Prévia do material em texto
Aracati, 08 de Abril de 2019 FAUSTINO NOGUEIRA MAIA JÉSSICA RODRIGUES PEREIRA FERNANDES LAUANNY ARAÚJO RODRIGUÊS DA SILVA RAYZA BARROS LUCAS Título: TRATAMENTO DE ÁGUAS Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Tratamento de água e efluentes na indústria petrolífera ministrada pela professora Ana Karine Portela Vasconcelos, do curso de Petroquímica do IFCE – Campus Aracati 1 RESUMO TRATAMENTO DE ÁGUAS O presente relatório descreve a aula prática acerca do tratamento de águas, sistema o qual os centros urbanos fazem uso em prol da purificação da água que é reutilizada para o consumo humano. Atualmente existem diversos tipos de sistemas nas estações de tratamento. No experimento realizou-se uma amostra dos sistemas usando substâncias coagulantes como sulfato de alumínio, assim como a determinação de cloreto de uma amostra de água. Na prática exercitou-se também a determinação de pH na água, a qual tem grande influência na sobrevivência de seres/microorganismos presentes na mesma. Palavras chaves: Tratamento de águas, Purificação, Coagulantes, Determinação de cloreto, Determinação de pH . 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 03 1.1 OBJETIVOS ................................................................................................................ 04 2 PARTE EXPERIMENTAL ......................................................................................... 05 2.1 MATERIAIS E REAGENTES ..................................................................................... 06 2.2 PROCEDIMENTO ....................................................................................................... 07 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................ 09 4 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 13 5 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 14 3 INTRODUÇÃO O Tratamento de Água é um conjunto de processos físicos e químicos que são aplicados na água para que esta fique em condições adequadas de uso para o consumo humano e abastecimento da população, independente da função que ela terá. Assim, depois de captada nos rios, lagos, represas ou poços, a água é levada para a estação de tratamento, onde passa por várias etapas, que será mais complexo dependendo dos resíduos existentes na mesma. Uma das etapas do tratamento é a de clarificação que permite a remoção de partículas coloidais dissolvida sem suspensão causadoras de turbidez, como a argila. No processo de coagulação-floculação quando a água na sua forma bruta entra na ETA, ela recebe, nos tanques, uma determinada quantidade de um agente químico coagulante, geralmente sulfato de alumínio (Al2(SO4)3), sulfato férrico, sais de ferro (III) ou ainda polímeros orgânicos. Esta substância insolúvel em água possui propriedades que servem para desestabilizar e aglomerar os sólidos finos, facilitando sua remoção por meio de um processo denominado decantação, onde os resíduos sedimentam no fundo do tanque pela ação da gravidade. Em seguida, as partículas que não são capazes de sedimentar espontaneamente, são agregadas em conjuntos maiores, chamados flocos gelatinosos. Posteriormente também poderá ser necessária a aplicação de um alcalinizante (cal hidratado ou carbonato de sódio) que fará a correção de pH. Após passar pelos decantadores, a água é encaminhada para os filtros, onde através do processo de filtração são retidas as impurezas menores que permanecem na água. Os filtros são constituídos por camadas de carvão ativado, que retira o odor e o sabor das substâncias químicas utilizadas. Por areia, onde ficam contidas as sujeiras restantes e por cascalho que tem a função de sustentar a areia e o carvão. No processo de desinfecção o cloro é usado como principal método para a eliminação de bactérias, vírus e germes. Porém o cloro é um produto químico altamente tóxico e venenoso ao ser humano, logo, sua determinação em águas se faz de grande importância, visto que o conhecimento do teor de íon cloreto (Cl-) da água tem por finalidade obter informações sobre o seu grau de mineralização. Segundo a Portaria MS nº2914/11, art.39º, §1º, recomenda-se que, no sistema de distribuição, o pH da água para consumo humano seja mantido na faixa de 6,0 a 9,5. O conhecimento do potencial hidrogeniônico de uma água permite o monitoramento do poder de corrosão, da quantidade de reagente necessário à coagulação, do crescimento de microorganismos e se a água se enquadra dentro das legislações pertinentes.Para um resultado mais exato, usa-se o pHmetro, constituído basicamente por um eletrodo e um circuito potenciométrico. A escala de pH varia entre 0 e 14 na temperatura de 25ºC. Se o valor do pH for igual a 7, o meio da solução será neutro. Mas se o pH for menor que 7, será ácido, e se for maior que 7, básico. 4 OBJETIVOS Promover a clarificação da água em atividades experimentais através do uso de reagentes químicos e processos de tratamento, determinação de íon cloreto nas amostras de água e indicação do pH. 5 PARTE EXPERIMENTAL MATERIAIS E REAGENTES Para a realização da pratica de “ Reações químicas” foram utilizados os seguintes materiais e reagentes, disponíveis no laboratório de Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus Aracati: REAGENTES PARTE I Oficina: DA ÁGUA TURVA À ÁGUA CLARA: O PAPEL DO COAGULANTE Matérias e reagente: 4 béqueres de 250 mL 1 bastão de vidro 2 funis 2 papéis de filtro qualitativos 1 pipeta de 1 mL 1 proveta de 50 mL Água a ser clarificada, obtida dispersando terra em água da torneira e filtrando em papel qualitativo (visando evitar acidentes e/ou contaminações, não se recomenda o emprego de água turva natural de rio ou represa) Água de cal (solução 0,02 mol/L de Ca(OH)2) Solução de sulfato de alumínio (0,9 mol de Al/L) ou de alúmen de potássio (0,18 mol de Al/L) PARTE II Oficina: DETERMINAÇÃO DO CONTEÚDO DE CLORETO DE UMA AMOSTRA DE ÁGUA; PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: Matérias e reagente: Bureta de 25 ml; Becker de 250 ml; Frasco Erlenmeyer de 150 ml; Medidor de pH; Provetas de 25 e 50 ml; Solução Padrão de Nitrato de Prata 0,1M; Solução Indicadora de Cromato de Potássio 𝐾2𝐶𝑟𝑂4 5% m/V; Carbonato de cálcio 𝐶𝑎𝐶𝑂3; Amostras A 6 PARTE III Oficina: DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (pH); PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: Matérias e reagente: Becker de 100 ml; Medidor de pH; Amostra A e B; 7 PROCEDIMENTO PARTE I Oficina: DA ÁGUA TURVA À ÁGUA CLARA: O PAPEL DO COAGULANTE 1) Colocou-se a água a ser clarificada, que simula uma água de represa, nos dois béqueres de 1 L até cerca da metade desua capacidade e os mesmos foram dispostos sobre um retroprojetor ligado, para serem iluminados de baixo para cima. 2) Reservou-se um dos béqueres para comparação e adicionou-se ao outro 1 mL de solução de sulfato de alumínio ou, alternativamente, 5 mL de solução de alúmen. 3) Agitou-se e em seguida acrescentou-se aos poucos 50 mL de água de cal. 4) Agitou-se brandamente e ficaram em repouso. 5) Após cerca de 15 minutos, filtrou-se separadamente os conteúdos dos dois béqueres e comparou-se os dois filtrados, iluminados no retroprojetor. PARTE II Oficina: DETERMINAÇÃO DO CONTEÚDO DE CLORETO DE UMA AMOSTRA DE ÁGUA; A determinação do conteúdo de Cloreto na amostras de água será realizada utilizando- se um método volumétrico baseada no Método de Mohr. Desta forma, o íon cloreto será precipitado quantitativamente por nitrato de prata, na presença de cromato de potássio. A formação de uma coloração amarelo-avermelhada de cromato de prata, indica o ponto final da titulação. O pH da amostra deve estar compreendido entre 7 a 10, uma vez que os íons Ag+ podem precipitar-se como AgOH(s) se o pH for elevado; se o pH for baixo, o íon cromato é convertido em dicromato impossibilitando a visualização do ponto de viragem. Desta forma se atente ao pH da sua amostra! A determinação da concentração de íons cloreto, presente na amostra será realizada, em triplicata, de acordo com o seguinte procedimento: 1) Acrescentou-se cerca de 0,05 g de carbonato de cálcio ao Erlenmeyer na amostra (para ajustar o pH entre 7 e 10), foi feita a medição do pH com o auxílio do pHmetro; 2) Colocou-se 20 ml de amostra no Erlenmeyer; 3) Adicionou-se 1 mL do indicador (solução de cromato de potássio 5% m/V) ao erlenmeyer; 4) Titulou-se com a Solução Padrão de Nitrato de Prata 0,1 mol/L até a viragem para amarelo avermelhado que é o ponto final da titulação; 5) Fez-se um branco da mesma maneira que a amostra; 6) Adicionou-se cerca de 50 mL de água destilada ao erlenmeyer. (para o teste do branco); 7) Foi calculada a concentração, em mg/L, de cloreto presente em cada replicata. 8) Calculou-se a concentração média de íon cloreto (Cl- ), em mg/L, obtida para a amostra titulada em triplicata. 9) Comparou-se a concentração média de cloreto presente na amostra analisada com o limite máximo estabelecido para o parâmetro inorgânico cloreto total, descrito na resolução no 357, de 17 de março de 2005 do CONAMA, e diga se a amostra analisada excede ou não o limite estabelecido pela legislação vigente. 8 PARTE III Oficina: DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (pH); 1) Colocou-se os eletrodos na amostra. 2) Aguardou-se a estabilização da leitura de pH. 3) Foi anotado o valor obtido de pH para a amostra analisada. 4) Concluiu-se as medidas. 9 RESULTADOS E DISCUSSÕES Com a analise dos teste realizados na pratica de “ TRATAMENTO DE ÁGUAS “, observou- se a purificação da água através de substancias coagulantes, assim como a importância da determinação de concentração de cloreto e pH. DA ÁGUA TURVA A ÁGUA CLARA: O PAPEL DO COAGULANTE A água de represa sem tratamento tem um aspecto visual de cor escura e turva, similar a água suja. Observou-se que a água filtrada ficou límpida, assim como água com a adição dos coagulantes. O coagulante mais utilizado é o sulfato de alumínio (Al2(SO4)3 que é adicionado à água com o óxido de cálcio (CaO), mais conhecido como cal virgem. Quando essas duas substâncias misturam-se na água, ocorre uma transformação química que forma uma substância gelatinosa, o hidróxido de alumínio (Al(OH)3). Isso ocorre devido a em meio aquoso, o sulfato de alumínio gerar íons,como na reação: Al2(SO4)3 → 2 Al3+ + 3 SO42- . Os íons atuam interagindo com íons hidroxila (OH-) da água, formando o hidróxido de alumínio: Al2(SO4)3 + 6 H2O → 2 Al(OH)3 +6 H+ + 3 SO42-. O hidróxido de alumínio consegue neutralizar as impurezas que estão carregadas negativamente na água. As partículas de sujeira se unem e grudam no hidróxido de alumínio, formando flóculos, sólidos de tamanho maior. Depois disso, a água ficou em repouso para a decantação dos flóculos. Notou-se que a água ficou com um aspecto mais claro, mas só ficou totalmente límpida após a filtração. Figura 1: Água de represa. 10 Figura 2: Água após o tratamento com coagulantes. Figura 3: Água filtrada; Água tratada com coagulante; Água de represa. DETERMINAÇÃO DO CONTEÚDO DE CLORETO DE UMA AMOSTRA DE ÁGUA Os cloretos estão presentes em todas as águas naturais, em concentrações variáveis. O método para determinação de cloretos, o haleto é titulado com uma solução padrão de nitrato de prata. No ponto final, quando a precipitação do cloreto for completa, o primeiro excesso de íons Ag+ reagirá com o indicador ocasionando a precipitação do cromato de prata, amarelo avermelhado. O conhecimento do teor de cloretos das águas tem por finalidade obter informações sobre o seu grau de mineralização ou indícios de poluição, como esgotos domésticos e resíduos industriais das águas e por essa razão o sua concentração deve ser conhecida e controlada. 11 VALORES DA TITULAÇÃO (mL) Amostra I 0,3 mL Amostra II 0,2 mL Amostra III 0,2 mL Tabela 1: Resultados da titulação das amostras. TESTE BRANCO: 0,05 mL O valor do teste branco é referente a quantidade de nitrato de prata que foi usada. Amostra I 𝑚𝑔/𝑙 𝐶𝑙 = (𝑨 − 𝑩) 𝒙 𝑵 𝒙 𝟑𝟓,𝟒𝟓𝟎 𝒎𝑳 𝒅𝒂 𝒂𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂 = (0,3 – 0,05)𝑥 0,1 𝑥 35,450 20 → 𝑚𝑔/𝑙 𝐶𝑙 = 𝟎, 𝟎𝟒 Amostra II 𝑚𝑔/𝑙 𝐶𝑙 = (𝑨 − 𝑩) 𝒙 𝑵 𝒙 𝟑𝟓,𝟒𝟓𝟎 𝒎𝑳 𝒅𝒂 𝒂𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂 = (0,2 – 0,05)𝑥 0,1 𝑥 35,450 20 → 𝑚𝑔/𝑙 𝐶𝑙 = 𝟎, 𝟎𝟐 Amostra III 𝑚𝑔/𝑙 𝐶𝑙 = (𝑨 − 𝑩) 𝒙 𝑵 𝒙 𝟑𝟓,𝟒𝟓𝟎 𝒎𝑳 𝒅𝒂 𝒂𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂 = (0,2 – 0,05)𝑥 0,1 𝑥 35,450 20 → 𝑚𝑔/𝑙 𝐶𝑙 = 𝟎, 𝟎𝟐 Média das amostras → 0,04 + 0,02 + 0,02 3 = 0,06 mg/L Segundo o ministério da saúde, em sua Portaria nº 1.469 de 29 de dezembro de 2000, o teor máximo de cloreto permissível, em águas de abastecimento, é de 250 mg/L de Cℓ- . Sendo assim, a água analisada está no padrão das leis nacionais, sendo classificada como própria para consumo humano, não colocando em risco a saúde da população que dela faz uso. 12 DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (pH) O termo pH (potencial hidrogeniônico) é usado universalmente para expressar o grau de acidez ou basicidade de uma solução. É a medida da concentração de íons H+ na água. O balanço dos íons hidrogênio e hidróxido (OH-) determina quão ácida ou básica ela é. Na água quimicamente pura os íons H+ estão em equilíbrio com os íons OH- e seu pH é neutro, ou seja, igual a 7. A escala de pH é constituída de uma série de números variando de 0 a 14, os quais denotam vários graus de acidez ou alcalinidade. Valores abaixo de 7 e próximos de zero indicam aumento de acidez, enquanto valores de 7 a 14 indicam aumento da basicidade. As medidas de pH são de extrema utilidade, pois fornecem inúmeras informações a respeito da qualidade da água. VALORES DE pH Amostra I 7,2 Amostra II 7,2 Amostra III 7,1 Tabela 1: Resultados dos valores de pH das amostras. pH DA ÁGUA DE REPRESA: 8,6 pH DA ÁGUA DE ALÚMEN: 4,4 13 CONCLUSÃO A realização deste experimento possibilitou o aprimoramento das nossastécnicas em laboratório e uma maior aprendizagem com relação ao tratamento de águas residuárias. Com base nos resultados obtidos pode - se concluir que na parte I “Da água turva a água clara: o papel do coagulante” obteve - se êxito ao conseguir clarificar a água através do uso de coagulantes, tornando uma água suja e com resíduos em uma água límpida e cristalina. Na parte II “Determinação do conteúdo de cloreto de uma amostra de água”, foi possível determinar a quantidade de cloreto presente em cada amostra assim como também o seu potencial hidrogeniônico (pH). 14 REFERÊNCIAS www.infoescola.com, acessado em 06 de abril de 2019. www.todamateria.com.br, acessado em 06 de abril de 2019. www.suapesquisa.com, acessado em 06 de abril de 2019. https://www.ebah.com.br/content/ABAAAevLUAE/determinacao-ph-amostras-agua-poco- torneira, acessado em 06 de abril de 2019. https://www.ebah.com.br/content/ABAAAA0Y0AE/determinacao-cloretos-na-agua, acessado em 06 de abril de 2019. 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 03 1.1 OBJETIVOS ................................................................................................................ 04 2 PARTE EXPERIMENTAL ......................................................................................... 05 2.1 MATERIAIS E REAGENTES ..................................................................................... 06 2.2 PROCEDIMENTO ....................................................................................................... 07 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................ 09 4 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 13 5 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 14