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Gestão Educacional - Unidade I

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Autor: Prof. Lupércio Aparecido Rizzo 
Colaboradores: Profa. Silmara Maria Machado
 Prof. Nonato Assis de Miranda 
Gestão Educacional
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Professor conteudista: Lupércio Aparecido Rizzo
Lupércio Aparecido Rizzo é pedagogo, com pós-graduação em Didática, mestre em Educação e doutorando na 
mesma área. Atualmente, é professor licenciado da UNIP, trabalhando nos cursos de graduação em Turismo, Pedagogia 
e Administração, além da pós-graduação, onde exerce a função de coordenador.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
R627g Rizzo, Lupércio Aparecido 
Gestão educacional / Lupércio Aparecido Rizzo. – São Paulo: 
Editora Sol, 2014.
116 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XIX, n. 2-016/14, ISSN 1517-9230.
1. Gestão educacional 2. Educação 3. Tipos de gestão I. Título
CDU 371.2
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Michel Kahan Apt
 Virgínia Bilatto
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Sumário
Gestão Educacional
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 UM OLHAR INICIAL PARA A ADMINISTRAÇÃO ......................................................................................9
2 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................................ 14
3 A ADMINISTRAÇÃO NA VISÃO DOS PRIMEIROS PENSADORES .................................................. 17
3.1 As teorias da administração ........................................................................................................... 21
3.1.1 Primeiro período .................................................................................................................................... 23
3.1.2 Segundo período ..................................................................................................................................... 24
3.2 A crise do fordismo .............................................................................................................................. 28
4 DA ESCOLA NEOCLÁSSICA À GESTÃO CONTEMPORÂNEA ............................................................ 31
4.1 Abordagem comportamental .......................................................................................................... 36
4.2 Teorias sobre motivação .................................................................................................................... 46
4.3 Principais teorias motivacionais..................................................................................................... 47
4.3.1 Teoria da Hierarquia das Necessidades – Maslow .................................................................... 47
4.3.2 Teoria ERC – Alderfer ........................................................................................................................... 48
4.3.3 Teoria dos Dois Fatores – Herzberg ................................................................................................. 49
4.3.4 Teoria da Realização ou Teoria das Necessidades Adquiridas ............................................. 49
4.4 Teorias de processo .............................................................................................................................. 50
4.4.1 Teoria da Expectação – Vroom .......................................................................................................... 50
4.4.2 Teoria da Equidade – Stacy Adams ................................................................................................. 51
4.4.3 Teoria do Reforço – Skinner ............................................................................................................... 52
Unidade II
5 BREVE HISTÓRIA DA GESTÃO ESCOLAR NO BRASIL .......................................................................... 62
6 TIPOS DE GESTÃO ............................................................................................................................................ 71
6.1 Gestão autoritária ................................................................................................................................ 71
6.2 Gestão centralizada e o processo de descentralização ......................................................... 72
6.3 Gestão democrática ............................................................................................................................ 76
7 A AUTONOMIA E A GESTÃO DEMOCRÁTICA......................................................................................... 79
7.1 Os benefícios de uma escola autônoma ..................................................................................... 82
8 OS GRANDES PARADIGMAS DA ADMINISTRAÇÃO ........................................................................... 87
8.1 Gestão escolar e legislação .............................................................................................................. 88
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8.2 Formas atuais de escolha do gestor escolar ............................................................................ 89
8.3 Formação do gestor ............................................................................................................................ 92
8.4 O papel do diretor na gestão e a importância do projeto político-pedagógico ........ 93
8.5 Exemplos pelo mundo ........................................................................................................................ 97
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APRESENTAÇÃO
A formação do pedagogo vai muito além do espaço restrito da sala de aula. Tradicionalmente, a 
formação do professor passava pelocurso de magistério. Com o tempo e a especialização de profissão 
docente, a formação desejada passa a ser o curso superior em Pedagogia, contudo, mesmo sendo esse 
um curso que abre outras possibilidades de atuação, o egresso em geral mantém o foco na sala de aula 
e na atuação estritamente voltada a “ser professor”.
Nesse sentido, a presente disciplina visa contribuir para a atuação do pedagogo em outra área – a 
administração e gestão educacional –, lembrando que a ressalva acerca da necessidade de compreensão 
e visão das questões administrativas que permeiam o ambiente escolar é extremamente importante 
para a atuação do docente, ocupando ele cargo administrativo ou não.
Os princípios básicos da administração são abordados para que se possa traçar um percurso histórico 
da evolução do conceito e das diversas abordagens sobre o tema; desta forma, parte-se da visão mais 
arcaica até os conceitos mais modernos sobre administração, passando pelos conceitos de liderança, 
motivação, clima organizacional e qualidade de vida no trabalho. 
A seguir, faz-se uma inserção na evolução da administração pública e privada no âmbito educacional, 
com vistas a situar o estado da arte do tema no Brasil. 
A disciplina tem entre seus escopos contemplar as questões ideológicas e filosóficas que norteiam 
a administração escolar e dar condições para que o estudante de Pedagogia se posicione criticamente 
frente aos trâmites ligados à gestão escolar.
Outro objetivo do material que aqui se inicia é proporcionar aos profissionais competências para 
programarem uma gestão educacional pautada numa perspectiva democrática, articulando os fazeres 
pedagógicos ao comprometimento de docentes, funcionários, alunos e comunidade em geral. 
Desta forma, este livro-texto terá como eixo os conceitos da administração, suas interfaces com a 
educação e a relação destes com o ensino em si.
INTRODUÇÃO
Você já se perguntou acerca da contribuição que a gestão de uma unidade escolar pode oferecer para 
o bom andamento do processo educativo? Mais: você já parou para pensar sobre o grau de influência 
que a direção de uma escola tem na formação de seus alunos nos aspectos conceituais e atitudinais?
Pois bem, essas respostas passam intrinsicamente pelo conteúdo que será abordado ao longo deste 
livro-texto, porque se entende, hoje mais que em qualquer outro momento, que a gestão – ou direção 
– não pode estar afastada do que ocorre nas salas de aula. Mas isso não pode nem será tratado aqui de 
forma descontextualizada; em outras palavras, pode-se afirmar que esse material faz um trajeto que 
aborda os conceitos iniciais em administração, sua origem e implicações.
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Iniciamos nossa caminhada nos séculos passados, analisando a forma como os homens se 
organizavam em torno de objetivos comuns e liderados pelos mais fortes, constituindo um padrão 
rudimentar e bastante arcaico. Em seguida, contemplamos a questão da organização nas empresas 
desde seu início, com os primeiro teóricos que pensaram sobre produtividade, linha de produção e 
instituição da burocracia; isso é importante porque é a partir daquele cenário que a administração 
começa a mudar no sentido de buscar melhorias nos serviços e no ambiente de trabalho como um todo.
Com a Revolução Industrial, há uma mudança de paradigma acerca dos conceitos de chefia, 
liderança e autoridade, a sociedade passa por mudanças consideráveis e os trabalhadores e cidadãos 
reclamam por participação nas decisões e melhores condições de vida. Surge, dessa forma, a questão da 
liderança e do clima organizacional, aspectos-chave para o bom andamento dos negócios e a melhoria 
na qualidade dos serviços.
Como você bem sabe, a escola é um reflexo da sociedade e obviamente essa instituição mantém 
com a sociedade um processo de troca, traduz dentro de si o que ocorre fora, mas também alimenta 
mudanças; dessa forma, estudaremos como se dá a transformação da organização escolar no que tange 
à administração da mesma, saindo do autoritarismo e indo na direção da gestão democrática.
Desnecessário dizer que o processo a que nos voltaremos não se deu simplesmente e sem obstáculos, 
mas compreender esse percurso, seus pressupostos e dificuldades, é essencial para a assimilação 
verdadeira do que seria uma gestão democrática e voltada para uma formação cidadã. Ou seja, não 
se trabalha democraticamente sem conhecer e assimilar os pressupostos que sustentam uma visão de 
mundo democrático.
Analisaremos a gestão da escola à luz da LDB para que possamos dar justificativa legal às iniciativas 
que buscam dar um caráter democrático à administração escolar e contemplaremos autores que dão 
sustentação teórica a essa linha de pensamento.
Por fim, conheceremos alguns exemplos de gestão democrática ou que buscam se aproximar desse 
modelo, isso porque existem diversos esforços nos mais variados lugares para que se efetuem, de fato, 
modelos administrativos no âmbito da educação que permitem ou incentivam a participação ativa de 
todos os envolvidos.
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GESTÃO EDUCACIONAL
Unidade I
1 UM OLHAR INICIAL PARA A ADMINISTRAÇÃO
Para compreendermos os aspectos e pressupostos da administração que estão presentes e 
influenciam a gestão escolar, não podemos esquecer que a administração é uma ciência que tem seu 
início e formatação no desenvolvimento da sociedade e das organizações como um todo, incluindo-se, 
portanto, as instituições escolares. 
Nestes termos, quando analisamos o papel da administração na sociedade, percebemos que, ao 
longo do tempo, a administração tem sido relevante para o avanço das empresas e da economia como 
um todo, até porque a organização e o funcionamento da sociedade tem se especializado cada vez mais 
e exigido conhecimento mais elaborado por parte daqueles que se propõem a geri-las. 
Contudo, é importante ressaltar que, para chegar ao ponto em que chegou, a administração percorreu 
milhares de anos e sofreu inúmeras mudanças, acompanhando as transformações da sociedade e do 
homem, entretanto, nos últimos 100 anos, essas modificações ficaram mais rápidas e, por que não dizer, 
técnicas em virtude da grande quantidade de estudos e especialistas no assunto. 
Com a intenção de analisar os pressupostos da administração escolar, mostraremos que, no início, a 
administração tinha ênfase nas tarefas executadas pelos operários da fábrica (Administração Científica 
de Taylor, em 1903); logo em seguida, em 1916, a ênfase passou a ser na estrutura (Teoria Clássica de 
Fayol); mais tarde, em 1932, as relações humanas começaram a ser identificadas como fator principal 
da atividade administrativa.
Logo depois, veio a Teoria Estruturalista, no ano de 1947; já no ano de 1972, observou-se o nascimento 
da Teoria da Contingência e, a partir de 1990, a administração focou-se nas novas abordagens, como 
a busca de gestão mais eficaz, a sistemática dos sistemas de informações gerenciais, a qualidade da 
gestão de pessoas e a aplicação de ferramentas estratégicas que gerem maior controle, organização, 
foco nos negócios e diferenças frente aos concorrentes.
Para o leitor desavisado ou apressado, este texto pode dar a sensação, ao menos até aqui, de não 
estar muito relacionado com o universo escolar ou mesmo de estar se distanciando do assunto, mas, na 
verdade, tem tudo a ver com ele. 
Estamos falando de empresas que são corporações voltadas a lucrar em determinadas atividades 
por meio da eficiência e eficácia. Isso se dá a partir de pessoas, logo, uma escola se aproxima disso 
no aspecto da sua constituição, de ser formada por grupos de pessoas que precisam ser geridos com 
a intençãode alcançar resultados positivos. Isso sem falar nas instituições de ensino privadas, essas 
inegavelmente denominadas empresas, uma vez que têm como objetivo o lucro. 
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Unidade I
Percebe-se assim que é mais que possível, é sim necessário olhar a escola como empresa, porque a 
escola precisa dar resultados, sejam eles quais forem, e porque ela tem por função abastecer o mercado 
com mão de obra qualificada. Notam-se, nesse sentido, mudanças nas organizações curriculares com a 
intenção bastante evidente de aproximar linguagem e forma de pensar. 
Resumindo, para início de conversa, podemos dizer que a administração está intimamente relacionada 
à coordenação lógica das atividades de uma organização, seja ela lucrativa ou não, pois se trata de algo 
imprescindível para a existência, sobrevivência e sucesso das organizações.
Ademais, com as mudanças aceleradas observadas nos últimos anos, em especial no século XX, a 
administração tornou-se essencial na condução da sociedade moderna, consistindo em fazer com que 
as coisas sejam realizadas da melhor forma, com o menor custo e com eficiência e eficácia; esse tem sido 
o caminho adotado pelos gestores contemporâneos. 
No dia a dia, a palavra administração é empregada por todos nós com uma frequência tão grande, que, 
a priori, parece não haver nenhum tipo de dúvida quanto ao seu significado. Mas esse caso não é o único, 
o mesmo acontece com as palavras: administrador, gerente, eficiência e eficácia, que indiscutivelmente 
têm papel importante dentro do campo da administração, mas a nosso ver são palavras que precisam 
ser bem compreendidas para não serem empregadas indevidamente e porque, se nas escolas elas não 
aparecem exatamente dessa forma, isso não significa que não existam no sentido de suas funções ou 
responsabilidades.
Por conta disso tudo que foi dito até então, fica muito claro que é preciso abordar cada termo usado 
aqui e cada linha de pensamento para criarmos uma base teórica que possibilite a você analisar, discutir, 
tomar decisões, enfim, agir dentro daquilo que se espera do administrador. 
O que deve ser dito de antemão é que, quando nos propomos a estudar administração, não importa 
nossa área de atuação, pois a administração está presente em quase todas as nossas ações cotidianas, 
embora nem sempre percebamos isso. Isso é parecido com aquela conversa de participação política: 
quando decidimos não participar, já estamos participando, porque permitimos que outros façam escolhas 
por nós. Com a administração é a mesma coisa, sempre há alguém administrando, mesmo que não nos 
atentemos a isso; nesse contexto, cabe desde o time de futebol do nosso coração até os destinos do país, 
passando pela festa junina do bairro e da manutenção da igreja que eventualmente frequentamos, a 
maneira como planejamos nosso dia a dia, tudo isso então está permeado pela administração. 
Dessa forma, ao buscarmos vincular a administração à prática escolar e empresarial, adentraremos 
em um campo bastante fecundo que diz respeito tanto à gestão escolar quanto à gestão de nossas vidas. 
Portanto, considerando que o eixo central desta disciplina são os pressupostos da administração, 
julgamos prudente buscar no léxico, mais precisamente no dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, as 
acepções desse termo. Falando mais claramente: o que significa “pressuposto”?
Feito isso, verificamos que se trata de um substantivo masculino que tem vários sentidos, tais como: 
a) aquilo que se supõe antecipadamente; pressuposição, conjectura, suposição. Para ilustrar essa primeira 
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GESTÃO EDUCACIONAL
acepção, propomos o seguinte exemplo: quais são os pressupostos para o pedido de reforma da escola? 
Quando se propõe fazer uma reforma, em geral supõe-se que o prédio está com algum tipo de problema 
estrutural ou necessita de ampliação. Do contrário, não teria sentido reformá-lo. 
Mas não é só isso, pois o termo pressuposto diz respeito ainda: b) àquilo que se busca alcançar; 
desígnio, objetivo, meta; c) à ideia que se tem de executar ou realizar algo; refere-se ainda a plano ou 
projeto; d) ao motivo alegado para encobrir a causa real de uma ação ou omissão; desculpa, pretexto. 
Nesse contexto, uma vez explicitado o conceito de pressuposto, podemos dizer que a administração 
é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e resultados, bem como a utilização 
racional de recursos.
Uma vez colocada em prática essa intenção, dados os passos para a execução de uma tarefa qualquer 
ou de um projeto, devem-se buscar como resultado a eficiência e a eficácia, isso porque a administração 
não é um ato simples; é, ao contrário, uma ciência. Perceba que chegamos a três palavras-chave: 
administração, eficácia e eficiência. Elas vão guiar nosso trabalho, assim como guiam e são objetivos 
das atividades cotidianas. 
No que diz respeito à administração, podemos buscar nesse momento o conceito. Vamos trabalhar 
com a ideia de que se trata da ciência que estuda a aplicação e coordenação de recursos humanos, 
materiais, financeiros, de informação e tecnológicos numa organização, de modo a atingir determinados 
objetivos e resultados planejados com a máxima eficiência e eficácia.
Como já dissemos aqui, o senso comum afirma que a técnica em administração não é um escopo do 
trabalho do pedagogo, a este cabe a preocupação com o educacional, seus processos e resultados; que 
ao profissional da educação interessam os aspectos ligados à psicologia do desenvolvimento, à filosofia 
da educação e aos demais assuntos do gênero.
 Se fôssemos diretores de escola e estivéssemos atuando até meados do século passado, talvez 
pudéssemos pensar assim, mas como somos ou seremos gestores do século XXI, entendemos que a 
administração é pertinente a todo e qualquer tipo de empreendimento humano que reúne, em uma 
única organização, pessoas com diferentes saberes e habilidades, sejam elas vinculadas às instituições 
com fins lucrativos ou não. 
 Observação
A administração estuda a aplicação e coordenação de recursos humanos, 
materiais, de informação e tecnológicos numa organização, de modo a 
atingir determinados objetivos e resultados com eficiência e eficácia.
Falar em administrar é falar em administrativo, pelo menos é o que nos diz o professor César Amaru 
Maximiano, pesquisador de ciências sociais aplicadas com ênfase em administração. Mas como se dá 
esse processo?
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Unidade I
De acordo com esse autor, a figura a seguir ilustra esse pensamento.
Recursos
Pessoas
Informação e conhecimento
Espaço
Tempo
Dinheiro
Instalações
Objetivos
Resultados esperados do 
sistema
Decisões
Planejamento
Organização
Execução e direção
Controle
Figura 1 – Administração é o processo de tomar decisões sobre objetivos e recursos
A partir da análise da figura, fica evidente que, ao administrarmos qualquer coisa, tomamos uma 
série de decisões tendo como referência nossos objetivos e os recursos que dispomos e isso forma um 
ciclo que não tem fim, a cada resultado alcançado outros objetivos são traçados, criando um processo 
ininterrupto. 
O processo de administrar, ou melhor, o ato administrativo é inerente a qualquer situação na qual 
existem pessoas que utilizam recursos para garantir algum tipo de objetivo. Ademais, “a finalidade última 
do processo de administrar é garantir a realização de objetivos por meio da aplicação de recursos” 
(MAXIMIANO,2006, p. 26). Chegamos aqui à outra palavra importante nesse momento que vem se unir 
às três já citadas: recursos.
Isso posto, para que possamos dar continuidade à análise e ao estudo dos pressupostos da 
administração, e para que tenhamos linguagem e conceitual de base para nossos estudos, vamos aos 
conceitos que por hora irão balizar nosso trabalho:
• Recursos são os meios de que uma organização dispõe para poder funcionar e operar 
adequadamente.
• Eficiência é a capacidade de alcançar resultados com o mínimo de recursos, energia e tempo.
• Eficácia é a capacidade de alcançar os resultados e os objetivos propostos. 
De acordo com Maximiano (2006), para “[...] melhor aproveitar o estudo da administração, devemos 
pensar em situações práticas nas quais as pessoas utilizam recursos para produzir bens e serviços”. Em 
nosso caso específico, poderíamos nos ater aos serviços, pois as escolas são organizações que prestam 
serviços à comunidade e é com nossa comunidade que temos um contato mais direto como educadores. 
Lembrando que empresas se dividem de forma geral entre serviços e indústria.
Por outro lado, sabemos que não é bem assim, pois não podemos nos esquecer de que as escolas 
estão inseridas em um contexto maior, que é a sociedade como um todo, e se restringirmos nossa análise 
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ao ambiente escolar por acreditarmos que apenas nosso entorno nos interessa – pois isso por si só já 
representa muita responsabilidade para os diretores –, estaríamos navegando contra a maré e, é claro, 
contra o progresso. Há tempos que os muros da escola não são mais os mesmos, esses praticamente 
deixaram de existir. 
A dinâmica do mundo moderno coloca todas as pessoas e instituições em condições de comunicar-se 
e interagir entre si, isso faz com que as escolas, não só elas, mas especialmente elas, estejam em constante 
mudança. Essa condição obriga o gestor ou diretor a compreender as necessárias transformações e os 
diálogos que devem ser mantidos com a sociedade em geral, e nesse ponto nos referimos a outros 
públicos, indo além do alunado e seus familiares. 
 Dessa forma, devemos expandir nosso olhar para as organizações mais distantes que, de um 
jeito ou de outro, influenciam nossas vidas, tais como: a rede de televisão a cujos programas 
assistimos, as empresas que fabricam os produtos que usamos (roupas e automóveis, por exemplo) 
e as companhias fornecedoras de serviços diversos, como telefone, água, esgotos e energia elétrica. 
Mas não podemos nos esquecer das organizações onde trabalhamos, quer seja uma escola ou uma 
empresa, e, claro, da maior de todas as organizações, o governo. Por fim, temos que pensar em nós 
mesmos e em nossas famílias como administradores de recursos e tomadores de decisões, afinal 
somos os protagonistas de nossas vidas e, se nos excluirmos desse processo, estaremos praticando 
um ato politicamente incorreto. 
Esperamos que tenha percebido que o ato administrativo requer uma série de tomadas de decisão, 
pois temos que decidir desde cedo, quando acordamos, se permanecemos na cama ou se levantamos, se 
vamos buscar um trabalho para nos mantermos ou se ficamos à mercê da ajuda alheia. 
Não se esqueça de que o simples fato de você estar nesse curso representa uma decisão importante 
que tomou em sua vida, pois poderia ter optado por não fazer nada ou, talvez, frequentar outro curso. 
 Lembrete
Eficiência é a capacidade de alcançar resultados com o mínimo de 
recursos, de energia e de tempo. Eficácia é a capacidade de alcançar os 
resultados e os objetivos propostos. 
Mas, para você se decidir, teve que planejar, organizar e colocar seus planos em ação. Porém, não 
acabou, pois, no decorrer do curso, foi forçado direta ou indiretamente a manter o controle a partir da 
verificação constante dos resultados obtidos por você mesmo. 
Podemos entender que existe um ciclo na administração que forma um processo com etapas bem 
distintas, mas que se configura em um movimento praticamente sem fim, a cada resultado surge 
uma nova meta, a ela chamamos de planejamento, nela escolhemos objetivos, definimos recursos e 
estratégias.
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Unidade I
Em seguida, organizamos a disposição dos recursos, materiais ou pessoais e estabelecemos 
procedimentos. O próximo passo é a organização e implantação das ações previamente planejadas e, por 
fim, o controle ou verificação. É nesse momento que são feitas as correções necessárias, os aportes que 
se fizerem precisos e o encaminhamento para os processos de finalização de qualquer tarefa. Uma vez 
encontrados ou alcançados os resultados pretendidos, traçam-se outras metas, estabelecem-se outros 
objetivos. 
Administrar uma empresa, uma escola ou qualquer outra organização acaba, dessa forma, não 
sendo muito diferente de administrar a nossa vida e de agir da forma como em geral nos portamos 
frente ao mundo, ou seja, somos movidos por objetivos. Quando realizamos alguma coisa, em seguida 
já nos colocamos em busca de algo novo, procuramos novas metas, buscamos novos horizontes, do 
contrário ficamos estagnados. Algumas pessoas chegam a ficar deprimidas sem metas ou objetivos 
e o mesmo se dá com empresas que param no tempo, com escolas que não se transformam, ficam 
obsoletas e rapidamente são passadas para trás. Esquematicamente, poderíamos representar esse ciclo 
que acabamos de apresentar da seguinte maneira:
Planejamento
Definição de objetivos 
e recursos
Direção
Realização dos planos
Controle
Verificação dos 
recursos
Organização
Disposição dos recursos 
em uma estrutura
Figura 2 – Principais decisões do processo de administrar
2 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
Já falamos exaustivamente sobre a importância da administração e sobre o quanto ela está presente 
em nossas vidas. Agora, é hora de entendermos que, sendo ela uma ciência, tem seus procedimentos, seus 
estudiosos e uma gigantesca bibliografia. Sabemos que esse curso é, na essência, para pedagogos, por 
isso não seria o caso de grandes aprofundamentos em inúmeros autores, contudo, há alguns pensadores 
que devemos conhecer.
Não obstante isso, nosso fazer como gestores não está solto no tempo e no espaço, nossas ações são 
balizadas por teorias e estratégias de ação que foram convalidadas em diversas experiências e exaustivas 
pesquisas, assim como nossa própria ação pedagógica, não atuamos “a olho”, como se diz por aí. Nossa 
escolha nesse momento recai sobre Peter Drucker.
Peter Ferdinand Drucker (1909-2005) é natural de Viena, Áustria. Foi filósofo e economista, sendo 
considerado por muitos como o pai da gestão moderna. É o mais reconhecido entre os pensadores do 
fenômeno dos efeitos da globalização na economia em geral e em particular nas organizações. Suas 
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GESTÃO EDUCACIONAL
teorias, métodos e conselhos são aplicados e estudados tanto por altos executivos como por aspirantes 
a administradores. 
Figura 3 – Peter Ferdinand Drucker
 Saiba mais
Uma boa e rica leitura é o livro O melhor de Peter Drucker: Homem, 
sociedade, administração, da NBL Editora, no qual o autor traz ao leitor 
brasileiro uma compilação da essência do pensamento de Peter Drucker. A 
obra é dividida em três partes. A primeira fala do homem – status, função, 
dignidade dos indivíduos que sempre foram a preocupação de Drucker. A 
segunda enfoca a administração – quais são os fundamentos e as principais 
responsabilidades da administração. Aterceira e última parte estuda 
as raízes da nova sociedade – as tendências históricas do século XX que 
fundamentaram seu surgimento e as forças que as moldaram.
Esse autor elenca alguns princípios da administração, notem que não se trata de leis da administração, 
mas caminhos e indicações bastante pertinentes e resultantes de intensas pesquisas na área, aí vão os 
pressupostos da educação segundo Drucker (2001):
A administração trata dos seres humanos. Sua tarefa é capacitar as pessoas a funcionarem em 
conjunto, efetivar suas forças e tornar irrelevantes suas fraquezas. É disso que trata uma organização, e 
esta é a razão pela qual a administração é um fator crítico e determinante. Hoje em dia, praticamente 
todos nós somos empregados por instituições administrativas, grandes ou pequenas, empresariais ou 
não. Dependemos da administração para nossa sobrevivência. E a nossa capacidade de contribuição à 
sociedade também depende tanto da administração das organizações em que trabalhamos quanto de 
nossos próprios talentos, dedicação e esforço. 
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Unidade I
A administração está profundamente inserida na cultura, porque ela trata da integração das pessoas 
em um empreendimento comum. O que os administradores fazem na Alemanha Ocidental, no Reino 
Unido, nos Estados Unidos da América, no Japão ou no Brasil é exatamente o mesmo. Como eles fazem 
é que pode ser bem diferente. Assim, um dos desafios básicos que os administradores enfrentam em 
países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, é descobrir e identificar as parcelas de suas próprias 
tradições, história e cultura que possam ser usadas como elementos construtivos da administração. 
Portanto, a diferença entre o sucesso econômico do Japão e o relativo atraso da Índia é explicada, em 
grande parte, porque os administradores japoneses conseguiram transplantar conceitos administrativos 
importantes para seu próprio solo cultural e fazê-los crescer. 
Toda empresa requer compromisso com metas comuns e valores compartilhados. Sem esse 
compromisso, não há empresa, mas somente uma turba. A empresa tem de ter objetivos simples, claros 
e unificantes. A missão da empresa tem de ser suficientemente clara e grande para promover uma 
visão comum. As metas que a incorporam devem ser claras, públicas e constantemente reafirmadas. A 
primeira tarefa da administração é pensar, estabelecer e exemplificar esses objetivos, valores e metas. 
A administração deve também capacitar a empresa e cada um de seus componentes a crescer e a 
se desenvolver na medida em que mudem as necessidades e as oportunidades. Toda empresa é uma 
instituição de aprendizado e de ensino. Treinamento e desenvolvimento precisam ser instituídos em 
todos os níveis da sua estrutura, portanto, o treinamento e o desenvolvimento devem ser incessantes. 
Toda empresa é composta de pessoas com diferentes capacidades e conhecimentos, que 
desempenham tipos bastante diferentes de trabalho. Deve estar ancorada na comunicação e na 
responsabilidade individual. Todos os componentes devem pensar sobre o que pretendem alcançar – e 
garantir que seus associados conheçam e entendam essa meta. Todos têm de considerar o que devem 
aos outros – e garantir que esses outros entendam. E todos têm de pensar naquilo que eles, por sua 
vez, precisam dos outros – e garantir que os outros saibam o que se espera deles.
Nem o nível de produção nem a “linha de resultados” são, por si sós, uma medição adequada 
do desempenho da administração e da empresa. Posição no mercado, inovação, produtividade, 
desenvolvimento do pessoal, qualidade, resultados financeiros, todos são cruciais ao desempenho de 
uma organização e à sua sobrevivência. Também as instituições não lucrativas precisam de medições 
em algumas áreas específicas às suas missões. Tanto quanto um ser humano, uma organização 
também necessita de diversas medições para avaliar sua saúde e seu desempenho. Este tem de estar 
entranhado na empresa e na sua administração; precisa ser medido – ou ao menos julgado –, além de 
ser continuamente melhorado. 
Finalmente, a coisa mais importante a se lembrar sobre qualquer empresa é que os resultados existem 
apenas no exterior. O resultado de uma empresa é um cliente satisfeito. O resultado de um hospital é 
um paciente curado. O resultado de uma escola é um aluno que aprendeu alguma coisa e a coloca em 
funcionamento dez anos mais tarde. Dentro de uma empresa, só há custos.
A administração, segundo Drucker (2001), é considerada como uma arte liberal. É arte porque é 
prática e aplicação, e é liberal porque trata dos fundamentos do conhecimento, autoconhecimento, 
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sabedoria e liderança. Ademais, não podemos esquecer quais origens do conhecimento e das percepções 
estão nas ciências humanas e sociais, nas ciências físicas e na ética, que devem estar focadas sobre a 
eficiência e os resultados das organizações. 
3 A ADMINISTRAÇÃO NA VISÃO DOS PRIMEIROS PENSADORES 
Nesse ponto da nossa caminhada, vamos nos pautar em outro autor igualmente importante, porém 
de momentos e contextos diferentes: Henry Fayol. Segundo ele, “embora o processo administrativo 
seja importante em qualquer contexto de utilização de recursos, a razão principal para estudá-lo é seu 
impacto sobre o desempenho das organizações” (Fayol apud MAXIMIANO, 2006, p. 28).
Engenheiro de minas e administrador francês, Henri Fayol foi um dos primeiros estudiosos a analisar 
a natureza da atividade empresarial, a formular uma teoria completa de gestão e a definir as principais 
atividades do gestor dentro das organizações: planejar, organizar, comandar, coordenar, além de 
evidentemente exercer a função de controlar as ações dos envolvidos. Foi, juntamente com Frederick 
Taylor, um dos grandes precursores da Teoria Clássica da Administração, a qual enfatiza a estrutura 
das organizações. Fez a ligação entre a estratégia e a teoria empresarial e destacou a necessidade de 
aprofundar a gestão e de cultivar qualidades de liderança. Fayol defendia que os mesmos princípios 
podiam ser aplicados em empresas de diferentes dimensões e de todo o tipo – industriais, comerciais, 
governamentais, políticas ou mesmo religiosas.
Definiu a empresa como uma organização que começa por um plano estratégico ou uma definição 
de objetivos, evolui para uma estrutura para colocar o plano em prática, atua de forma controlada entre 
o líder e a força de trabalho, harmoniza o trabalho dos departamentos por meio da coordenação sujeita 
a avaliações e controle sobre a sua eficácia. O melhor desempenho da força de trabalho dependerá das 
qualidades do líder, do seu conhecimento do negócio e dos empregados e da sua capacidade de inspirar 
um sentido de missão.
Taylor definiu ainda 14 princípios gerais sobre gestão, os quais foram desde então desenvolvidos de 
diversas formas pelos gurus mais recentes:
1. Divisão do trabalho (especialização).
2. Autoridade e responsabilidade.
3. Disciplina.
4. Unidade de comando.
5. Unidade de direção (um único plano para cada conjunto de atividades, com o mesmo objetivo).
6. Subordinação dos interesses individuais aos da organização.
7. Remuneração do pessoal (justa e garantida).
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Unidade I
8. Centralização (da autoridade no nível superior).
9. Cadeia escolar (considerando a linha de autoridade desde os níveis mais elevados).
10. Ordem (para cada coisa e lugar).
11. Equidade (amabilidadee justiça para conquistar lealdade).
12. Estabilidade do pessoal (pois a rotatividade é prejudicial).
13. Iniciativa (assegurar pessoalmente que um plano será realizado).
14. Espírito de equipe.
Figura 4 - Henri Fayol
 Saiba mais
Henri Fayol (1841-1925), o fundador da Teoria Clássica, nasceu em 
Constantinopla e faleceu em Paris, vivendo as consequências da Revolução 
Industrial e, mais tarde, da I Guerra Mundial. Formou-se em Engenharia de 
Minas aos 19 anos e entrou para uma empresa metalúrgica e carbonífera, 
onde desenvolveu toda a sua carreira. Aos 25 anos, foi nomeado gerente 
das minas e, aos 47 anos, assumia a gerência geral da empresa, que então 
se achava em situação difícil. Sua administração foi muito bem-sucedida. 
Em 1918, transmitiu a empresa ao seu sucessor, dentro de uma situação 
de notável estabilidade. Fayol expôs sua Teoria de Administração em seu 
famoso livro Administration Industrielle et Generale, publicado em Paris 
em 1916, traduzido em 1926 para o inglês e alemão por iniciativa do 
International Management Institute, de Genebra, e para o português em 
1950, pela Editora Atlas de São Paulo.
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GESTÃO EDUCACIONAL
 Lembrete
Organização é uma reunião de pessoas que agem juntas e de maneira 
estruturada para atingir objetivos comuns.
 Para Maximiano (2006), o principal motivo para a existência das organizações é o fato de certos 
objetivos só poderem ser alcançados por meio da ação coordenada de grupos de pessoas. Ademais, 
na sociedade organizacional, muitos produtos e serviços essenciais para a sobrevivência das pessoas 
somente tornam-se disponíveis quando há organizações empenhadas em realizá-los. 
Pense, por exemplo, no fato de estar aqui. Por trás de tudo isso, existe uma organização, que é 
a Universidade Paulista, pois, para que possamos proporcionar a você a formação de graduação em 
Pedagogia, temos que dispor de uma série de recursos humanos, materiais e financeiros. Provavelmente, 
se não houvesse essa ou outra organização, talvez a realidade fosse diferente. 
Podemos dizer, ainda, que a qualidade de vida depende, em grande parte, das organizações, uma vez 
que serviços de saúde, fornecimento de energia, segurança pública, controle de poluição e, por que não 
dizer, controle do tráfego nas grandes cidades, como São Paulo, que reflete na qualidade de vida dos 
paulistanos, dependem de alguma empresa ou organização pública. 
Frente ao exposto, concordamos com Idalberto Chiavenato (2000) quando este afirma que, no mundo 
moderno, a administração tornou-se um fenômeno universal na media em que cada organização e 
cada empresa requerem a tomada de decisões, a coordenação de múltiplas atividades, a condução de 
pessoas, a avaliação do desempenho dirigido a objetivos previamente determinados e a obtenção e 
alocação de diferentes recursos etc. Ademais, numerosas atividades administrativas desempenhadas por 
administradores, voltadas para os mais diversos tipos específicos de problemas e em diferentes áreas, 
precisam ser realizadas em cada organização ou empresa. 
Hoje, sabemos que, independentemente da área de atuação, todo profissional, não importa se é 
um professor, um economista, um cabeleireiro ou um médico, precisa conhecer profundamente sua 
especialidade. Mas, segundo Chiavenato (2000), no momento em que é promovido em sua empresa 
a supervisor, chefe, gerente, ou diretor, exatamente a partir desse momento, o profissional deve ser 
administrador. Precisa então dedicar-se a uma série de responsabilidades que lhe exigirão conhecimentos 
e posturas completamente novos e diferentes, os quais sua especialidade, talvez, não tenha lhe ensinado 
em momento algum. 
Não obstante, no caso do administrador educacional, a situação é um pouco diferente, pois o curso 
de Pedagogia proporciona aos alunos um conjunto de habilidades e competências que lhes deixa em 
condições de assumir a direção de uma escola, quer seja ela pública ou particular. 
Por outro lado, é prudente antecipar que, ao término do curso, o aluno não tem prática em gestão, 
mas isso não é uma particularidade da Pedagogia, o mesmo acontece nas outras áreas. Ademais, o 
tempo de magistério é um pré-requisito para assumir um cargo ou uma função de gestão pública, 
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Unidade I
conforme determina a legislação vigente, e, no caso da iniciativa privada, acreditamos que é pouco 
provável que alguma instituição contrate um diretor que não tenha referência de sala de aula. Portanto, 
durante o período em que o professor estiver em sala de aula, passará a ter uma aproximação maior 
com a gestão, que, embora seja, em um primeiro momento, de observação, certamente contribuirá para 
a prática do futuro administrador. 
Ao analisarmos a importância da administração na sociedade, não podemos nos esquecer de 
que o administrador não é o executor, mas o responsável pelo trabalho dos outros, portanto, ele 
não pode se dar ao luxo de errar ou de arriscar apelando para estratagemas de “ensaio e erro”, já 
que isso implicaria conduzir seus subordinados pelo caminho menos indicado. Concordamos com 
Chiavenato (2000) que o administrador é um profissional cuja formação é extremamente ampla e 
variada, visto que precisa conhecer disciplinas heterogêneas como Matemática, Direito, Psicologia, 
Sociologia, Estatística etc. e precisa lidar com pessoas que executam tarefas ou que planejam, 
organizam, controlam, assessoram, pesquisam etc. que lhe estão subordinadas ou que estão no 
mesmo nível ou acima dele.
 Lembrete
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LBD, a formação 
em Pedagogia possibilita ao egresso assumir a direção em escolas públicas 
e particulares. Vale pensar nisso, muitos pedagogos se esquecem disso ao 
longo da carreira.
O administrador da escola do século XXI precisa estar atento aos eventos passados e presentes, 
bem como às previsões futuras, pois seu horizonte deve ser mais amplo, já que ele é o responsável 
pela direção de outras pessoas, principalmente de professores, que seguem as suas ordens e 
orientações. Precisa lidar com eventos internos (localizados dentro da escola) e externos (localizados 
no ambiente de tarefa e no ambiente geral que envolve externamente as escolas); precisa ver 
mais longe do que os outros, pois deve estar ligado às metas que a escola pretende alcançar por 
meio da atividade conjunta de todos, já que atualmente não importa se as escolas são públicas 
ou particulares, pois todas têm metas a serem cumpridas mediante as reformas curriculares que 
privilegiam a meritocracia. 
 Observação
Meritocracia (do latim meritu, mérito, e cracia, poder) é um sistema de 
governo ou outra organização que considera o mérito (aptidão) a razão 
para se atingir determinada posição.
Muitos podem se perguntar se, para ser um bom diretor, é preciso ser especialista no assunto. Não 
chega a tanto evidentemente, mas é importante salientar que o conhecimento dessas teorias em muito 
ajuda na condução da instituição escolar.
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GESTÃO EDUCACIONAL
Acreditamos que uma boa formação contribui significativamente para uma atuação competente do 
futuro gestor.
 Por outro lado, não podemos deixar de enfatizar que o diretor de escola deve ser um agente de 
mudança e de transformação das escolas, levando-as a novos rumos, processos, objetivos, estratégias e 
tecnologias. Segundo Chiavenato (2000), ele é um agente educador, pois, com sua direção e orientação,modifica o comportamento e as atitudes das pessoas; ele é um agente cultural na medida em que 
seu estilo de administração modifica a cultura organizacional existente nas escolas. Mais do que isso, 
o administrador deixa marcas profundas na vida das pessoas, à medida que lida com elas e com seus 
destinos dentro das escolas.
Por fim, o autor enfatiza que a administração tornou-se tão importante quanto o próprio 
trabalho a ser executado, conforme este foi se especializando e a escala de operações, crescendo 
assustadoramente. Portanto, a administração não é um fim em si mesma, mas os meios de fazer com 
que as coisas sejam realizadas da melhor forma possível, com o menor custo e, é claro, com a maior 
eficiência e eficácia. 
O fato é que um bom diretor é um profissional que bebe em diversas fontes e que a todo instante está 
se capacitando e buscando novas formas de gerir sua unidade escolar ou a organização que comanda, 
seja ela o que for. 
3.1 As teorias da administração 
Para quer possamos não apenas compreender, mas especialmente sermos capazes de por em prática 
as boas práticas administrativas, e para que nosso trabalho na função de gestores seja sempre exitoso, 
é muito pertinente que passemos para outro ponto. Vamos em frente agora com outras teorias e 
abordagens, vamos compreender os aspectos de liderança, de clima etc. 
Talvez você esteja se perguntando se há uma teoria ou método melhor que outro. Não há condições 
de dar essa resposta, uma vez que, para fazer esse apontamento, é preciso levar em conta uma série de 
fatores. Veremos isso a seguir.
Por exemplo, algumas teorias procuraram oferecer soluções universais para todos os problemas ou 
situações. Aliás, era essa a proposta dos primeiros teóricos da administração, bem como dos primeiros 
grandes empresários da moderna era industrial, posto que eles definiram técnicas e estruturas que 
deveriam funcionar em todos os casos. 
Diante dessa concepção, questionamos até que ponto isso seria possível e nos antecipamos dizendo 
que hoje sabemos que não seria. Mas entendemos que, na época em que esse pensamento foi introduzido, 
fazia sentido, pois a realidade era outra. 
Por outro lado, tivemos teorias que ofereceram aos administradores a possibilidade de escolher entre 
modelos de gestão ou estilos, ou seja, cada um mais apropriado para uma situação, a nosso ver foram 
bem mais flexíveis e, portanto, mais democráticas.
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Unidade I
Não obstante, nesse momento, não estamos aqui para julgar qual foi a melhor teoria, mas sim para 
apresentar uma breve síntese acerca do assunto, já que, de um jeito ou de outro, as teorias da administração 
influenciaram e ainda influenciam a gestão escolar e das pessoas no contexto da atualidade. 
Taylor e o movimento da administração científica
Frederick Winslow Taylor foi o fundador do movimento da administração científica. Nascido nos 
Estados Unidos, Taylor iniciou sua carreira como operário e chegou a ser engenheiro. Nesta época, o 
sistema de pagamento era por peça ou por tarefa, e os patrões procuravam ganhar o máximo na hora de 
fixar o preço da tarefa. Isso levou Taylor a estudar o problema da produção, tentando achar uma solução 
que atendesse a patrões e operários. 
No primeiro período de sua obra, Taylor voltou-se para a racionalização do trabalho dos operários por 
meio do pagamento de melhores salários, padronização e controle das operações fabris e treinamento 
de empregados. Estende-se, no segundo período, à definição dos princípios de administração aplicáveis 
a todas as situações da empresa, a racionalização que deveria ser acompanhada de uma estruturação 
geral para tornar coerente a aplicação dos seus princípios na empresa como um todo – a melhoria da 
eficiência de cada operário conduz à melhoria em toda empresa –, baseada na ideia da maximização da 
eficiência industrial como base na maximização das tarefas.
Taylor é considerado o pai da administração científica, por propor a utilização de métodos 
científicos cartesianos na administração de empresas. Seu foco era a eficiência e eficácia operacional 
na administração industrial.
Sua orientação cartesiana extrema é, ao mesmo tempo, sua força e fraqueza. Seu controle inflexível, 
mecanicista, elevou enormemente o desempenho das indústrias em que atuou, todavia, igualmente 
gerou demissões, insatisfação e estresse para seus subordinados e sindicalistas.
Elaborou os primeiros estudos essenciais em relação:
• ao desenvolvimento de pessoal e seus resultados, acreditava que, oferecendo instruções 
sistemáticas e adequadas aos trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria possibilidade de fazê-
los produzir mais e com melhor qualidade;
• ao planejamento sobre a atuação dos processos, achava que todo e qualquer trabalho necessita, 
preliminarmente, de um estudo para que seja determinada uma metodologia própria visando 
sempre ao seu máximo desenvolvimento;
• à produtividade e à participação dos recursos humanos. Estabelecida a coparticipação entre 
o capital e o trabalho, cujo resultado refletirá em menores custos, salários mais elevados e, 
principalmente, em aumentos de níveis de produtividade;
• ao autocontrole das atividades desenvolvidas e às normas procedimentais, introduziu o controle 
com o objetivo de que o trabalho seja executado de acordo com uma sequência e um tempo pré-
programados, de modo a não haver desperdício operacional.
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Inseriu, também, a supervisão funcional, estabelecendo que todas as fases de um trabalho devem 
ser acompanhadas, de modo a verificar se as operações estão sendo desenvolvidas em conformidades 
com as instruções programadas. Finalmente, apontou que essas instruções programadas devem, 
sistematicamente, ser transmitidas a todos os empregados.
Ele incluiu um sistema de pagamento por quantidade (ou por peça) produzida. Isso fazia com que 
os rendimentos dos funcionários aumentassem de acordo com seu esforço. Assim, Taylor conseguiu 
maximizar significativamente a eficiência da organização.
Figura 5 - Frederick Winslow Taylor
Para compreender melhor, propomos a seguir um detalhamento dos dois períodos.
3.1.1 Primeiro período 
O primeiro período corresponde à época da publicação do seu livro Shop Management 
(Administração de Oficinas), mais precisamente em 1903, quando se preocupa exclusivamente com as 
técnicas de racionalização do trabalho operário, por meio do estudo dos tempos e movimentos. Junto 
com os operários no nível de execução, Taylor efetuou um paciente trabalho de análise das tarefas 
de cada trabalhador, decompondo os seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e 
racionalizando-os gradativamente.
Portanto, em Shop Management Taylor coloca que o objetivo de uma boa administração é pagar 
salários altos e ter baixos custos unitários de produção.
Para isso, a administração deve utilizar processos científicos de pesquisa, a fim de criar processos 
padronizados que permitam o controle das operações fabris; os empregados devem ser cientificamente 
colocados em serviços ou postos com os materiais e condições de trabalho adequados, para que as 
normas possam ser cumpridas.
Os empregados devem ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, 
executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal seja cumprida.
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Uma atmosfera de íntima e cordial cooperação deve ser cultivadaentre a administração e os 
trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente psicológico.
3.1.2 Segundo período
O segundo período corresponde à publicação do seu livro Princípios de Administração Científica 
(1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser logicamente acompanhada 
de uma estruturação geral da empresa que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios.
Taylor assegurava que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam ser agrupados 
em três fatores:
a) Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a produção em 
cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência. 
Há três causas determinantes de vadiagem no trabalho:
• o engano disseminado entre os trabalhadores de que maior rendimento do homem e da máquina 
terá como resultante o desemprego de grande número de operários; 
• o sistema defeituoso de administração, comumente em uso, que força os operários à ociosidade 
no trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses; 
• os métodos empíricos ineficientes, geralmente utilizados em todas as empresas, com os quais o 
operário desperdiça grande parte do seu esforço e do seu tempo. 
b) Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário à sua realização.
c) Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.
Para sanar esses três problemas, idealizou um sistema de administração que denominou scientific 
management, também conhecido como Sistema de Taylor, Gerência Científica, Organização Científica 
no Trabalho ou ainda Organização Racional do Trabalho.
Mas, em que concerne a racionalização do trabalho, segundo os princípios da administração científica?
A partir das contribuições de Maximiano (2006), verificamos que essa técnica fundamenta-se na 
análise do trabalho do operário, no estudo dos tempos e movimentos, na fragmentação das tarefas e 
na especialização do trabalhador – o trabalho é executado melhor e mais economicamente por meio 
da análise deste, isto é, divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada 
operação de uma tarefa. 
A forma de obter a colaboração dos operários foi por meio do apelo aos planos de incentivo salariais 
e de prêmios de produção, com base no tempo-padrão (tempo médio necessário para o operário realizar 
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a tarefa racionalizada), no nível de eficiência 100%, também na convicção de que o salário constitui a 
única fonte de motivação para o trabalhador – homem econômico. 
Numa concepção menos neutra, se é que isso existe, poderíamos dizer que o homem procura emprego 
não por gostar dele, mas como uma maneira de ganhar a vida por meio do salário. Portanto, é nesse 
sentido que o operário é visto como mesquinho e preguiçoso e, desta forma, culpado pela vadiagem e 
pelo desperdício ocorrido nas empresas. Em função disso, deveria ser controlado por meio do trabalho 
racionalizado e do tempo-padrão.
Em síntese, o que se observa no trabalho de Taylor é que a organização e a administração devem 
ser estudadas e tratadas cientificamente e não empiricamente; a improvisação deve ceder lugar ao 
planejamento, assim como o empirismo deve dar lugar à ciência. Portanto, sua obra não deve ser 
avalizada em termos de um ou outro de seus elementos, mas, principalmente, pela importância da 
aplicação de uma metodologia sistemática na análise e na solução dos problemas de organização.
O principal objetivo da administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão 
e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. O princípio da máxima prosperidade 
para o patrão acompanhada da máxima prosperidade para o empregado deve ser o fim principal da 
administração. Assim, deve haver uma identidade entre empregados e empregadores.
Nessa perspectiva, o autor propôs os seguintes princípios da administração científica:
• Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos – 
planejar o trabalho.
• Princípio de preparo – preparar e treinar os operários para produzirem mais e melhor, de acordo 
com o método planejado.
• Princípio de controle – controlar o trabalho para se certificar de que está sendo executado de 
acordo com os métodos estabelecidos.
• Princípio da execução – distribuir atribuições e responsabilidades para que a execução do trabalho 
seja disciplinada.
Evidentemente, nem todas as ideias de Taylor foram acolhidas de braços abertos e com alegria, as 
mudanças em geral provocam sentimentos diversos, e as novas formas de pensar e administrar trazidas 
por esse autor causaram espanto de alguns, apoio de outros e várias criticas.
Segundo Maximiano (2006), a acolhida às ideias de Taylor teve altos e baixos, pois na indústria e no 
governo despertavam entusiasmo, mas entre os trabalhadores, a imprensa e os políticos, observaram-se 
reações desfavoráveis. 
Pelo que pudemos constatar, as críticas desses segmentos da sociedade fundamentavam-se em dois 
receios:
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a) Aumentar a eficiência provocaria o desemprego.
b) A administração científica nada mais era do que uma técnica para fazer o operário trabalhar mais 
e ganhar menos. 
Em função das críticas, em 1911, o Congresso Americano convocou Taylor para fazer um depoimento 
a respeito da administração científica. Ao término do inquérito, ficou proibido o uso de cronômetros e 
pagamento de incentivos, mas as demais técnicas propostas pelo método foram mantidas. 
Princípios da produção em massa
Assim como o nome de Taylor está associado à administração científica, o nome de Henry Ford está 
ligado à linha de montagem móvel (MAXIMIANO, 2006). É por essa razão que, para alguns autores, 
fordismo é sinônimo de taylorismo. 
A Ford representou, por décadas, um modelo quase perfeito de aplicação sistemática e maciça 
dos conceitos tayloristas de organização da produção. Mais do que isso, Ford soube compreender 
as características da sociedade americana da época e, desta forma, construiu uma história de 
enorme sucesso empresarial. O modelo fordista reconheceu o modo de organização e atuação 
dos sindicatos dos trabalhadores, utilizando políticas salariais ousadas como um elemento de sua 
estratégia. 
 Saiba mais
Para saber mais sobre Henry Ford, consulte a obra a seguir:
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2006.
Padronização: na produção massificada, cada peça ou componente pode ser montado em qualquer 
sistema ou produto final. Para alcançar a padronização, Ford passou a utilizar o mesmo sistema de 
calibragem para todas as peças, em todo o processo de manufatura. Esse princípio deu origem ao 
controle da qualidade, cujo objetivo era assegurar a uniformidade das peças. 
Especialização: na produção massificada, o produto é divido em partes e o processo de fabricá-lo 
é dividido em etapas. Cada etapa do processo produtivo corresponde à montagem de uma parte do 
produto. Cada pessoa e cada grupo de pessoas, num sistema de produção em massa, têm uma tarefa 
fixa dentro de uma etapa de um processo definido.
A concepção de padronização da produção e especialização do trabalhador pode ser ilustrada pelo 
esquema a seguir, que apresenta os seguintes traços fundamentais:
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Princípios da produção 
em massa
• Máquinas especializadas.
• Sistema universalde fabricação e 
calibragem.
• Simplificação das peças.
• Simplificação do processo 
produtivo. 
• Uma única tarefa ou um pequeno 
número de tarefas.
• Posição fixa dentro de uma 
sequência de tarefas.
• O trabalho vem até o trabalhador.
• As peças e as máquinas ficam no 
posto de trabalho.
Figura 6 - Princípios da produção em massa
Na produção em massa, as qualificações do trabalhador resumem-se ao conhecimento necessário 
para a execução de uma tarefa – a clássica atividade de apertar parafusos, parodiada por Charlie Chaplin 
no filme Tempos modernos.
Ford levou às últimas consequências o emprego da racionalização taylorista da produção em série, 
empregando a linha de montagem e a padronização das peças num grau inédito. 
A divisão do trabalho em segmentos de tarefas repetitivas exigia uma direção bastante autoritária e 
a imposição de disciplina ao operário e, portanto, requeria uma pesada estrutura de controle/supervisão 
da produção. Essa mecanização da atividade humana que produz a alienação do trabalhador foi objeto 
das críticas mais contundentes que se fizeram à produção massificada (MAXIMIANO, 2006). 
 Saiba mais
Tempos modernos (EUA/França/Reino Unido, 1936, direção de Charles 
Chaplin), estrelado por Charles Chaplin, é um filme de 1936 que retrata 
um operário de uma linha de montagem que testa uma “máquina 
revolucionária” para evitar a hora do almoço, e é levado à loucura pela 
“monotonia frenética” do seu trabalho. Após longo período em um 
sanatório, ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Deixa o 
hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada 
e equivocadamente é preso como um agitador comunista que liderava uma 
marcha de operários em protesto. Simultaneamente, uma jovem rouba 
comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Elas 
não têm mãe, e o pai está desempregado, mas o pior ainda está por vir, pois 
ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas, enquanto as 
menores são levadas, a jovem consegue escapar. 
Trata-se de uma verdadeira aula de história e de sociologia, um clássico 
que deve ser assistido independentemente da formação de quem assiste.
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3.2 A crise do fordismo1
A crise do modelo fordista foi estrutural. E por que será que isso aconteceu?
 Observação
Crise estrutural significa crise que não é temporária e que não resulta 
de eventos isolados, trata-se de problemas nas essências ou bases do 
problema em questão.
Estudos mostram que a fadiga do modelo de produção em massa levou à queda dos ganhos 
de produtividade (escala), o que representou o esgotamento do fordismo taylorista como modo de 
organização de produção. 
A seguir, apresentamos os principais fatores que levaram à crise do fordismo:
• Aumento do poder dos sindicatos, questionando alguns aspectos básicos de organização e 
gestão de produção, tais como o tempo-padrão, os ritmos da linha de montagem, os horários de 
trabalho etc. O crescimento do sindicalismo produz um efeito paradoxal: traz melhorias para os 
trabalhadores na maior parte das vezes, mas tem feito ao longo do tempo, por sua vez, algumas 
empresas procurarem locais mais distantes e com menores custos de produção em virtude do 
aumento do custo de mão de obra. 
• Recusa dos operários de determinadas formas de organização do trabalho, especialmente aquelas 
com forte pressão de tempo. A própria forma como as empresas se desenvolveram fez com que 
ocorresse uma expansão na oferta de empregos qualificados, fazendo com que os trabalhadores 
se tornassem mais exigentes.
• Elevação do nível de instrução, fazendo com que cada vez menos pessoas se sujeitassem ao 
trabalho desqualificado das linhas de montagem. A industrialização e profissionalização dos 
trabalhadores trouxe maior qualidade ao trabalho, mas colocou o trabalhador em condições de 
exigir melhores condições dentro das organizações. 
• Discrepância entre a administração científica e a tendência de avaliar a qualidade e a iniciativa no 
trabalho.
• Excessiva rigidez do sistema baseado na produção maciça, frente à necessidade de soluções 
de maior flexibilidade para atender a crescente diversificação e sofisticação da demanda. Os 
consumidores passaram a exigir diversidade nos produtos e, com isso, a produção massificada 
ficou defasada por não permitir essa flexibilidade.
1 Disponível em: <http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_2mod/evol_pensamento_adm/pdf/epa_impresso_
aula04.pdf>. Acesso em: 1 abr. 2012.
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Por outro lado, comparado o fordismo aos sistemas mais antigos, notamos que esse modelo mostrou-
se tremendamente eficiente na tarefa de expandir mercados. Isso aconteceu porque o fordismo possuía 
uma estratégia de crescimento muito explícita: “qualquer cor, desde que seja preta”. Esta foi a frase 
emblemática do sistema de produção em massa voltado ao processo que representou a essência da 
industrialização do início do século XX. A indústria de massa atendeu às demandas de operários e 
consumidores pouco exigentes. Não obstante, o fordismo taylorista foi vítima da prosperidade que ele 
próprio ajudou a criar.
A evolução, a sofisticação e a diversificação das demandas do mercado e da concorrência viriam a 
transformar a indústria e, consequentemente, o pensamento administrativo contemporâneo, mas com 
um foco bem diferente, pois a ênfase passou do processo para o cliente e das máquinas para as pessoas.
A escola do processo de administração
O personagem mais importante que sistematizou e divulgou o enfoque funcional da administração 
foi o engenheiro Henry Fayol, um dos integrantes da Teoria Clássica da Administração. Portanto, da 
mesma forma que Taylor introduziu, nos Estados Unidos, o Movimento da Administração Científica, 
na Europa, mais especificamente na França, Henry Fayol, um engenheiro de minas que partiu de uma 
abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurou a abordagem estrutural da organização 
da empresa como um todo. 
A gênese desse processo deu-se com a publicação do livro Administração Geral e Industrial, no ano 
de 1916. A partir desse livro, Fayol enfatizou dois pontos importantes:
• A administração é função distinta das demais funções da empresa, como finanças, produção e 
distribuição.
• A administração compreende cinco funções: planejamento, organização, comando, coordenação 
e controle. 
Portanto, a exemplo de Taylor, Fayol procurou demonstrar que, com previsão científica e métodos 
adequados de gerência, os resultados desejados podem ser alcançados. Dessa forma, propôs que toda 
empresa pode ser dividida em seis grupos de funções, a saber:
1) Funções técnicas: relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa.
2) Funções comerciais: relacionadas com compra e venda.
3) Funções financeiras: relacionadas com a procura e a gerência de capitais.
4) Funções de segurança: relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.
5) Funções contábeis: relacionadas com os inventários, registros, balanços e estatísticas.
6) Funções administrativas: relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções.
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Conforme Maximiano (2006), Fayol sugeriu que a função administrativa era a mais importante de 
todas e definiu cada um de seus componentes da seguinte forma:
• Planejamento: examinar o futuro e traçar um plano de ação a médio e longo prazos.• Organização: montar uma estrutura humana e material para realizar o empreendimento.
• Comando: manter o pessoal em atividade em toda a empresa.
• Coordenação: reunir, unificar e harmonizar toda a atividade de esforço.
• Controle: cuidar para que tudo se realize de acordo com os planos e as ordens.
 Depreende-se, portanto, que nenhuma das cinco funções essenciais tem o encargo de formular o 
programa geral da empresa, pois essa atribuição compete à sexta função, que é administrativa, visto que 
é essa função que constitui, propriamente, a administração.
Ademais, Fayol deixou claro em sua obra que a administração não se refere apenas ao topo 
da organização, pois existe uma proporcionalidade da função administrativa que não é privativa 
da alta cúpula, mas, ao contrário, se distribui por todos os níveis hierárquicos. Ainda segundo 
ele, tudo em administração é questão de medida, de ponderação e de bom senso. Os princípios 
que regulam a empresa devem ser flexíveis e maleáveis, e não rígidos. Para finalizar esse subitem, 
propomos uma comparação do Movimento da Administração Científica de Taylor com a Teoria 
Clássica de Fayol. 
 Observação
A produção em massa trouxe muitos benefícios, mas também levou 
alguns trabalhadores a condições de estresse e doenças, algumas inclusive 
por excesso de trabalhos repetitivos, as chamadas LERs.
Grosso modo, podemos afirmar que ambas as teorias buscavam alcançar o mesmo objetivo: maior 
produtividade do trabalho e eficiência nas organizações. Se a Administração Científica caracterizava-
se pela ênfase na tarefa realizada pelo operário, a Teoria Clássica caracterizava-se pela importância da 
estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. A consequência dessas teorias foi uma 
redução no custo dos bens manufaturados. Aquilo que fora um luxo acessível apenas aos ricos, como 
automóveis ou aparelhos domésticos, tornou-se disponível para as massas. Mais importante foi o fato 
de que tornaram possível o aumento dos salários, ao mesmo tempo em que reduziram o custo total dos 
produtos.
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GESTÃO EDUCACIONAL
Fayol Taylor
Teoria da Administração
(Clássica)
Teoria da Administração
(Científica)
Ênfase na estrutura da organização. Ênfase na definição das tarefas dos 
empregados.
Objetivo: aumentar a eficiência da 
organização por meio de definição 
dos vários níveis de responsabilidade.
Objetivo: aumentar a eficiência 
da organização por meio da 
especialização dos operários.
Figura 7 - Pontos principais da abordagem das teorias de Fayol e Taylor
4 DA ESCOLA NEOCLÁSSICA À GESTÃO CONTEMPORÂNEA 
O neoclassicismo não é um movimento novo na Teoria da Administração. Grosso modo, pode-se 
dizer que é fazer de forma diferente o que se manda na Escola Clássica. Mais do que isso, segundo 
Kwasnicka (2006), é copiar os grandes mestres Taylor e Fayol. 
Talvez você possa estar se questionando até que ponto, nós, com essa discussão, não estaríamos 
dando muita importância às teorias da administração em detrimento da administração escolar. Não 
obstante, gostaríamos de destacar que não é bem assim, pois o modelo de administração científica 
consolidou-se nas organizações escolares há décadas e, atualmente, ainda continua a ser o dominante, 
muito embora possa ser considerado uma forma de gestão ultrapassada para a maioria das organizações 
voltadas para o trabalho com o conhecimento (VIEIRA, 2003). 
De acordo com Kwasnicka (2006), o neoclassicismo teve origem na escola de sociologia, na década 
de 1920 do século passado, e foi crescendo a partir das críticas à Escola Clássica. Portanto, é esta 
revisitada, ou seja, contém parte de seus princípios e preenche os espaços vazios deixados no que se 
refere ao estudo do comportamento humano. 
Poder-se-ia pensar então que a Teoria Clássica da Administração não foi suficientemente 
eficaz e não deu conta de atender às demandas e mudanças que ocorriam naquele período. Não 
é essa a questão. Ocorre que mudanças acontecem a todo momento, e avanços e retrocessos 
fazem parte da história da humanidade. Decorre daí a necessidade de cada vez mais estudos e 
aprofundamentos sobre o assunto.
 Conforme sinaliza Kwasnicka (2006), essa abordagem veio preencher algumas lacunas da abordagem 
clássica e, portanto, buscou solucionar os seguintes problemas:
• Conformismo: a sobrevivência de uma organização depende da boa vontade de seus membros 
em sacrificar graus de individualidade e conformar-se com certas normas de comportamento. 
Quando esse estilo se torna um padrão de valorização do comportamento, o pensamento 
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Unidade I
organizacional de hierarquia, às vezes, se transforma em cópia carbono de atitudes, opiniões e 
comportamento da alta administração.
• Objetivos obscuros: seguir ao pé da letra as regras e os procedimentos da organização pode 
se tornar tão importante para seus membros, que eles perdem a noção das razões disso. Para 
ilustrar esse ponto de vista, podemos nos referir às agências governamentais, onde isso pode ser 
observado com frequência e os objetivos não são claros nem tampouco alguém se importa.
• Crescimento descontrolado: unidades organizacionais tendem a proliferar-se; além disso, o 
crescimento descontrolado pode ser justificado com base no aumento da profundidade.
• Rigidez: alguns elementos solidificados dentro da organização (linhas de autoridade, regras de 
trabalho etc.) adaptam-se para dificultar mudanças circunstanciais.
• Especialização: a postura da especialização sobre problemas únicos no desempenho de uma área 
de especialização tende a negligenciar e frequentemente produz visão conflitante. 
• Perda de motivação: quanto mais rotineira é a organização, por meio de regras e padrões, menor 
a oportunidade de novas ideias e iniciativas. 
Origem da Teoria das Relações Humanas
Surgiu como consequência da experiência de Hawthorne desenvolvida por Elton Mayo. Foi 
basicamente um movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração. Essa teoria já 
vinha sofrendo críticas constantes por parte dos sindicatos que interpretavam a administração científica 
como um meio sofisticado de exploração dos empregados a favor dos interesses patronais. A pesquisa 
de Hoxie já fora um dos primeiros alertas à autocracia do sistema de Taylor.
Fatores principais:
a) A necessidade de se humanizar e democratizar a administração.
b) Desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a Psicologia e a Sociologia.
c) As ideias da Filosofia Pragmática2 de John Dewey3 e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin.
d) As conclusões do experimento de Hawthorne desenvolvidas entre 1927 e 1932.
2 Doutrina filosófica que adota como critério da verdade a utilidade prática, identificando o verdadeiro como útil; 
senso prático. A valorização da prática (pela prática continuada), a “filosofia de resultados”, recebe o rótulo filosófico de 
pragmatismo, no qual não se enxerga qualquer referência a uma desejada síntese.
3 Dewey é o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida como pragmatismo, embora ele preferisse 
o nome instrumentalismo - uma vez que, para essa escola de pensamento, as ideias só têm importância desde que sirvam 
de instrumento para a resolução de problemas reais.
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GESTÃO EDUCACIONAL
 Saiba mais
Para saber mais sobre a vida de Elton Mayo, acesse o link: <http://www.
infopedia.pt/$elton-mayo>.
Figura 8 - Elton Mayo
A experiência