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Fundamentos da Administração Paulo Pardo SOBRE A FACULDADE A Faculdade Cidade Verde (FCV) nasceu de um sonho, de um projeto de vida de professores universitários que compartilhavam de um mesmo desejo, o de produzir e difundir o conhecimento ao maior número de pes- soas, com o intuito de formar profi ssionais aptos a atuarem no mundo dos negócios. E assim, unidos por este propósito transformador, constituíram a FCV por meio da União Maringaense de Ensino Ltda (UME). 2005 - O Diário Ofi cial da União (DOU) ofi cializou o projeto com a publicação dos dois primeiros cursos: Administração e Ciências Contábeis. O sonho tomava forma, novos apoiadores vieram e os primeiros alunos, ao todo eram 35. Ainda em 2005, o grupo alçava mais um passo com a implantação dos cursos de pós-graduação latu-sensu, nas áreas de Gestão e Contabilidade. 2006 - mais uma conquista com a autorização do curso de Ciências Econômicas. A esta altura, o sonho já não cabia no pequeno espaço, e fez- se necessário melhorar a estrutura física. 2008 - Iniciou-se uma pesquisa de mercado com intuito de buscar um novo local, com facilidade de transporte e segurança. 2009 - O crescimento do novo centro de Maringá, a FCV inicia o seu processo de mudança para a Avenida Horácio Raccanello Filho, 5950. 2010 - Ocorreu a mudança para o atual endereço da instituição, ano em que houve também a autorização dos cursos tecnólogos em Análise e Desen- volvimento de Sistemas, Gestão Comercial e Gestão da Produção Industrial. 2011 - Direito passa a integrar o complexo de cursos e atividades que daria base ao desenvolvimento da FCV. 2014 - Em parceria com os Institutos Lactec, a FCV traz para Maringá o Mes- trado Profissional em Desenvolvimento de Tecnologia. 2015 - Mais dois novos cursos passam a integrar a oferta de cursos superio- res, os Tecnólogos em Gestão de Recursos Humanos e Tecnólogo em Marketing. De lá pra cá, foram muitas as lutas para garantir a qualidade de ensino e inovação. 2016 - As novas conquistas: os cursos de Psicologia e Design Gráfico. 2017 - Lançamento de oito cursos de Graduação e mais de oitenta cursos de Pós-Graduação à distância nas áreas de Educação, Gestão, Direito e Informática. Hoje, a FCV é reconhecida como um importante centro de produção e difusão de conhecimento com mais de vinte cursos de pós-graduação e onze de gradu- ação presenciais, lançando os cursos de Graduação e Pós-Graduação à distância, tendo como foco a manutenção dos mesmos padrões de qualidade apresentados nos cursos presenciais. As instalações atuais da sede estão distribuídas em mais de dez mil metros quadrados, comportando seus diversos departamentos admi- nistrativos; biblioteca (com acervo de dezoito mil livros); cinco laboratórios de informática, um de anatomia, uma brinquedoteca, trinta e quatro salas de aula, Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ), salas de professores e de apoio pedagógico, duas cantinas e área de laser. No tocante à qualificação dos professores, a FCV conta com mais de 90% do seu corpo docente composto por mestres e douto- res. Essa é a FCV de hoje, uma faculdade de negócios preocupada em formar ci- dadãos éticos, contribuindo para o desenvolvimento social, buscando resultados sustentáveis através do ensino presencial e a distância. AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SENT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO A P R E S E N T A Ç Ã O Fundamentos da Administração Paulo Pardo Caro(a) aluno(a), é um grande prazer iniciar esta disciplina com você. Sou o Professor Paulo Pardo1, professor e pesquisador na área de Organizações. Tive a oportunidade, ao longo de mais de 30 anos de carreira profi ssional, de fazer parte do quadro funcional de pequenas e grandes empresas. Essa caminhada me ensinou que existem realidades muito diversas em organizações e também diversos tipos de liderança, que faz com que os resultados também sejam afetados. Imagine o desafi o que isso representa para um gestor: dependendo do segmento econômico, da concorrência, do preparo dos colaboradores, ele deverá estar pronto para adotar estratégias distintas para obter aquilo que se espera dele, que são os resultados. Independente da área que você atuará, os conhecimentos básicos da Administração poderão lhe proporcionar o ferramental necessário para lidar com desafi os cada vez mais difíceis, em um ambiente em constante mutação. Às vezes, quando ministro a disciplina a alunos que aparentemente não tem nada a ver com a função de administrador – como moda, artes visuais, 1 Mestre em Administração, Graduado em análise de sistemas, MBA Executivo em Gestão Empresarial, extensionista em MBA em Gestão Financeira e Produtos Bancários, professor nos cursos de Administração, Logística, Recursos Humanos, Gestão Financeira, Marketing e Gestão Comercial. AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NTAÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO A P R E S E N T A Ç Ã O gastronomia – ressalto que não existe a possibilidade de você ser um bom profi ssional em qualquer área se não tiver as competências e habilidades de um bom administrador. Já imaginou um chefe de cozinha que não saiba controlar estoques, contatos com fornecedores, funcionários? Não importante, de fato, o segmento que escolheu trilhar em sua carreira, em algum momento você terá que tomar decisões, contratar ou demitir funcionários, planejar e executar projetos, lidar com fi nanças, enfi m, uma série de atividades que são atribuições básicas de um administrador. Por essa razão, sempre afi rmo com segurança que todas as profi ssões necessitam sim de fundamentos da administração pois precisamos “gerenciar” nossos negócios, nossas carreiras, nossa vida. Infelizmente, em algumas empresas veem-se pessoas com grandes habilidades técnicas – o que é fundamental – para lidar com os processos de produção, mas pouquíssimas habilidades para lidar com o maior patrimônio de todos que são as pessoas. O seu caso pode ser exatamente igual. Os desafi os virão em sua carreira de formas quase sempre inesperadas e você deve estar preparado para enfrentá-los. Conhecer as implicações de suas decisões sobre outras pessoas, sobre processos, sobre fornecedores e fi nanças, será fundamental para ser bem-sucedido em sua vida profi ssional. Talvez um dos maiores desafi os que se apresenta seja o de iniciar um negócio próprio, ser um empreendedor. De fato, este é o sonho de muitos estudantes universitários e, felizmente, muitos colocam em prática esse sonho, tornando-os negócios prósperos. Infelizmente, porém, muitos empreendedores iniciam seus negócios totalmente despreparados para lidar com os desafi os da gestão, tanto do ponto de vista de processos como do gerenciamento de pessoas. Você poderia se perguntar: Por que a administração é tão desafi adora? AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO A P R E S E N T A Ç Ã ONão tenho uma resposta simples para lhe dar. O fato é que os desafi os que estão diante dos gestores são imensos. Só para se ter uma breve noção desses desafi os, poderíamos citar conquistar e manter clientes, concorrência acirrada, sistema tributário complexo e inovações constantes exigem decisões rápidas e precisas. Como um complicador adicional, todas as realizações organizacionais dependem inteiramente de pessoas; as pessoas são parte fundamental em todos os processos. Se você perguntar a qualquer administrador qual faceta de seu trabalho ele acha mais desafi ador a resposta quase invariavelmente será: administrar pessoas. Esta, realizada, faz com que administrar saia do campo da fantasia, do simples tino e habilidade pessoal e passe a ser algo profi ssional, que envolve qualifi cação constante e intensiva. Espero que este material seja um ponto de partida para você entender a dimensão do agir administrativo e leve-o(a) a refl exões importantes sobre o objeto de estudo da administração: as organizações. Não pense que as organizações resumem-se a prédios e estruturas físicas. Aliás, muitas organizações modernas nem isso possuem. Precisamos calibrar nosso olhar, chegar tão próximos ao ponto de enxergarmos o “tecido” das organizações, as intrincadas redes ou sistemas que formam essas organizações e que precisam ser compreendidas em toda sua complexidade. Aproveito esse momento para apresentá-lo(a) aos principais temas que abordaremos neste material. Os temas visam instigá-lo(a) a conhecer o conteúdo deste material e, além disso, sua curiosidade em ampliar seus estudos em relação a esse tema, consultando outras fontes de conhecimento, como a bibliografi a utilizada como base e outras publicações. Na Unidade I, veremos o desenvolvimento da teoria administrativa, os AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃOAP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO A P R E S E N T A Ç Ã O principais teóricos e pesquisadores da área, a fi gura do administrador e suas funções, a importância das organizações em nossa vida. Na Unidade II, discutiremos a teoria dos sistemas e suas implicações administrativas. Na Unidade III, teremos a oportunidade de ver como uma organização, vista pela perspectiva interna, possui uma cultura formada pelos seus membros e os refl exos disso para as ações gerenciais. Os temas são muito relevantes e, como disse, a pretensão é muito mais de instigar a investigação do que esgotar o assunto. Aliás, as pesquisas em teorias organizacionais são intensas e a cada dia surgem novas perspectivas e refi namentos. Nada a estranhar. Afi nal, este movimento é natural, pois a ciência é dinâmica. Ao participar da vida acadêmica, você já percebeu ou perceberá esse dinamismo. Sempre recomendo aos meus alunos e faço isso contigo a partir de agora, é que procure vincular os assuntos tratados com sua realidade atual. Faça isso com a organização na qual você está profi ssionalmente vinculado, quer como proprietário, quer como colaborador. Procure ver como as teorias discutidas aqui de fato tem uma relação estreita com a prática organizacional. Isto porque a teoria nasce da observação da realidade, tentando compreendê-la e explicá-la. Se possível e conveniente, replicar essa realidade para outras realidades. É justamente assim, caro(a) aluno(a), que caminha o conhecimento. Bons estudos! Professor Paulo Pardo S U M Á R IO UNIDADE 1: CONTEXTUALIZANDO ADMINISTRAÇÃO 13 MAS AFINAL, O QUE É ADMINISTRAR? ...................................................................... 17 ORGANIZAÇÃO – COMPREENDENDO O CONCEITO ............................................. 20 ORGANIZAÇÕES – SUA IMPORTÂNCIA ...................................................................... 23 ORGANIZAÇÕES – O PAPEL DO ADMINISTRADOR ................................................ 32 A TEORIA ADMINISTRATIVA – SUA EVLUÇÃO .......................................................... 40 A escola das relações humanas .............................................................................................61 AS ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS ....................................................................... 64 A evolução da administração e das teorias administrativas .......................................72 UNIDADE 2: A DINÂMICA DO FUNCIONAMENTO DAS ORGANIZAÇÕES 87 AMPLIANDO O ENTENDIMENTO DA TEORIA DOS SISTEMAS ............................................................................................. 90 O PROBLEMA DO DESEMPENHO E DAS DISFUNÇÕES ORGANIZACIONAIS . 98 A RELAÇÃO DOS SISTEMAS ORGANIZACIONAIS COM O AMBIENTE EXTERNO .................................................................................................... 108 UNIDADE 3: A CULTURA ORGANIZACIONAL, SEUS CONFLITOS E SEU FUTURO 119 LIDANDO COM A CULTURA ORGANIZACIONAL E OS VALORES ÉTICOS NAS ORGANIZAÇÕES ................................................................................................................. 122 CLIENTES ............................................................................................................................... 138 SÓCIOS .................................................................................................................................. 139 S U M Á R IO COLABORADORES ............................................................................................................. 139 FORNECEDORES ................................................................................................................. 140 CONCORRENTES ................................................................................................................ 140 MEIO AMBIENTE ................................................................................................................. 140 GOVERNO ............................................................................................................................. 140 COMUNIDADE .................................................................................................................... 141 ADMINISTRANDO CONFLITOS EM ORGANIZAÇÕES ............................................. 142 REALIZAÇÃO DE DINÂMICAS DE GRUPOS, PARA ASSEGURAR A PARTICIPAÇÃO DO INDIVÍDUO EM UM GRUPO SOCIAL .................................. 147 CONCLUSÃO 155 REFERÊNCIAS 158 Contextualizando administração UNIDADE 1 ObjEtIvOs DE AprENDIzAgEm • Contextualizar e conceituar as organizações. • Entender o desenvolvimento do pensamento administrativo. • Analisar o conceito de sistemas organizacionais • Avaliar o papel do administrador nas organizações. plANO DE EstUDO Serão abordados os seguintes tópicos: • Compreendendo uma organização • A importância das organizações • A evolução da teoria administrativa • O papel do administrador Paulo Pardo 15 UNIDADE I - Fundamentos da Administração INTRODUÇÃO Ao acordar esta manhã, você observou que precisou de algumas coisas bem simples para seu conforto: seu banho quente, seu creme dental, algum item de higiene e beleza pessoal, depois suas roupas com que iria passar o dia, seu transporte – próprio ou coletivo – seu café da manhã, e muitas outras coisas. Enquanto você desfrutava de seu café da manhã, acho que difi cilmente você parou para pensar que várias organizações estiveram envolvidas na produção desta deliciosa bebida. Considere que uma organização ou várias organizações foram as responsáveis por benefi ciar, torrar, moer, embalar e comercializar o café que você vai desfrutar. O delicioso pãozinho veio, provavelmente, de uma padaria no seu bairro, um exemplo de uma pequena organização. Estes momentos de interação com organizações aconteceram o tempo todo ao longo do seu dia, até que, à noite, exausto, você buscará o conforto de sua cama para dormir. Ah, sim, esse seu confortável colchão foi produzido tam- bém por uma organização. Lembre-se ainda que grande parte do que você fez e desfrutou ao longo do dia exigiu pagamento. O dinheiro que você usou para comprar seu colchão e todos os outros produtos que consumiu ao longo do dia – produzidos por organizações – também foi ganho mediante seu esforço provavelmente em uma organização. Quando afi rmamos que nossa vida é dependente das organizações, certamente não esta- mos cometendo nenhum exagero. O homem, ao longo de sua existência, necessitou or- ganizar-se para sobreviver. Um homem sozinho é frágil frente à natureza e aos fenômenos 16 UNIDADE I - Fundamentos da Administração naturais que enfrenta. Não é possível, de forma isolada, produzir tudo o que precisamos para nossa existência. O fato é que precisamos de outras pessoas para isso. Talvez você possa retrucar lembrando-se do fi lme “O Náufrago” com Tom Hanks, em que ele sobrevi- veu vários anos sozinho em uma ilha deserta. Mas lembre-se que até o amigo imaginário dele, oWilson, era uma bola produzida por uma organização. Assistimos assim a organização surgir de maneira natural entre as pessoas em diversos arranjos e com diferentes propósitos. É evidente que produzir os resultados desejados dependeu sempre do grau de organização conseguido. Comprovamos facilmente que ar- ranjos organizacionais melhor estabelecidos tiveram sucesso durante muito tempo, como certas nações que sobreviveram ao tempo e estão hoje muito vivas – como é o caso da China. O objetivo desta Unidade é proporcionar um melhor entendimento dos conceitos de ad- ministração, o desenvolvimento das organizações e do pensamento administrativo. 17 UNIDADE I - Fundamentos da Administração MAS AFINAL, O QUE É ADMINISTRAR? Se você é contratado de uma empresa, a noção de administração não lhe é totalmente estranha. No caso de você ocupar uma função de direção – como gerente ou supervisor – essa noção é ainda mais clara. Ocupando ou não uma função diretiva, seu emprego lhe proporciona uma remuneração pe- riódica na forma de salário, que te possibilita fazer uma série de coisas em sua vida: pagar seus compromissos, comprar algum bem, desfrutar de algum lazer. Neste pequeno simples, pode- mos entender a importância da administração e a defi nição de seu conceito. Para que você possa realizar tantas coisas com seu salário é preciso planejamento. Esse planejamento pode ser bem rudimentar – talvez um orçamento em um caderno ou numa planilha eletrônica – em que você marca seus compromissos a pagar e anota também seus valores a receber. Conheço um grande empresário que prega que o seu salário é aquilo que de fato sobra para você após pagar todos os seus compromissos. Na visão dele, depois de pagar todos os seus compromis- sos se não te sobre nada, você não ganha nada! É uma visão diferente, mas mostra o valor do planejamento para que você possa alcançar objetivos maiores no futuro. O que mencionei no parágrafo anterior basicamente é administrar, ou seja, utilizar os re- cursos de forma racional, de maneira efi ciente e efi caz, para atingir um ou mais objetivos. Administrar então não é unicamente prerrogativa das organizações: acontece na sua vida 18 UNIDADE I - Fundamentos da Administração particular, acontece nas empresas de forma geral, acontece na Igreja que você frequenta, no clube de futebol que você torce, e – e principalmente deveria – no Governo que cuida de sua cidade, do seu estado ou do país. Todos esses agentes têm recursos – escassos ou controlados – que precisam ser utilizados para atingir resultados antecipadamente plane- jados, por isso, precisam cuidar e gerir de forma criteriosa estes recursos. Maximiano (2002) descreve que o processo administrativo envolve quatro tipos principais de decisão, conhecidas como processos ou funções administrativas: planejamento, orga- nização, execução e controle. Na Figura 1 abaixo, vemos demonstradas essas funções: 19 UNIDADE I - Fundamentos da Administração EXECUÇÃO Realização dos planos ORGANIZAÇÃO Disposição dos recursos em uma estrutura CONTROLE PLANEJAMENTO e recursos Figura 1 - Funções administrativas Fonte: Maximiano (2002) É natural concluir que o ato de administrar torna-se mais complexo quanto mais comple- xa for a organização considerada. Se por um lado pode ser relativamente simples – pelo menos no controle – administrar um orçamento doméstico, por outro administrar uma grande corporação, com milhares de funcionários e bilhões em faturamento torna-se uma tarefa extremamente desafi adora. A lógica, no entanto, é a mesma, independente do ta- manho da organização. Como afi rma Maximiano (2002, p.26), administrar é “o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos”. 20 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Ao considerar a Figura 1 acima, somos levados a considerar uma constatação em relação à administração: assim como um profi ssional médico utiliza-se de diversas ferramentas para sua atividade (como bisturi, tesoura, pinça e outros), um carpinteiro faz o mesmo no seu trabalho (com serras, martelos, lixas e outras), o administrador também se vale de diversas ferramentas para o ato de administrar. Na Figura 1 veja que o agir administrativo forma um círculo em cons- tante movimento, envolvendo as funções de Planejar, Organizar, Executar e Controlar. Para colocar em prática essas funções, uma das ferramentas mais utilizadas na adminis- tração é o ciclo PDCA (conhecido também como ciclo de Shewart, nome de seu autor), uma valiosíssima ferramenta para o administrador elaborar e executar seu planejamento. ORGANIZAÇÃO – COMPREENDENDO O CONCEITO Mencionei no início desta unidade a alta dependência que temos das organizações, mas vamos avançar um pouco mais nesta ideia. É necessário que você compreenda que, apesar da grandiosidade de algumas instala- ções de diversas organizações – um caso impressionante é o da torre Burj Khalifa, em Dubai, edifício mais alto do mundo, escalado por Tom Cruise (sem dublê) em “Missão Impossível – Protocolo Fantasma” – as organizações NÃO SÃO prédios, instalações, má- quinas. Organização SÃO arranjos sociais. 21 UNIDADE I - Fundamentos da Administração É fundamental que você entenda isso. Para ser considerada uma organização, não é ne- cessário que se tenha qualquer tipo de item físico, mas é obrigatório que tenhamos pes- soas organizadas com um propósito, uma meta, um objetivo. Daft (2008, p.10) oferece uma defi nição bastante pertinente: “organizações são: (1) enti- dades sociais, (2) orientadas por metas, (3) projetadas como sistemas de atividade delibera- damente estruturados e coordenados e (4) ligadas ao ambiente externo”. Etzioni (1967, p.7 apud BERNARDES; MARCONDES, 2006, p.14) cita a defi nição de Parson, para quem: organização é uma unidade social artifi cialmente criada e estruturada, continuadamente alterada para se manter no tempo, e com a função de atingir resultados específi cos que satisfaçam as necessidades de clientes existentes na sociedade e, também, as de seus participantes. Observe que esta defi nição insere a fi gura do cliente no contexto. Pode soar estranho em um primeiro momento, mas o fato é que todas as organizações têm clientes, seja um hospital, uma coletoria de impostos, uma Igreja. Sem dúvida, no nosso dia a dia, observarmos com mais frequência organizações com fi ns lucrativos, ou seja, as empresas, uma das expressões mais típicas do conceito de organização. 22 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Sobre isto, convém fazermos um destaque para a defi nição de empresas, conforme su- gerida por Bernardes e Marcondes (2006, p.15): “empresa é um tipo de organização cujos clientes trocam seu dinheiro pelos bens ou serviços que ela produz”. Dessa forma, consi- derando as trocas monetárias, é comum as empresas serem classifi cadas como “organiza- ções econômicas”. Apesar de ser o arranjo organizacional mais comum, longe está de serem o único modelo organizacional. Observe atentamente a presença de muitas organizações sem fi ns lucrati- vos, algumas conhecidas como ONG’s – organizações não governamentais, outras na for- ma de cooperativas, fundações de auxílio e amparo a pessoas em necessidade, enfi m, um contingente enorme de tipos e variedades, a maioria realizando um excelente trabalho. Você já deve estar imaginando que as estruturas internas dessas organizações tão diferen- tes são também próprias de sua natureza. Estamos habituados a verifi car nas organizações empresariais uma modelagem hierárquica em departamentos com funções bem defi nidas, vários níveis de chefi a e uma linha de comando do tipo top down (de cima para baixo). Mais uma vez, no entanto,destaco que existem outros modelos. As dinâmicas técnicas administrativas como a gestão por projetos, empowerment, entre outras, enfatizam uma maior horizontalização da coordenação de atividades, envolvendo pessoas de vários de- partamentos na condução de um objetivo ou de uma meta. 23 UNIDADE I - Fundamentos da Administração ORGANIZAÇÕES – SUA IMPORTÂNCIA Até o momento analisamos como as organizações estão presentes em nossas vidas, dia- riamente e em diversas formas e que a constituição de organizações possibilitou a sobre- vivência humana no decorrer da história. Daft (2008), considerando a realidade atual, elenca alguns tópicos que demonstram a im- portância das organizações pelo que elas realizam a favor das pessoas. De acordo com este autor, podemos afi rmar que as organizações existem para: 1. Reunir recursos para atingir as metas e os resultados desejados. 2. Produzir bens e serviços com efi ciência. 3. Facilitar a inovação. 4. Utilizar modernas tecnologias de produção e informação. 5. Adaptar-se ao ambiente em transformação e infl uenciá-lo. 6. Criar valor para proprietários, clientes e funcionários. 7. Acomodar desafi os contínuos de diversidade, ética e a motivação e coordenação dos funcionários (DAFT, 2008, p.13). 24 UNIDADE I - Fundamentos da Administração São fatores importantes para justifi car a existência das organizações, não concorda? No entanto, outros fatos precisam ser conhecidos por você. Um desses fatores diz respeito à confi guração das organizações atuais em grandes corpo- rações. Estas megacorporações são uma concepção relativamente nova no cenário social. Miklethwait e Wooldridge, no seu livro “The Company: a short history of a revolutionary idea” (2003, citados por DAFT, 2008), mencionam que a empresa por cotas de responsabilidade li- mitada, ou seja, no formato em que os sócios só se responsabilizam até o limite do seu capital empregado, teve início com o Join Stock Companies Act, de 1856. Ainda segundo estes auto- res, algumas características conferem uma relevância ainda maior às empresas, como o fato de que é a primeira instituição social e legal que está dentro da sociedade e ainda assim inde- pende do governo central. Esses autores destacam ainda que, sem as empresas para produzir bens e serviços utilizando de forma controlada recursos e organizando as atividades, o custo para os consumidores desses mesmos bens e serviços seria impraticável. Outra contribui- ção social extremamente relevante das empresas, destacadas por Miklethwait e Wooldridge (2003) é o fato de fomentar um comportamento civilizado, por oferecer às pessoas atividades vantajosas, identidade e comunidade, além de salário. 25 UNIDADE I - Fundamentos da Administração LEITURA COMPLEMENTAR A EMPRESA: Uma breve história de uma ideia revolucionária Autor: Dr. Keith Suter A empresa é a organização mais importante do mundo. Ela criou mais prosperidade do que qualquer outra organização (incluindo governos). Ela é a principal explicação para o domínio do Ocidente sobre o resto do mundo. Outros países (como Japão, Cingapura e China) têm prosperado copiando o modelo da empresa ocidental. A empresa tem os benefícios de lei e evita as desvantagens da biologia. Como um ser hu- mano, ela tem uma personalidade jurídica, mas - ao contrário de um ser humano - não é necessariamente condenada a morrer de velhice. A empresa mais antiga da Europa é, pro- vavelmente, a Stora Enso da Suécia, que foi criado em 1288. Esta empresa começou como uma mina de cobre e é agora, entre outras coisas, um fornecedor de papel para a Austrália. O status de imortalidade das empresas sempre foi um problema para os governantes. Elas isentavam-se de taxas reais por nunca casar ou morrer. Em 1279, Edward I da Inglaterra decretou uma forma primitiva do direito das sociedades: a proibição de uma empresa adquirir terras sem permissão real (e tributação). 26 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Atualmente, escândalos corporativos rendem grandes manchetes. Mas a história do pas- sado da empresa é ainda mais controversa. As empresas foram obrigadas a ser mais res- peitáveis nas últimas décadas. Em 1595 alguns empresários holandeses recrutaram Cornélio de Houtman viajou para a Indonésia para buscar especiarias. Ele atacou um porto javanês, executou um grupo de mora- dores, envenenou um dos seus capitães e voltou para casa com apenas um terço da tripulação original. A holandesa East India Company, criada em 1602, instruiu seus capitães: “Ataquem os espanhóis e portugueses onde quer que os encontrem”. Em 24 de setembro de 1599 foi formada a British East India Company. Ela teve um rápido crescimento no século 17. Foi a responsável por quase metade do comércio exterior da Grã-Bretanha. Adquiriu territórios (nomeadamente Índia) e constituiu seu próprio exérci- to particular. Foi um império dentro de um império. Seu tamanho e infl uência eram uma grande preocupação para o governo britânico, incluindo o seu mau comportamento que provocou o motim indiano de 1857. O Governo tomou a maior parte de seus ativos (in- cluindo o exército privado) e a empresa foi liquidada em 1874. Mas os britânicos não conseguiram manter a sua vantagem inicial. Empresas americanas alcançaram as britânicas no fi nal do século 19. Em 1902, a força de trabalho da América era apenas ligeiramente maior do que a Grã-Bretanha, mas havia poucas empresas britâ- nicas para rivalizar com as grandes empresas americanas. 27 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Os britânicos preferiram fi car com empresas de propriedade familiar. Eles se basearam nas relações pessoais e tradições familiares - em vez de manuais de procedimentos detalhados. Além disso, houve um esnobismo britânico contra os negócios. As escolas de elite privadas conduziram seus alunos mais talentosos para assuntos como estudos de grego e latim, em vez de práticas do comércio e da ciência. A proporção de estudantes britânicos que estu- davam ciência, na verdade, diminuiu de 19 por cento em 1922 para 16 por cento em 1938. Os americanos também foram pioneiros na próxima tendência para as empresas: “o capi- talismo gerencial”. Alfred Sloan (1875-1966) reorganizou a General Motors em 1923. Ele reconheceu que a montadora tornara-se muito grande e muito diversifi cada para ser geri- da de forma centralizada. Ele passou a tratar as várias unidades como divisões separadas. Cada divisão foi defi nida pelo mercado que seria servido. O Cadillac para os ricos, o Oldsmobile para os que preferem o conforto, mas são discretos, o Buick para o trabalho, o Pontiac para o pobre, mas orgulhoso e o Chevrolet para os batalhadores. Ao fornecer um carro para “todos os bolsos e fi nalidades”, a GM manteve clientes para toda a vida, confor- me subiam ou desciam a escada da riqueza. A nova corporação exigia um novo estilo de gestores. O executivo foi defi nido por suas qualifi cações - ao invés de sua linhagem (como as classes superiores) e força muscular (como os trabalhadores). Lealdade para com a empresa era importante. 28 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Um executivo era distinto. Estes homens usavam um uniforme composto por terno escuro e camisa branca, se abstinham de bebidas fortes, cantava o hino da empresa, e compe- tiam por vendas para poder entrar no clube privado da empresa. Como recompensa por sua lealdade, o executivo recebia segurança e previsibilidade. Ele movia-se gradualmente através dos níveis da organização, recebendo uma melhor classificação corporativa, mais salário, escritórios e estacionamento no local. Mas essa época acabou. As grandes e confortáveis corporações foram tomadas de assalto pela onda de desregulamentação do governo, oaumento da concorrência, o livre comér- cio e a informatização. As grandes corporações justamente por serem gigantescas têm difi culdade para se mover rapidamente. Empresas pequenas e ágeis têm sido muito rápidas que as grandes corpo- rações. A IBM, uma empresa que era tão estável e que raramente demitia trabalhadores (mesmo durante a Grande Depressão), teve de despedir um quarto de sua força de traba- lho no início de 1990 para sobreviver. Na década de 1950 um jovem britânico que queria uma motocicleta teria compra- do automaticamente uma britânica Vincent Black Shadow, Triumph Thunderbird ou uma Norton Dominator. A Harley-Davidson também possuía lealdade semelhante dos norte-americanos. 29 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Mas a partir da década de 1960 os japoneses entraram no mercado com a Honda, Yamaha, Kawasaki e Suzuki. Eles competiram primeiramente no preço, mas, então, ganharam em qua- lidade. Em 1981, a Harley-Davidson tinha sido forçada a buscar a proteção do governo e a indústria de motocicletas britânica estava praticamente morta. Ao mesmo tempo, verifi cou-se a “siliconização” do comércio. O Vale do Silício - anterior- mente conhecido como o Vale das Delícias do Coração - é uma porção fi na de terra entre San Jose e San Francisco na Califórnia. O termo “Silicon Valley” foi cunhado em 1971 por um jornalista local para descrever o fl orescimento da indústria de fabricação de chips de computador. Os computadores empurraram poder cada vez mais para baixo da hierarquia corporativa, da alta administração para as mesas dos trabalhadores. A partir de então poderiam ser tomadas decisões melhores e mais rápidas em nível local. Os trabalhadores não precisa- riam de tantos gestores para dizer-lhes o que fazer. Eles poderiam sair-se melhor sem eles. Os computadores também mudaram a vida corporativa. Empresas prosperam e desapa- recem a todo o momento. A British East India Company durou mais de 250 anos. É difícil imaginar qualquer empresa de informática com duração de nem a metade disso. O di- nheiro é ganho ou perdido rapidamente. Pequenas empresas se movem dentro e fora de alianças corporativas, parcerias e joint ventures. 30 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Além disso, os ternos, gravatas e formalidade estão fora. A ênfase está na criatividade e não na aparência. As pessoas olham para o tempo de vida da empregabilidade - em vez de tempo de vida de trabalho. Em geral, as empresas tornaram-se mais éticas e socialmente mais responsáveis ao lon- go dos séculos. Como a opinião pública, a mídia e os políticos esperam um alto padrão de comportamento, as empresas tiveram que se adaptar às novas expectativas sociais. As empresas norte-americanas do fi nal do século 19 foram pioneiras em estabelecer fun- dos de pensão para seus trabalhadores. A US Steel (que foi responsável por dois terços da produção de aço americano e empregou um quarto de milhão de pessoas) criou pro- gramas de bem-estar para os seus trabalhadores. Empresas-cidadãs surgiram por toda a América, onde os trabalhadores foram bem alojados e bem-educados - e por isso torna- ram-se trabalhadores mais efi cientes. Um jornalista britânico visitante chamou Pullman City, Chicago (construída pelo magnata das ferrovias George Pullman, 1831-1897) de “a cidade mais perfeita do mundo”. Alguns dos trabalhadores não tinham tanta certeza, porque Pullman proibiu o consumo de bebi- das alcoólicas na cidade. A Procter & Gamble foi pioneira no pagamento de pensões por invalidez e de reforma (1915), na jornada de oito horas (1918), e no trabalho garantido, por pelo menos, 48 31 UNIDADE I - Fundamentos da Administração semanas por ano (em 1920). Durante a Grande Depressão na década de 1930, a empresa manteve um mínimo de redundâncias. Ao longo de sua história, as empresas têm demonstrado uma grande capacidade de evo- luir. De fato, este tem sido o segredo do sucesso. Resta ver como as empresas de hoje irão responder aos desafi os do aumento da concorrência, da informatização e aumento das demandas por responsabilidade social. Fonte: <http://global-directions.com/Articles/Business/TheCompany.pdf>. Tradução do au- tor. Data de acesso: 02 de junho de 2013. ORGANIZAÇÕES – O PAPEL DO ADMINISTRADOR No texto que acabamos de ler, torna-se claro que as organizações existem para dar algum tipo de resultado. No caso das organizações empresariais, o resultado claro é o retorno sobre o investimento realizado pelos sócios e acionistas, constituído na forma de lucros. As organizações que não têm um cunho de produção de capital também são constituídas para a produção de um resultado, que será exatamente aquele proposto no momento da constituição dessa organização. Relacionado com o que já comentamos acima, uma ONG de assistência a moradores de rua, tem na alimentação, alojamento e reinserção social destas pessoas a realização de seu principal objetivo. 32 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Nesta questão, o da realização do propósito que originou sua constituição, Bernardes e Marcondes (2006) nos lembram que, pelo fato da organização ser artifi cialmente constitu- ída (isto é, não nasce de uma geração espontânea, do acaso, e sim pela vontade racional do ser humano) há a necessidade de que alguém (que pode ser mais de um indivíduo) a pla- neje, estruture, opere e coordene o esforço de seus membros. Dessa forma, os resultados poderão ser alcançados. É dessa necessidade que surge a fi gura do ADMINISTRADOR. Encontramos ao longo da história a presença do administrador, embora não com a formação específi ca oferecida nos dias de hoje, porém, igualmente imbuído de uma missão: apresentar resultados. Foi assim com os encarregados das construções das pirâmides no antigo Egito, da muralha da China, das grandes navegações e tantos outros empreendimentos da antiguidade. Um relato que aprecio muito se encontra na Bíblia, no episódio em que o Faraó do Egito sonhou com sete vacas gordas e sete vacas magras. O relato nos mostra que nenhum dos seus sábios conseguiu interpretar seu sonho. Então, o prisioneiro de nome José (um hebreu acusado falsamente de assédio sexual) ofereceu a interpretação do sonho, afi r- mando que haveria um período de 7 anos de prosperidade seguidos de 7 anos de intensa escassez de alimentos. Assombrado com a visão, o Faraó do Egito designou o próprio José para administrar a situação e este hebreu demonstrou ser um grande planejador e execu- tor, armazenando o excedente nos tempos de prosperidade para utilizá-lo no período de fome. Que ótima estratégia, não concorda? 33 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Aproximando-nos mais de nossa época, foi com o advento da Revolução Industrial e o surgimento de gigantescas fábricas que a fi gura do administrador tornou-se absoluta- mente indispensável, principalmente a partir da segunda metade do século 19. Bernardes e Marcondes (2006) relatam que neste período: surgiram os administradores como hoje são conhecidos, na forma de profi ssionais hábeis destinados a suprir as defi ciências dos proprietários no planejamento, operação e controle da produção e, também, para intermediar capital e trabalho. Até então, os administradores eram desnecessários, porque só existiam pequenas ofi cinas com o mestre rodeado por arte- sãos e seus ajudantes. Todavia, o crescimento das empresas particulares na segunda metade do século 20 estendeu-se para as forças armadas, universidades, repartições governamentais, igrejas e hospitais, de sorte que todas essas organizações passaram a necessitar de adminis- tradores profi ssionais (p.15). Falando a respeito de administradores, Bernardes e Marcondes (2006, p.15) os defi nem como “especialistasem organização, cujo sucesso depende de conhecimentos específi cos dos processos físicos que ocorrem nas empresas e, principalmente, das habilidades e experiências em gerenciar pessoas”. A dedução lógica, portanto, é que um administrador ocupa esta função para PRODUZIR RESULTADOS. Um dos mais famosos autores do tema, Peter Drucker, afi rma que: O teste decisivo da administração é o resultado da empresa. O que interessa é a realização e não o conhecimento. Administração, em outras palavras, é uma prática, e não uma ciência 34 UNIDADE I - Fundamentos da Administração ou profi ssão, embora contenha elementos de ambas (PETER DRUCKER in: The Practice of Management, apud LACOMBE; HEILBORN, 2008, p.7). Esta importante afi rmação de Drucker se origina da observação da prática de administra- dores bem-sucedidos. Estes profi ssionais focam o resultado em primeiro lugar, fazer as coisas acontecerem, entendendo que ação é o objetivo primário de sua atividade. Henry Mintzberg, outro renomado autor de organizações, estudou a rotina do administra- dor e concluiu que esta rotina é marcada pela fragmentação de atividades. Você já pode ter notado isso. Um administrador tem o seu tempo preenchido por inúmeros contatos ao longo do dia, contatos esses de curta duração, às vezes de poucos minutos, somados ao tempo de atendimento aos telefonemas, respostas de mensagens eletrônicas, reuniões com colaboradores, deslocamentos entre setores, viagens de negócio e tantas outras ati- vidades. Assim, em um primeiro momento, pode parecer que o gestor não planeja nada, apenas executa. Apesar desta impressão inicial, isto não é inteiramente verdade. Veja que o administrador consegue resultados por meio das pessoas, ou seja, ele não executa pessoalmente todas as atividades administrativas da organização. Além disso, apesar do ritmo frenético do seu dia a dia, é comum que o administrador estenda sua jornada de trabalho, iniciando antes ou concluindo após sua jornada em relação ao demais componentes de sua equipe de 35 UNIDADE I - Fundamentos da Administração trabalho, várias vezes levando para casa projetos que necessitam de sua atenção. Nestes momentos fora do “rush” do dia, o administrador procura estudar com mais profundidade, meditar em alternativas, buscar soluções mais criativas e inovadoras. Conforme afi rmam Lacombe e Heilborn (2008, p.8), a caracterização do trabalho administrativo ou gerencial como fragmentado é perfeitamen- te consistente com a aplicação profi ssional de habilidades e conhecimentos básicos que foram adquiridos ao longo dos anos e que são, então, burilados pela prática e pela educa- ção contínua. Os administradores podem ser ao mesmo tempo atuantes e utilizar intensa atividade intelectual. Pessoalmente, o administrador deve ter algumas habilidades necessárias para o desenvol- vimento de suas atividades profi ssionais, conforme demonstra a Tabela 1, a seguir: Tabela 1: Habilidades necessárias para o administrador HABILIDADES CARACTERÍSTICA Comunicação e expressão Estabelecer comunicação interpessoal, expressar-se corretamente nos documentos técnicos específi cos e interpretar a realidade das organizações. Raciocínio lógico, crítico e analítico Utilizar raciocínio lógico, crítico e analítico, operando com valores e for- mulações matemáticas e estabelecendo relações formais e causais entre fenômenos. Ser capaz de interagir criativamente diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais. Visão sistêmica e estratégica Compreender o todo administrativo, de modo integrado, sistêmico e estratégico, bem como suas relações com o ambiente externo. 36 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Criatividade e iniciativa Propor e implementar modelos de gestão, inovar e demonstrar um espírito empreendedor Negociação Resolver situações com fl exibilidade e adaptabilidade diante de proble- mas e desafi os organizacionais. Tomada de decisão Ordenar atividades e programas, decidir entre alternativas e identifi car e dimensionar riscos. Liderança Selecionar estratégicas adequadas de ação, visando atender interesses interpessoais e institucionais. Trabalho em Equipe Selecionar procedimentos que privilegiem formas de atuação em prol de objetivos comuns. Fonte: baseado em lacombe e Heilborn (2008) Todas essas habilidades, listadas acima, podem ser demandadas em momentos distintos do agir administrativo e em posições diferentes em uma estrutura de uma organização. Lacombe e Heilborn (2008) afi rmam que a administração bem-sucedida apoia-se em três habilidades básicas, que são classifi cadas como habilidades técnicas, habilidades huma- nas e habilidades conceituais. 37 UNIDADE I - Fundamentos da Administração No Quadro 1 abaixo, vemos um resumo dessas três habilidades: Quadro 1: Habilidades necessárias para o administrador HABILIDADE CARACTERÍSTICA Técnica Compreensão e domínio de determinado tipo de atividade. Envolve conhecimento especializado, habilidade analítica dentro da especiali- dade e facilidade no uso das técnicas e do instrumental da disciplina específi ca. Humana Capacidade de trabalhar com efi cácia como membro de um grupo e de conseguir esforços cooperativos nesse grupo na direção dos objetivos estabelecidos. Conceitual ou Visão Sistêmica Habilidade para visualizar a organização (instituição, empresa ou grupo de empresas) como um conjunto integrado. Fonte: baseado em lacombe e Heilborn (2008) Procure analisar estas habilidades e pensar no que afi rmamos acima, de que essas habi- lidades são exigidas em níveis diferentes quanto mais alto é o cargo ou nível hierárquico ocupado pelo gestor. Para entender isso, analise o gráfi co abaixo: 38 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Gráfi co 1 - Exigência de habilidades por nível hierárquico Fonte: Lacombe e Heilborn (2008) Essas graduações de exigência na demonstração de habilidades são bastante naturais. Imagine que um gestor, quanto mais próximo da execução da atividade, precisa neces- sariamente demonstrar mais habilidades técnicas, ou seja, conhecer o trabalho a ser re- alizado em seus detalhes, até para poder coordenar o grupo de trabalhadores que estão subordinados a ele. A medida ascende na hierarquia da empresa, a necessidade de “pôr a mão na massa”, de execução, vai se reduzindo, pois, naturalmente, terá outros gesto- res abaixo dele na hierarquia e que cuidarão destas tarefas. Nesse caso, serão exigidas cada vez mais habilidades humanas e sistêmicas, pois administrar níveis superiores da 39 UNIDADE I - Fundamentos da Administração hierarquia exige maior habilidade de estabelecer relacionamentos e parcerias com outros setores e até outras empresas, além de compreender todas as diversas inter-relações que a empresa mantém com seu ambiente. A TEORIA ADMINISTRATIVA – SUA EVOLUÇÃO Apesar de anteriormente comentado, mas nunca é demais frisar o papel decisivo para as organizações que desempenhou a Revolução Industrial, iniciada em fi ns do século XVIII e que prosseguiu até consolidar-se plenamente na segunda metade do século XIX. Quase usando um trocadilho, a Revolução Industrial foi verdadeiramente “revolucionou” diver- sos aspectos, incluindo as relações sociais, até então fortemente baseada quase num sis- tema de castas familiares (principalmente na Europa), que sofrem o deslocamento de sua importância para os detentores do capital e dos meios de produção. Esse deslocamento de importância faz com que os holofotes se voltem para a burguesia, cuja ascensão so- cial destaca-se de forma intensa. A população do velho continente europeu, cujo número aumenta consideravelmente, migra massivamente para as cidades, em busca de trabalhonas fábricas. A partir deste momento, a relação do homem com a natureza nunca mais seria a mesma. A velocidade do trabalho, antes determinado pelo próprio homem na extração de sua 40 UNIDADE I - Fundamentos da Administração subsistência da natureza, com seu machado, com seu forcado, com seu arco e fl echa pas- sa a ter uma nova lógica: seu trabalho nas fábricas tem uma nova regra de velocidade, a velocidade da máquina. Nessa relação mudada, estabelecida mecanicamente, o sofrimento do homem intensifi ca- se. Muitos estudiosos debruçam-se sobre esta relação desigual e tentam estabelecer, ou pelo menos compreender, como lidar com este fenômeno. Inaugurando esta preocupação, um dos primeiros estudos formais sobre o assunto data de 1755, por meio de Morelly com seu Código na Natureza, que tenta estabelecer al- guma forma de regularidade nas relações humanas e, muito antes de Taylor, propõe a for- mação e treinamento do trabalhador e a divisão do trabalho segundo a habilidade deste mesmo trabalhador (MOTTA, 2003). A ideia de organização do trabalho é recorrente nos estudos durante o século XIX, como nas obras de Saint-Simon (1760-1825), O Organizador e O Sistema Industrial. Os es- tudos de Saint-Simon tem como princípio que a Ciência deve ser a direcionadora da so- ciedade, com a fi losofi a passando a ser normativa. Estas conclusões fazem com que Saint- Simon seja conhecido como um dos precursores do planejamento e da racionalização do trabalho (MOTTA, 2003). 41 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Motta (2003) cita outro importante teórico deste período, Charles Fourier (1772-1837) que propunha um rearranjo do trabalho, de modo que, através dele, o homem pudesse usu- fruir prazer. O trabalho, no arranjo pensado por Fourier, seria digno e atrativo, o que, de forma natural, levaria ao aumento da produtividade. Outro trabalho relevante é o de Robert Owen (1771-1857) que acreditava que a natureza humana poderia ser treinada e dirigida. O mais notável na obra de Owen é que ele não só teorizou, mas colocou em prática suas ideias em uma empresa têxtil na Escócia, na qual ocupava um cargo de alto executivo. Entre suas medidas práticas estava a redução da jornada de trabalho (de 14 para 11 horas e meia), a proibição de que menores de 10 anos trabalhassem na fábrica, a substituição de castigos por advertências e o treinamento do operário nas atividades. As ideias de Owen foram aplicadas em outros empreendimentos devido ao êxito obtido. Destaca-se como relevante nesse período o trabalho de Louis Blanc (1811-1882), que, por meio de seu livro Organização do Trabalho, propunha um sistema em que, partindo do Estado, seria possível criar uma sociedade igualitária, sendo o Estado o principal pro- motor do trabalho mediante “ofi cinas nacionais”. A administração, a partir do segundo ano, passaria aos trabalhadores que escolheriam seus diretores. Essas ideias de Blanc fi - zeram com que seja considerado um dos inspiradores das cooperativas de produtores e arranjos cooperativos semelhantes em várias partes do mundo (MOTTA, 2003). 42 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Mesmo com essas importantes contribuições para o entendimento do ato de administrar, não é desta época o surgimento de uma Teoria da Administração. Provavelmente, o ponto histórico mais importante de nossos estudos é fi nal do século XIX e início do século XX. Justamente neste ponto surge no cenário das organizações o que fi - cou conhecido como Escola Clássica da Administração. Seus representantes tinham ideias similares muitas vezes, complementares em outras, ou visões mais gerencialistas em um momento e mais operativas em outros. Alguns dos personagens que estudaremos a seguir são nomes que você não deve esquecer, pela enorme contribuição que proporcionaram ao estudo das organizações e pelo estabeleci- mento do agir administrativo. Todos eles, ao seu próprio modo, defendiam que o administrador deve PLANEJAR suas ações de forma cuidadosa, ORGANIZAR as atividades que serão execu- tadas, COORDENADAR as ações de seus subordinados, DIRIGIR pessoas rumo aos objetivos e CONTROLAR o desempenho esperado. É notável que até hoje, os cursos de Administração fo- quem o famoso PODC (Planejar – Organizar – Dirigir e Controlar) como funções fundamentais de um administrador. Esses pioneiros da escola clássica têm como seus principais expoentes nomes como Taylor, Fayol, Gulick, Urwick, Gantt e Gilbreth. Um desses pioneiros é citado por todos os estudiosos de organizações: Frederick Winslow Taylor. 43 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Existem várias obras detalhando toda a contribuição de Taylor para a administração. Nesta Unidade resgato uma breve biografi a deste personagem que mudou a forma de execução das fábricas de seu tempo e também dos nossos. A principal contribuição de Taylor foi a publicação do livro Princípios de Administração Científi ca em 1911. Taylor, que era um técnico e trabalhou como mestre em uma fábrica e mecânico-chefe na Midvale Steel pode trazer suas experiências de aumento da produ- tividade, que lhe conferiu um destaque tal que o fez tornar-se presidente da Associação Americana de Engenheiros. Na obra Administração Científi ca, Taylor destaca que o ser humano busca sempre ma- ximizar suas decisões e como ser econômico – a teoria do homo economicus – tenta sem- pre obter os maiores ganhos fi nanceiros possíveis. Se estes ganhos puderem ser obtidos com o mínimo de esforço, tanto melhor. Pensando dessa forma, Taylor teorizou – e colocou em prática – que seria necessário es- colher para cada atividade o operário que tivesse mais aptidão ou preparo para sua exe- cução. Feito isso, é também necessário que o administrador consiga extrair do operário o máximo de esforço de que seja capaz. Para que esse máximo esforço aconteça, torna-se necessário que a tarefa esteja padro- nizada, ou seja, sua execução, seus tempos e movimentos descritos de forma detalhada. 44 UNIDADE I - Fundamentos da Administração Taylor celebrizou esta frase: “só existe uma maneira certa” de se fazer uma tarefa. O trabalho, para ser executado com perfeição, conforme o modo de pensar de Taylor, era uma conjunção do “homem de primeira classe” (o operário ideal para o trabalho determinado) somado a “maneira certa” de execução (a padronização do trabalho determinado) e, por último, a supervisão eficaz, que garantiria a realização do tra- balho da forma como foi determinado (MOTTA, 2003). Taylor acreditava que não se podia confiar que os funcionários trabalhassem de maneira eficiente sem supervisão. Chegou a cunhar o termo soldiering, oriundo da observação que fez dos militares, para designar o sujeito que finge estar trabalhando, ou seja, relaxa em seu esforço que poderia imprimir ao trabalho a ser executado. Esta forma rígida de estabelecer padrões de trabalho e seu respectivo acompanhamento trouxe desafetos a Taylor: os sindicalistas o odiavam. Para ele, os sindicatos não contribuí- am para o aumento da produção e nem para uma maior remuneração dos trabalhadores, já que, do seu ponto de vista, os trabalhadores poderiam ganhar mais se aumentassem sua produtividade. Seu método de trabalho consistia em estudar detalhadamente a forma como uma tarefa era executada, dividir esta tarefa em partes menores (no conceito de fracionamento de ta- refas), determinar como essas partes menores deveriam ser executadas mais efi cazmente 45 UNIDADE I - Fundamentos da Administração e, após isso, reprogramar a atividade total, somando-se as diversas partes fracionadas. Essa efi ciência foi determinante para o sucesso que seu método proporcionou às fábricas. Emblemático dessa sua visão foi uma audiência
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