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PSICOLOGIA AULA 15 (ESTÁCIO)

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Trabalhar para a promoção de relações com Menos conflitos.
AULA 15 
A PRÁTICA DO PSICÓLOGO NAS VARAS CRIMINAIS, NO SISTEMA PENITENCIÁRIO, NOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (JECRIM) E JUIZADO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER... 
Varas Criminais
Na realidade brasileira, a Psicologia aplicada à área criminal é talvez o mais antigo campo de atuação do psicólogo jurídico. O trabalho nessa área relaciona-se com o Direito Penal (orienta-se pelo Código Penal, Código de Processo penal e as Leis que regulamentam o assunto) e insere-se em diversos campos tais como:
Inquérito Policial, efetuando avaliações em indiciados, para averiguar seu estado psíquico, sua eventual periculosidade;
Nos Processos criminais realizando avaliações de incidente de insanidade mental, dependência toxicológica, entre outros
Sistema Penitenciário
Este é um tema importante e polêmico porque envolve conceitos como justiça, castigo, punição e liberdade. Há muita discussão sobre o papel que o psicólogo quer e pode ocupar no sistema prisional.
A função do psicólogo na prisão participando de Comissões Técnicas de Classificação (CTCs) e realizando exames criminológicos (EC) é determinada pela Lei de Execução Penal (LEP).
As CTCs são compostas por profissionais técnicos e agentes penitenciários. A participação do psicólogo. Nessas Comissões é muito discutida porque, nesse exame, o que se pretende é inferir sobre a periculosidade do sujeito, tendendo a naturalizar as determinações do crime, ocultando os processos de produção social da criminalidade. 
As atribuições do profissional, em todas as práticas do sistema prisional: 
Respeito e promoção dos direitos humanos; na participação nos processos de construção da cidadania, desconstruindo o conceito de que o crime está relacionado unicamente à patologia ou à história individual; enfatizar os dispositivos sociais que promovem o processo de criminalização; elaborar estratégias de fortalecimento dos laços sociais, com uma ampla participação dos sujeitos, por meio de projetos interdisciplinares que resgatem a cidadania e a inserção na sociedade extramuros.
Juizados Especiais
Os Juizados Especiais são um importante meio de acesso à justiça, pois permitem aos cidadãos buscarem soluções para seus conflitos cotidianos de Forma rápida, eficiente e gratuita.
Nesses Juizados, em geral, quando há psicólogos, ocorre encaminhamento do juiz e após a coleta dos dados e identificação do caráter da questão, por este profissional será feita uma avaliação.
A devolução da avaliação para as partes e para o juiz terá ligação com a intervenção realizada
O psicólogo, nesta área, pode estar identificando as dificuldades vivenciadas para o cumprimento das resoluções judiciais...
As pessoas, então, serão direcionadas para os acompanhamentos mais apropriados. Pode realizar o acompanhamento destes encaminhamentos, durante um período de tempo.
Pode participar de audiências quando se fazem necessários esclarecimentos envolvendo partes com graves patologias de ordem psiquiátrica ou psicológica e/ou quando envolve situações de encaminhamento aos recursos da comunidade.
Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher
A Lei Maria da Penha ou lei nº 11.340 de 7 de agosto de 2006, surgiu com o objetivo de responder às necessidades e anseios das mulheres vítimas de violência conjugal, diante dos problemas relativos à aplicação da lei nº9.099 de 2005 (que você já tomou contato), em situações de violência doméstica.
Considerado qualquer ato ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano, sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como privada.
A violência pode ser uma forma patológica de comunicação entre os parceiros. 
A violência não surge de repente, mas é a expressão de uma situação crônica que vai, aos poucos, destruindo as defesas da mulher, até deixá-la completamente entregue ao agressor.
Uma das formas de entender a violência nas relações de casal é através da compreensão de que esta situação é a expressão de uma relação de poder, em que se encontra presente a dinâmica subordinação/dominação. 
Art. 5º Para os efeitos desta lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - No âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - No âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Tipos de violência elencados nesta Lei:
Violência física 
Violência psicológica 
Violência sexual 
Violência patrimonial 
Violência moral
O trabalho do psicólogo nas situações de violência contra a mulher é realizado em equipe multidisciplinar. 
Pode desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras ações voltadas para a mulher, o agressor e os familiares envolvidos nestas situações.
O psicólogo irá fornecer subsídios ao juiz, ao Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou oralmente, em audiências.
O Processo de Avaliação Psicológica no Judiciário
Em geral, a natureza dos processos judiciais e os sujeitos em questão, nestes processos, determinam a forma de abordagem da situação pelo psicólogo.
O compromisso do psicólogo, na avaliação, não está restrito ao fornecimento de informações ao juiz, para subsidiar decisões no processo judicial. O psicólogo trabalha todas as dimensões do processo encaminhado, visando promover e manter os direitos das pessoas avaliadas.
A avaliação não deve ser usada para excluir ou segregar socialmente as pessoas.
Perito psicólogo e assistente técnico
A perícia é um estudo realizado por especialistas escolhidos pelos magistrados, de acordo com a matéria. Esse estudo é considerado uma prova no processo, complementando as provas documentais, confessionais e testemunhais. 
Os peritos são os profissionais de confiança do juízo e têm alguns compromissos: a imparcialidade na avaliação do caso; apresentar um parecer técnico para o magistrado; e responder aos quesitos formulados no documento. Nas situações em que encontramos partes em oposição, além da perícia, está previsto o direito de contratação de assistentes técnicos. Esses profissionais, psicólogos, estarão acompanhando os resultados do trabalho realizado pelo perito, profissional de confiança do juiz, confirmando ou rejeitando suas conclusões.
Documentos elaborados pelo psicólogo no judiciário
No Judiciário, os documentos elaborados pelo psicólogo são provas processuais, auxiliando para esclarecer controvérsias e decisões judiciais.
O psicólogo realizará a avaliação psicológica podendo utilizar instrumentais próprios de sua técnica (entrevistas, testes, observações, dinâmicas) que servem para coletar dados, realizar estudos e interpretações de informações sobre as pessoas atendidas
Segundo a Resolução 007 de 2003, que descreve os documentos elaborados pelo psicólogo temos:
1 - Declaração
É um documento que informa a ocorrência de fatos e situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico. Por exemplo: o Sr. X está em atendimento psicológico há dois anos, na frequência de duas vezes por semana, terças e quintas-feiras, às 11 horas.
2 - Atestado
É um documento elaborado pelo psicólogo que informa determinada situação ou estado emocional da pessoa atendida. Na realidade, pode ser usado para justificar faltas, impedimentos, aptidões ou não para realizar atividades, afastamentos ou dispensas. No atestado pressupõe-se que a pessoa foi avaliada pelo psicólogo.
3 - Relatório ou Laudo Psicológico
É uma apresentação descritiva sobre situações e/ou condições psicológicas acompanhadasde suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais.
Ele é formado pelos dados que foram colhidos na avaliação psicológica e analisados a partir de um referencial teórico e técnico, adotado pelo profissional
4 - Parecer
É um documento fundamentado e resumido sobre uma questão psicológica que se quer esclarecer.
O resultado do parecer pode ser indicativo ou conclusivo. Esse documento é produzido por uma pessoa considerada “expert” na área. Podemos dizer que é a avaliação de um especialista sobre uma “questão-problema”. O objetivo é tentar resolver dúvidas em relação a uma tomada de decisão. Ao elaborar esses documentos, o psicólogo deve ter cuidado com as questões éticas que estão envolvidas nessas situações.
Questões Éticas Ligadas ao Psicólogo no Judiciário
O Código de Ética Profissional do Psicólogo foi aprovado em 2005, a partir de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão, suas responsabilidades e compromissos com a promoção da cidadania.
Princípios Fundamentais do Código de Ética dos Psicólogos
Princípio da dignidade da pessoa humana
Promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas e coletividades
Responsabilidade social
Divulgação dos conceitos éticos e práticas psicológicas.
Reconhecimento das relações de poder nos contextos em que atua e os impactos destas relações.

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