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ENDODONTIA

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Raquel Rodrigues Santos 
Endodontia 5° período 
Anatomia Pulpar 
Cavidade pulpar: delimitada por dentina (exceto nível apical; contém polpa 
1. Câmara pulpar: coronária 
a. Teto: dentina limita câmara 
b. Assoalho: entrada dos canais radiculares 
c. Paredes (M,D,V,L): dentina limita câmara 
2. Canal radicular: do assoalho ao forame apical; reproduz formato da raiz; dividido em terço cervical, médio e 
apical; a divisão biológica se dá por canal dentinário (aloja a polpa) e canal cementário (aloja o coto pulpar – 
responsável pela reparação pós-tratamento; profissional não deve mexer). 
Sistemas de canais radiculares 
 Principal 
 Cavo interradicular: emerge da furca 
 Recorrente: sai e retorna ao principal 
 Reticular: liga principal ao recorrente 
 Lateral: 1/3 cervical e médio e vai para o LP 
 Colateral: lateral ao principal e termina no ápice 
 Intercanal: liga colateral e principal 
 Secundário: 1/3 apical e vai para o LP 
 Acessório: ramificação do secundário 
 Delta apical: bifurcações no ápice 
Alterações do volume da cavidade pulpar 
 Com o envelhecimento, a cavidade pulpar diminuiu 
 Cárie 
 Doença periodontal 
 Abrasão 
 Trauma 
Durante o tratamento realizar 5 radiografias: 
 Radiografia inicial 
 Radiografia odontométrica 
 Radiografia da prova do cone 
 Radiografia da obturação 
 Radiografia final 
o Obs: canal perfurado não será aberto – realizar radiografia e posteriormente reparar a raiz 
 
 
 
 
 
Raquel Rodrigues Santos 
Anatomia interna da cavidade pulpar 
DENTES SUPERIORES INFERIORES 
INCISIVOS CENTRAIS CM: 21,8mm 
Raiz: 1 cônico-piramidal 
Coroa: trapezoidal 
Canal: 1(+) ou 2; amplo; reto 
Complicações: ombro palatino e 
inclinação vestibular - perfuração 
CM: 21.8mm 
Raiz: 1 achatada 
Canal: 1 (+) ou 2 
INCISIVOS LATERAIS CM: 20.1mm 
Igual ao IC mas com menor dimensão; 
Complicações: mais exposto à trauma; 
dens in dente 
CM: 22.6mm 
Raiz: maior que ICI, 1 
Canal: desvio distal 
CANINO CM: 26.4 
Raiz: cônico-piramidal 
Coroa: pentagonal 
Canal: 1 
Complicações: na cúspide perfurante, na 
parte interna da coroa, há reentrância 
acentuada – remover para evitar 
escurecimento. 
CM: 25mm 
Raiz: 1 (+) ou 2; cônico-piramidal; longa V-L e 
achatada M-D; próxima da lâmina externa 
Canal: 1 
Complicações: canal achatado MD possível ter 
ombro palatino 
1° PRÉ-MOLAR CM: 21.5 
Raiz: próxima à lâmina externa e ápice 
próximo do seio maxilar; 2 (+): V maior 
que P; 1; 3: 2V e 1P volumosa 
Canal: 2(+), 3 (2V e 1P) 
Complicações: sobreposição de raízes V e 
P; perda precoce do !M decíduo, usa 
demais o 1PM, podendo calcificar polpa. 
CM: 21.9mm 
Raiz: cônica e reta 
Canal: 1 (+), 2 ou 3 
 
2° PRÉ-MOLAR CM: 21.6mm 
Raiz: 1(+), cônico piramidal, próximo a 
lâmina externa e seio maxilar 
Canal: 1(+); pode se separar ou convergir 
ou ser único 
Complicações: frequência de 1 canal 
pode levar a negligência 
CM: 22.3 
Raiz: cônica e achatada M-D próxima da lamina 
externa 
Canal: 1 (+) oval amplo 
 
1° MOLAR CM: 21.9mm 
Raiz: 3(+); próxima do seio maxilar; P reta 
ou DV e MV distalizada 
Canal: MV, L (desvia pra V, grande), DV 
(atresiado) 
Câmara: cúbica larga V-P 
Complicações: proximidade do seio – 
sinusite, com dor reflexa confundida com 
pulpite 
 
CM: 21.9 
Raiz: 2 (+) pode ter 3a DL; camada óssea 
espessa na face V/L; próximo do canal 
mandibular 
Câmara: cuboide, M mais convexa, realizar 
desgaste com batt/endo z 
Canal: M curvo para distal, 1/3 cervical tem 2ª 
curvatura (desgaste com brocas IE); D é reto; 
Complicação: canal CIR, 3° canal mesial 
2° MOLAR CM: 21mm 
Raiz: 3 (+) ou 2 
Canal: 3 (D, V, MV – este pode ter 2) 
Complicação: trepanação; 4 canais 
CM: 22.4mm 
Raiz: igual ao 1MI 
Canal: 3 (+), 4 ou 2; 2 canais – dois forames; 2 
canais; 1 forame 1/3 apical; ou 2 canais e 1 
forame 1/3 médio. 
 
Abertura coronária 
Qual o objetivo inicial da abertura? Abrir a câmara, remover teto e realizar o desgaste compensatório (remover 
interferências dentinárias na câmara como ombro palatino e convexidades das paredes), garantindo direto e amplo 
à porção apical do canal radicular. 
Quais os erros de abertura? Limpeza errada, permanência de degraus, perfurações e retenção de restos pulpares e 
sangue. 
 
 
 
Raquel Rodrigues Santos 
Quais os princípios da abertura? 
1. Abertura em linha reta – garante acesso direto ao canal; em dentes anteriores com cavidade de cárie era 
realizado abertura proximal, porém há riscos de degraus e perfurações 
2. Limite de abertura: todos os cornos pulpares, saliências e retenções do teto da câmara (ver com sonda n° 5) 
– evita escurecimento de coroa 
3. Não alterar a parede cervical, pois auxilia na localização do canal 
 Quais as etapas da abertura coronária? 
1. Ponto/zona de eleição: desgasta esmalte até dentina com broca esférica 1014; início da trepanação 
a. Anteriores na lingual 
b. Posteriores na oclusal 
2. Direção de trepanação: interior da câmara pulpar é atingida, broca 1014 em direção a área de maior volume 
pulpar (unirradiculares – longo eixo; multirradiculares-canal de maior volume); sensação de cair no vazio. 
3. Forma de contorno: acesso e entrada no interior dos canais; projeta anatomia da câmara; movimento de 
tração de dentro para fora com broca esférica; broca trombo-cônica sem corte atua sentido V-L (jamais usar 
esférica no assoalho); sonda para detectar presença de remanescente; 
a. Incisivos: triangulo com base para incisal logo abaixo da bossa o à 2mm da incisal 
b. Caninos: oval ou losangular; 
c. Pré-molares: ovalada; manter paredes mais paralelas evita desgaste excessivo e enfraquecimento de 
cúspides. 
d. Molar superior: triângulo com base para V; broca TC em direção ao vértice da cúspide MV; canal 
mesial está abaixo da cúspide MV e canal distal 2 mm antes da cúspide DV. 
e. Molar inferior triangulo com base para mesial se 3 canais e trapézio se 4 canais 
4. Forma de conveniência: fase final que remove projeções dentinárias e irregularidades das paredes laterais e 
entradas; nódulos e calcificações; há a extensão das paredes cavitária; usa-se brocas trombo-cônicas inativas 
ou endo z; realizar paredes expulsivas que divergem para oclusal. 
a. Incisivos e caninos: remover ombro palatino e arredondar ângulo cavo superficial 
b. Pré-molares superiores: M diverge para oclusal e D converge 
c. Pré-molares inferiores: inclinação coronária para L e desgaste compensatório na V; pesquisar 2° 
canal na L 
d. Molares superiores: preservar ponte de esmalte; M diverge para oclusal e D converge; arredondar 
ângulo cavo superficial 
e. Molares inferiores: remover convexidade dos canais; M diverge para oclusal e D converge 
 
Instrumentos usados para o preparo dos canais radiculares 
1. Promover limpeza e modelagem do canal radicular, do ápice para a coroa – facilitando obturação. 
 Extirpa-nernos 
 Alargadores 
 Limas 
Instrumentos estandardizados para canal 
1. Limas, alargadores, extirpa nervos, lentulo 
a. Tipo K 
b. Tipo hedstrom 
c. Farpados 
 
Raquel Rodrigues Santos 
d. Especiais 
2. Alargadores acionados a motor 
3. Calcadores verticais e condensadores laterais 
Processo de fabricação dos instrumentos endodônticos 
1. Torção: a porção dos fios metálicos correspondentes às hastes de corte dos instrumentos é inicialmente 
submetida a usinagem, para obter haste metálica com forma piramidal e secções retas 
transversais/quadrangulares. As interseções das faces da haste formam arestas, submetidos à deformação 
plástica por torção a esquerda. Quanto mais torcidas mais hélices e o ângulo agudo delas. A medida que é 
torcida forma haste de corte helicoidal. Aresta é ahélice e as paredes os canais helicoidais. 
2. Usinagem: pontas e hastes de corte (parte de trabalho) obtidas pela usinagem do fio metálico. Corte 
realizado por maquinas-ferramenta para fabricar uma peça de determinada forma, dimensão e acabamento 
com haste de corte obtida por roscamento externo. 
3. Cortes no fio (farpados): cortes do fio de aço inoxidável com diferentes profundidades formando farpas. 
- Ligas de aço inoxidável de secção transversal: pode ser triangular, quadrangular, losangular, circular 
a) Excelente corte em dentina 
b) Rígido 
c) Baixo grau de elasticidade 
d) Limitações em canais curvos, atresiados e ovais – criam deformações 
e) Limas K, K-flex e Hedstrom 
Constituintes dos instrumentos endodônticos (itálico são as partes do instrumento) 
1. Cabo: extremidade que empunha um instrumento endodôntico; silicone mais ergonômico; 10-12mm. 
2. Haste de acionamento: extremidade para fixação e acionamento mecânico de um instrumento; fixação na 
cabeça de um contra ângulo; 11-15mm 
3. Corpo: desde o cabo/haste acionamento até ponta 
4. Intermediário: desde o cabo/ haste de acionamento até a parte de trabalho 
5. Parte de trabalho: desde a ponta até fim da haste de corte; corte e/ou raspagem das paredes dentinárias 
6. Ponta: extremidade cônica (piramidal /corta– seção reta transversal poligonal, seja triangular ou 
quadrangular, ou circular/não corta- seção reta transversal circular) da parte de trabalho; por usinagem 
(torneamento cônico externo) 
7. Base da ponta: ângulo ou curva de transição que faz a passagem da ponta para haste de corte 
8. Ângulo da ponta: contorno da ponta, vértice voltado para ponta 
9. Vértice da ponta: ativo – com corte/ passivo- sem corte; pode ser pontiagudo (triangulo), truncado (reto), ou 
arredondado (obtuso) 
10. Haste de corte: da base até o intermediário; possui aresta lateral de corte (gume da aresta dos instrumentos 
cortantes; em forma de hélice) 
11. Lamina ou parte ativa 
12. Hélice: aresta/fio lateral (forma de filete – encontro de duas paredes dos canais - ou guia radial – 
convergência das faces com vértice truncado terminando em superfície conica) de corte em forma 
helicoidal; sentido de direita para esquerda; 
13. Canal/ sulco helicoidal: entre arestas de corte na parte externa da hélice; disposto na haste de corte ou 
paralelo ao eixo do instrumento. Remove resíduos da área de corte, atua como área de escape, evita 
acumulo de restos. 
14. Passo da hélice: distancia entre as vértices de uma mesma aresta lateral de corte. 
15. Guia radial: superfície posterior a areste de corte 
 
Raquel Rodrigues Santos 
16. Largura da guia: medida perpendicularmente ao ângulo da hélice ou ao eixo do instrumento – reduz atrito 
do instrumento e parede do canal 
17. Núcleo: parte central da haste de corte entre fundo do canal (base da ponta até termino da haste de corte); 
visto por secção reta transversal/longitudinal. 
a. Longitudinal: cônico ou cônico reverso e cilíndricos 
b. Transversal: circular 
i. Forma do núcleo serve para 
1. conicidade: aumento da conicidade, reduz flexibilidade (aumento rigidez – mais 
deslocamento do preparo do canal da vida do instrumento) 
2. determina profundidade do canal: em cônicos, a profundidade é constante em toda 
a extensão da haste. Cilíndricos e cônicos reversos, profundidade aumenta no 
sentido base da haste de corte cônica. 
Estandardização 
1. numeração do instrumento 
a. 1ª série: 15 a 40 
b. 2ª série: 45 a 80 
c. 3ª série: 90 a 140 
i. Ordem: até 60 aumenta de 5 em 5; acima de 60 de 10 em 10. 
d. Série especial: 06, 08, 10 
2. cor do cabo 
a. rosa: 6 
b. cinza: 8 
c. roxo: 10 
d. branco, amarelo, vermelho, azul, verde, preto 
3. diâmetro do instrumento 
a. especiais: 0,02 
b. 10 a 60: 0,05 
c. 60 a 140: 0,1mm 
4. comprimento da parte ativa 
a. 16mm constante 
b. Diâmetro de D0 à D16 
c. D0: final da parte ativa 
d. D3: a 3mm da parte ativa 
e. D16: base da parte ativa 
5. conicidade do instrumento: aumento no diâmetro por unidade de comprimento da parte de trabalho 
a. aumento de 0,02mm a cada milímetro 
b. série especial 
i. 6: d0 é 0.06 e d16 é 0.38 
ii. 8: d0 é o.08 e d16 é 0.40 
iii. 10: d0 é o.1 e d16 é 0.42 
c. Menor conicidade, mais flexibilidade e resistência à fratura se sob flexão rotativa, se não, é tudo ao 
contrario. 
6. comprimento do instrumento 
a. 21mm 
b. 25mm 
c. 31mm 
i. O que varia é o intermediário, parte de trabalho é sempre 16mm 
 
Raquel Rodrigues Santos 
ii. Maior comp. Parte de trabalho mais flexível, maior possibilidade de manter a forma original 
de um canal curvo. 
Classificação da flexibilidade 
1. Convencionais: lima tipo k, hedstroem, farpados (extirpa nervos) 
2. Flexíveis: flexofile, k-flex, flex-r, nitiflex 
Instrumentos endodônticos convencionais 
1. Extirpa nervos 
a. Hastes metálicas cilíndrica 
b. Cabo de plástico 
c. Parte de trabalho/ativa: farpas levantadas 
d. Comprimento: 21mm 
e. Objetivo: remoção do conteúdo pulpar 
f. Indicado: canais retos e amplos 
g. Movimento: introdução, rotação 1 ou 2 que desloca a polpa das paredes e tração que determina 
rompimento no limite dentina-cemento 
h. Nunca penetrar justo no canal 
2. Limas tipo K 
a. Hastes metálicas que sofrem torção formando espirais de passos curtos com ângulo de 45° em 
relação LE. 
b. Secção transversal quadrangular: 15-40 (mais material no centro do instrumento, menos flexível) 
c. Secção transversal triangular: série 2 e 3 (mais flexíveis) 
d. Ponta: pirâmide de base quadrangular 
e. Objetivos : desgasta dentina em movimentos de limagem e alargamento 
i. Limagem: parte ativa entra no canal, é tracionado contra a parede do canal, desgastando 
apenas onde o instrumento toca, formando sulcos/ranhuras, tomando o canal mais liso e 
uniforme 
ii. Alargamento: lima toca em toda a região que deseja ampliar; giros alternados; parte 
cortante cisalha a dentina, que se fragmenta; se repete até o próximo forame; quando 
instrumento folgar passo para outro instrumento. 
f. Movimentos: introdução, encontrar resistência e pressionar para o ápice; rotação de ¼ a ½ volta 
(horário); tração com pressão lateral. 
g. Indicação: satisfatória ação de corte, razoável resistência e flexibilidade; para canais retos e pouco 
curvos 
h. Série completa (especial à 3ª) 
i. Comprimento: 21, 25, 31mm 
j. Menor risco de fratura por torção 
3. Limas tipo hedstroem 
a. Fabricadas por usinagem de fios metálicos de secção reta transversal circular 
b. Comprimentos 21 (+usadas), 25, 31mm 
c. Série: 8-140 
d. Parte de trabalho: uma aresta 
e. Ponta: cone circular 
f. Espiral de pequenos cones superpostos 
g. Secção reta transversal em forma de virgula – uma punica lateral de corte 
h. Indicação: excelente capacidade de corte; 
i. Objetivos: movimento de limagem; canais retos alisando paredes e remoção de obturações 
 
Raquel Rodrigues Santos 
j. Baixa flexibilidade 
4. Instrumentos flex 
a. K-flexofile 
i. Maior capacidade de corte 
ii. Alargamento 
iii. Para canais curtos 
iv. Obs: canais atresiados no 1/3 cervical e médio precisa de instrumentos mais rígidos 
v. Obs: flexofile é secção transversal triangular e a file é quadrangular (este tem mais 
material no centro do instrumento, sendo menos flexível que a triangular) 
vi. Obs: para identificar, esta tem cor nos quadradinhos já a file não. 
5. Golden médium 
a. Intermediária à série convencional 
b. Exemplo de estandartização: 06, 08, 10 e para ir para o 15 usa 12. 
6. Lima NiTi 
a. Manuais ou rotatórias (motor) 
b. Aço tem menos flexibilidade que lima Niti 
c. Memória elástica: curva e volta paraposição inicial; se diminuir a memoria, menos desgaste 
das paredes; queima a liga para ela poder flexionar sem voltar; exercendo pouca pressão 
nas paredes 
d. Tem menor poder de corte que o aço 
e. Usado no máximo duas vezes, o que torna seu uso mais caro 
f. Baixa resistência à fratura 
g. Para canais retos e muito curvos 
h. Secção transversal triangular 
i. Feita por usinagem 
j. Identificada com um quadradinho com duas cores 
k. Rotatórias: espirais mais largas que manuais – quanto mais espaçado mais apto para 
movimento de alargamento (quanto maior ângulo da hélice menos espaço entre hélices e 
mais apta para limagem a lima está); não fazem limagem 
7. Alargadores Gates Glidden 
a. Ponta não cortante 
b. Tem três hélices: estas, cortantes 
c. Ângulo de ataque positivo: corta/retalha; lamina trava na superfície a ser cortada (dentina) 
d. Ângulo de ataque negativo: desgasta/raspa a superfície 
e. Diâmetro distante da ponta é menor que a próxima da ponta para não haver fratura da 
ponta no canal 
f. Canal atresiados: ampliar antes de alargar 
g. Podem chegar no máximo à 4mm do forame apical (segmento médio) para não haver 
perfuração apical 
h. De 2 em 2mm para alternar entre alargadores 
 
Raquel Rodrigues Santos 
Irrigação do SCR – Hidrograma de irrigação 
Quais motivos do tratamento endodôntico? 
 Normalmente por cáries, causando um quadro inflamatório na polpa ou necrose 
 Remove restos de polpa, resíduos necróticos e detritos da instrumentação 
Quais objetivos? 
 Dissolução do tecido pulpar vivo ou necrótico: para haver esvaziamento e consequente trabalho. 
 Ação antimicrobiana do líquido – hipoclorito ou clorexidina 
 Lubrificação – instrumentação- hipoclorito ou clorexidina 
 Remover a smear layer (camadas de debris socadas na parede do canal por qualquer instrumento, 
formado por dentina/resto de polpa/tecido necrótico); ação quelante.(ETDA) 
 Remover debris (suspenção de restos de dentina, polpa e/ou tecido necrótico) – hipoclorito com soro 
fisiológico 
Quando realizar a irrigação? Antes, durante e depois instrumentação – entre a troca de cada lima. 
Quais materiais usados e como funciona? 
 Pontas de irrigação: mesmo diâmetro que a lima 30 – usar lima mais ou menos 35 
 Pontas de aspiração: usa para depois usar outra substância 
 Por pressão negativa, injetando o líquido que é puxado pela cânula; 
 A irrigação limpa áreas que o instrumento não alcança; 
 Espaço de refluxo de 3mm: área de escape para líquido voltar; ao usar uma cânula não pode passar 
3mm e trabalhar sempre livre no canal 
Como funciona o sistema endovac? 
 Composto por mangueira para conectar as cânulas; peça de mão e de dedo para a macro e 
microcânula respectivamente; as cânulas propriamente ditas e seringas para injetar hipoclorito e 
ETDA. 
 1° irrigar câmara pulpar com seringa com cânula anexada ao sugador, realizado durante preparo 
do canal e depois de cada instrumento 
 2° após cada instrumentação, retirar com a macrocânula os restos grosseiros juntos com a seringa 
 3° usar microcânula no comprimento de trabalho: levar por 6s, recuar 2mm por mais 6s, retornar ao 
CT e repetir; manter canal preenchido de solução por 60s. Realizar novo ciclo. 
 
Meios químicos de preparo biomecânico do canal 
Quais as principais soluções irrigadoras? 
 
Raquel Rodrigues Santos 
 Hipoclorito de sódio 1% (dentes vitais e necrosados sem lesão periapical) e 2,5 à 5,25% em dentes 
com lesão) 
o Quais suas principais características? 
 Menor tensão superficial 
 Neutraliza toxidade do canal 
 Bactericida 
 Dissolve tecido pulpar (o único) 
 Ação rápida e duplamente detergente (pela tensão superficial) 
 Limpeza por arraste mecânico (também pela tensão superficial) 
 Lubrificante (facilita instrumentação) 
 Clorexidina gel 2% com soro fisiológico 
o Quais características principais? 
 Largo espectro 
 Se liga ao Ca da hidróxiapatita e mucosa oral 
 Substantividade: efeito até 72h, ausência de toxidade, efeito reológico e inibe mmp 
 O soro permite o fluxo da clorexidina 
o Qual a indicação? 
 Alergia à NaCl 
 Risco de extravasamento de NaCl (ápice aberto ou grandes reabsorções) 
Obs: POR QUE NÃO USAR HIPOCLORITO E CLOREXIDINA? Pela incompatibilidade: formam a 
paracloronialina, que mancha; prejudica isolamento da restauração (fica grudada lá dentro) e estudos 
mostram que pode ter efeito carcinogênico. 
 ETDA 17% 
o Quando é usado? 
 Apenas na instrumentação final para remoção da smear leyer 
 USAR: Hiplocorito +ETDA ou Clorexidina +ETD 
o Quais vantagens da remoção da smear leyer? 
 Aumenta a permeabilidade dentinária, possibilitando os irrigantes penetrarem nos 
túbulos dentinários 
 Favorece ação de medicamentos intracanais 
 Melhora selamento da restauração, principalmente se esta for feita com cimentação a à 
base de resina epóxi 
Quais fatores que influenciam na irrigação? 
 Propriedades físicas 
o Menor tensão superficial: boa capacidade de molhamento 
o Menor coeficiente de viscosidade 
 Complexidade anatômica de SCR: se comprido, amplo e reto é mais fácil 
 
Raquel Rodrigues Santos 
 Técnica de preparo do canal: à medida que alarga facilidade de penetração do líquido até o ápice; 
chegando mais limpa; de outra forma, empurro tecido necrótico que contamina porção apical. 
 Calibre: se agulha mais fina chega mais próxima do ápice e ejeto com dificuldade pela área e com 
mais pressão e velocidade; se mais calibrosa, ejeto mais facilmente com menor velocidade. 
 Desenho da ponta da agulha 
o Sistema de ponta fechada 
 Apenas na região da abertura 
 Existem : 1 abertura, 2 aberturas ou de 12 micro aberturas (esta é a única com pressão 
paralela, não irriga) 
 Mais segurança 
o Sistema de ponta aberta: 
 Alcança até 3mmm além da ponta 
 Existem: plana (a que usamos), biselada e com entalhe 
 Entalhe ejeta pouco menos, sendo a mais segura das três 
 O que é o efeito vapor lock? 
 Formação de gases no ápice 
 Causado por hipoclorido em sistema fechado 
 O instrumento não consegue romper os gases, líquido não consegue passar; 
se forçar, líquido extravasa causando problemas. 
 Como retirar a bolha de ar do efeito vapor lock? 
 Por meio de agitação 
o Mecânica: Manual e Easy clean 
o Mecânica sônica: sistema endoactivator 
o Mecânica ultrassônica: PUI e CUI 
Preparo de canais radiculares 
Qual a ordem da pré-instrumentação do canal radicular? 
 Localização do canal ou canais radiculares 
 Cateterismo ou exploração inicial do canal 
 Ampliação cervical do canal radicular (recomenda-se primeiro com lima K e na instrumentação 
segmentada com gates-glidden) 
 Complementação do cateterismo 
 Determinação do comprimento de trabalho 
 Patência do canal radicular (incluída na instrumentação inicial) 
 Instrumentação inicial ou leito do canal radicular 
Qual a ordem da instrumentação segmentada do canal? 
 Instrumentação do terço cervical 
 
Raquel Rodrigues Santos 
 Instrumentação do terço apical 
PRÉ-INSTRUMENTAÇÃO 
1. LOCALIZAÇÃO DO CANAL/CANAIS RADICULARES: Localizar canais com sonda reta 
2. CATETERISMO/EXPLORAÇÃO INICIAL DO CANAL É a fase inicial de esvaziamento, assim como 
conhecimento da anatomia interna do canal radicular por meio da sensibilidade tátil, quando avanço o 
instrumento endodôntico. 
I. Como identificar o tamanho do canal (CAD)? 
a. Técnica de Ingle: Realizar periapical; medir o dente do ponto mais alto até o ápice, 
obtendo o comprimento aparente do dente; retirar 2mm, obtendo o CEI/CTP 
II. Cateterismo de canais amplos: 
 Quais instrumentos usados? 
o Aço inoxidável do tipo k comdiâmetros menores que dos canais radiculares 
o Devem ser acionados manualmente por meio de movimentos de cateterismo ou 
exploração 
o Câmara pulpar deve se preenchida com solução de cloreto de sódio 
 Qual o primeiro instrumento usado? 
o Proporcional ao diâmetro do canal e comprimento do dente; precisa ter ser um pouco 
menor, apenas. 
o Canino mediano, por exemplo, 30 de calibre 
o Se tiver calcificado, por exemplo: caso especial 
 Como é feito o movimento de cateterismo de canais amplos? 
o Pequenos avanços 
o Giro à direita e à esquerda 
o Pequenos retrocessos 
o Obs: até chegar ao seu ponto de referência; borda de cúspide/incisal. 
a. O que é Biopulpectomia? Tratamento endodônticos de dentes com polpa vital, cateterismo 
antecede a pulpectomia. Penetro todo o instrumento antes de remover a polpa. 
 Após o instrumento de cateterismo atingir o CTP ou CEI, o tecido pulpar é excisado e removido 
por meio de uma lima K ou H de diâmetro compatível com o do canal radicular. 
 K inoxidável geralmente para penetrar no CEI e a H excisa o tecido pulpar por movimento de 
cateterismo 
 Preencher canal com hipoclorito 
 Diâmetro: 0,06, 0,08 ou 0,10 (sempre menor que o canal) 
 Comprimento: 21 – 25 mm 
 Cuidado para não empurrar microrganismos ao longo do canal para região apical, podendo 
causar de desconforto à abcesso. 
b. O que é Necropulpectomia? 
 Tratamento do dente com polpa necrosada 
 
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 Lima tipo K com pequenos avanços e retrocesso com discretos movimentos de rotação D-E 
 Juntamente com o cateterismo: 
 Cateterismo e esvaziamento inicial do canal se desenvolvem simultaneamente 
 Consiste em remover polpa em estado de necrose e bactérias do interior do canal radicular 
 É realizada por segmentos (compartimentos) de 2-3mm de penetração e irrigação do canal 
radicular, imprimindo ao instrumento pequenos avanços e retrocessos em sentido apical 
conjuntamente, com discretos movimentos de rotação à direita e à esquerda. 
III. Cateterismo de canais atresiados 
a. Quais instrumentos usar? 
o Usar inicialmente instrumentos tipo K ou especiais (C+File ou C Pilot), de números 08 ou 
10 de 21mm de comprimento; diâmetro maior que do canal 
b. Quando ocorre o cateterismo na bio/necropulpectomia? Simultaneamente, 
c. Qual o movimento? 
o Avançar; girar à direita; tracionar até metade com CDR. (alargamento parcial à direita) 
d. OBS: Dificuldade de movimento pode causar deformação plástica por flambagem, que é quando há 
deformação lateral quando o instrumento tem seu longo eixo submetido a pressão; realizar 
alargamento cervical inicial; difícil instrumento chegar ao CEI 
e. Quais instrumentos usar? 
o Aço inoxidável: maior rigidez, resistência à flambagem e flexão. 
o C. Pilot 
 Diâmetro: 06, 08, 10 ou 15 
 Comprimento parte ativa: 18, 21, 25mm 
 Conicidade: 0,02mm/mm em todo CT 
 Secção: quadrangular 
o C. File: 
 Diâmetro: 06, 08, 10 ou 15 
 Comprimento parte ativa: 18, 21, 25mm 
 Conicidade: 0,04mm/mm na ponta e 0,02 no resto 
 Secção: quadrangular 
 Maior resistência à flambagem devido sua conicidade da extremidade da parte de trabalho 
3. AMPLIAÇÃO CERVICAL DO CANAL 
 Elimina interferências anatômicas que dificultam o avanço do instrumento de cateterismo 
 Não deve avançar mais que 3-5mm 
 Qual instrumento usar na ampliação cervical?: 
o Lima tipo K inóx 
 Quadrangular 
 Comprimento 21mm 
 Diâmetro 25 e 30 
 Movimentos de alargamento 
 
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o Alargadores gates-glidden: nos segmentos retos sem passar metade do comprimento do 
dente (até terço médio) 
 N°2 e 3 as vez 4 para dar preparo cônico progressivo a partir do terço coronário 
 De 2 em 2mm 
4. COMPLEMENTAÇÃO DO CATETERISMO: lima k atingindo facilmente o CTP/CEI 
5. ODONTOMETRIA: determinar o comprimento de trabalho e patência do canal 
 Estabelece limite apical de instrumentação, comprimento de Patência e limite da obturação. 
 Técnica de Ingle: 
i. Radiografar e medir o dente na radiografia 
ii. Diminuir 2/3mm 
iii. Transferir medida para uma lima k e colocar no canal 
iv. Radiografar 
v. Medir diferença da ponta do instrumento ao ápice, aumento ou diminuindo no CRI, obtendo o 
CRD. 
vi. CT: 1mm a menos do CRD 
vii. CP: CRD 
viii. Obturação feita no CT 
 Quais objetivos do preparo químico-mecânico do SCR? 
i. Limpeza, criando ambiente adequado para reparação dos tecidos perirradiculares, e 
modelagem, criando forma cônica no canal com diâmetro menor no ápice. 
 Nomenclaturas 
i. IAI: informa o diâmetro anatômico apical, com sensação de retenção; é o primeiro que se 
adapta ao comprimento de trabalho (CT) que é 1mm aquém do forame apical. 
ii. IAF: último usado no CT, informando diâmetro cirúrgico para confecção do batente, acionado 
por rotação alternada 
iii. Batente: onde o instrumento para 
iv. IP: faz a limpeza do forame, da abertura ao ápice 
Qual instrumento usado? K ou especial n°10 
 
6. PATÊNCIA DO SEGMENTO APICAL DO CANAL 
I. Qual sua função? Limpa e prepara o batente ao mesmo tempo desde o CT até o forame; faz 
manutenção do canal aberto, não deixando restos e facilitando ações de irrigadores; o forame 
deve ser mantido limpo durante a instrumentação, o instrumento deve ultrapassar em 1mm 
impedindo acumulo de dentina. 
II. Qual sua importância? Elimina microorganismos, auxiliando no reparo do tecido perirradicular 
e evita acúmulo de dentina e consequente possibilidade de fratura durante instrumentação 
tanto do canal quanto do instrumento. 
III. Diâmetro menor que IAI 
IV. Feito após instrumentação e irrigação 
 
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Então, a pré-instrumentação consiste em: 
7. INSTRUMENTAÇÃO INICIAL OU DO LEITO DO CANAL 
 Qual a sua função? elimina interferências anatômicas do canal, facilitando penetração dos outros 
instrumentos no CT e CP 
 Quais instrumentos? Até 08, 10, 15 (instrumento de cateterismo) até CT 
o Realizar movimento de alargamento alternado 
E a instrumentação segmentada consiste em: 
1. INSTRUMENTAÇÃO CERVICAL (2/3 do CT) 
 Quais instrumentos? Se puder, maior que o canal; usar alargadores gates-glidden 2 ou 33 de 
forma decrescente de 2 em 2mm; movimento de alargamento. 
 Quais vantagens da instrumentação cervical? Elimina parte do conteúdo, evitando compactação 
apical ou extrusão perirradicular do conteúdo do canal 
 Qual instrumentação usar? K flexofile e instrumento de Patência; alargamento alternado até CT 
 
2. INSTRUMENTAÇÃO APICAL. 
 Determinação do IAI: instrumento que trava no canal; realizar irrigação e patência após cada 
instrumento 
i. Biopulpectomias: IAI + 3 (15, 20, 25, 30) 
ii. Necropulpectomias: IAI + 4 (15, 20, 25, 30, 35), 
 Determinação do IM 
 Inicio do escalonamento ápice programado: realizar irrigação, patência e conferir CT com IM 
i. IM + 3 ou + 4 
ii. Recuo de 1mm entre cada instrumento de ordem crescente 
iii. Amplia canal sem ampliar batente 
iv. Alargamento alternado 
 Quais as vantagens do alargamento apical? 
i. Volume maior de solução química: maior dissolução e ação antimicrobiana 
ii. Favorece irrigação: mais avanço da agulha 
iii. Mais volume de medicação intracanal: maior tempo de ação 
iv. Favorece limpeza e modelagem 
v. Favorece seleção de guta e obturação 
 
 Movimento do instrumento no canal 
o Movimento exploração ou cateterismo 
 Penetrar, girar direita-esquerda, tracionar: a cada processo, penetrar um pouco 
 
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o Movimento de alargamento com rotação parcial: canal atresiado/calcifado – usar 
instrumento de maior resistência a flambagem 
 Penetrar, girar (atarrachando),tracionar (cisalhando) 
 Diferença entre lima tipo K e H: a tipo K é usada para alargamento com rotação e 
limagem e a tipo Hedstrom apenas para limagem, porque não tem a mesma 
resistência à torção. 
 Diâmetro maior que do canal 
o Movimento de alargamento com rotação alternada: em canais pouco ovais e circulares 
 Penetrar, girar direita-esquerda (instrumento trava, segurar pressão, girar de direita 
pra esquerda, fraturando a dentina) e tracionar a dentina excisada. 
 Girar mais para esquerda 
 Diâmetro maior que do canal 
 Instrumentos não podem ter curvatura prévia 
 Diferença para o movimento de cateterismo: no cateterismo, instrumento está solto 
no canal 
o Movimento de limagem: para segmento achatado e reto do canal 
 Penetrar, pressionar contra as paredes e tracionar 
 Segmento cervical e médio 
 Limas K ou H no máximo no final do segmento médio em todo perímetro 
 Desgaste por ranhuras nas paredes do canal 
 Obs: quanto menor, melhor para posterior obturação 
o Movimento de alargamento e limagem 
 Alargamento parcial e tração com pressão contra as paredes 
 Lima tipo k 
 Cateterismo 
Obturação dos canais radiculares 
Qual o objetivo da obturação? Eliminar espaços vazios antes ocupados pela polpa para evitar 
infecção resistente ou secundária, prevenindo, assim, a formação de exsudato e sua percolação 
no canal. Para isso, ocupar com materiais inertes ou antissépticos que selem hermeticamente o 
canal estimulando reparo apical e periapical. 
Como deve ser a Proservação do tratamento e quando saber que ele chegou ao fim? 
controle clinico e radiográfico por 6 meses a 4 anos em média; tratamento termina quando há 
neutralização do transtorno ou reparação da lesão pré-existente 
Quais materiais mais comuns? guta percha e cimento endodôntico 
GUTA PERCHA: Isômero da borracha 
 
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 Alfa: quebradiça, pegajosa, aderente e com maior escoamento, temperatura de fusão à 
65°; usada na técnica de obturação termoplastificada 
 Beta: estável e flexível à temperatura ambiente, se não for aquecida não tem adesividade e 
tem menos escoamento que a alfa; temperatura de fusão maior; usada na técnica de 
condensação lateral ativa 
 Massa obturante: composta por um núcleo de guta e cimento endodôntico 
 Técnica mais difundida: sob forma de cone 
 Classificação dos cones: 
 Padronizados (calibrados) 
 diâmetros e conicidades determinados; 
 d0 é o diâmetro da ponta, ISO que varia de 15-140 
 aumenta 0,05 até 60 e 0,1 até 140 
 conicidade de 0,02mm/mm 
 são usados como cones principais na técnica de compactação lateral 
 Auxiliares 
 conicidade variável 
 pontas afiladas 
 diâmetros similares aos padronizados 
 usados como acessórios (secundário/lateral) na técnica de compactação lateral 
 pode ser usado também em canais curvos 
 Composição básica: guta percha; óxido de zinco (rigidez e atividade antibacteriana; altera 
ponto de fusão da guta), radiopacificadores (sulfato de zinco), resinas, ceras e corantes. 
 Escoamento dos cones inversamente proporcional ao seu conteúdo de óxido de zinco 
 Apresenta comportamento viscoelástico: temperatura alta é semelhante a um liquido – 
depende do tempo de carga e temperatura da carga; quando sofre compactação por 
uns segundos, há deformação plástica que quanto maior, maior é o escoamento do 
material 
 VANTAGENS: 
 Adaptação às irregularidades do canal 
 Fácil emprego 
 Baixo custo 
 Bem tolerados pelos tecidos perirradiculares 
 Plastificados por meio químico e físico 
 Estabilidade dimensional 
 Não muda cor da coroa se no limite coronário 
 Facilmente removidos do canal 
 
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 Boa radiopacidade 
 DESVANTAGENS 
 baixa resistência mecânica à flexo-compressão – apenas para canais retos 
 pouca adesividade 
 pressão desloca – sobreobturação durante compactação 
Como realizar a conservação da guta?: local fresco longe da luz; podem ficar quebradiço 
(fendilhamento: formação de trincas antes de fraturar o polímero); desinfecção em hipoclorito de 
sódio 2,5-5,25% por 1 minuto e lavar com solução salina estéril. 
CIMENTOS ENDODÔNTICOS 
Quais funções do cimento? Para aumentar a aderência da guta às paredes e são usados para 
reduzir a interface entre guta e paredes do canal e, pela técnica de compactação lateral, entre 
cones, homogeneizando. 
Quais as propriedades que o cimento endodôntico deve ter? 
 Fácil inserção e remoção 
 Tempo de trabalho bom 
 Selamento tridimensional do SCR 
 Estabilidade dimensional 
 Bom escoamento 
 Radiopaco 
 Não manchar 
 Adesividade às paredes 
 Força coesiva 
 Insolúvel nos fluidos teciduais e saliva 
 Solúvel no tecido perirradicular 
 Impermeável no canal 
 Biocompatível 
 Antimicrobiano 
Classificação 
Cimentos a base de OZE 
 Endurecimento/preso: reação de ácido(eugenol)-base(zinco) – forma sal quelato de 
eugelonato de zinco e água (esta acelera tempo de presa) 
 
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 Eugenol é antibacteriano, anestésico e anti-inflamatório; altas doses pode induzir 
vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo que em polpa lesada pode ser deletério 
levando à necrose. 
 Extravasamento de muito cimento para tecidos perirradiculares: mais difusão do eugenol, 
exercendo propriedades deletérias interferindo no reparo teicidual 
 Matéria-prima: Oze, eugenol, sulfato de bário, subcarbonato de bismuto, tetraborato de 
sódio, breu, óleo de amêndoas doces. 
 Propriedades físico-químicas dependem: tamanho da partícula do pó, pureza das matérias-
primas, condições ambientes e tempo e modo de Espatulação 
Cimento de OZE 
 Pouca Adesividade 
 Baixo escoamento 
 Tempo de trabalho: 3h 
 Emdurecimento:20h 
 Misturas fluidas: inflamação mais intensa 
Cimento de Grossman 
 Pó: OZE, resina hidrogenada, colofônia, subcarbonato de bismuto, sulfato de bário, amidro 
 Liquido: eugenol 
 Propriedades 
o Boa capacidade seladora 
o Baixa permeabilidade 
o Estabilidade dimensional 
o Adesividade 
o Baixa solubilidade 
o Baixa desintegração 
o Citotóxico aos tecidos perirradiculares 
o Antimicrobiano 
 Espatulação: sentir leve resistência - levantando o cimento com espátula, não deve cair por 
16 segundos; formar um fio de 2,5mm antes de romper. 
 Tempo de trabalho: 23h 
 Endurecimento: 48h 
Cimento de Rickert 
 Pó: OZE, prata precipitada, subcarbonato de bismuto, sulfato de bário 
 
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 Líquido: óleo de cravo, bálsamo-do-canadá 
 Propriedades: 
o Estabilidade dimensional 
o Capacidade seladora 
o Adesão 
o Bom escoamento 
o Baixa solubilidade 
o Antibacteriano 
o Alta radiopacidade 
o Baixa desintegração 
 Tem pode trabalho: 30min 
 Endurecimentos: 1h 
 Por ter prata, precisa limpar bem o canal com álcool para não ter escurecimento da coroa 
depois de obturar. 
Cimento com hidróxido de cálcio 
 Apresentação: pó e resina 
 Propriedades 
o Biocompatível 
o Pouco radiopaco 
o Escoamento satisfatório 
o Viscosidade satisfatória 
o Bom selamento marginal apical 
o Permeável 
o Solubiliza com o tempo 
 Usar associado à outras substâncias 
Cimentos resinosos 
 Apresentação: 2 pastas 
 Propriedades: 
o Boa capacidade seladora 
o Bom comportamento histológico 
o Antibacteriano 
o Bom escoamento 
 
 
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Cimento de ionômero de vidro 
 Atividade antibacteriana 
 Cariostático 
 Adesão química 
 Biocompatibilidade 
Cimento à base de silicone 
 Colocado em eum aplicador que mistura na dosagem correta Tempo de trabalho: 15-30min 
 Endurecimento: 45=50min 
MTA (agregado de trióxido mineral) 
 Pó composto de trióxidos com minerais hidrofílicos que cristalizam na umidade 
 Hidratar o pó com água destilada, solução anestésica ou fisiológica forma gel coloidal, 
solidifica em até 10min (pro-root-mta) ou 3h (mta-angelus) 
 Ph alcalino depois da manipulação 
 Expande após endurecer – responsável pelo selamento marginal das cavidades 
 Pouco solúvel 
 Não dilui em líquidos teciduais 
 Não precisa de um campo seco mas umidade excessiva dificulta manipulação 
 Estimula neoformação dentinária 
 Antibacteriano 
 Biocompatível 
 Sem potencial carcinogênico 
 Deve ser preparado imediatamente antes da sua utilização 
 Misturar pó e agua destilada estéril 3:1 numa placa de vidro por 30s com espátula de 
metal ou plástica, obtendo consistência pastosa 
 Indicações: selador de perfurações de reabsorções internas e externas comunicantes, 
retroobturador em cirurgias perirradiculares, material de apicificação e tampão apical 
 Após colocar MTA: bolinha de algodão com água destilada para manter hidratado e 
solidificar material 
MTA fillapex 
 Apresentação: 2 pastas 
 Cimento endodôntico à base de MTA 
 
Raquel Rodrigues Santos 
 Propriedades: selamento marginal de longa duração; alta radiopacidade; formação de 
tecido duro no ápice dental e locais de perfuração; baixa expansão de presa, baixa 
solubilidade em fluidos teciduais; boa viscosidade; não mancha; sem eugenol (não 
interfere restauração resinosa); tempo bom de trabalho 
 Seringa com ponta misturadora 
 Tempo de trabalho: 30min 
 Presa: 120min 
Propriedade dos materiais obturadores 
 Biocompatível: não interferir no reparo dos tecidos; quando há extravasamento do cimento 
podem ter três consequências – se solúveis, são fagocitados ou dissolver e seresm eliminados 
como moléculas/íons; se insolúveis, são encapsulados por tec. conj. Fibroso ; guta percha 
quando em contato com tecido perirradicular formam cápsula fibrosa que os envolve ou, se for 
de diâmetro pequeno, pode ser reabsorvido 
o Exmplo1 - OZE: com diminuição da citotoxidade e se próximo do tecido 
perirradicular – forma cápsula fibrosa que o separa do tecido, a chamada reparação 
por cicatrização 
o Exemplo 2: HC: causam necrose por coagulação nos tecidos em contado, 
ocorrendo deposição do tecido calcificado; pra ter ação terapêutica tem que estar 
em excesso da composição do cimento 
 Antimicrobiano: destruir os que sobreviveram ao preparo químico-mecânicos; materiais 
seladores antimicrobianos impedem saída e entrada em canais de microinfiltração 
 Adesividade 
 Estabilidade dimensional: 
 Selamento: promovida pela estabilidade dimensional, impermeabilidade e Adesividade 
 Solubilidade: insolúvel no líquido tecidual e dever ser solúvel ou reabsorvido no tecido 
perirradicular quando extravasados, dando lugar ao tecido de granulação com posterior 
reparação. 
 Escoamento: permite o cimento penetrar irregularidades, istmos e ramificação do SCR 
(obturação tridimensional) 
 Radiopacidade: permite controle radiográfico do preenchimento do canal; deve ser acima de 
3mm de Al. 
Quais os requisitos para obturação completa do canal? Selamento apical, lateral e coronário. 
AO contrário, fracasso endodôntico. 
 
Raquel Rodrigues Santos 
 Apical: impede/reduz entrada de fluido tecidual no canal e retorno aos tecido 
perirradiculares 
 Lateral: ramificações devem ser seladas por motivos iguais ao apical 
 Coronário: evitar contato com saliva (por perda do selador ou restauração, microinfi ltração, 
cárie secundária ou recidivante ou fratura), componentes da dieta e substancias químicas 
para evitar inflamação dos tecidos perirradiculares; colocar sempre um selador provisório 
antes da restauração definitiva 
Quando obturar o canal? Dente assintomático (sem dor espontânea à percussão nem 
sensibilidade apical à palpação); canal preparado, limpo e dilatado cônico-progressivo; e canal 
seco. 
Em quantas sessões realizo minha obturação? Se polpa vital, uma única sessão; caso esteja 
necrosada, realizar em no mínimo duas sessões. 
Técnicas de obturação 
 Técnica de condensação lateral: colocação sucessiva de cones auxiliares lateralmente a um 
cone principal 
 Não indicada em curvatura extrema, aberrações anatômicas ou reabsorções 
 Passos 
1. Seleção do espaçador: abrir espaços para colocar cones acessórios; penetrar 
livremente no canal de 2-3mm aquém do CT (pode mudar o selamento apical ou 
deslocar o cone principal); inox ou NiTi 
2. Selecionar cone principal: optar com os de maior conicidade, pela resistência a 
flexocompressão vencendo curvaturas e obstáculos até o CT e melhor preenchimento 
do canal, podendo usar menos acessórios; inspeção visual, tátil e radiográfica para 
sua seleção. 
3. Após irrigar bem o canal, usar pontas aspiradoras e cone de papel absorvente (manter 
um até obturação) para evitar traumas no tecido perirradicular 
4. Preparo do cimento 
5. Colocação do cone principal: ou por meio de instrumento menor que o canal ou com 
pinça seguro o cone e molho no cimento até porção mediana, coloco no canal com 
movimento de avanço e retrocesso (evita bolha que pode provocar dor durante 
obturação ou extravasamento perirradicular) 
6. Condensação lateral: introduzir espaçador no canal lateral ao cone com movimento de 
penetração e rotação alternada até 2-3mm até CT; tirar espaçador e colocar cone 
acessório em seguida (impede perda do espaço) que tenha diâmetro menor que 
 
Raquel Rodrigues Santos 
espaçador; repetir até espaçador não entrar mais na parte apical e cervical; 
radiografar. 
7. Condensação vertical final: cortar com instrumento aquecido por 5s; condensadores ou 
espátula numero 1 (melhor pois aquecimento induz nela cisalhamento das gutas); 
compactar logo em seguida em direção apical repetidamente; compressão de uns 3min; 
limpar câmara com álcool para tirar material obturador; até 2 mim aquém de guta do 
limite cervical para evitar, junto com o que foi citado, escurecer coroa; colocar selador 
temporário (cimento em OZE se não tiver resina composta ou IO; radiografar; restaurar 
o mais rápido possivel. 
Técnica híbrida de Tagger modificada 
 Usar compactador McSpaden – calibre 25-80; comprimento de 21 ou 25mm; aço inox ou 
NiTi; diâmetro maior que instrumento de memória (2-3); atuar solto no canal apenas na 
porção reta. 
 Uso: na condensação lateral ativa, entrar e sair acionado do canal em sentido horário 
(teste com gaze); colocar 3-4 cones acessórios com espaçador digital e regular micromotor 
com giro à direita; penetrar de 4-5mm aquém do CT ( até ponto de resistência e recuar 
1mm); acionar dentro do canal e manter até formar uma massa obturadora; remover com 
motor acionado; compactar com calcadores, limpeza e selamento; radiografar 
 Exemplo: IM é 50, compactador entre 30-45. 
 Vantagens: rápida e fácil execução; para corrigir pequenas falhas da obturação; baixo 
custo pois não precisa de equipamentos especiais 
 Evitar termocompactador porque pode fraturar em canais curvos; não usar em dentes com 
ápice aberto (rizogênese - ápice radicular sem dentina apical revestida por cemento, com 
ápice radicular incompleto na radiografia - ou reabsorção); e em obturação que não tem 
certeza que teve bom vedamento apical 
 Dar preferencia a guta alfa por ser mais plástica, diminuindo tempo de trabalho

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