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CONFIANÇA BÁSICA X DESCONFIANÇA BÁSICA. O bebê mantém seu primeiro contato social, com seus provedores, para ele a mãe é um ser mágico e supremo. Quando a mãe se ausenta o bebê experimenta o sentimento de esperança, ele espera a volta da mãe e quando isso ocorre à criança desenvolve a confiança básica, quando não ocorre ela desenvolve a desconfiança básica. AUTONOMIA X VERGONHA E DÚVIDA Os pais utilizam de meios para ensinar a criança certas regras sociais, que culminaram na estruturação da autonomia. O sentimento que é desenvolvido é à vontade. Os pais têm que estar sempre por perto para auxiliar a criança para que ela não desenvolva frequentemente o sentimento de vergonha e dúvida. INICIATIVA X CULPA Neste período é somado confiança e autonomia adquiridas nas etapas anteriores. Utiliza habilidades motora e intelectual, sentindo necessidade de realizar tarefas. DILIGÊNCIA X INFERIORIDADE O ego está sensível se falhas ocorrerem à criança volta aos níveis anteriores, implantando o sentimento de inferioridade. Surge o interesse pelas profissões. Pais e professores devem estimular a representação social da criança a fim de valorizar e enriquecer sua personalidade. IDENTIDADE X CONFUSÃO DE IDENTIDADE Surge a confusão da identidade no período da adolescência. O ego pode regredir como forma de fuga ao enfrentamento de uma crise. Quanto mais bem vivida as crises anteriores, mais fácil se torna à superação da crise de identidade. INTIMIDADE X ISOLAMENTO A identidade está estabilizada. Se as crises anteriores não tiverem sido positivas, a pessoa tende ao isolamento, que pode ocorre por períodos curtos ou longos. GENERATIVIDADE X ESTAGNAÇÃO Necessidade de gerar qualquer coisa que faça o individuo sentir-se produtor e mantenedor de algo. A pessoa senti a necessidade de transmitir seus conhecimentos para outras pessoas, não conseguindo senti-se estagnada. INTEGRIDADE X DESPERO Fase final do ciclo psicossocial. O individuo tem duas possibilidades: positivas e negativas. Na positiva o individuo utiliza as experiências para viver bem seus últimos anos de vida. Na negativa estagna diante do fim e entra em desespero. AULA 7 1. Confiança básica X Desconfiança básica - Corresponde à fase oral da Teoria de Freud. - O bebê mantém seu primeiro contato social (mãe, provedor/substituto). - A mãe é importantíssima para ele, pois lhe dá tudo o que necessita para viver. - Se a mãe falta o bebê sente esperança, no sentido de esperar por sua volta. Quando ela volta ele desenvolve a confiança básica (desfecho positivo). Mas se ela não volta, ele perde a esperança e desenvolve a desconfiança básica (desfecho negativo). - A criança necessita de muita atenção, carinho e paciência, mas sem excesso. -“A Confiança Básica é importante porque é quando a criança aprende a confiar nos provedores externos e também na sua capacidade interna, em seus órgãos para buscar saciar seus desejos”. (p.70) –> Aqui o autor se refere ao desfecho positivo da confiança. Se a criança confia na mãe generaliza essa confiança a outras pessoas. Qdo afirma que a criança aprende a confiar em seus órgãos, já está apontando para a segunda fase, de autonomia, onde a criança já se percebe como um ser separado de sua mãe e capaz de se alimentar, pegar coisas, vestir-se, enfim, saciar suas “necessidades básicas” com maior autonomia. 2. Autonomia X Vergonha e Dúvida - Controle dos músculos, desenvolvimento motor e conseqüente exploração do ambiente. - Os pais intervêm para limitar essa exploração – há coisas que a criança não deve fazer (seja por serem perigosas ou para se adequar a regras sociais). - Se compara à fase anal freudiana. - Seu desfecho positivo é a autonomia. - “Os pais fazem uso da vergonha e do encorajamento para dar o nível certo de autonomia à criança enquanto aprendem as regras sociais.” (p.70). - O sentimento que se desenvolve é a vontade. - Se a criança é exposta constantemente à vergonha, o desfecho desta fase se torna negativo. -> pais que sempre ridicularizam a criança, ou dizem que ela não sabe nada, sempre diminuem a importância de suas conquistas, enfim, crianças que sempre recebem um retorno negativo sobre suas ações e que acabam desenvolvendo a vergonha e a dúvida sobre suas capacidades. - “Neste estágio, o principal cuidado que os pais têm que tomar é dar o grau certo de autonomia à criança. Se é exigida demais, ela verá que não consegue da conta e sua auto-estima vai baixar. Se ela é pouco exigida, ela tem a sensação de abandono e de dúvida sobre suas capacidades. Se a criança é amparada ou protegida demais, ela vai se tornar frágil, insegura e envergonhada. Se ela for pouco amparada, ela se sentirá exigida além de suas capacidades." (p.70) 3. Iniciativa X Culpa - Comparada à fase fálica freudiana. - A criança que já desenvolveu a confiança e a autonomia agora desenvolverá a iniciativa (alcance de metas, uso de suas habilidades). - “A iniciativa surge para atingir metas que, muitas vezes, tornam-se fixação.” (p. 71) -> por exemplo, o complexo de Édipo - sempre uma meta inatingível. Ao manifestar suas metas podem sofrer censura dos adultos gerando o desfecho negativo da culpa. Por isso, a criança passa a buscar atividades socialmente aceitas e valorizadas, como fazer amigos e “estudar”. São frutos da iniciativa! - Desenvolvimento da identidade de menino ou de menina. - A criança se torna mais responsável. 4. Diligência X Inferioridade - Tendo confiança, vontade e iniciativa, a criança passa para nova fase psicossocial, na qual aprende mais sobre as regras sociais e o que os adultos valorizam. - Comparável à fase de Latência de Freud. - Tarefas realizadas de maneira satisfatória remetem à idéia de perseverança, recompensa a longo prazo e competência no trabalho. - Se falhas ocorrerem ou se o grau de exigência for alto, desenvolve-se o sentimento de inferioridade na criança. - Interesse pelas profissões / imitação de papéis numa perspectiva imatura. - "Pais e professores devem estimular a representação social da criança a fim de valorizar e enriquecer sua personalidade, além de facilitar suas relações sociais". (p.71) -> representações sociais são conhecimentos práticos voltados para a comunicação e a compreensão do contexto social em que vivemos. São conceitos, categorias, teorias, imagens, enfim, formas de conhecimento que, sendo elaboradas socialmente, contribuem para a construção de uma realidade comum. São fenômenos sociais que devem ser reinterpretados internamente à luz do contexto social. 5. Identidade X Confusão de Identidade - Período da adolescência. - A partir deste período, na teoria freudiana, seria a fase genital. - Confusão de identidade - Quem sou eu? - Necessidade de pertencer a um grupo social. - O adolescente se influencia facilmente pelas opiniões alheias, isso faz com que ele assuma posições variadas em intervalos de tempo muito curtos. - Se o indivíduo teve os desfechos anteriores positivos (confiança, autonomia, iniciativa e diligência), se torna mais fácil superar a crise de identidade e se afirmar socialmente. - Lealdade e fidelidade consigo mesmo são características do desfecho positivo desta etapa. 6. Intimidade X Isolamento - Identidade está estabilizada, o ego fortalecido e o indivíduo agora aprenderá a conviver com outro ego (intimidade). - Fase de casamentos e uniões. - Se os desfechos anteriores foram negativos a pessoa tenderá ao isolamento. 7. Generatividade X Estagnação - Caracteriza-se pela necessidade que o indivíduo tem de gerar (qualquer coisa que o faça sentir produtor e mantenedor de algo, como filhos, negócios, pesquisas etc.). - O sentimento oposto é o da estagnação. - Quando a pessoa olha para sua vida e vê tudo o que produziu, sente a necessidade de ensinar tudo o que sabe e tudo o que viveu e aprendeu, com outras pessoas. Se existe a oportunidade deste compartilhamento, o indivíduo sente que deixou algo de si nos outros e o desfecho é positivo.8. Integridade X Desespero - Fase final do ciclo psicossocial. - Revisão de vida, o que fez, o que deixou de fazer. - Duas possibilidades: A) desfecho positivo – o indivíduo procura estruturar seu tempo e se utilizar das experiências vividas em prol de viver bem seus últimos anos de vida - sentimento de dever cumprido, dignidade e integridade; ou B) desfecho negativo – estagnar diante do terrível fim, quando as carícias desaparecem e a pessoa entra em desespero - sentimento de que o tempo acabou e que não há mais o que fazer pelos outros. AULA 8 1. O que é aprendizagem e como aprendemos? O conceito clássico de aprendizagem é: “Aprendizagem é o processo pelo qual uma atividade tem origem ou é modificada pela reação a uma situação encontrada, desde que as características da mudança de atividade não possam ser explicadas por tendências inatas de respostas, maturação ou estados temporários do organismo (por exemplo, fadiga, drogas etc.)”. (Hilgard, 1966). (p. 3) São fundamentais nesse conceito: - Toda aprendizagem implica mudança - É um processo interno que pode ser observado através do comportamento. - Além das habilidades e conhecimentos, também aprendemos conteúdos afetivos e atitudes. 2. A aprendizagem é: - “Processo dinâmico – não é absorção passiva, exige atividade externa (física) e interna, participação integral do indivíduo em todos os seus aspectos. - Processo contínuo – está presente do início ao fim da vida humana. - Processo global (compósito) – todos os aspectos que constituem a personalidade são ativados no processo de aprendizagem. - Processo pessoal – a aprendizagem é intransferível. Tem maneira, ritmo, preferências, métodos pessoais. - Processo gradativo – ocorre através de processos gradativamente mais complexos. Um efeito disso é a gradação de conteúdos, dos mais fáceis para os mais difíceis, na organização curricular. - Processo cumulativo – as experiências anteriores, os conceitos construídos anteriormente servem de base para a aquisição de novos conteúdos”. (p.80) Diversos fatores são determinantes para a aprendizagem: família, escola e aluno, que se complementam. E também, como fatores que interferem na aprendizagem, temos: Inteligência (incluindo a atenção, a percepção, a memória), Motivação, Experiência anterior e Fatores socioculturais. (p.80) AULA 9 O texto 1 da Aula 9 faz um breve histórico sobre a Psicologia e seu desenvolvimento enquanto ciência. Dentro de uma visão antropocêntrica (o homem como centro), num período pós-renascentista em que o capitalismo se afirmava como organização econômica e a burguesia emergia como nova classe social, várias ciências sociais se desenvolveram, imensamente influenciadas pela visão do mundo burguês-capitalista. Neste contexto, nasce a Psicologia experimental. O behaviorismo é "inaugurado" em 1913, por Watson. com base na corrente filosófica empirista, procurando medir e calcar a análise psicológica em fatos visíveis. Assim, a psicologia passa a ser o estudo do comportamento humano. Porém, a psicologia reflete as características de cada tempo histórico, as necessidades sociais de cada época. Daí sempre existe oscilação entre as abordagens fundamentadas na tendência objetivista ou na tendência subjetivista. Icherle Andrade, vc traz uma excelente síntese da primeira parte do texto! Quanto à questão da crise da Psicologia se referir a discussão se é uma ciência ou um ramo filosófico, a questão vai um pouco além. O maior questionamento é sobre o campo de estudo da Psicologia, se abordará os fatos observáveis (tendência objetivista) ou se abordará a interpretação/análise dos fatos não-observáveis (tendência subjetivista). Assim tb, sua síntese sobre as gerações do behaviorismo foi mto bem feita! Suas contribuições foram mto importantes para facilitar a compreensão do texto. Por fim, gostei mto de suas colocações sobre os pontos positivos e negativos do behaviorismo e destaco: 1. Positivo: "o behaviorismo pode também contribuir no processo de aprendizagem ao incentivar o aluno através de consequências positivas (em resposta à atitudes consideradas corretas)". 2. Negativo: "O behaviorismo deixa a desejar porque concebe a aprendizagem através de um método para todos, sendo que a aprendizagem é pessoal. Cada indivíduo tem limitações e potencialidades distintas. a padronização da aprendizagem é ineficaz em muitos casos". AULA 10 Na página 98, no texto 1 da Aula 10, temos a síntese da teoria de Rogers em educação: • “Necessidade da aprendizagem ser significativa, o que acontece mais facilmente quando as situações são percebidas como problemáticas, portanto pode-se dizer que só se aprende aquilo que é necessário, não se pode ensinar diretamente a nenhuma pessoa; • Autenticidade do professor, isto é, a aprendizagem pode ser facilitada se ele for congruente. Isso implica que o professor tenha uma consciência plena das atitudes que assume, sentindo-se receptivo perante seus sentimentos reais, tornando-se uma pessoa real na relação com seus alunos; • Aceitação e compreensão: a aprendizagem significativa é possível se o professor for capaz de aceitar o aluno tal como ele é, compreendendo os sentimentos que este manifesta, pois a aprendizagem autêntica é baseada na aceitação incondicional do outro; • Tendência dos alunos para se afirmarem, isto é , os estudantes que estão em contato real com os problemas da vida, procuram aprender, desejam crescer e descobrir, querem criar, o que, pressupõe uma confiança básica na pessoa, no seu próprio crescimento • A função do professor consistiria no desenvolvimento de uma relação pessoal com seus alunos e de o estabelecimento de um clima nas aulas que possibilitasse a realização natural dessas tendências; portanto o professor é um facilitador da aprendizagem significativa, fazendo parte do grupo e não estando colocado acima dele; este também é um dos pressupostos básicos da teoria de Rogers, ou seja, o aspecto interacional da situação de aprendizagem, visando às relações interpessoais e intergrupais; • O professor e o aluno são co-responsáveis pela aprendizagem, não havendo avaliação externa, a auto-avaliação deve ser incentivada; implica em uma filosofia democrática; • Organização pedagógica flexível; é por meio de atos que se adquire aprendizagens mais significativas; a aprendizagem mais socialmente útil, no mundo moderno, é a do próprio processo de aprendizagem, uma contínua abertura à experiência e à incorporação, dentro de si mesmo, do processo de mudança”. AULA 11