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Caso clínico

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Caso clínico - Artrite Reumatoide 
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há 1 ano     -      14747 Visualizações 
Fonte: http://blog.handcare.org/wp-content/uploads/2016/12/hand-anatomy-cropped.jpg
ID: J.F.N, sexo feminino, 53 anos, branca, divorciada, bancária, natural e procedente de Salvador.
Queixa Principal: ”Dor intensa (7/10) nas articulações das duas mãos há 9 meses , porém com piora há 3 meses”
HMA: Paciente refere dor em articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas há 9 meses, que perdurou durante cerca de 4 semanas , passando por um período de recessão sem dor e retornando há 3 meses com piora do quadro. Relata que ambas as vezes a dor melhorava ao uso de AINEs, principalmente dipirona sódica monohidratada (500mg). Relata que acompanhado das dores teve rigidez matinal nas articulações acometidas e que esta rigidez perdurava por cerca de 60 minutos, melhorando com o decorrer do dia. Relata fadiga, que iniciou conjuntamente com o quadro há 9 meses e perdura até os dias atuais. Refere ainda sensação febril de prostração (sic), não chegando a medir tal febre, mas que iniciou recentemente, cerca de 2 semanas e que tem atrapalhado bastante o seu cotidiano.:
Interrogatório Sistêmico (IS): Nega perda de peso, diminuição do apetite lesões em pele, queda de pelos, diarreia, vômitos e astenia. Relata leve formigamento em 4 e 5 metacarpos e falanges em ambas as mãos quando realizava atividades manuais durante um longo período, como digitar no trabalho (sic).
Antecedentes médicos (AM): Nega DM, HAS, asma, uso de medicamentos, internações, traumas, cirurgias prévias, alergias a medicamentos e alimentos. Nega transfusão sanguínea.
Antecedentes epidemiológicos (AE): Nega viagens recentes, contato com pessoas com doenças infectocontagiosas.
Antecedentes familiares (AF): Pais vivos, mãe com 73 anos, sem problemas de saúde de seu conhecimento. Pai com 81 anos com DMII diagnosticado há 30 anos. Nega outras doenças de caráter heredofamiliar.
HV: Nega etilismo e uso de drogas ilícitas. Refere ser tabagista há 28 anos, fumando 1 maço/dia. Refere boa alimentação e sedentarismo.
 
Exame Físico:
Dados vitais:
PA= 130X80mmHg,
FC=78 BPM
FR=18 IPM
      Geral: Bom estado geral e nutricional vígil, normocorada , afebril e acianótica.
Pele: Nódulos subcutâneos em I e III falanges da mão direita.
Cabeça e pescoço: Sem alterações
ACV: Precórdio calmo, ictus não palpável, BRNF em 2 tempos
ABD: Plano, simétrico, cicatriz umbilical intrusa e centralizada ,RHA+ indolor a palpação e ausência de visceromegalias
OSTEOMOTOR: Manutenção de movimentos de flexão, dorsiflexão, abdução e adução em  ambos os punhos. Pequena dificuldade de realizar movimentos de flexão e extensão das articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas, em ambas as mãos. Ao teste do squeeze sentiu intensa dor.
EXTREMIDADES: Bem perfundidas e sem edemas.
 
Discussão:
Qual o provável diagnostico e quais exames devem ser solicitados para o correto diagnostico e manejo da paciente?
Para iniciar o diagnostico do caso em questão devemos olhar para o sintoma guia que nesse caso foi a dor em articulações metacarpofalangeanas de forma simétrica que melhorava ao uso de AINEs. Tal fato é uma característica típica das artrites , sendo a mais comum delas a artrite reumatoide. Vemos então outro sintoma bem típico da doença que é a rigidez matinal, além da sensação febril. Em hábitos de vida podemos ver que a mesma era fumante e parece que tal fator está relacionado à uma maior incidência dessa doença. Além de que a doença costuma acometer em maioria pacientes do sexo feminino, como o caso da nossa paciente. Uma outra possível patologia que poderia ser levantada seria a artrite psoriática, porem estas tem um caráter maior de acometimento da pele, causando lesões descamativas; poderia se suspeitar de outras artrites como infecciosas, porem estas acometem normalmente somente uma articulação, tendo também um padrão mais agudo1. Para o correto diagnostico e manejo da doença se recomenda a requisição de radiografias e do fator reumatoide sérico, além de exames de prova inflamatória como PCR E VHS; sendo que para correta conclusão diagnostica se utilizam os critérios de EULAR/ACR.
Uma artrite crônica e erosiva que requer tratamento precoce e agressivo. 
Diagnosticada clinicamente. Os exames laboratoriais e radiográficos fornecem informações prognósticas mais frequentemente que as informações diagnósticas. 
O metotrexato é o medicamento base para o tratamento da artrite reumatoide (AR). 
Os índices de atividade da doença (por exemplo, o índice de atividade da doença baseado em 28 articulações [IAD28], o índice de atividade da doença clínica [IADC], o índice simplificado de atividade de doença [ISAD] e os dados do índice da avaliação de rotina do paciente [RAPID3]) são usados rotineiramente para oferecer o tratamento ideal aos pacientes de AR. 
Definição
A artrite reumatoide (AR) é uma condição de inflamação crônica que afeta cerca de 1% da população, tornando-a uma das artrites inflamatórias mais comuns na prática médica. [1] Ela afeta principalmente as pequenas articulações das mãos e dos pés e, se não tratada agressivamente, pode ser a principal causa de incapacitação no trabalho, qualidade de vida diminuída, necessidade de cirurgia de substituição da articulação e mortalidade. [2] O diagnóstico clínico da AR é realizado com exames laboratoriais e radiográficos que ajudam a confirmar o diagnóstico, fornecendo informações prognósticas úteis. 
História e exame físico
Principais fatores de diagnóstico
artrite simétrica ativa com duração >6 semanas
idade entre 50 e 55 anos
sexo feminino
dor nas articulações
Detalhes completos 
Outros fatores de diagnóstico
rigidez matinal
deformidade de pescoço de cisne
deformidade em botoeira
desvio ulnar
Detalhes completos 
Fatores de risco
predisposição genética
tabagismo
Detalhes completos

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