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ESTUDO DE CASO B2 2019

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Quais as principais motivações políticas e econômicas da política indigenista que persistem desde antes da ditadura militar até os dias de hoje? ​
COMO O PROFESSOR PODE TRABALHAR EM SALA DE AULA A DIVERSIDADE DAS CULTURAS INDÍGENAS?
As motivações indigenistas que persistem desde antes da Ditadura militar até os dias de hoje incluem a exploração das terras indígenas a qualquer custo, diminuição da demarcação de territórios e política paternalista para desqualificar suas demandas.
Muitas vezes os territórios indígenas encontram-se próximos a fazendas, garimpos, e outros locais que são economicamente explorados, portanto o interesse é que essas áreas sejam cedidas.
A diversidade cultural dos povos indígenas engloba as diferenças culturais que existem entre os povos e suas comunidades indígenas, como a linguagem, danças, vestimenta, tradições e heranças físicas e biológicas, bem como, a forma como as sociedades indígenas se organizam, conforme a sua cosmovisão e os conceitos de valores moral, crenças, hábitos, religião e a forma como o índio interage com o ambiente etc.
Diversidade cultural diz respeito à variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente de cada povo. Cultura se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e "preenchem" a sociedade de cada povo indígena, ela explica e dá sentido a cosmologia social, é a identidade própria de um grupo indígena em um território.
Os índios parecem semelhantes, mas existem muitas diferenças entre os nossos povos. Todos os aspectos da nossa cultura podem variar bastante entre os povos, ou até mesmo dentro de uma mesma comunidade ao longo do tempo. A língua, a forma de organização social e política, os rituais, os mitos, as formas de expressão artística, as habitações e a maneira de se relacionar com o meio ambiente são exemplos de fatores que se diferenciam.
Essa diversidade não significa que a cultura dos nossos povos esteja enfraquecida. As características de qualquer cultura se transformam por meio do contato com as outras culturas e das mudanças sociais, e isso ocorre inclusive nas comunidades indígenas da região da grande Dourados MS.
As políticas publicas deve ser implementadas pelos próprios índios, respeitando as diversidades cultural de cada povo. 
Gersem Luciano Baniwa, no livro Diversidade Cultural, Da proteção à promoção 2008, afirma que a racionalidade da nossa administração pública é um dos principais responsáveis pela negação dessa diversidade ou também pelo desrespeito aos direitos do que é diferente, sendo necessário, dessa forma, que ocorra uma mudança de consciência, de mentalidade e da cultura da sociedade, começando pelo próprio Estado.
Em relatório pormenorizado a recomendação é: “A própria noção de política cultural tem de ser consideravelmente alargada. Qualquer política que vise o desenvolvimento deve ser profundamente sensível à cultura mesma, e inspirada por ela... Definir e aplicar tal política significa encontrar fatores de coesão que mantenham unidas sociedades multi-étnicas por intermédio de um melhor uso das realidades e oportunidades do pluralismo. Implica promover a criatividade na política e na governança, na tecnologia, na indústria e nos negócios, na educação e no desenvolvimento social e comunitário, assim como nas artes” (UNESCO 1996).
O juiz Eduardo Montealegre da a seguinte indagação “num Estado multicultural, que reconhece e promove a diversidade, será legítimo exigir dos indígenas ou dos membros de grupos culturais diversos, que se mostrem rigorosamente diligentes, a fim de se familiarizarem com os valores culturais dominantes e com os bens jurídicos protegidos pelo ordenamento penal nacional?” 
E ele mesmo responde: “A meu ver, a resposta a esta questão é NEGATIVA, eis que, de acordo com a Carta, todas as culturas que convivem no país são igualmente dignas e o Estado reconhece e promove a diversidade cultural (CP arts. 7º, 8º e 70), então será desarrazoado obrigar os membros dos grupos culturalmente minoritários a se adequarem aos valores dominantes. Admitir que se pode impor essa exigência equivale a aceitar uma forma de criminalização da diversidade cultural, a qual é incompatível com o reconhecimento da igualdade entre as culturas”.