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Avaliação Diagnóstica da Alfabetização Seminário 02: Avaliação diagnóstica na alfabetização: o que as crianças sabem sobre a escrita? ● Bianca Teixeira ● Thaís Silva ● Wilton Lopes ● Raquel VieiraBATISTA, A. A. G. et al Avaliação diagnóstica na alfabetização. Belo Horizonte: Ceale/FAE/UFMG, 2003 p. 7-84. Avaliação Diagnóstica da Alfabetização ● CONCEITOS ● CARACTERÍSTICAS ● APLICAÇÃO Apresentação: A avaliação diagnóstica é baseada em averiguar a aprendizagem dos conteúdos propostos e os conteúdos anteriores que servem como base para criar um diagnóstico das dificuldades futuras, permitindo então resolver situações presentes. Kramer (2006) (...) Vivências (eles) têm com o mundo da escrita em sua família e cotidiano; que experiências prévias têm da escola, de sua cultura e de seus modos de lidar com a escrita. (BATISTA et al. p.8) Trabalho Pedagógico ● O QUE ensina; ● PARA QUE ensina; ● COMO ensina. Matriz de referência: Avaliação diagnóstica O capítulo 2 apresenta a Matriz de referência da avaliação diagnóstica, é divida em 3 partes: ● Aquisição da escrita – capacidades de 1 a 6; ● Leitura – capacidades de 7 a 13; ● Domínio da escrita e da produção de textos – capacidades de 14 a 18. As capacidades apresentam suas descrições e os procedimentos de avaliação que poderão ser usados pelos professores, que no caso são atividades. O instrumento: elaboração, aplicação, análise e registro O capítulo 3 intitulado “O instrumento: elaboração, aplicação, análise e registro” se subdivide em dois itens: 1.Fornecer subsídios para a organização da prática de ensino da língua escrita; 2.Servir de material didático para a formação continuada de alfabetizadores. . . . O item 1, dá uma curta descrição de como devem ser feitas as avaliações diagnósticas, a elaboração de atividades a partir das capacidades descritas acima, o modelo de instrumento utilizado, a criação de rotinas para os três anos do ciclo de alfabetização. O item 2, vai descrever como utilizar o instrumento para a realização da avaliação diagnóstica, e que ele servirá como um material para os educadores formarem grupos de estudos para planejar e fundamentar suas ações. . . . O instrumento se dirige aos três primeiros anos do Ensino Fundamental e se espera que a cada ano os alunos atinjam níveis mais altos do processo de alfabetização, por exemplo, no fim do primeiro ano é ideal que o aluno atinja as capacidades de 1 a 5, ao final do segundo ano o aluno deve escrever e ler com autonomia, palavras e sentenças, textos curtos, mesmo com alguns erros e produzir textos com ajuda do professor, no final do terceiro ano o aluno deve estar plenamente alfabetizado, escrevendo textos mais extensos e complexos, compreender e produzir os textos sem ajuda do professor. O instrumento apresenta atividades de avaliação e não de ensino, nem sempre as capacidades da matriz poderá ser aplicada em sala de aula; Quadro sobre as capacidades usadas . . . O instrumento exige a mediação do professor, como na leitura para alunos que ainda possuem alguma dificuldade, aplicando situações das vivências culturais do aluno, o professor também deve conhecer o desempenho da criança por meio de sondagem. Deve ser aplicado com flexibilidade, pode apresentar variações de acordo com o uso do tempo (ao dividir em sessões o que será avaliado) e organização dos alunos, o trabalho em grupo para explorar a linguagem oral, ou avaliar de forma individual através do processo de leitura. O instrumento ● Pressupõe uma análise dos erros dos alunos, a função de mediador do professor ganha destaque, pois ele investigará o que a criança pensa sobre a escrita e levantar hipóteses sobre o seu raciocínio de acordo com a resposta dada pela criança; ● Cumprirá com seus objetivos se seus resultados forem comunicados e utilizados no processo de aprendizagem, se vinculando às práticas pedagógicas, o professor deve comunicar os resultado aos alunos individualmente e em grupo, aos pais e utilizar os resultados para planejar e modificar algumas estratégias de ensino; Registro: ● Através de fichas descritivas, relatórios, diários de campo e etc. A ficha I representa a avaliação individual o resultado pode ser analisado pela equipe pedagógica e pelos pais: . . . ● A ficha II apresenta o diagnóstico de cada aluno tendo como referência o conjunto da sala, o professor assim conseguirá obter um quadro geral sobre todas as capacidades desenvolvidas por cada aluno da classe, e poderá verificar se os níveis alcançados de cada capacidade estarão dentro do objetivo para cada ano: . . . ● A ficha III tem o conjunto da classe como referência, a partir dos resultados da classe em cada nível das capacidades o professor conseguirá orientar seu trabalho através das demandas da turma e saberá o que trabalhar em cada capacidade, como introduzir, trabalhar sistematicamente, consolidar, retomar ou avançar em algum conteúdo: Comunicando Resultados da Avaliação ● A comunicação dos resultados aos alunos pode ser realizada por fichas descritivas ou gráficos, relatórios diários ou periódicos, entre outros. ● E para que a Avaliação cumpra seus objetivos, se faz necessário a participação ativa dos alunos às suas análises de resultados. ● O momento da comunicação dos resultados da avaliação se torna fundamental para o estabelecimento de novas metas de aprendizado. Família e escola: Comunicando resultados, compartilhando projetos Compartilhando… É necessário a explicação dos objetivos do trabalho pedagógico aos pais e responsáveis dos alunos, reafirmando o compromisso entre a escola e a família, mostrando que uma avaliação de forma mais descritiva e processual é importante para o avanço escolar da criança. Quando há uma substituição do boletim tradicional, por fichas descritivas anteriormente mencionadas, é importante que haja uma compreensão clara aos responsáveis, onde esses conseguem identificar as capacidades desenvolvidas ou dificuldades de cada criança em um período. É possível perceber através do gráfico trazido como exemplo do texto, três níveis de desenvolvimento de capacidade. ● Os responsáveis tem uma noção do nível de desenvolvimento das capacidades que se encontra a criança em relação a turma. ● Sendo também importante para a escola, pois consegue identificar o maior grau de dificuldade de seus alunos (que no caso dessa classe é a capacidade 11) com o propósito de reorientar seu trabalho e maior apoio aos alunos. ● Deve-se esclarecer aos pais que a criança estará sempre mudando de nível no processo de aprendizagem. Compartilhando... Compartilhando… ● Muitas vezes essas fichas ainda podem não ser suficientes, neste caso a escola deve adotar diferentes estratégias que facilitem a compreensão sobre o processo de aprendizagem dos alunos. ● Este processo é feito com o propósito de possibilitar os responsáveis saberem o que as crianças tem desenvolvido e suas dificuldades. Instrumentos de avaliação diagnóstica O objetivo deste capítulo é demonstrar aos professores alguns exemplos de atividades para a avaliação diagnóstica de acordo com cada capacidade e suas especificidades. São um total de 18 capacidades divididas em 3 grupos. O primeiro grupo refere-se às capacidades de aquisição do sistema de escrita, o segundo às capacidades de leitura e o terceiro às capacidades de domínio da escrita e da produção de texto. Aquisição do Sistema de Escrita 1- Compreender diferenças entre o sistema de escrita e outras formas de representação. 2- Conhecer o alfabeto e diferentes tipos de letra. 3- Dominar convenções gráficas. 4- Reconhecer unidades fonológicas.5- Dominar a natureza alfabética do sistema de escrita. 6- Dominar relações entre fonemas e grafemas. Exemplos: Continuação… 7- Ler e compreender palavras. 8- Ler e compreender frases. 9- Compreender globalmente o sentido do texto. 10- Identificar gêneros e funções de textos e localizar informações. 11- Realizar inferências. 12- Formular hipóteses. 13- Ler com fluência. Leitura Exemplos: Continuação … 14- Escrever palavras de cor. 15- Escrever palavras com grafia desconhecidas. 16- Escrever sentenças. 17- Recontar histórias lidas pelo professor. 18- Redigir textos curtos. Domínio da Escrita e da Produção de Texto Exemplos: Para resumir… ● O uso dos resultados. ● O resultado e o planejamento. Conclusão BATISTA, A. A. G. Avaliação diagnóstica na alfabetização. Belo Horizonte: Ceale/FAE/UFMG, 2003 p. 7-84.