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REVISÃO DE DIREITO CIVIL III

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MATERIAL DE REVISÃO DE DIREITO CIVIL III 
 
 
 
 
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
CLASSIFICAÇÃO E ADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 
 
LEI, CITAÇÕES DOUTRINÁRIAS E QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
 
 
AUTOR: RONAN RODRIGO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
 
1.1 - Conceito de obrigações 
 
 "Obrigação é a relação jurídica transitória, existente entre um sujeito ativo, 
denominado credor, e outro sujeito passivo, o devedor, e cujo objeto consiste em uma 
prestação situada no âmbito dos direitos pessoais, positiva ou negativa. Havendo o 
descumprimento ou inadimplemento obrigacional, poderá o credor satisfazer-se no 
patrimônio do devedor." 
• -Flavio Tartuce 
 
1.2 - Elementos da obrigação 
• Elementos subjetivos - Sujeito ativo (credor) e sujeito passivo (devedor). 
• Elemento objetivo ou material - A prestação (que pode ser positiva ou negativa). 
• O objeto deve ser lícito, possível, determinado ou pelo menos determinável. 
• Elemento imaterial, virtual ou espiritual - É o vinculo jurídico da relação (elo que 
sujeita o devedor à determinada prestação) 
 
1.3 - Teoria dualista 
 
 A obrigação deve ser visualizada sob o prisma dual. Haverá, inicialmente, o débito 
(Schuld). No caso de inadimplemento, surgirá a responsabilidade (Haftung). Diante 
disso, podemos identificar duas situações: 
1. Schuld sem Haftung (débito sem responsabilidade): ocorre na obrigação natural 
ou incompleta, que não pode ser exigida; 
2. Haftung sem Schuld (responsabilidade sem débito): Ocorre na fiança. 
 
 
CAPÍTULO 2 - CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES. 
 
2.1 - Obrigação de dar coisa certa 
• A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios, salvo se o contrário resultar 
do título ou das circunstâncias do caso - art 233 do CC - Princípio da gravitação 
jurídica. 
• Havendo obrigação de dar coisa certa e perdendo-se a coisa sem culpa do 
devedor, antes da tradição ou pendente condição suspensiva, resolvem-se a 
obrigação, sem o pagamento de perdas e danos - art 234 do CC. 
• Princípio res perit domino - a coisa perece para o dono (quando o credor suporta 
o prejuízo da perda). 
• Havendo culpa do devedor, ele responderá pelo valor equivalente à coisa, mais 
perdas e danos - art 234 do CC. 
• Em regra, a culpa é ausente nos casos fortuitos ou de força maior. 
• A culpa é concebida em sentido amplo, englobando o dolo (intenção de 
descumprimento) e a culpa em sentido estrito (quando decorre de imprudência, 
negligência ou imperícia). 
• Se a coisa se desvalorizar ou deteriorada, o credo terá duas opções (art 235 do 
CC): 
1. Resolver a obrigação, sem o direito a perdas e danos; 
2. Ficar com a coisa, abatido do preço o valor correspondente ao parecimento 
parcial. 
• Se a culpa da desvalorização ou deterioração, poderá o credor (art 236): 
1. Exigir o valor equivalente, sem prejuízo das perdas e danos; 
2. Aceitar a coisa deteriorara, também sem prejuízo das perdas e danos. 
• Valorizada a coisa antes da tradição, poderá o devedor exigir aumento no preço. 
• Caso a outra parte não concorde, poderá o devedor resolver a obrigação, sem 
pleitear perdas e danos. 
• Os frutos percebidos (já colhidos) pertencem ao devedor, os pendentes (não 
colhidos), ao credor. 
 
2.3 - Obrigação de restituir 
• Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, 
se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, 
ressalvados os seus direitos até o dia da perda. 
• Se a perda da coisa ocorrer sem culpa do devedor, o credor deverá suportar a 
perda, mas poderá pleitear os direitos que já existiam até o dia da referida data. 
• Exemplo: No caso de uma locação, em que o devedor tem o dever de devolver o 
imóvel ao final do contrato. No caso de um incêndio causado por caso fortuito 
ou força maior que destrói todo a casa, o credo não poderá pleitear um novo 
imóvel ao devedor, mas terá direito aos aluguéis não pagos até o evento danoso. 
• Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo 
equivalente, mais perdas e danos. 
• No caso do exemplo anterior, se o devedor for o causador do incêndio por culpa, 
o credor poderá exigir um novo imóveis, além das perdas e danos. 
• Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o 
credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, 
observar-se-á o disposto no art. 239. 
• Se houver a deterioração ou desvalorização da coisa a ser restituída, teremos 
duas hipóteses: 
1. Se for sem culpa do devedor, o credor deverá receber a coisa no estado em que 
se encontra, sem direito à indenização; 
2. Se for com culpa do devedor, o credor poderá exigir valor equivalente à coisa, 
mais perda e danos. 
• Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, 
sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de 
indenização. 
• Se, na obrigação de restituir, houver melhoramento ou acréscimo à coisa, sem 
despesa ou trabalho do devedor, o credor lucrará, sem obrigação de indenizar, 
pelo princípio res perit domino, ou seja, a coisa perece para o dono. 
• Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho 
ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às 
benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
• Por outro lado, se para o melhoramento ou acréscimo à coisa, o devedor 
empregou trabalho ou teve despesas, teremos as seguinte opções: 
1. Caso tenha agido com boa-fé, o devedor será indenizado pelas benfeitorias úteis 
e necessárias. 
2. Se a benfeitoria for voluptuária, o devedor poderá levata-las desde que isso não 
gere diminuição no valor da coisa principal. 
3. Em caso de má-fé, o devedor somente receberá pelas benfeitorias necessárias. 
 
2.3 - Obrigação de dar coisa incerta 
• A obrigação de dar coisa incerta compreende um objeto indeterminável, pelo 
menos inicialmente, que será indicado pelo menos quanto ao gênero e 
qualidade. 
• Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha 
pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não 
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. 
• A escolha (ou concentração), em regra, cabe ao devedor. 
• Quando a escolha da coisa couber ao devedor, ele não poderá dar a pior 
coisa,nem deverá dar a melhor, devendo obedecer ao critério da qualidade 
média. 
• Após a escolha do devedor, e tendo sido cientificado o credor, a obrigação 
passará a ser de dar coisa certa. 
• Por fim, o artigo 246 prevê o princípio genus nanquam perit (gênero nunca 
perece), ou seja, antes da escolha, o devedor não poderá alegar perda ou 
deterioração da coisa, mesmo que por caso fortuito ou força maior. 
 
 
2.4 - Obrigação de fazer 
• Pode ser conceituada como uma obrigação positiva consistente no cumprimento 
de uma tarefa ou atribuição por parte do devedor. 
• Elas podem ser classificadas em: 
• Infungível ou personalíssima - só pode ser realizada por determinada pessoas, 
em razão de regra constante no instrumento obrigacional ou pela própria 
natureza da obrigação; 
• Fungível ou não personalíssima - ainda pode ser realizada por outro pessoa, à 
custa do devedor originário. 
• Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar 
a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível. 
• Na obrigação personalíssima, negando-se o devedor ao seu cumprimento, a 
obrigação de fazer converte-se em obrigação de dar, devendo o sujeito passivo 
arcar com as perdas e danos. 
• Em relação à obrigação de fazer fungível, entende Flávio Tartuce que só são 
possíveis as astreints somente em relação ao devedor originário. 
• Art. 248. Sea prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, 
resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. 
• Caso a obrigação de fazer, nas duas modalidades, torne-se impossível, sem culpa 
do devedor, resolver-se-a a obrigação sem a necessidade de pagamento de 
perdas e danos. 
• Exceção deve ser feita ao devedor em mora, que responderá por tais eventos. 
• O art.249 do CC é o que apresenta o conceito de obrigação de fazer fungível, 
aquela substituível e que pode ser cumprida por terceiros às custas do devedor 
originário. 
• Nessa modalidade, antes da conversão da obrigação em perdas e danos, pode o 
credor exigir que outra pessoas cumpra com a obrigação. 
• Por fim, o parágrafo único do artigo 249 prevê que, em caso de urgência, pode o 
credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar 
executar o fato, sendo depois ressarcido. 
• Trata-se da autotutela civil, quando o credo, em caso de urgência, executa ou 
manda executar a obrigação de fazer, e ainda sim tem o direito de pleitear 
perdas e danos. 
2.5 - Obrigação de não fazer 
• É a obrigação que tem como objeto a abstenção de uma conduta. 
• A obrigação de não fazer pode ter origem legal ou convencional: 
1. Convencional: ex funcionário que celebra contrato de sigilo industrial; 
2. Legal: proprietário de imóvel que tem o dever de não construir até certa 
distância do imóvel vizinho. 
• Se o adimplemento se tornar impossível, sem culpa genérica do devedor, será 
resolvida a obrigação. 
• Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor 
pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo 
o culpado perdas e danos. 
• Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar 
desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do 
ressarcimento devido. 
• 
• Em caso de descumprimento da obrigação de não fazer, teremos duas opções: 
1. Se não houver urgência, o credor poderá exigir judicialmente que o devedor 
desfaça o ato, sob pena de arcar com as custas + perdas e danos; 
2. Se houver urgência, o credor, independentemente de autorização judicial, 
poderá desfazer o ato e, posteriormente, requerer o prejuízo que sofreu + 
perdas e danos. 
3. Caso seja irreversível, poderá o credor apenas exigir perdas e danos. 
 
2.6 - Obrigações alternativas 
• Obrigação alternativa é uma espécie do gênero obrigação composta. 
• Conceito: Uma obrigação composta objetiva, tendo mais de um conteúdo ou 
prestação. 
• Havendo duas prestações, o devedor se desonera totalmente satisfazendo uma 
delas. 
• A escolha cabe ao credor, se o contrário não tiver sido estipulado entre as partes. 
• O devedor não pode exigir que o credo receba parte em uma prestação e parte 
em outra. 
• A exceção à regra é se as prestações forem periódicas, quando o devedor poderá 
escolher a prestação em cada período. 
• Não havendo acordo quanto à concentração na obrigação alternativa, em 
relação às partes ou à terceiros, a escolha caberá ao juiz. 
• Na hipótese que a concentração couber à terceiro, caso este não queira ou não 
possa exercer o ato, caberá a escola ao juiz. 
• Se uma das duas obrigações não puder ser objeto de obrigação ou se uma delas 
se tornar inexequível, subsistirá o débito quanto à outra. 
• Se as duas tornarem-se impossíveis, por culpa do devedor, e a escolha couber ao 
primeiro, ele deverá arcar com a última prestação pela qual se obrigou + perdas 
e danos. 
• Se somente uma se tornar impossível, e a escolha couber ao credo, poderá este 
exigir a prestação restante + perdas e danos ou exigir o valor da prestação que 
se perdeu + perdas e danos 
• Se as duas se perderem, e a escolha couber ao credor, poderá exigir o valor de 
qualquer uma + perdas e danos. 
• Se todas se tornarem impossíveis, sem culpa do devedor, a obrigação será 
extinta. 
 
2.7 - Obrigação facultativa 
• Na obrigação facultativa, somente existe uma prestação, acompanhada por uma 
faculdade a ser cumprida pelo devedor de acordo com a sua opção ou 
conveniência. 
• O credor não pode exigir que o devedor escolha uma ou outra prestação, sendo 
uma faculdade exclusiva do sujeito passivo. 
 
2.8 - Da solidariedade ativa 
• Quando qualquer um dos credores pode exigir do devedor a obrigação por 
inteiro. 
• Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor 
comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. 
• Cada credor tem direito a receber a dívida por inteiro. 
• Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o 
montante do que foi pago. 
• O devedor se desobriga da obrigação pagando o todo para um dos credores ou 
parte para ambos. 
• Se um dos credores falecer, a obrigação se transmite, cessando a solidariedade 
em relação aos terceiros, ou seja, cada um poderá exigir sua sua cota parte. 
• Denominada refração do crédito - ou seja - separa-se a parte que caberia ao 
credor falecido e divide entre os herdeiros. 
• 
• Existem 3 exceções: 
• 1 - se só existir um herdeiro; 
• 2 - se os herdeiros se unirem, substituindo o credor falecido. 
• 3 - se a obrigação for indivisível. 
• Convertendo-se a obrigação em perdas e danos, subsiste a solidariedade. 
• Direito de regresso: Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o 
pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba. 
• Se um credor perdoar a dívida, ou receber a obrigação por inteiro, os outros 
credores que nada receberam, poderão exigir suas respectivas partes. 
• Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções 
pessoais oponíveis aos outros. 
• O devedor não poderá opor contra um dos credores solidários as exceções 
pessoais (defesas) oponíveis aos outros credores. 
• Exceções pessoais são as defesas de mérito existentes somente contra 
determinado sujeitos, como é o caso dos vícios da vontade e as incapacidades 
em geral. 
• O devedor não poderá opor essas defesas diante de sua natureza personalíssima. 
 
2.9 - Da solidariedade passiva 
• Ocorre solidariedade passiva quando o credo tem o direito de exigir e receber 
de um ou de alguns devedores, a dívida total ou parcial. 
• Se for proposta ação somente contra um dos devedores, não haverá renúncia à 
solidariedade. 
• Caso ocorra pagamento parcial da dívida, todos os devedores restantes, após se 
descontar a parte de quem pagou, continuam responsáveis pela dívida inteira. 
• O art 276 nos diz que, no caso de falecimento de um dos devedores, cessa a 
solidariedade em relação ao seus sucessores, subsistindo a obrigação. Além 
disso, eles só serão responsáveis pela dívida até o limite da herança. 
• Essa regra não se aplica se a obrigação for indivisível. 
• Todos os herdeiros, reunidos, deverão ser considerados como um devedor 
solidário em relação aos demais codevedores. 
• Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre 
um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros 
sem consentimento destes. 
• O que for compactuado entre o credor e um devedor solidário não poderá 
agravar a situação dos demais, sem o consentimento deles. 
• Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores 
solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas 
perdas e danos só responde o culpado. 
• Em caso de descumprimento da obrigação por culpa de um devedores, todos 
irão responder pelo débito. Porém, pelas perdas e danos, só será responsável 
aquele que agiu com culpa ou dolo. 
• Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação 
tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela 
obrigação acrescida. 
• No tocante à obrigação acrescida,como é o caso do ilícito extracontratual, 
responde apenas aquele que agiu com culpa. 
• Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, 
subsistirá a dos demais. 
• Com a renúncia da solidariedade, o credor só poderá cobrar do beneficiado a sua 
quota parte da dívida; permanecendo a solidariedade quanto aos demais 
devedores, abatida do débito a parte correspondente aos beneficiados pela 
renúncia. 
• Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada 
um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do 
insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os 
co-devedores. 
• Esse artigo possibilita a ação de regresso por parte do devedor solidário que paga 
a dívida dos demais. Assim, percebe-se que o pagamento da dívida faz com que 
esta perca o caráter de não fracionamento existente na relação entre devedor e 
credores. 
• Ocorre aqui a sub-rogação legal. 
• Ademais, havendo insolvência de um dos devedores, sua quota parte deverá ser 
dividida entre os demais. 
• 
• Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os 
exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia 
ao insolvente. 
• A quota parte do insolvente é dividida entre todos os devedores, inclusive os que 
foram exonerados da solidariedade. 
• Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, 
responderá este por toda ela para com aquele que pagar. 
 
2.10 - Obrigações Divisíveis 
• Obrigação divisível é aquela que pode ser cumprida de forma fracionada, ou seja, 
em partes. 
• Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação 
divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, 
quantos os credores ou devedores. 
• Aqui, existe uma presunção relativa (iuris tantum), de que, havendo mais de um 
credor ou devedor, a obrigação será dividida de maneira igual entre eles. 
• Exemplo: Se 3 devedores tiverem a obrigação de entregar 120 sacos de feijão ao 
credor, aplicando-se a presunção relativa, cada um deverá entregar 40 partes, e 
assim, estará desobrigado do restante. 
• A presunção relativa pode ser modificada se o contrário for estipulado entre as 
partes. 
 
2.11 - Obrigações indivisíveis 
• Obrigação indivisível é aquela que não admite fracionamento quanto ao 
cumprimento. 
• Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa 
ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem 
econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico. 
• Aqui, vemos que o objeto da obrigação pode ser indivisível por 3 motivos: 
1. Legal - decorrente de imposição da norma jurídica; 
2. Natural - decorrente da natureza da obrigação - como por exemplo, um carro, 
uma casa...; 
3. Convencional - pela vontade das partes na relação obrigacional. 
• Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada 
um será obrigado pela dívida toda. 
• Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor 
em relação aos outros coobrigados. 
• Ou seja, se houver mais de um devedor numa obrigação indivisível, todos serão 
responsáveis pela obrigação completa. 
• Além disso, o devedor que paga a dívida se sub-roga nos direitos do credor. 
• Assim, se Caio, Tício e Mévio devem um carro no valor de 30 mil reais à Ronan, 
e Caio paga a dívida, poderá exigir 10 mil reais de Tício e Mévio, referente à quota 
parte de cada um. 
• Havendo mais de um credor, o devedor somente se desonera da obrigação em 
duas hipóteses: 
1. Se realizar o pagamento a todos os credores conjuntamente ou; 
2. Se realizar o pagamento à um credor, exigindo desse a correspondente caução 
de ratificação dos outros credores (PERMISSÃO DADA PELOS OUTROS CREDORES 
PARA QUE UM DELES POSSA RECEBER A OBRIGAÇÃO). 
• Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos 
outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. 
• Ou seja, se Tício e Mévio são credores de uma obrigação indivisível consistente 
em um carro de 20 mil reais, e Tício recebe a prestação por inteiro, poderá Mévio 
exigir dele 10 mil reais em dinheiro, correspondente à sua quota parte. 
• Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para 
com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor 
remitente. 
• Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, 
compensação ou confusão. 
• Facilitando, se um credor perdoar a dívida em uma obrigação indivisível, 
continuará exigível a parte dos demais devedores. 
• Exemplo: Caio Tício e Mévio são credores de Ronan, cuja obrigação corresponde 
à entrega de um carro no valor de 30 mil reais. Caio, muito amigo de Ronan, 
perdoa sua parte na dívida. 
• Nesse caso, Tício e Mévio ainda podem exigir o carro de Ronan, desde que 
paguem à ele os 10 mil referentes à quota parte de Caio, ou seja, Ronan entrega 
o carro de 30 mil, mas recebe 10 mil em dinheiro. 
• A obrigação indivisível perde a indivisibilidade caso seja convertida em perdas e 
danos. 
• Se houver culpa de todos os devedores no descumprimento, todos serão 
responsáveis por partes iguais. 
• Havendo culpa apenas de um devedor, somente ele responderá por perdas e 
danos, assim como pelo valor da prestação. 
• DIFERENÇAS ENTRE OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA E OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL. 
• 
 
 
CAPÍTULO 2 - DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES 
• A cessão, em sentido amplo, pode ser conceituada como a transferência 
negocial, a título oneroso ou gratuito, de uma posição na relação juridica 
obrigacional, tendo como objeto um direito ou um dever, com todas as 
características previstas antes da transmissão. 
• O direito Civil brasileiro admite três formas de transmissão das obrigações: 
1. Cessão de crédito; 
2. Cessão de débito; 
3. Cessão de contrato. 
2.1 - Da cessão de crédito 
• A cessão de crédito pode ser conceituada como um negócio jurídico bilateral ou 
sinalagmático, gratuito ou oneroso, pelo qual o credor, sujeito ativo da relação 
obrigacional, transfere a outrem, no todo ou em parte, a sua posição na relação 
obrigacional. 
• Aquele que realiza a cessão é denominado cedente; 
• Aquele que recebe o direito do credor é denominado cessionário; 
• O devedor é denominado cedido. 
• A cessão independe de anuência do devedor. 
• Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da 
obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão 
não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento 
da obrigação. 
• Não é possível ceder o crédito em alguns casos, em decorrência de vedação legal, 
como nos casos de direitos da personalidade de obrigação alimentícia. 
• Essa impossibilidade de cessão pode constar do instrumento obrigacional. 
• Essa cláusula proibitiva não pode ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não 
constar do instrumento da obrigação. 
• Como premissa geral, note-se que os créditos podem ser objetos de cessão, pois 
a negociabilidade é a regra em matéria de direitos patrimoniais pessoais. No 
entanto, existem créditos que não podem ser cedidos, principalmente quando 
decorrem de relações jurídicas estritamente pessoais, como as de direitos de 
família e relacionadas com o nome da pessoa natural. 
• Com a cessão, são transferidos todos os elementos da obrigação, como os 
acessórios e as garantias de dívida, salvo disposição em contrário. 
• Exemplo: juros. 
• Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não 
celebrar-se mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido 
das solenidadesdo § 1o do art. 654. 
• Em regra, a cessão tem eficácia inter partes. 
• Para ter eficácia perante terceiro, é necessária a celebração de um acordo 
escrito, por meio de instrumento público ou particular, revestido das 
solenidades previstas no artigo 654, §1º, do CC. 
• IMPORTANTE: Não existe solenidade quanto à cessão de crédito, mas apenas 
para sua eficácia perante terceiros. 
• Não se considera como terceiro o devedor. 
• Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão 
quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito 
público ou particular, se declarou ciente da cessão feita. 
• Para que a cessão seja válida, não é necessário que o devedor com ela concorde 
ou dela participe. 
• Porém, a cessão não terá efeitos se o devedor dela não for notificado. 
• A notificação pode ser judicial ou extrajudicial. 
• Admite-se inclusive a notificação presumida, pela qual o devedor, em escrito 
público ou particular, declara-se ciente da cessão feita. 
• Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao 
credor primitivo (art 292). 
• Ou seja, se o devedor não for notificado, e realizar o pagamento ao credor 
primitivo, será "excluído" da obrigação. 
• Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o 
cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido. 
• A notificação do devedor é requisito de eficácia do ato, quanto a ele, devedor. 
Mas não impede o cessionário de se investir de todos os direitos relativos ao 
crédito cedido, podendo realizar os atos conservatórios e os demais atos 
inerentes ao domínio, inclusive ceder o crédito a outrem. 
• Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, 
bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha 
contra o cedente. 
• Ou seja, as defesa que o devedor teria contra o cedente (antigo credor) podem 
também ser usadas contra o cessionário (novo credor), como por exemplo, nos 
casos de pagamento total ou parcial e prescrição da dívida. 
• Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se 
responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao 
tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por 
título gratuito, se tiver procedido de má-fé. 
• Deve ficar claro que essa responsabilidade é somente quanto à existência da 
dívida. 
• Ou seja, se o cedente agir de má-fé, será responsável sendo a cessão por título 
oneroso ou gratuito, se não houver má-fé, somente na cessão por título oneroso. 
• Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência 
do devedor. 
• Ou seja, em regra, a cessão é denominada pro soluto. 
• Havendo previsão de responsabilidade pela solvência do cedido no instrumento 
obrigacional, a cessão é pro solvendo 
2.2 – Da assunção de dívida 
• A denominada "Assunção de Dívida" é o negócio jurídico que traduz a 
transferência de um débito a uma terceira pessoa que assume o polo passivo da 
relação jurídica obrigacional se obrigando perante o credor a cumprir a 
prestação devida. 
• São requisitos do instituto jurídico da assunção da dívida: 
1. Consentimento expresso do credor na assunção da dívida por terceiro; 
2. Validade do negocio jurídico; 
3. Solvência do novo devedor ao tempo da realização do negócio jurídico. 
 
• Cessão de contrato é a cessão dos polos ativos e passivos da relação jurídica 
obrigacional. 
 
CAPÍTULO 3 - DO ADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 
• A principal forma de extinção das obrigações ocorre pelo pagamento direito, 
expressão sinônima de solução, adimplemento, cumprimento, implemento ou 
satisfação obrigacional. 
• Por meio desse instituto, tem-se a liberação total do devedor em relação ao 
vínculo obrigacional. 
• O estudo da matéria visa responder as perguntas: quem, o que, onde e quando 
paga. 
 
 
 
3.1 - Elementos subjetivos do pagamento 
 
A) Quem paga? O SOLVENS! 
• Em regra, o pagamento é realizado pelo devedor - Solvens. 
• O pagamento também pode ser feito por terceiro, interessado ou não 
interessado: 
• Terceiro interessado é aquele que tem interesse jurídico e patrimonial na dívida. 
• Fiador, avalista ou herdeiro. 
• Sub-roga-se automaticamente nos direitos de credor (art 346, III do CC). 
• Súmula 549 do STJ - É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador 
de contrato de locação. 
• Terceiro não interessado é aquele que não tem interesse jurídico na dívida. 
• Exemplo: Um pai que paga a dívida do filho, ao ver que ele não possui condições 
para pagar. 
• Existem duas hipóteses: 
1. Se o terceiro não interessado fizer o pagamento em próprio nome tem direito a 
reembolsar-se no que pagou, mas não sub-roga-se nos direitos do credor (art 
305 CC). 
2. Se o terceiro não interessado fizer o pagamento em nome e em conta do 
devedor, sem oposição deste, não terá direito a nada, pois é como se fizesse uma 
doação (art 304 CC). 
• De acordo com o artigo 306 do CC, havendo pagamento por terceiro não 
interessado e em seu próprio nome, sem o conhecimento ou com oposição do 
devedor, não haverá obrigação de reembolso do devedor em relação a esse 
terceiro. 
 
B) Quem recebe? O ACCIPIENS! 
• Em regra, o accipiens será o credor, entretanto, o pagamento também poderá 
ser feito ao seu representante, desde que tenha poderes para recebê-lo. 
• O artigo 309 do CC determina que será válido o pagamento feito ao credor 
putativo, desde que haja boa-fé do devedor. 
• Credor putativo é aquele que aparentemente tem poderes para receber - falsa 
percepção da realidade - TEORIA DA APARÊNCIA. 
• O ilustre doutrinador Flávio Tartuce elucida o tema com o seguinte exemplo: 
"Imagine-se o caso em que um locador efetua o seu pagamento na imobiliária X, 
há certo tempo. Mas o locador rompe seu contrato de representação com essa 
imobiliária e contrata a imobiliária Y. O locatário não é avisado e continua 
fazendo os pagamentos na imobiliária anterior, sendo notificado da troca seis 
meses após. Logicamente, os pagamentos desses seis meses devem ser 
reputados válidos, não se aplicando a regra pela qual quem paga mal paga duas 
vezes. Dessa forma, cabe ao locador acionar a imobiliária X e não o locatário." 
 
3.2 - Elementos objetivos do pagamento direto 
• Conforme redação do artigo 313 do CC, podemos afirmar que o objeto do 
pagamento é a prestação, e que o credor pode se negar a receber prestação 
diversa da combinada entre as partes, mesmo que o valor seja maior. 
• Mesmo sendo a obrigação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, 
nem o devedor obrigado a pagar em partes, salvo previsão expressa em 
contrato (art 314) - Princípio Pacta Sunt Servanda - O que as partes combinaram 
será mantido, ou seja, o contrato tem força de lei entre as partes. 
• Conforme artigo 315 do CC, as dívidas em dinheiro devem ser pagas em moeda 
nacional corrente e pelo valor nominal (princípio do nominalismo). 
• Ademais, afirma o artigo 318 que são nulas as convenções de pagamento em 
ouro ou em moeda estrangeira. 
• Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas 
- Princípio da escala móvel. 
• Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta 
entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz 
corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real 
da prestação. 
• Teoria da imprevisão ou princípio rebus sic standibus - Exemplo: Pensão 
alimentícia, quando ocorre mudança significativa no salário do devedor - A 
sentença de pensão alimentícia não faz coisa julgada. 
• Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o 
pagamento, enquanto não lhe seja dada. 
• Ou seja,o devedor que paga tem direito ao recibo, e pode reter o pagamento se 
não recebê-lo. 
• Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, 
designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por 
este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do 
seu representante. 
• 
• Elementos da quitação: 
1. Valor expresso da obrigação; 
2. Especificidade da dívida quitada; 
3. Identificação do devedor ou de quem paga no seu lugar; 
4. Tempo e lugar do pagamento; 
5. Assinatura do credor ou seu representante, dando quitação total ou parcial. 
 
 
3.3 - Lugar do pagamento - onde se paga? 
• Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes 
convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da 
obrigação ou das circunstâncias. 
• Em regra, o pagamento ocorre no domicílio do devedor (QUERABLE) - Será no 
domicílio do devedor o pagamento, caso nenhum lugar tenha sido 
especificado entre as partes. 
• Porém, se for estipulado entre as partes, também poderá ocorrer no domicílio 
do credor (PORTABLE). 
• Caso tenha sido estipulado dois ou mais lugares, caberá ao credor escolher - 
Nesse caso, geralmente o credor escolhe o próprio domicílio, como ocorre em 
grande parte das obrigações no dia-a-dia. 
• Prevê o seu art. 329 que, “ocorrendo motivo grave para que se não efetue o 
pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem 
prejuízo para o credor”. 
• Mitigação do Pacta Sunt Servanda. 
• Podem ser citadas como razões para aplicação do dispositivo: greve no 
transporte público, calamidade pública, enchente, ataque terrorista ou de 
grupos armados, doença do devedor ou de pessoa de sua família, falta de energia 
elétrica, entre outros. Desde que não haja prejuízo para o credor, o pagamento 
pode ser efetuado em outro local. 
• Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia 
do credor relativamente ao previsto no contrato. 
• Presunção de renúncia quanto ao local do pagamento. 
• Aqui a relação é com o princípio da boa-fé objetiva, com a eticidade. 
• Quando se estuda a boa-fé objetiva, surgem conceitos inovadores, que são 
supressio e a surrectio: 
1. Supressio - diminuir - renúncia de em direito - Caso tenha sido previsto no 
instrumento obrigacional o benefício da obrigação portável (cujo pagamento 
deve ser efetuado no domicílio do credor) e havendo o costume do credor 
receber no domicílio do devedor, a obrigação passará a ser considerada quesível, 
aquela cujo pagamento deve ocorrer no domicílio do sujeito passivo da relação 
obrigacional. 
2. Surrectio - ampliar - adquiri-se um direito - No caso anterior, ao mesmo tempo 
em que o credor perde um direito por essa supressão, surge um direito a favor 
do devedor, por meio da surrectio, ou surreição (surgimento), 
 
3.4 - Do tempo do pagamento 
• O vencimento é o momento em que a obrigação deve ser satisfeita, cabendo ao 
credor, a faculdade de cobrá-la. 
• Esse vencimento pode ser fixado por força das partes no instrumento negocial. 
 
• Existem 3 tempos de pagamento: 
1. Pagamento instantâneo - à vista; 
2. Pagamento de execução diferida - uma única vez, no futuro; 
3. Pagamento de execução periódica - várias parcelas. 
• O credor não pode exigir o pagamento antes do vencimento, assim como o não 
pode pagar após o vencimento. 
• Por força do artigo 331 do CC, não tendo sido ajustado época para o pagamento, 
salvo disposição contrária, pode o credor exigi-lo instantaneamente. 
 
 
CAPÍTULO 4 - REGRAS ESPECIAIS DE PAGAMENTO 
 
4.1 - Pagamento em consignação 
• Para Pablo Stolze, "trata-se a consignação em pagamento, portanto, do instituto 
jurídico colocado à disposição do devedor que, ante o obstáculo ao 
recebimento criado pelo credor ou quaisquer outras circunstâncias impeditivas 
do pagamento, exerça, por depósito da coisa, o direito de adimplir a prestação, 
liberando-se do liame obrigacional." 
• Para Maria Helena Diniz, o pagamento em consignação pode ser definido como 
"o meio indireto do devedor exonerar-se do liame obrigacional, consistente mo 
depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida (...)" 
• Em outras palavras, esse meio de pagamento tem como função proteger o 
devedor das consequências do inadimplemento, evitando assim, entre outras 
coisas, os juros e multas contratuais. 
• O artigo 335 traz um rol de situações onde é aplicável a consignação em 
pagamento: 
1. se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar 
quitação na devida forma; 
2. se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição 
devidos; 
3. se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou 
residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; 
4. se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do 
pagamento; 
5. se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
 
4.2 - Imputação do pagamento 
• Juridicamente falando, imputar significa designar, apontar, indicar. 
• A imputação ao pagamento se dá no caso em que o devedor contrai várias 
dívidas, de mesma natureza, para com um mesmo credor e dispõe de quantia 
inferior para saldá-las. 
• A imputação ao pagamento visa favorecer o devedor ao lhe possibilitar a escolha 
do débito que pretende extinguir. 
• Caso o credor não escolha, esse direito passa ao credor, não podendo o primeiro 
reclamar, a não ser que haja violência ou dolo do segundo. 
• Caso não haja manifestação de nenhum dos sujeitos, a imputação será feita da 
seguinte forma: 
1. Havendo capital e juros, o pagamento primeiro será feito nos juros vencidos e 
depois no capital; 
2. Posteriormente, o pagamento será feito nas dívidas com vencimento mais 
antigo; 
3. Caso todas sejam líquidas e vencidas ao mesmo tempo, será feito na prestação 
mais onerosa (cara); 
4. Caso não haja juros, sendo as dívidas líquidas, vencidas ao mesmo tempo e 
iguais, será feito o pagamento em todas na mesma proporção. 
4.3 - Dação em pagamento 
• Flávio Tartuce conceitua a dação em pagamento como "uma forma de 
pagamento indireto em que há acordo privado de vontades entre os sujeitos da 
relação obrigacional, pactuando-se a substituição do objeto obrigacional. 
• Em outras palavras, é quando o credor aceita receber, e o devedor pretende dar, 
coisa diferente da estipulada na obrigação. 
• O credor deve concordar, SEMPRE. 
• A dação em pagamento pode ter como objeto uma prestação qualquer, não 
sendo necessariamente dinheiro. Poderá ser bem móvel ou imóvel. 
• Deve haver o animus solvendi, ou seja, intenção de pagar. 
• Se o credor for evicto da coisa recebida, a obrigação primitivas será restaurada, 
ficando sem efeitos a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros de boa-
fé. 
• Evicção - Perda do objeto por decisão judicial ou ato administrativo de 
apreensão. 
 
QUESTÃO DE PROVA - Diferenciar Dação em pagamento de obrigação facultativa. 
 
 
4.4 - Novação 
• Novação é a substituição da obrigação primitiva por outra obrigação, com 
extinção da antiga. Desta forma surge uma nova dívida do devedor em relação 
ao credor, com o desaparecimento da original. 
• Dá-se a novação: 
1. Quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a 
anterior - novação real; 
2. Quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor 
- novação pessoal passiva; 
3. Quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, 
ficando o devedor quite com este - novação pessoal ativa. 
• Elementos da novação: 
1. Obrigação antiga; 
2. Nova obrigação; 
3. Animus novandi - intenção de inovar - deve ser expresso. 
• A novação renova o tempo de prescrição.4.5 - Compensação 
• Ocorre a compensação quando duas ou mais pessoas forem ao mesmo tempo 
credoras e devedoras umas das outras, extinguindo-se as obrigações até o ponto 
em que se encontrarem, onde se equivalem. 
• As dívidas devem ser: 
1. Fungíveis, ou seja, substituíveis, como nos casos de pagamento em dinheiro. 
2. Certas quanto à existência, e determinadas quanto ao valor (líquidas); 
3. Vencidas ou atuais, podendo serem cobradas. 
• A diferença de causa das dívidas não impede a compensação 
• As dívidas alimentares não podem ser objeto de compensação, por envolverem 
direitos da personalidade. 
• Se o bem é impenhorável, também será incompensável, como nos casos de 
salários e remunerações que visam a manutenção do patrimônio mínimo da 
pessoa humana. 
 
4.6 - Confusão 
• Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as 
qualidades de credor e devedor. 
• Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus 
acessórios, a obrigação anterior. 
• Para elucidar o tema, vejamos os dois exemplos a seguir: 
1. Imagine-se o caso em que a empresa A deve para a empresa B 1 milhão de reais. 
Se a segunda empresa adquirir a primeira, a dívida será extinta. Mas se essa 
aquisição for declarada nula judicialmente, volta a dívida a existir. 
2. Outro exemplo é o de alguém que deve uma quantia para seu pai, que é 
declarado morto por ausência. Se o filho for seu único sucessor, haverá a 
confusão total. Mas se o pai reaparecer, a dívida também ressurge. 
 
D.7 - Remissão 
• A remissão é o perdão de uma dívida, constituindo um direito exclusivo do 
credor de exonerar o devedor. 
• O perdão deve ser aceito pelo devedor. 
• Pode ser total ou parcial. 
• Nas obrigações solidárias, o credor pode perdoar a dívida de um dos devedores, 
mas para realizar a cobrança, deverá ser abatida a quota parte do devedor 
perdoado. 
QUESTÕES OBJETIVAS 
QUESTÃO 1 - Pedro tem uma dívida líquida, certa e vencida com Carlos, que reside em 
lugar incerto. Maria, amiga de Pedro e terceira não interessada na relação jurídica de 
Pedro e Carlos, resolveu efetuar o pagamento da dívida. Como Maria não localizou 
Carlos, ela efetuou depósito judicial em nome e à conta de Pedro, que não se opôs e, 
assim, a dívida foi extinta. 
 
Considerando o disposto no Código Civil, Maria procedeu a um(a) 
A - pagamento com sub-rogação. 
B - dação em pagamento. 
C - novação. 
D - imputação do pagamento. 
E - pagamento em consignação. 
 
QUESTÃO 2 - Lucas e Bruno realizaram um contrato de trato sucessivo em que se 
estampava uma obrigação portável. Entretanto, reiteradamente, o pagamento era feito 
de forma diversa da que fora pactuada, sem que os envolvidos apresentassem objeção. 
Neste caso, os pagamentos realizados são: 
A - inválidos, porque realizado de forma diversa daquela constante do instrumento da 
avença, e o credor poderá exigir que o pagamento passe a ser realizado da forma 
constante do instrumento da avença, uma vez que não há fundamento para se presumir 
a renúncia ao previsto no contrato nessas circunstâncias. 
 
B - válidos, e o credor não poderá exigir que o pagamento passe a ser realizado da forma 
constante do instrumento da avença, uma vez que se presume que o credor renunciou 
ao previsto no contrato. 
 
C - inválidos, porque realizado de forma diversa daquela constante do instrumento da 
avença, mas o credor não poderá exigir que o pagamento passe a ser realizado da forma 
constante do instrumento da avença, uma vez que se presume que o credor renunciou 
ao previsto no contrato. 
 
D - válidos, mas o credor poderá exigir que o pagamento passe a ser realizado da forma 
constante do instrumento da avença, uma vez que não há fundamento para se presumir 
a renúncia ao previsto no contrato nessas circunstâncias. 
 
E - válidos, e o credor não poderá exigir que o pagamento passe a ser realizado da forma 
constante do instrumento da avença, uma vez que, apesar de não existir fundamento 
para a renúncia, é caso de duty to mitigate the loss. 
 
QUESTÃO 3 - Paulo tem uma dívida de R$ 1.000 com Pedro; este, por sua vez, também 
tem uma dívida de R$ 1.000 com Paulo, de modo que ambas as dívidas são líquidas e 
exigíveis. 
Nesse caso, a extinção da obrigação poderá ocorrer por 
A - dação. 
B - compensação. 
C - sub-rogação. 
D - confusão. 
E - imputação. 
QUESTÃO 4 - Em 05/08/2018, Pedro tomou emprestado de João o valor de R$ 
50.000,00. A quantia deveria ser devolvida em 05/09/2018. Em 20/08/2018, Pedro 
vendeu seu carro para João por R$ 45.000,00, quantia que deveria ser paga em 
05/09/2018. 
No dia do vencimento das obrigações, Pedro e João optaram pela extinção de suas 
dívidas atuais e assinaram novo contrato, em que Pedro se comprometia a entregar, no 
dia 05/12/2018, quatro pneus novos a João, no valor total de R$ 5.000,00. 
 
Sobre o caso concreto, assinale a afirmativa correta. 
 
A - Quanto ao valor de R$ 45.000,00, houve extinção da obrigação por confusão. 
B - João não poderá se beneficiar da compensação do débito, pois não constituiu seu 
devedor em mora. 
C - A obrigação constituída em 05/09/2018 configura hipótese de sub-rogação. 
D - O saldo devedor de R$ 5.000,00, convertido em quatro pneus, foi extinto por 
novação. 
E - O encontro de contas ocorrido em 05/09/2018, configura consignação e, a extinção 
do saldo, dação em pagamento. 
 
QUESTÃO 5 - Pedro, com o objetivo de pagar uma dívida que possuía com Roberto, 
cedeu-lhe, de forma onerosa, crédito vincendo que tinha a receber de Carlos, 
responsabilizando-se somente pela existência do referido crédito. Na data do 
vencimento da dívida, Roberto descobriu que Carlos era insolvente. 
 
Nessa situação hipotética, a dívida que Pedro tinha com Roberto 
 
A - não estará extinta, pois Pedro assumiu a obrigação de garantir a existência do 
crédito. 
B - estará quitada, pois o crédito foi cedido em caráter pro soluto. 
C - não estará extinta, pois a cessão de crédito é sempre em caráter pro soluto. 
D - estará quitada, pois não há distinção entre a cessão de crédito pro soluto e a cessão 
de crédito pro solvendo. 
E - estará quitada, pois a cessão de crédito é sempre em caráter pro solvendo. 
 
GABARITO 
 
QUESTÃO 1 – E 
QUESTÃO 2 - B 
QUESTÃO 3 - B 
QUESTÃO 4 - D 
QUESTÃO 5 - B 
QUESTÕES DISCURSIVAS 
 
QUESTÃO 1 - Considerando a disciplina do pagamento estabelecida pelo Código Civil, 
responda às perguntas a seguir. 
Ao celebrar um contrato, Manuel assume a obrigação de pagar, para Joaquim, a quantia 
de R$ 50.000 (cinquenta mil reais), no dia 13 de novembro de 2013. Considerando tal 
obrigação, o advento do termo, e a intenção de adimplemento da obrigação na data 
aprazada, responda: 
 
A) Manuel poderia adimplir a obrigação entregando $ 25.000,00 (Vinte e Cinco mil 
Dólares Americanos), sendo certo que na data aprazada um dólar estava cotado a dois 
reais? 
 
B) Caso Manuel, não possuísse a quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para 
pagamento em espécie, para não ser tido por inadimplente, propusesse o pagamento 
através da entrega de seu Camaro Amarelo, avaliado em R$ 150.000,00 (cento e 
cinquenta mil reais) na data do pagamento, sem qualquer devolução de valores, 
Joaquim seria obrigado a aceitar tal bem? 
 
QUESTÃO 2 - Avelino, Ferdinando e Tábata, engenheiros recém-formados, resolveram 
iniciar em conjunto um negócio, sem constituir pessoa jurídica, cujo objeto seria a 
reforma de imóveis usados. Para dar início à empreitada, os três se utilizaram de 
financiamento bancário, assumido em caráter solidário, com prazo de pagamento de 
dois anos. O negócio se desenvolveu bem, mostrando-se lucrativo, e os três engenheiros 
foram compondouma reserva financeira que se destinaria a pagar o empréstimo. A 
quantia necessária acaba por ser amealhada com seis meses de antecedência. Avelino, 
responsável pela gestão econômico-financeira do empreendimento, decidiu manter o 
dinheiro aplicado até o vencimento da dívida, em vez de antecipar o pagamento. Ocorre 
que Avelino esqueceu de pagar a dívida, razão pela qual, Ferdinando e Tábata, 
receberam interpelação do banco credor, exigindo o pagamento imediato da dívida, 
acrescida da multa contratual e dos juros de mora. Com vistas a evitar maiores 
constrangimentos e na impossibilidade de se comunicar com Avelino, um deles, 
Ferdinando, resolveu quitar, com recursos próprios, a dívida toda. 
Com base no caso narrado, responda aos itens a seguir. 
 
A) O que Ferdinando poderá exigir de cada um dos demais devedores solidários? 
 
 
QUESTÃO 4 - Renato, maior e capaz, efetuou verbalmente, no dia 07/03/2012, na 
cidade de João Pessoa, a compra de uma motocicleta usada por R$ 9.000,00, de 
Juarez, maior e capaz. Como Renato não tinha o dinheiro disponível para cumprir 
com sua obrigação e, visando solucionar este problema, ofereceu a Juarez um jet-ski, de 
valor equivalente como pagamento. Com base em tal situação, utilizando os argumentos 
jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso, responda aos itens a 
seguir. 
A) É cabível efetivar o pagamento pelo meio sugerido por Renato? Justifique. 
 
B) Se Juarez recusasse a proposta de Renato, o pagamento se efetivaria mesmo 
assim? Justifique 
 
 
COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES DISCURSIVAS 
 
QUESTÃO 1 
A) A obrigação não poderia ser adimplida pelo devedor com moeda estrangeira, 
pois são nulas as convenções de pagamento em ouro ou moeda estrangeira, consoante 
estabelecido pelo artigo 318, do CC. 
 
B) Joaquim não é obrigado a receber prestação diversa da pactuada, ainda que mais 
valiosa, pois somente estaria obrigado a receber a coisa pactuada como devida na 
obrigação, em virtude do Art. 313, do CC, cujo conteúdo traduz o princípio denominado 
pela doutrina de princípio da identidade da coisa devida. 
 
 
QUESTÃO 2 
A) Tratando-se de solidariedade passiva, todos os três devedores são obrigados, 
perante o credor, pela dívida toda (Art. 275 do Código Civil). Na hipótese de um deles 
efetuar o pagamento, este se sub-roga nos direitos do credor em face dos demais, 
podendo exigir, de cada um, a sua cota-parte, conforme Art. 283 do Código Civil. No 
entanto, apenas o devedor culpado responde, perante os demais, pelos acréscimos 
derivados da mora, segundo o Art. 280 do Código Civil. Sendo assim, se Ferdinando 
pagar a dívida toda, poderá exigir de Tábata o equivalente a um terço da obrigação 
principal e de Avelino o equivalente a um terço da obrigação principal, além do valor 
integral da multa e dos juros de mora. 
 
QUESTÃO 4 
A) Sim, é cabível o pagamento da maneira proposta por Renato. A hipótese trata de 
dação em pagamento, pois existia uma dívida e o devedor ofereceu prestação diversa 
da anteriormente combinada, nos termos do Art.356 do CC. 
 
B) Não é possível efetivar o instituto da dação em pagamento sem o consentimento 
de Juarez, pois tal consentimento é um dois três elementos constitutivos da dação em 
pagamento, nos termos do art. 356 ou do art. 313 do CC.

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