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Transtorno de personalidade borderline e antissocial

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Transtorno de Personalidade Borderline
O que é Transtorno de personalidade borderline?
O Transtorno de Personalidade Borderline é uma condição de saúde mental que pode causar um padrão de instabilidade nas relações interpessoais, na autoimagem e afetos. Uma pessoa que tem borderline pode apresentar uma impulsividade acentuada. É como se a pessoa que convivesse com alguém com está patologia tivesse uma visão um pouco distorcida de si mesma e dos outros. Tipo uma lente desfocada para olhar a vida. Segundo o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Ed. 2013) uma característica que costuma ser muito comum em portadores de borderline é o medo do abandono ou um desconforto intenso só de pensar em ficar sozinho. O problema é que a forma como eles se manifestam, esse seu incômodo de abandono e solidão pode ser agressivo, exageradamente intenso e um pouco atrapalhado. Viver sabendo que as pessoas que você ama, pode abandoná-lo a qualquer momento, e isto é muito ruim, não só para quem tem a patologia, como para quem está no seu meio. Sendo assim é possível afirmar que o transtorno não é uma condição fácil de entender ou lidar. Por isso é importante diagnosticá-la e tratar. 
O termo Transtorno de Personalidade Borderline foi usado pela primeira vez em 1884 e desde então passou por diversos conceitos ao longo dos anos. Originalmente o termo "borderline" se referia a um grupo de pacientes que vivia no limite da sanidade (daí o termo limítrofe), ou seja, na fronteira (borda, borderline) entre a neurose e a psicose. Alguns autores da época usavam esse diagnóstico quando havia sintomas neuróticos graves. Foi só na década de 1980 que o diagnóstico da doença se tornou mais preciso. Até então, muitos médicos acreditavam, equivocadamente, que a personalidade de uma pessoa era imutável.
A prevalência média do Transtorno de Personalidade Borderline na população é estimada em 1,6%, embora possa chegar a 5,9%. Essa prevalência é de aproximadamente 6% em contextos de atenção primária, de cerca de 10% entre pacientes de consultórios psiquiátricos e de ambulatórios de saúde mental e por volta de 20% em pacientes psiquiátricos internados. A prevalência do Transtorno de Personalidade Borderline pode diminuir nas faixas etárias mais altas (DSM-5). O Transtorno de Personalidade Borderline é diagnosticado principalmente em pessoas do sexo feminino.
Características do borderline
As características do transtorno borderline são caracterizadas pelas mudanças súbitas de humor, medo de ser abandonado pelos amigos e comportamentos impulsivos, como gastar dinheiro descontroladamente ou comer compulsivamente, por exemplo. Geralmente, as pessoas com Borderline há momentos em que estão estáveis, e que alternam com surtos psicóticos, manifestando comportamentos descontrolados, eles são instáveis nas relações interpessoais, tem um alto índice de instabilidade na autoimagem, nos afetos, e na impulsividade também. As características mais comuns das pessoas que têm o transtoro de Borderline são: Alterações do humor ao longo do dia, variando entre momentos de euforia e de profunda tristeza; Sentimentos de raiva, desespero e pânico; Irritabilidade e ansiedade que pode provocar agressividade; Dificuldade em controlar as emoções, podendo variar de tristeza extrema a episódios de euforia; Medo de ser abandonado por amigos e familiares; Instabilidade nas relações, podendo causar distanciamento; Impulsividade e dependência por jogos, gasto de dinheiro descontrolado, consumo exagerado de comida, uso de substâncias e, em alguns casos, não cumprindo regras ou leis; Baixa autoestima; Insegurança em si própria e nos outros; Dificuldade em aceitar críticas; Sensação de solidão e de vazio interior. Os portadores deste transtorno têm medo que as emoções fujam do seu controle, demonstrando tendência para se tornarem irracionais em situações de maior estresse e criando uma grande dependência dos outros para conseguirem estar estáveis.
Causas 
As causas da Síndrome de Borderline ainda não estão claras. O transtorno de personalidade​ pode ocorrer devido a predisposição genética. No entanto, experiências emocionais fortes enquanto criança, como enfrentar uma doença ou morte, abuso psicológico, sexual, negligência, terror psicológico, físico, separação dos pais, orfandade podem levar ao desenvolvimento desta síndrome. Algumas pesquisas sugerem que fatores genéticos, neurológicos, ambientais e sociais podem estar envolvidos no desenvolvimento dos sinais do transtorno. Ou seja, as causas são várias e abrangem desde a predisposição genética até experiências emocionais precoces e fatores ambientais, com destaque para as situações traumáticas e situações de abuso e negligência. 
Fatores genéticos têm um papel importante no desenvolvimento do Borderline. O Transtorno de Personalidade Borderline é cinco vezes mais frequente em parentes biológicos de 1º grau de pessoas com o transtorno do que na população em geral. É relevante a presença de pais borderlines (um ou ambos) na história clínica desses pacientes.
Impacto do ambiente familiar no desenvolvimento da criança pode ser um fator importante entre as causas do borderline. Cerca de 80% dos pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline veem o casamento de seus pais como muito conflituoso. Muitos desses pacientes passaram por negligência e abusos físicos e sexuais dentro da família. Porém, há pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline com familiares absolutamente comuns, sem nada de anormal. Há também aumento do risco de desencadear o transtorno quando existe na família, o pai ou mãe com transtorno por uso de substância, transtorno de personalidade antissocial e transtorno depressivo ou transtorno bipolar. O Transtorno de Personalidade Borderline seria também a consequência de uma educação muito autoritária, em que pais rígidos sempre imporiam seus desejos. Com o tempo as tentativas de autoafirmação da criança sucumbiriam aos desejos dos pais e ela se habituaria a se submeter sempre aos pais, desenvolvendo dúvidas sobre a própria capacidade e vergonha pelos seus fracassos. Aos poucos a criança iria parando de tentar expressar as suas vontades podendo levar a falhas na clarificação psíquica de si e do outro.
Sintomas do Transtorno 
Os sintomas de Transtorno de Personalidade Borderline são, principalmente, uma grande instabilidade emocional, desregulação afetiva excessiva, sentimentos intensos e polarizados do tipo “tudo ótimo e tudo péssimo” ou “eu te adoro e eu te odeio”, angústia de abandono, percepção de invasão do self, entre outros. Não raro, isso leva a comportamentos impulsivos perigosos sendo comum a presença recorrente de atos autolesivos tentativas de suicídio e sentimentos profundos de vazio e tédio. O início do transtorno pode ocorrer na adolescência ou na idade adulta e o uso dos recursos de saúde e saúde mental é expressivo nesses pacientes. Pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline são verdadeiros vulcões prontos a explodir a qualquer instante. Elas apresentam alterações súbitas e expressivas de humor e suas relações interpessoais são intensas e instáveis sendo muito difícil o convívio próximo com elas. Temem o abandono real ou irreal, com frequência vivenciam sentimento crônico de vazio e reação pungente ao estresse, protagonizando sucessivas ameaças (ou tentativas) de suicídio e automutilação. 
O modus operandis desses pacientes traz um sofrimento enorme tanto para si próprio como para os que com eles convivem. Uma só palavra mal colocada, uma situação inesperada sem relevância ou uma leve frustração pode levar as pessoas com esta patologia a um acesso de raiva e ódio que duram em média poucas horas. Outra característica importante é que eles nem sempre sabe lidar com o êxito. É comum que eles abandonem ou destruam seus alvos e metas justo quando a perspectiva de consegui-las é real e próxima. Abaixo os critérios do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais (DSM-V, na sigla inglesa) para que um paciente seja diagnosticado coma doença. 
Sintomas do Transtorno de Personalidade Borderline: Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginário; Padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização; Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da percepção de si mesmo; Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas (gasto, sexo, abuso de substância, direção irresponsável, compulsão alimentar); Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante; Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade do humor (disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de poucas horas e apenas raramente de mais de alguns dias);Sentimentos crônicos de vazio;Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (mostras frequentes de irritação, raiva constante, brigas físicas recorrentes);Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos.
Diagnóstico de Transtorno de personalidade borderline
O diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline é baseado através de uma minuciosa avaliação psiquiátrica feita por profissional de saúde mental qualificado. Muitos profissionais envolvem o paciente no seu próprio diagnóstico na medida em que vão mostrando a ele os critérios diagnósticos e perguntando quais deles os definem plenamente. Este método ajuda o paciente a aceitar melhor o diagnóstico. Entretanto, há profissionais que preferem não dizer ao paciente o diagnóstico por conta do estigma e também porque antigamente o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline era tido como intratável. De modo geral, falar com o paciente sobre o diagnóstico é a conduta preferível para a maioria dos especialistas. Questões que precisam ser perguntadas são sobre ideações suicidas, atos autolesivos e pensamentos sobre machucar os outros. 
O diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e nas observações do médico. É importante lembrar que hoje, o diagnóstico de TPB é feito pela presença de uma coleção de traços e não por um critério isolado. Assim, merece ser destacado no diagnóstico o esforço desesperado que o portador do transtorno faz para evitar o abandono real ou imaginário e a gravidade das alterações das relações interpessoais, na família, escola, trabalho e lazer e, posteriormente, também com os profissionais que se aproximam para oferecer tratamentos. Mas todo o cuidado é pouco. O psicólogo/psiquiatra que se baseia somente nos sintomas do DSM pode errar. É comum a confusão do Transtorno de Personalidade Borderline com o transtorno bipolar, por exemplo. E além do diagnóstico ser às vezes difícil, o psicólogo/psiquiatra precisa saber lidar com o paciente. Exame físico e testes de laboratório são recomendáveis para eliminar sintomas possíveis, como problemas de tireoide e abuso de substâncias. Exames de imagem são usados para afastar outras causas.
Tratamento de Transtorno de personalidade borderline
É sempre importante ressaltar que existe tratamento para o paciente com borderline. O tratamento inicial do Transtorno de Personalidade Borderline é a psicoterapia. Ela ajudará o paciente a controlar melhor seus impulsos e entender seu comportamento. Nesse caso, o tratamento foca principalmente as questões do suicídio e da automutilação, além do aprendizado de novas habilidades, como consciência, eficácia interpessoal, cooperação adaptativa nas decepções e crises e na correta identificação e regulação de reações emocionais. Mas é preciso fazer uma terapia específica: o terapeuta deve ser mais ativo, mais próximo, mais participante. O borderline é uma pessoa que sofre muito, ele pode oscilar o humor e romper com as relações que poderiam dar certo. A impulsividade acaba estragando muito a vida profissional e social deles, com o tratamento, é possível evitar muitos sofrimentos. 
Os atendimentos demandam muita energia do especialista, que têm que deixar sempre um canal aberto para o paciente, seja de dia ou de noite ou madrugada ou nos finais de semana e inclusive durante viagens e férias. O psiquiatra tem que estar à disposição 24 horas por dia. Muitos telefonemas são feitos por pacientes que estavam à beira de um suicídio ou se cortando. São situações que podem não esperar o dia amanhecer. Por isso é essencial que a família busque especialistas que tenham esse perfil e essa disponibilidade de tempo que o tratamento do portador de TPB exige mantendo-os por tempo indeterminado, caso a caso. Pode ser feita terapia familiar também, pois em geral a família tende ou a abandonar o paciente ou a se tornar superprotetora. Na maioria dos casos, familiares, amigos e leigos não compreendem como o sofrimento pode levar um indivíduo com este transtorno a querer se matar. Já os pacientes relatam que a automutilação e o suicídio são maneiras que eles encontraram de extravasar um sofrimento insuportável.
 Os pais se dizem impotentes e relatam sofrer tanto quanto o paciente. Estudos em geral mostram que nenhuma medicação se mostra promissora para o sentimento de vazio crônico, perturbações de identidade e medo de abandono que a pessoa com TPB sente. Mas eles podem agir em sintomas isolados. Por exemplo, podem ser usados antidepressivos para comorbidades como a depressão, ou estabilizadores de humor para problemas interpessoais e de raiva, além de antipsicóticos para a impulsividade. Normalmente o Transtorno de Personalidade Borderline demora a ser diagnosticado. Pode levar três, cinco, dez ou ainda mais anos até que seja descoberto. É muito importante que o diagnóstico seja feito o mais precocemente possível e que o tratamento seja logo iniciado. É extremamente importante que toda a família se trate, pois na grande maioria dos casos a dinâmica familiar se encontra dilapidada pelo sofrimento e por anos de busca por um diagnóstico correto.
No início, o tratamento pode aliviar alguns sintomas, principalmente aqueles que mais perturbam as pessoas, porém se pensarmos em desenvolvimento da personalidade, o tratamento deverá ser de médio em longo prazo. O objetivo é ir além dos sintomas, buscando o desenvolvimento duradouro das capacidades psíquicas do paciente. Os tratamentos devem considerar cada caso em sua particularidade. Podem ser breves com duração de 20 sessões ou de longo prazo, de dois a três anos. Pesquisas atuais têm apontado que tratamentos de longo prazo produzem resultados mais duradouros no decorrer da vida. Sabidamente, o Transtorno de Personalidade Borderline é considerado um transtorno fronteiriço ou limítrofe entre uma modalidade “não normal” da personalidade de se relacionar com o mundo e um estado que pode ser considerado francamente patológico. Assim sendo, os pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline deve ser considerados caso a caso.
Terapias para Transtorno de personalidade borderline
A psicoterapia é uma grande aliada para quem busca a melhora de aspectos emocionais. Além de oferecer auxílio em momentos de aflição, a técnica proveniente da psicologia também permite um maior entendimento frente às questões da vida. Ter o acompanhamento de um psicólogo no dia a dia pode trazer transformações significativas em sua existência, independente do motivo que o motivou a iniciar a psicoterapia. Há diferentes tipos de psicoterapias que podem contribuir para o tratamento de borderline, como o exemplo abaixo;
Prognóstico
Várias mudanças no comportamento e estilo de vida precisam ser implementadas para a minimização das complicações decorrentes do Transtorno de Personalidade Borderline. Ter o conhecimento e a aceitação do diagnóstico é fundamental para que ele possa buscar ajuda médica e psicológica adequadas ao seu problema. Fazer contato com o psiquiatra sempre que sentir um excesso de angústia que possa transbordar a sua capacidade de continência psíquica, senão o paciente irá buscar alívio através de atos lesivos no próprio corpo. Tratar de todas as comorbidadeque surgirem e suspender o uso de álcool e qualquer outra substância ilícita psicoativa sem ordem médica. Passar a viver uma vida com mais qualidade, regrada e sem excessos. A prática de exercícios físicos, higiene do sono e alimentação saudável são condutas indicadas. Frequentar grupos de apoio específicos para o Transtorno de Personalidade Borderline também é importante.
Relato: Convivendo com o Borderline
Por meio de sua conta na rede social “Youtube”, Sofia Lollato postou um vídeo contando sobre como o Transtorno de Personalidade Borderline afeta sua vida, além de compartilhar os sinais que anteciparam o seu diagnóstico e como ela lida diariamente com o distúrbio. Link- para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=WZx6Rrr3E-w.
Complicações possíveis
A pessoa com Transtorno de Personalidade Borderline tende a estar em constante estado de agitação. As complicações costumam ocorrer quando há separação, abandono percebido ou desaprovação de outra pessoa. O ambiente de trabalho pode proporcionar um fórum de turbulência nas relações com supervisores e colegas de trabalho. Os indivíduos com este transtorno exibem impulsividade em áreas potencialmente prejudiciais para si próprios, tais como nos esportes, nos jogos de azar, no consumo de tabaco, álcool e drogas. Eles podem jogar, fazer gastos irresponsáveis, comer em excesso, abusar de medicamentos, engajar-se em sexo inseguro e ou dirigir de forma imprudente. As pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline costumam apresentar comportamento, gestos e ou ameaças suicidas ou comportamento automutilante.
Não raro nos deparamos com complicações decorrentes do Transtorno de Personalidade Borderline como distúrbios alimentares, obesidade mórbida, síndrome metabólica, promiscuidade, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), gravidez indesejada, problemas com a lei, dilapidação do patrimônio, graves acidentes, entre outros. Caso haja comorbidades, ou seja, outros transtornos psiquiátricos associados com o Transtorno de Personalidade Borderline, certamente o curso, tratamento e prognóstico vão se complicar ainda mais. Gestos suicidas, bem como suicídio consumado são as complicações mais graves. Lesão aos outros também pode ocorrer.
Transtorno de personalidade borderline tem cura?
Os conhecimentos mais recentes mostram que mesmo com toda a conturbação e sofrimento que o portador do Transtorno de Personalidade Borderline causa a si próprio e a seus familiares o curso do transtorno não é tão negativo como se pensava antes. Hoje sabemos que o risco maior de completar o suicídio no Transtorno de Personalidade Borderline é nos 5 a 7 anos do início da manifestação. Depois disto o risco cai muito. Sabemos também que 10% das pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline completam o suicídio. Os sintomas do Transtorno de Personalidade Borderline melhoram com o passar do tempo. Por volta dos 30, 35 anos, os pacientes apresentam uma melhora grande. Estatísticas sugerem que com o devido tratamento, portadores de TPB tendem a sofrer recessão dos sintomas em algum momento da fase adulta. Dos que procuram ajuda profissional de uma maneira geral, 75% sofrem remissão da maior parte dos sintomas entre os 35 e 40 anos de idade, 15% entre os 40 e 50 anos de idade e os 10% restantes podem não apresentar resultados satisfatórios ou podem cometer o suicídio. Os sintomas tendem a sumir depois dos 40 anos. Mas quando tratado adequadamente o paciente poderá se organizar e melhorar a qualidade de vida e as suas relações.
Transtorno de Personalidade Antissocial
O que é transtorno de Transtorno de Personalidade Antissocial? 
	T Segundo o DSM-IV (Manual de Transtornos Mentais), o Transtorno de Personalidade Antissocial caracteriza-se essencialmente pelo padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos alheios, mas não se trata de uma simples desconsideração pontual como qualquer um de nós está sujeito a passar com alguém que amamos, o Transtorno de Personalidade Antissocial vai muito, além disso: Trata-se de uma total falta de empatia em relação aos demais, um egoísmo profundo e uma incapacidade de experimentar sentimentos como o amor. O transtorno de personalidade antissocial (TPA) comumente referido como sociopatia, é um transtorno de personalidade descrito no DSM-IV-TR, caracterizado pelo comportamento impulsivo do indivíduo afetado, desprezo por normas sociais e indiferença ou desrespeito pelos direitos e pelos sentimentos dos outros. Frequentemente o indivíduo demonstra também baixa consciência ou sentido de moral associado a um histórico de problemas legais e comportamentos agressivos ou impulsivos. Na classificação internacional de doenças (CID), é chamado de transtorno de personalidade dissocial. Costuma-se distinguir o conceito de distúrbio da personalidade antissocial do conceito de psicopatia. Muitos pesquisadores argumentam que a psicopatia é um distúrbio que se sobrepõe ao TPA, mas é distinto deste. Na população em geral, as taxas dos transtornos de personalidade podem variar de 0,5% a 3%, subindo para 45-66% entre presidiários.
Sintomas 
As pessoas com transtorno de personalidade antissocial podem expressar seu descaso pelos outros e pela lei destruindo propriedade, assediando outros ou roubando. Eles podem enganar explorar, fraudar ou manipular as pessoas para conseguir o que querem, por exemplo, por dinheiro, poder, e ou sexo. Eles podem usar um pseudônimo. Eles são impulsivos, não planejam com antecedência e não consideram as consequências para a segurança deles mesmos ou dos outros. Como resultado, eles podem de repente trocar de emprego, casa ou relacionamento. Os portadores deste transtorno podem dirigir em alta velocidade e embriagados, às vezes levando a acidentes, consumir quantidades excessivas de álcool ou usar drogas ilícitas que podem ter efeitos nocivos. Portadores desta patologia são tanto social quanto financeiramente irresponsáveis, não pagar suas contas, empréstimos, ou pensão alimentícia. São muitas vezes facilmente irritados e fisicamente agressivos; eles podem começar lutas ou abusar do cônjuge ou parceiro. Nas relações sexuais, eles podem ser irresponsáveis e explorar seu parceiro e não conseguirem permanecer monogâmicos. Não há remorso pelas ações. Os portadores deste transtorno podem explicar suas ações culpando aqueles que eles prejudicam justificando seus atos com pensamentos como: “eles mereciam” ou a forma como a vida é “justa”. Eles estão determinados a não serem intimidados e fazem o que eles acham que é melhor para si mesmos a qualquer custo. Eles não têm empatia pelos outros e podem ser desdenhosos ou indiferentes aos sentimentos, direitos e sofrimento dos outros. Os portadores deste transtorno de personalidade antissocial tendem a ter uma opinião elevada de si mesmos e podem ser muito teimosos, autoconfiantes ou arrogantes. Eles podem ser charmosos, volúveis e verbalmente superficiais em seus esforços para conseguirem o que querem.
Características 
As pessoas com esse transtorno tendem a ser hostis, manipuladoras e a tratar as pessoas com dureza, frieza, indiferença e insensibilidade. Com certa frequência podem violar leis, causar problemas sem apresentar nenhum sentimento de culpa ou remorso e são incapazes de cumprir quaisquer tipos de compromissos ou responsabilidades se isso não for do seu interesse. É preciso atentar ao fato de que pela característica de manipulação pode ser difícil reconhecer inicialmente as verdadeiras intenções de um psicopata. Muitas vezes, construímos um imaginário de uma pessoa muito fria e ao se deparar com alguém extremamente sedutor e agradável, podemos ser enganados por uma máscara que se sustenta manipulando a real personalidade; as maiorias dos portadores do diagnóstico de Transtorno de Personalidade Antissocial não se apresentam como realmente são, e sim sendo pessoas bem intencionadas e até prestativas ou generosas.
Causa 
Fatores ambientais e psicológicos como condições econômicas precárias, família desestruturada, histórico de violência que podem superar fatoresgenéticos na formação dos psicopatas atuais. Existe grande número de psicopatas entre as populações carcerárias. Estes indivíduos vivenciaram, geralmente, situações de desamparo, desprezo e desafeto por suas famílias. Vivências repletas de maus tratos, humilhações, abusos e mais uma série de fatores que, somados, podem levar o indivíduo a uma dessensibilização, emocionalmente superficial e a repetir a violência sofrida em suas relações sociais. Vários estudos mostram a associação entre lesões pré-frontais e comportamentos impulsivos, agressividade e inadequação social. Um indivíduo saudável apresentando comportamentos dentro dos padrões normais após sofrer um acidente em que o córtex é atingido, pode passar a apresentar comportamentos antissociais, ou seja, uma sociopatia adquirida. Estes dados confirmam o fato de que possa existir um componente cerebral envolvido no comportamento dos psicopatas. A diminuição da massa cinzenta na área pré-frontal, analisada por neuroimagem, demonstra que uma diminuição do volume do hipocampo posterior e um aumento da matéria branca do corpo caloso contribuem para o aparecimento de comportamentos mais agressivos.
Tratamento para Transtorno de Personalidade Antissocial
Infelizmente este é um tipo de transtorno que não costuma apresentar boa resposta para a intervenção medicamentosa e psicoterápica; isso quer dizer que os resultados para Tratamento de Transtorno de Personalidade Antissocial não são muito animadores no caso de adultos, no entanto é imprescindível que a família entenda o problema e possa aprender a lidar com a dinâmica tão peculiar destes pacientes. Se você percebe que alguém próximo possa apresentar os sintomas descritos para Personalidade Antissocial, ou que sua criança ou adolescente apresentam sintomas de Transtorno de Conduta não deixe de buscar acompanhamento para realizar o diagnóstico e entender a conduta terapêutica mais adequada.
Musica Relacionada com transtornos de personalidade 
Nome da Musica: No Meu Sangue
Cantor: Shawn Mendes
Me ajude
É como se as paredes estivessem desmoronando
Às vezes, sinto vontade de desistir.
Mas eu não posso
Não está no meu sangue
Deitado no chão do banheiro, sem sentir nada
Eu estou sobrecarregado e inseguro, me dê algo
Que eu poderia tomar para relaxar minha mente lentamente
Apenas tome uma bebida e você se sentirá melhor
Apenas a leve para casa e você se sentirá melhor
Continuam me dizendo que vai ficar melhor
Será que vai mesmo?
Me ajude
É como se as paredes estivessem desmoronando
Às vezes, sinto vontade de desistir
Nenhum remédio é forte o suficiente
Alguém me ajude
Estou rastejando dentro da minha pele
Às vezes, sinto vontade de desistir
Mas eu não posso
Não está no meu sangue
Não está no meu sangue
Mexendo no meu celular de novo, me sentindo ansioso
Com medo de ficar sozinho de novo, eu odeio isso
Estou tentando encontrar um jeito de relaxar, não consigo respirar, oh
Será que tem alguém que poderia
Me ajudar?
É como se as paredes estivessem desmoronando
Às vezes, sinto vontade de desistir
Nenhum remédio é forte o suficiente
Alguém me ajude
Estou rastejando dentro da minha pele
Às vezes, sinto vontade de desistir
Mas eu não posso
Não está no meu sangue
Não está no meu sangue
Preciso de alguém agora
Preciso de alguém agora
Alguém para me ajudar
Preciso de alguém agora
Me ajude
É como se as paredes estivessem desmoronando
Às vezes, sinto vontade de desistir
Mas eu não posso
Não está no meu sangue
Não está no meu sangue
Não está no meu sangue
Preciso de alguém agora
Não está no meu sangue
Preciso de alguém agora
Não está no meu sangue
Nome da Musica: Pequenas Vitórias
Cantora: Christina Perri
Alguns dias eu olho no espelho e penso
As coisas mais cruéis, todas as coisas mais cruéis
Alguns dia eu estou segurando minha autoestima
Por um fio, por fio
Mas todo dia que eu não me escondo
Para mim, é uma pequena vitória
Alguns dias parece uma bola de demolição balançando
Através do meu tórax, do meu tórax
Algumas noites eu sou apenas um milhão de pedaços quebrados cantando
Em um palco
Estou um pouco mais despedaçada, mas um pouco mais livre
E essa é uma pequena vitória
E se as batalhas podem ganhar uma guerra
Eu posso continuar pegando minha espada do chão
E aprender a valorizar esses
Pequenas vitórias, pequenas vitórias
Alguns dias desistir de mim parece tão
Tão fácil de fazer, é tão fácil de fazer
A luta é lenta, eu mal movo a agulha
E racha abaixo de você, mas há luz vindo através
E se as batalhas podem ganhar uma guerra
Eu posso continuar pegando minha espada do chão
E aprender a valorizar esses
Pequenas vitórias, pequenas vitórias
Pequenas vitórias, pequenas vitórias
Todo dia que eu não me escondo
Todo dia que eu não me escondo
Para mim, é uma pequena vitória.
Poema de um filho com depressão para sua mãe.
 Fonte: Do UOL, em São Paulo 26/10/2016 17h52
"Mãe, minha depressão é metamorfa. Um dia, é pequena como um vaga-lume na palma da mão de um urso. No seguinte, é o urso." É assim que a jovem Sabrina Benaim, de Toronto, no Canadá, tenta fazer a mãe entender como ela se sente nos "dias sombrios", como chama quando tem crise de ansiedade e depressão, no poema "Explicando Minha Depressão Para Minha Mãe - Uma Conversa". O vídeo do desempenho, gravado no Slam Nacional de Poesia 2014, em Toronto, foi publicado em novembro de 2014 no canal do coletivo Button Poetry. Nele, Sabrina, que sempre conviveu com a depressão e a ansiedade, fala, com uma voz embargada, como a insônia, pensamentos sobre a morte e outros sintomas dos transtornos impedem que ela tenha uma vida "normal" e sair com os amigos. "Claro, eu faço planos, mas não quero ir. Faço planos porque sei que deveria ter vontade de fazê-los", fala.  No fim do relato, que já teve mais de 4,2 milhões de visualizações e foi legendado para outros idiomas, incluindo o português, Sabrina quase entra em desespero pois a mãe continua não compreendendo muito bem como os transtornos a paralisam. "Mãe, você não consegue ver que eu também não consigo entender?"

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