camada externa da pele, formação de crostas, edema em áreas intertriginosas e periorificiais. História previa de IVAS ou conjuntivite. Febre, estado geral comprometido, irritabilidade. Diagnóstico: cultura bacteriana. Tratamento: antibioticoterapia sistemica. Perleche Queilite angular, boqueira, comissurite labial. Patogenia: inflamação das comissuras labiais. Causas: dermatite por irritante primário (saliva), sobreposição do lábio superior sobre o lábio inferior, lábios ressecados, proliferação bacteriana ou fúngica. Quadro clínico: eritema com áreas esbranquiçadas, rachaduras, descamação, erosão. Bolhas e crostas. Associado a dor, dificuldade de abrir a boca, ardência e sensação de ressecamento. Diagnóstico: clínico, cultura. Tratamento: correção das causas, antifúngicos ou antibacterianos tópicos, corticosteroides, uso de hidratantes e emolientes labiais. Conceito: É um acúmulo de material purulento em uma cápsula. Causas: infecções bacterianas ou mafifestação de outras doenças; Quadro clínico: dor do tipo pulsante, rubor e calor na zona circundante; Tratamento: antibioticoterapia; drenagem cirúrgica; Profilaxia: hábitos de higiene, lavagem da pele, não compartilhar utensílios pessoais. Abscesso Conceito: Infecção superficial do folículo piloso Etiologia: S. aureus (frequentemente) Quadro Clínico: pequenas pústulas individualizadas em forma de cúpula com base eritematosa, localizadas no óstio dos canais pilossebáceos. O crescimento do pelo não é prejudicado e há cura sem formar cicatriz. Locais mais comuns: couro cabeludo, nádegas e extremidades Diagnóstico: examina-se raspados de lesões tratadas com hidróxido de potássio A detecção de Malassezia -> biópsia (leveduras e curtas hifas ramificadas) Foliculite Conceito: Infecção causada pelo Bacillus anthracis, uma bactéria gram positiva. Manifestação clínica: nódulo marrom avermelhado, indolor e pruriginoso. O nódulo forma uma bolha que se rompe e forma uma crosta preta, com bordas edemaciadas. Os linfonodos próximos podem inflamar, causando dores musculares, cefaleia, febre, enjoo e vômito Tratamento: antibióticoterapia (Penicilinas), pode ser combinada com outros antimicrobianos. Corticoides ou anticorpos monoclonais -> alívio de sintomas Carbúnculo Conceito: Condição inflamatória que atinge a derme e o panículo adiposo, com grande envolvimento dos vasos linfáticos "Forma superficial de celulite", porém a área afetada não é bem delimitada; Causas: S. Aureus ou o Streptococous B-hemolítico. Hemophilus influenzae (crianças menores de 2 anos - acometimento sistêmico e quadro respiratório); Quadro clínico: Sintomas: súbito mal-estar geral, fadiga, febre e calafrios; Sinais: (achados locais) calor, rubor, edema e dor; lesão em placa, eritematosa, com bordas bem definidas e que frequentemente evolui com vesículas e/ou bolhas de conteúdo seroso ou hemorrágico nos casos mais graves. Membros inferiores e face são as áreas mais acometidas; Tratamento: urgência, depende da identificação dos agentes envolvidos, geralmente usa-se penicilina procaína ou cristalina. Abordagem cirúrgica (quando grave) - remoção e drenagem de áreas necróticas e purulentas. Erisipela Celulites De Membros Facial Conceito: Infecção e inflamação de caráter agudo, que atinge os tecidos mais profundos da pele, especialmente o subcutâneo. Mais comum em indivíduos com estase linfática, diabetes mellitus ou imunossupressão. Etiologia: Streptococcus pyogenes e S. aureus (mais comuns) Quadro clínico: área de edema, calor, eritema e dor à palpação; Margens laterais tendem a ser indistintas (devido a profundidade); Diagnóstico: Aspirados do local da inflamação, biópsia de pele e hemoculturas geralmente permitem a identificação do organismo causal; Tratamento: Terapia empírica deve ser dirigida pela história da doença, pela localizaçãoe caráter, e pela idade e estado imune do paciente. Celulite Ocular (pós-septal) Celulite Periorbitária (pré-septal) • é a infecção da pálpebra e na porção anterior do septo orbitário. • Mais frequente • Normalmente é causada pela disseminação contagiosa de infecção facial ou palpebral decorrente de trauma, picada de inseto, conjuntivite, calázio ou sinusite • Diagnóstico clínico -> TC e RM • Tratamento inicial deve ser direcionado contra patógenos causadores de sinusite (S. pneumoniae, H. influenzae, S. aureus, Moraxella catarrhalis não tipáveis) • é infecção dos tecidos da órbita posteriores ao septo orbitário. • Podem ser causadas por um foco infeccioso externo (ferida), infecção que se estende dos seios nasais ou dos dentes ou, ainda, por disseminação metastática de infecções de outros locais. • Os sintomas incluem dor na região, edema e hiperemia; é possível haver febre, exoftalmia, mal- estar, limitação da mobilidade ocular e perda da visão. • O diagnóstico é feito com base em história, exame oftalmológico e neuroimagem. • O tratamento instituído consiste em antibióticos e, algumas vezes, drenagem cirúrgica. Conceito: é uma infecção bacteriana destrutiva e rapidamente progressiva do tecido subcutâneo e fáscia superficial. Na maioria dos casos é polimicrobiana, com média de 4 microorganismos diferentes, geralmente S. aureus,espécies estreptocócicas, E. coli e bactérias anaeróbicas. Manifestações clínicas: mais frequente nas regiões de períneo e tronco. Área eritematosa, dolorosa e localizada, associada a edema tecidual importante. Cianose local e formação de bolhas de conteúdo amarelado ou avermelhado-escuro. recoberta por tecido necrótico. Diagnóstico (definitivo): é feito à exploração cirúrgica, pela presença de necrose da fáscia. Rara em crianças, em neonatos -> infecção secundária de onfalites, balanites, mamites, complicações pós-operatórias e monitorização fetal Tratamento: diagnóstico precoce, debridamento cirúrgico radical de todo o tecido necrótico, antibioticoterapia parenteral de amplo espectro e medidas gerais de suporte agressivas. Fasceíte Necrotizante Conceito: Fasceíte necrozante associada à infecção polimicrobiana; acomete inicialmente tecidos perineais e genitais É frequente em crianças, principalmente nas que vivem em condições de vulnerabilidade. Etiologia: Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Proteus mirabilis, Streptococcus sp, Enterococcus e Pseudomonas spp. Fator de risco: insuficiência hepática -> desnutrição Quadro clínico: Pele da região íntima vermelha que depois evolui para escurecida; Dor intensa e constante; Cheiro fétido e edema da região; Febre acima de 38ºC; Cansaço excessivo. As lesões têm início do escroto e no pênis (homens), e na vulva e virilha (mulheres). Tratamento: uso de antibióticos de largo espectro, cobrindo anaeróbios e gram-negativos. Cirurgia pode ser necessária (remoção de tecido necrótico, enxerto de pele). Síndrome de Fournier CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo, including icons by Flaticon, and infographics & images by Freepik Dúvidas? http://bit.ly/2Tynxth http://bit.ly/2TyoMsr http://bit.ly/2TtBDfr Referências o Tratado de Pediatria Nelson - 4ª edição o https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/imunologia-distúrbios- alérgicos/biologia-do-sistema-imunitário/visão-geral-do-sistema- imunitário o https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e- problemas/ectima/37/ o https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/atm_r acional/modulo3/pele10.htm o https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas- tratamentos/sindrome-da-pele-escaldada-estafilococica/ o https://www.dermatologia.net/cat-doencas-da-pele/queilite-angular/ o https://www.scielo.br/j/abd/a/DTfzqYs7jQKVdG4K9Vrkg3h/?lang=pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/imunologia-distúrbios-alérgicos/biologia-do-sistema-imunitário/visão-geral-do-sistema-imunitário https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/ectima/37/ https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/atm_racional/modulo3/pele10.htm https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/sindrome-da-pele-escaldada-estafilococica/ https://www.dermatologia.net/cat-doencas-da-pele/queilite-angular/ https://www.scielo.br/j/abd/a/DTfzqYs7jQKVdG4K9Vrkg3h/?lang=pt
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