Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Livro Eletrônico Aula 00 Direito Penal p/ PC-SP - Questões Comentadas Vunesp (Investigador) em PDF Professor: Renan Araujo 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo AULA DEMO TEMPO E LUGAR DO CRIME. DO CRIME. CULPABILIDADE. CONCURSO DE PESSOAS E CONCURSO DE CRIMES. SUMçRIO 1 EXERCêCIOS DA AULA ........................................................................................... 4 1.1 Tempo e Lugar do Crime .................................................................................... 4 1.2 Do crime: fato tpico e ilicitude ............................................................................ 6 1.3 Culpabilidade .................................................................................................. 12 1.4 Concurso de pessoas e concurso de crimes ......................................................... 18 2 EXERCêCIOS COMENTADOS ................................................................................. 22 2.1 Tempo e Lugar do Crime .................................................................................. 22 2.2 Do crime: fato tpico e ilicitude .......................................................................... 26 2.3 Culpabilidade .................................................................................................. 37 2.4 Concurso de pessoas e concurso de crimes ......................................................... 48 3 GABARITO .......................................................................................................... 56 Ol, meus amigos! com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo ESTRATGIA CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir para a aprovao de vocs no concurso da POLêCIA CIVIL DO ESTADO DE SÌO PAULO (PC-SP). Ns vamos comentar muitas questes da VUNESP sobre DIREITO PENAL, relativas aos temas cobrados para o cargo de INVESTIGADOR DE POLêCIA CIVIL. E a, povo, preparados para a maratona? Como sabemos, o edital foi publicado h dois meses, e a Banca ser a VUNESP. A prova objetiva est agendada para o dia 10.06.2018. So 600 vagas para investigador de polcia!! Bom, est na hora de me apresentar a vocs, certo? Meu nome Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Pblico Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pblica da Unio no Rio de Janeiro, e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da UERJ. Antes, porm, fui servidor da Justia Eleitoral (TRE-RJ), onde exerci o cargo de Tcnico Judicirio, por dois anos. Sou Bacharel em Direito pela UNESA e ps- graduado em Direito Pblico pela Universidade Gama Filho. Minha trajetria de vida est intimamente ligada aos Concursos Pblicos. Desde o comeo da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria para a minha 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo vida! E querem saber? Isso faz toda a diferena! Algumas pessoas me perguntam como consegui sucesso nos concursos em to pouco tempo. Simples: Foco + Fora de vontade + Disciplina. No h frmula mgica, no h ingrediente secreto! Basta querer e correr atrs do seu sonho! Acreditem em mim, isso funciona! muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de concurseiro, poder colaborar para a aprovao de outros tantos concurseiros, como um dia eu fui! E quando eu falo em Òcolaborar para a aprovaoÓ, no estou falando apenas por falar. O Estratgia Concursos possui ndices altssimos de aprovao em todos os concursos! Mas possvel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, voc ainda no esteja plenamente convencido de que o Estratgia Concursos a melhor escolha. Eu entendo voc, j estive deste lado do computador. Ës vezes difcil escolher o melhor material para sua preparao. Contudo, alguns colegas de caminhada podem te ajudar a resolver este impasse: Esse print screen acima foi retirado da pgina de avaliao do curso. De um curso elaborado para um concurso bastante concorrido (Delegado da PC-PE), s que ministrado em 2015. Vejam que, dos 62 alunos que avaliaram o curso, 61 o aprovaram. Um percentual de 98,39%. Ainda no est convencido? Continuo te entendendo. Voc acha que pode estar dentro daqueles 1,61%. Em razo disso, disponibilizamos gratuitamente esta aula DEMONSTRATIVA, a fim de que voc possa analisar o material, ver se a abordagem te agrada, etc. Acha que a aula demonstrativa pouco para testar o material? Pois bem, o Estratgia concursos d a voc o prazo de 30 DIAS para testar o material. Isso mesmo, voc pode baixar as aulas, estudar, analisar detidamente o material e, se no gostar, devolvemos seu dinheiro. Sabem porque o Estratgia Concursos d ao aluno 30 dias para pedir o dinheiro de volta? Porque sabemos que isso no vai acontecer! No temos medo de dar a voc essa liberdade. Abaixo segue o plano de aulas do curso todo: ! AULA CONTEòDO DATA 0 00000000000 - DEMO ==0== Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo Aula 01 Questes de Direito Penal comentadas da VUNESP (parte I) 17.05 Aula 02 Questes de Direito Penal comentadas da VUNESP (parte II) 22.05 Aula 03 Questes de Direito Penal comentadas da VUNESP (parte III) 27.05 Aula 04 Questes de Direito Penal comentadas da VUNESP (parte IV) 02.06 Em cada aula ns iremos comentar aproximadamente 50 questes da VUNESP, separadas por tema! Alm do nosso material, vocs tero acesso a uma ferramenta muito importante: FîRUM DE DòVIDAS. No entendeu alguma coisa? Simples: basta perguntar ao professor ao professor Vinicius Silva, que o responsvel pelo Frum de Dvidas, exclusivo para os alunos do curso. ATENÌO! Este curso ministrado apenas em formato PDF. No h videoaulas. No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos! Prof. Renan Araujo E-mail: profrenanaraujo@gmail.com Periscope: @profrenanaraujo Facebook: www.facebook.com/profrenanaraujoestrategia Instagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hl=pt-br Youtube: www.youtube.com/channel/UClIFS2cyREWT35OELN8wcFQ Observao importante: este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias. Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos. ;-) 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo 1! EXERCêCIOS DA AULA 1.1!Tempo e Lugar do Crime 01.! (VUNESP Ð 2018 Ð PC-BA - INVESTIGADOR) Assinale a alternativa que indica a teoria adotada pela legislao quanto ao tempo do crime. (A) Retroatividade. (B) Atividade. (C) Territorialidade. (D) Ubiquidade. (E) Extraterritorialidade.02.! (VUNESP Ð 2017 Ð TJM-SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO Ð ADAPTADA) Nos termos previstos no Cdigo Penal, correto afirmar que se considera praticado o crime no momento do resultado. 03.! (VUNESP Ð 2016 Ð PREF. DE ALUMêNIO-SP Ð PROCURADOR) Um brasileiro, Joo, que reside em Buenos Aires, Argentina, decide matar um desafeto, Jos, que reside na cidade de Alumnio, SP, Brasil. Joo, em sua residncia, fabrica uma Òcarta-bombaÓ, no dia 10, e, no mesmo dia, posta o objeto em uma unidade dos correios de Buenos Aires, com destino a Alumnio. O artefato recebido por Jos, em Alumnio, no dia 20. No dia 25 aberto, explode e mata Jos. Com relao aplicao da Lei Penal, e de acordo com os arts. 4¼ e 6¼ do CP, assinale a alternativa que traz, respectivamente, o dia do crime e o local em que ele foi praticado. a) 10; apenas Buenos Aires. b) 10; Buenos Aires ou Alumnio. c) 20; apenas Alumnio. d) 25; apenas Alumnio. e) 25; Buenos Aires ou Alumnio. 04.! (VUNESP Ð 2016 Ð PREF. DE SERTÌOZINHO-SP Ð PROCURADOR) Rosa Margarida, apaixonada por Carlos Flores, imaginando que se os dois convivessem por alguns dias, ele poderia se apaixonar, resolveu sequestr-lo. Sendo assim, o privou da sua liberdade e o levou para sua casa. Enquanto Carlos 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo era mantido em cativeiro por Rosa, nova lei entrou em vigor, agravando a pena do crime de sequestro. Sobre a possibilidade de aplicao da nova lei, mais severa, ao caso exposto, assinale a alternativa correta. a) No se aplica, tendo em vista a irretroatividade da lei penal mais severa. b) aplicvel, pois entrou em vigor antes de cessar a permanncia. c) No se aplica, tendo em vista o princpio da prevalncia do interesse do ru. d) aplicvel, pois se trata de crime material e nesses casos deve ser aplicada a teoria da ubiquidade. e) No de aplica, pois de acordo com a teoria da atividade, a lei a ser aplicada deve ser aquela em vigor no momento do crime. 05.! (VUNESP Ð 2016 Ð PREF. DE POç-SP Ð PROCURADOR) Considera-se praticado o crime no momento a) do resultado. b) em que o agente inicia os atos preparatrios. c) em que o agente cogita e planeja a prtica criminosa. d) da ao ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado. e) da ao ou omisso, bem como no momento em que se produziu o resultado. 06.! (VUNESP Ð 2010 Ð MPE-SP Ð ANALISTA DE PROMOTORIA) Considere que um indivduo, de nacionalidade chilena, em territrio argentino, contamine a gua potvel que ser utilizada para distribuio no Brasil e Paraguai. Considere, ainda, que neste ltimo pas, em razo da contaminao, ocorre a morte de um cidado paraguaio, sendo que no Brasil vitimado, apenas, um equatoriano. De acordo com a regra do art. 6.¼, do nosso Cdigo Penal ("lugar do crime"), considera-se o crime praticado a) na Argentina, apenas. b) no Brasil e no Paraguai, apenas. c) no Chile e na Argentina, apenas. d) na Argentina, no Brasil e no Paraguai, apenas. e) no Chile, na Argentina, no Paraguai, no Brasil e no Equador. 07.! (VUNESP Ð 2009 Ð TJ-SP Ð JUIZ) O Cdigo Penal Brasileiro, em seu art. 6.¼, como lugar do crime, adota a teoria a) da atividade ou da ao. b) do resultado ou do evento. c) da ao ou do efeito. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo d) da ubiquidade. 08.! (VUNESP Ð 2007 Ð OAB-SP Ð EXAME DE ORDEM) O Cdigo Penal brasileiro, a) quanto ao lugar do crime, adotou a teoria mista ou da ubiqidade. b) quanto ao lugar do crime, adotou a teoria da atividade ou da ao. c) quanto ao tempo do crime, adotou a teoria mista ou da ubiqidade. d) quanto ao tempo do crime, adotou a teoria do resultado. 1.2!Do crime: fato tpico e ilicitude 09.! (VUNESP Ð 2018 Ð PC-BA - ESCRIVÌO) Dentro do tema do crime consumado e tentado, correto afirmar que (A) os crimes unissubsistentes admitem tentativa. (B) os crimes omissivos imprprios consumam-se com a ao ou omisso prevista e punida na norma penal incriminadora. (C) s haver consumao do crime quando ocorre resultado naturalstico ou material. (D) h tentativa cruenta quando o objeto material no atingido, ou seja, o bem jurdico no lesionado. (E) no admitem tentativa os crimes de atentado ou de empreendimento. 10.! (VUNESP Ð 2018 Ð PC-BA - INVESTIGADOR) O Cdigo Penal, no art. 23, elenca as causas gerais ou genricas de excluso da ilicitude. Sobre tais excludentes, assinale a alternativa correta. (A) Morador no aceita que funcionrio pblico, cumprindo ordem de juiz competente, adentre em sua residncia para realizar busca e apreenso. Se o funcionrio autorizar o arrombamento da porta e a entrada forada, responder pelo crime de violao de domiclio. (B) O estrito cumprimento do dever legal perfeitamente compatvel com os crimes dolosos e culposos. (C) Para a configurao do estado de necessidade, o bem jurdico deve ser exposto a perigo atual ou iminente, no provocado voluntariamente pelo agente. (D) O reconhecimento da legtima defesa pressupe que seja demonstrado que o agente agiu contra agresso injusta atual ou iminente nos limites necessrios para fazer cessar tal agresso. (E) Deve responder pelo crime de constrangimento ilegal aquele que no sendo autoridade policial prender agente em flagrante delito. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo 11.! (VUNESP Ð 2017 Ð CRBIO-1¡ REGIÌO Ð ADVOGADO - ADAPTADA) De acordo com o Cdigo Penal Brasileiro, nos crimes sem violncia ou grave ameaa pessoa, o arrependimento posterior isenta de pena o autor do crime, desde que reparado o dano at o recebimento da denncia ou queixa. 12.! (VUNESP Ð 2017 Ð CRBIO-1¡ REGIÌO Ð ADVOGADO - ADAPTADA) De acordo com o Cdigo Penal Brasileiro, responde penalmente, a ttulo de omisso, aquele que deixa de agir para evitar o resultado quando, por lei ou conveno social, tenha obrigao de cuidado, proteo ou vigilncia. 13.! (VUNESP Ð 2017 Ð CRBIO-1¡ REGIÌO Ð ADVOGADO - ADAPTADA) De acordo com o Cdigo Penal Brasileiro, o crime tentado quando, iniciada a execuo, o agente impede a realizao do resultado. 14.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð ESCRIVÌO) Com relao consumao e tentativa do crime, nos termos previstos no Cdigo Penal, correto afirmar que (A) salvo disposio em contrrio, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuda de um a dois teros. (B) diz-se o crime consumado, quando nele se renem dois teros dos elementos de sua definio legal. (C) diz-se o crime consumado, quando nele se renem a maioria dos elementos de sua definio legal. (D) diz-se o crime tentado quando no se exaure por circunstncias alheias vontade do agente. (E) diz-se o crime tentado quando, iniciada a cogitao, no se consuma por circunstncias alheias vontade do agente. 15.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð ESCRIVÌO) Segundo o previsto no Cdigo Penal, incorrer na excludente de ilicitude denominada estadode necessidade aquele que (A) pratica o fato usando moderadamente dos meios necessrios, para repelir injusta agresso, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (B) atua ou se omite sem a conscincia da ilicitude do fato, quando no lhe era possvel, nas circunstncias, ter ou atingir essa conscincia. (C) tendo o dever legal de enfrentar o perigo, pratica o fato para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, no era razovel se exigir. (D) pratica o fato para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, era razovel exigir-se. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo (E) pratica o fato para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, no era razovel exigir-se. 16.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð INSPETOR) O indivduo ÒBÓ, com inteno de matar a pessoa ÒDÓ, efetua dez disparos de arma de fogo em direo a um veculo que se encontra estacionado na via pblica por imaginar que dentro desse veculo encontrava-se a pessoa ÒDÓ, contudo, no havia nenhuma pessoa no interior do veculo. Com relao conduta praticada por ÒBÓ, correto afirmar que (A) o indivduo ÒBÓ poder ser punido pelo crime de homicdio tentado, em virtude da interpretao extensiva do crime de homicdio em vista de sua inteno. (B) o indivduo ÒBÓ poder ser punido pelo crime de homicdio consumado, em virtude da interpretao extensiva do crime de homicdio. (C) o indivduo ÒBÓ no poder ser punido pelo crime de homicdio. (D) o indivduo ÒBÓ poder ser punido pelo crime de homicdio tentado, por analogia ao crime de homicdio em vista de sua inteno. (E) o indivduo ÒBÓ poder ser punido pelo crime de homicdio consumado, por analogia ao crime de homicdio em vista de sua inteno. 17.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð INSPETOR) O indivduo ÒBÓ descobre que a companhia area ÒXÓ a que esteve envolvida no maior nmero de acidentes areos nos ltimos anos. O indivduo ÒBÓ ento compra, regularmente, uma passagem area desta companhia e presenteia seu pai com esta passagem, pois tem interesse que ele morra para receber sua herana. O pai recebe a passagem e durante o respectivo vo ocorre um acidente areo que ocasiona sua morte. Diante dessas circunstncias, correto afirmar que (A) o indivduo ÒBÓ ser responsabilizado pelo crime de homicdio doloso se for demonstrado que o piloto do avio em que seu pai se encontrava agiu com culpa no acidente que o vitimou. (B) o indivduo ÒBÓ ser responsabilizado pelo crime de homicdio culposo, tendo em vista que sem a sua ao o resultado no teria ocorrido. (C) o indivduo ÒBÓ ser responsabilizado pelo crime de homicdio doloso, tendo em vista que sem a sua ao o resultado no teria ocorrido. (D) o indivduo ÒBÓ ser responsabilizado pelo crime de homicdio culposo se for demonstrado que o piloto do avio em que seu pai se encontrava agiu com culpa no acidente que o vitimou. (E) o indivduo ÒBÓ no praticou e no poder ser responsabilizado pelo crime de homicdio. 18.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð INSPETOR) 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo Nos termos do Cdigo Penal considera-se causa do crime (A) a ao ou omisso praticada pelo autor, independentemente de qualquer causa superveniente. (B) a ao ou omisso sem a qual o resultado no teria ocorrido. (C) a ao ou omisso praticada pelo autor, independentemente da sua relao com o resultado. (D) exclusivamente a ao ou omisso que mais contribui para o resultado. (E) exclusivamente a ao ou omisso que mais se relaciona com a inteno do autor. 19.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð INSPETOR) Com relao legtima defesa, segundo o disposto no Cdigo Penal, correto afirmar que (A) o uso moderado dos meios necessrios para repelir uma agresso consiste em um dos requisitos para caracterizao da legtima defesa, ainda que essa agresso seja justa. (B) um dos requisitos para sua caraterizao consiste na necessidade que a injusta agresso seja atual e no apenas iminente. (C) um dos requisitos para sua caracterizao consiste na exigncia de que a repulsa injusta agresso seja realizada contra direito seu, tendo em vista que se for praticada contra o direito alheio estar-se- diante de estado de necessidade. (D) a legtima defesa no resta caracterizada se for praticada contra uma agresso justa, ainda que observados os demais requisitos para sua caracterizao. (E) considera-se em legtima defesa aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, no era razovel exigir-se. 20.! (VUNESP - 2013 - TJ-SP - JUIZ) H crime em que a tentativa punida com a mesma pena do crime consumado, sem a diminuio legal. Exemplo: art. 309 do Cdigo Eleitoral (Òvotar ou tentar votar, mais de uma vez, ou em lugar de outremÓ). ! Recebe, em doutrina, a denominao de a) crime consunto. b) crime de conduta mista. c) crime de atentado ou de empreendimento. d) crime multitudinrio. 21.! (VUNESP - 2013 - TJ-SP - JUIZ) 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo Quando a descrio legal do tipo penal contm o dissenso, expresso ou implcito, como elemento especfico, o consentimento do ofendido funciona como causa de excluso da a) antijuridicidade formal b) tipicidade. c) antijuridicidade material. d) punibilidade do fato. 22.! (VUNESP - 2013 - TJ-SP - JUIZ) Conforme o disposto no artigo 14, pargrafo nico, do Cdigo Penal, ÒSalvo disposio em contrrio, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuda de um a dois terosÓ. O critrio de diminuio da pena levar em considerao a) a motivao do crime. b) a intensidade do dolo. c) o iter criminis percorrido pelo agente. d) a periculosidade do agente. 23.! (VUNESP - 2013 - PC-SP - AGENTE DE POLêCIA) De acordo com o Cdigo Penal, a execuo iniciada de um crime, que no se consuma por circunstncias alheias vontade do agente, caracteriza o(a) a) arrependimento eficaz. b) arrependimento posterior. c) tentativa. d) crime frustrado. e) desistncia voluntria. 24.! (VUNESP - 2013 - PC-SP - PAPILOSCOPISTA POLICIAL) Aquele que assume o risco de produzir um resultado criminoso comete crime movido por a) culpa. b) imprudncia. c) dolo. d) impercia. e) negligncia. 25.! (VUNESP - 2013 - PC-SP - PAPILOSCOPISTA POLICIAL) 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP AulaDEMO Ð Prof. Renan Araujo Aquele que pratica fato tpico para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, no era razovel exigir-se, atuou em a) legtima defesa putativa e, portanto, no cometeu crime. b) estado de necessidade e, portanto, ter a pena diminuda de 1 (um) a 2 (dois) teros. c) legtima defesa e, portanto, no cometeu crime. d) estado de necessidade e, portanto, no cometeu crime. e) legtima defesa e, portanto, ter a pena diminuda de 1 (um) a 2 (dois) teros. 26.! (VUNESP Ð 2002 Ð SEFAZ-SP Ð AGENTE FISCAL DE RENDAS) So causas de excluso da ilicitude: a) a legtima defesa, o exerccio regular de direito e a coao irresistvel. b) a obedincia hierrquica, a coao irresistvel e a desistncia voluntria. c) o arrependimento eficaz, o arrependimento posterior e o estrito cumprimento do dever legal. d) o estado de necessidade, a obedincia hierrquica e a desistncia voluntria. e) o exerccio regular de direito, o estrito cumprimento do dever legal e o estado de necessidade. 27.! (VUNESP Ð 2012 Ð DPE-MS Ð DEFENSOR PòBLICO) Com relao ao crime culposo, assinale a alternativa correta. a) Imprudncia uma omisso, uma ausncia de precauo em relao ao ato realizado. b) Na culpa consciente, o resultado no previsto pelo agente, embora previsvel. c) O resultado involuntrio trata de elemento do fato tpico culposo. d) Na culpa imprpria, o resultado no previsto, embora seja previsvel. 28.! (VUNESP Ð 2010 Ð MP-SP Ð ANALISTA DE PROMOTORIA) O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execuo ou impede que o resultado se produza a) s responde pelos atos j praticados. b) no comete crime, pois tem afastada a ilicitude da ao. c) beneficia-se pela causa de diminuio de pena do arrependimento posterior. d) punido com a pena correspondente ao crime consumado, diminuda de um a dois teros. e) ter pena reduzida de um a dois teros, mas, desde que, por ato voluntrio, tenha reparado o dano ou restitudo a coisa, at o recebimento da denncia ou da queixa. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo 29.! (VUNESP Ð 2008 Ð TJ-SP Ð JUIZ) Aps a morte da me, A recebeu, durante um ano, a penso previdenciria daquela, depositada mensalmente em sua conta bancria, em virtude de ser procuradora da primeira. Descoberto o fato, A foi denunciada por apropriao indbita. Se a sentena concluir que a acusada (em razo de sua incultura, pouca vivncia, etc.) no tinha percepo da antijuricidade de sua conduta, estar reconhecendo a) erro sobre elemento do tipo, que exclui o dolo. b) erro de proibio. c) descriminante putativa. d) ignorncia da lei. 30.! (VUNESP Ð 2007 Ð OAB-SP Ð EXAME DE ORDEM) Pretendendo mat-lo, Fulano coloca veneno no caf de Sicrano. Sem saber do envenenamento, Sicrano ingere o caf. Logo em seguida, Fulano, arrependido, prescreve o antdoto a Sicrano, que sobrevive, sem qualquer seqela. Diante disso, correto afirmar que se trata de hiptese de a) crime impossvel, pois o meio empregado por Fulano era absolutamente ineficaz para obteno do resultado pretendido. b) tentativa, pois o resultado no se consumou por circunstncias alheias vontade de Fulano. c) arrependimento posterior, pois o dano foi reparado por Fulano at o recebimento da denncia. d) arrependimento eficaz, pois Fulano impediu voluntariamente que o resultado se produzisse. 1.3!Culpabilidade 31.! (VUNESP Ð 2018 Ð PC-BA - ESCRIVÌO) A respeito da imputabilidade penal, correto afirmar que tal instituto (A) figura como um dos elementos da culpabilidade. (B) cuida da capacidade fsica do agente de praticar o ilcito. (C) figura como um dos requisitos da punibilidade. (D) no exclui da aplicao da lei penal fato praticado durante a embriaguez involuntria completa, proveniente de caso fortuito ou fora maior. (E) no exclui a menoridade (criana e adolescente) da aplicao da lei penal. 32.! (VUNESP Ð 2018 Ð PC-BA - INVESTIGADOR) 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo De acordo com o Estatuto Penal brasileiro, so elementos da culpabilidade a imputabilidade, a potencial conscincia da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa. Sobre a imputabilidade, assinale a alternativa correta. (A) O conceito de imputabilidade penal compreende a capacidade mental do indivduo, considerando-se apenas a sua idade ao tempo do crime. (B) Entre as causas de excluso da imputabilidade, encontra-se a embriaguez completa ou incompleta, mas sempre voluntria. (C) A legislao penal brasileira adotou o critrio Biopsicolgico como aquele de aferio da imputabilidade, independentemente da idade do infrator ao tempo do fato. (D) Ao agente que, em virtude da perturbao da sade mental, no for inteiramente capaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, poder ser imposta pena como sano, porm com reduo de 1 (um) a 2/3 (dois teros). (E) O agente que por embriaguez incompleta e voluntria no for, ao tempo da ao ou da omisso, inteiramente capaz de entender o carter ilcito do fato ser isento de pena. 33.! (VUNESP Ð 2017 Ð DPE-RO Ð DEFENSOR PòBLICO) Sendo positivos os elementos que configuram o delito e constatada a semi- imputabilidade do acusado, o juiz pode, atendendo aos demais critrios legais, a) aplicar-lhe pena reduzida de 1 a 2/3 ou absolv-lo, pois no h outra previso legal. b) aplicar-lhe pena reduzida de 1 a 2/3 ou determinar que se submeta a tratamento ambulatorial ou, ainda, determinar sua internao. c) aplicar-lhe pena reduzida de 1 a 2/3 ou determinar que se submeta a tratamento ambulatorial, pois no h outra previso legal. d) absolver o acusado, por ausncia de tipicidade, especialmente por falta de elemento subjetivo do tipo ou suspender o processo, pois no h outra previso legal. e) declarar extinta a punibilidade do acusado ou absolv-lo por ausncia de tipicidade, especialmente por falta de elemento subjetivo do tipo. 34.! (VUNESP Ð 2016 Ð TJ-SP Ð TITULAR NOTARIAL) Assinale a alternativa correta. a) A embriaguez culposa, por lcool ou substncia de efeitos anlogos, exclui a imputabilidade penal. b) O agente que em virtude de perturbao da sade mental no era, ao tempo da ao, inteiramente capaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com este entendimento, isento de pena. c) A paixo ou a emoo no excluem a imputabilidade penal. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo d) Os menores de dezoito anos so semi-imputveis, pois esto sujeitos s normas do Estatuto da Criana e do Adolescente. 35.! (VUNESP Ð 2016 Ð IPSMI Ð PROCURADOR) Tcio, maior de 18 anos, portador de doena mental, necessitando de medicao diria. A doena, por si s, no prejudica a capacidade de compreenso. Todavia, a medicao, ingerida em conjuntocom bebida alcolica em quantidade, provoca surtos psicticos, com excluso da capacidade de entendimento. Tcio sabe dos efeitos do lcool, em excesso, em seu organismo, mas costuma beber, moderadamente, justamente para desfrutar dos efeitos que, segundo ele, Òd baratoÓ. Em uma festa, Tcio, sem saber que se tratava de uma garrafa de absinto (bebida de alto teor alcolico), pensando ser gim, preparou um coquetel de frutas e ingeriu. Ao recobrar a conscincia, soube que esfaqueou dois de seus melhores amigos, causando a morte de um e leso de natureza grave em outro. A respeito da situao, correto afirmar que a) Tcio, devido doena mental, inimputvel, sendo isento de pena. b) Tcio inimputvel, sendo isento de pena, pois praticou o crime em estado de completa embriaguez, decorrente de caso fortuito. c) Tcio imputvel, pois a embriaguez completa decorreu de culpa. Entretanto, faz jus reduo da pena. d) Tcio imputvel, sendo punido de forma agravada, em vista da embriaguez pr-ordenada. e) Tcio, por ser maior de 18 anos, imputvel, sendo irrelevante a circunstncia de ter praticado o crime em estado de completa embriaguez. 36.! (VUNESP Ð 2015 Ð MPE/SP Ð ANALISTA DE PROMOTORIA) Assinale a alternativa correta a respeito da imputabilidade penal. (A) Comprovada a doena mental ou o desenvolvimento mental incompleto ou retardado, o agente ser considerado inimputvel para os efeitos legais. (B) Aos inimputveis e aos semi-imputveis, comprovada essa condio por percia mdica, ser substituda a pena por medida de segurana consistente em internao em hospital de custdia e tratamento psiquitrico. (C) A imputabilidade um dos elementos da culpabilidade, ao lado da potencial conscincia sobre a ilicitude do fato e a exigibilidade de conduta diversa. (D) A imputabilidade, de acordo com o Cdigo Penal, pode se dar por doena mental, imaturidade natural ou embriaguez do agente. (E) A emoo e a paixo, alm de no afastarem a imputabilidade penal do agente, podem ser consideradas como circunstncias agravantes no momento da fixao da pena. 37.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð ESCRIVÌO) 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo No tocante s disposies do Cdigo Penal relativas culpabilidade e imputabilidade, correto afirmar que (A) a pena pode ser reduzida de um a dois teros se o agente, por doena mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado era, ao tempo da ao ou da omisso, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (B) a embriaguez culposa pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos exclui a imputabilidade penal. (C) se o fato cometido sob coao irresistvel ou em estrita obedincia ordem, manifestamente ilegal, de superior hierrquico, s punvel o autor da coao ou da ordem. (D) a pena pode ser reduzida de um a dois teros se o agente, em virtude de perturbao de sade mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, no era inteiramente capaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (E) a embriaguez voluntria pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos exclui a imputabilidade penal. 38.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð INSPETOR) No tocante s disposies previstas no Cdigo Penal relativas culpabilidade, correto afirmar que (A) se o fato cometido sob coao irresistvel ou em estrita obedincia ordem, no manifestamente ilegal, de superior hierrquico, s punvel o autor da coao ou da ordem. (B) se o fato cometido sob coao irresistvel ou em estrita obedincia ordem, no manifestamente ilegal, de superior hierrquico, punvel o autor da coao ou da ordem tendo o autor do fato a pena diminuda de um a dois teros. (C) o fato cometido sob coao irresistvel ou em estrita obedincia ordem, no manifestamente ilegal, de superior hierrquico, no excluiu a culpabilidade do autor do fato. (D) se o fato cometido sob coao irresistvel ou em estrita obedincia ordem, mesmo que manifestamente ilegal, de superior hierrquico, s punvel o autor da coao ou da ordem. (E) se o fato cometido sob coao irresistvel ou em estrita obedincia ordem, mesmo que manifestamente ilegal, de superior hierrquico, punvel o autor da coao ou da ordem tendo o autor do fato a pena diminuda de um a dois teros. 39.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð INSPETOR) Nos termos do Cdigo Penal, a imputabilidade penal excluda pela (A) emoo. (B) doena mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, que torna o autor, ao tempo da ao ou da omisso, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo (C) embriaguez, proveniente de caso fortuito ou fora maior, que privou o autor, ao tempo da ao ou da omisso, da plena capacidade de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (D) embriaguez completa e culposa que torna o autor, ao tempo da ao ou da omisso, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (E) paixo. 40.! (VUNESP Ð 2014 Ð PC-SP Ð DELEGADO DE POLêCIA) A tese supralegal de inexigibilidade de conduta diversa, se acolhida judicialmente, importa em excluso a) da imputabilidade. b) da pena. c) de punibilidade. d) do crime. e) de culpabilidade. 41.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-SP Ð JUIZ) Para o Cdigo Penal (art. 20, ¤ 1.¼), quando a descriminante putativa disser respeito aos pressupostos fticos da excludente, estamos diante de: a) Excludente de antijuridicidade. b) Erro de tipo. c) Erro de proibio. d) Excludente de culpabilidade. 42.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð DELEGADO DE POLêCIA) Considere que determinado sujeito, portador de desenvolvimento mental incompleto, ao tempo da ao tinha plena capacidade de entender o carter ilcito do fato, mas era inteiramente incapaz de determinar-se de acordo com esse entendimento Ð o que fora clinicamente atestado nos autos em percia oficial. Em consonncia com o texto legal do art. 26 do CP, ao proferir sentena deve o juiz reconhecer sua a) inimputabilidade. b) imputabilidade. c) semi-imputabilidade, absolvendo-lhe e aplicando-lhe medida de segurana. d) semi-imputabilidade, condenando-lhe e aplicando-lhe pena diminuda. e) semi-imputabilidade, condenando-lhe e aplicando-lhe medida de segurana. 43.! (VUNESP - 2013 - TJ-SP - ADVOGADO) 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo O gerente de uma determinada agncia bancria, aps longa sesso de tortura psicolgica infligida a ele pelos bandidos, fornece a chave para abertura do cofre da agncia bancria. Sua conduta encontra guarida na excludente de; a) ilicitude denominada legtima defesa. b) ilicitude denominada obedincia hierrquica. c) culpabilidade denominada actio libera in causa. d) ilicitudedenominada coao fsica irresistvel. e) culpabilidade denominada coao moral irresistvel. 44.! (VUNESP - 2013 - PC-SP - PAPILOSCOPISTA POLICIAL) Imagine que Joo confunda seu aparelho de telefone celular com o de seu colega Pedro e, descuidadamente, leve para sua casa o aparelho de Pedro. Ao perceber o equvoco, Joo imediatamente comunica-se com Pedro e informa o ocorrido. No dia seguinte, Joo devolve o aparelho ao colega sem qualquer dano. Analisando a hiptese narrada, possvel afirmar que Joo a) cometeu crime de furto, mas no ser punido em vista do instituto da desistncia voluntria. b) no cometeu crime algum. c) cometeu crime de apropriao indbita, mas no ser punido em vista do instituto da desistncia voluntria. d) cometeu crime de furto, mas no ser punido em vista do instituto do arrependimento eficaz. e) cometeu crime de apropriao indbita, mas no ser punido em vista do instituto do arrependimento eficaz. 45.! (VUNESP Ð 2009 Ð TJ-SP Ð JUIZ) Com relao coao moral irresistvel, correto afirmar que a) exclui a culpabilidade. b) exclui a tipicidade. c) exclui a antijuridicidade. d) o coato age sem vontade. 46.! (VUNESP Ð 2009 Ð TJ-SP Ð JUIZ) O pai que, tendo o filho sequestrado e ameaado de morte, coagido por sequestradores armados e forado a dirigir-se a certa agncia bancria para efetuar um roubo a fim de obter a quantia necessria para o pagamento do resgate e livrar o filho do crcere privado em que se encontra pode, em tese, lograr a absolvio com base na alegao de a) inexigibilidade de conduta diversa. b) legtima defesa. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo c) exerccio regular de direito. d) estrito cumprimento de dever legal. 47.! (VUNESP Ð 2008 Ð DPE-MS Ð DEFENSOR PòBLICO) "A" foi condenado por crime de roubo. Todavia, aps a prolao da sentena, veio aos autos a prova de que "A" menor de 18 anos de idade. Nesse caso, a) "A" deve ser absolvido por no constituir o fato infrao penal. b) "A" deve ser absolvido por ser inimputvel. c) deve ser anulada ab initio a ao penal, em razo da inimputabilidade do autor do fato. d) "A" deve ter declarada extinta a punibilidade. 1.4!Concurso de pessoas e concurso de crimes 48.! (VUNESP Ð 2018 Ð PC-BA - ESCRIVÌO) O agente, movido pelo desejo de vingana, decidiu amarrar quatro pessoas no interior de um automvel, para depois atear fogo no veculo, o que resultou na morte de todas as vtimas. A hiptese narrada denominada (A) concurso material homogneo. (B) concurso formal prprio. (C) concurso material heterogneo. (D) concurso formal imprprio. (E) crime continuado. 49.! (VUNESP Ð 2018 Ð PC-BA - ESCRIVÌO) requisito para a configurao do concurso de pessoas (A) uma nica conduta. (B) a irrelevncia causal das condutas. (C) a identidade de crime para todos os envolvidos. (D) a autoria incerta. (E) o prvio ajuste entre os agentes. 50.! (VUNESP Ð 2018 Ð PC-BA - INVESTIGADOR) Quando o agente, mediante mais de 1 (uma) ao ou omisso, pratica 2 (dois) ou mais crimes, verifica-se o instituto do concurso de crimes, que pode ser formal ou material, a depender da unidade ou da pluralidade de condutas. Sobre o tema, o Cdigo Penal estabelece que 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo (A) na hiptese de concurso material, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, no suspensa, por um dos crimes, para os demais crimes ser cabvel a substituio de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. (B) na hiptese de concurso formal imperfeito ou imprprio, aplica-se o sistema de exasperao da pena, independentemente da quantidade de condenao. (C) quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, ser possvel ao condenado cumpri-las de forma simultnea, desde que compatveis entre si. (D) se entende por concurso formal prprio ou perfeito aquele em que o agente pratica mais de uma conduta, mas na presena de desgnios autnomos, ou seja, a vontade de atingir mais de um resultado. (E) no caso de concurso material, sendo o agente condenado cumulativamente a pena de recluso e deteno, executa-se primeiro a de deteno. 51.! (VUNESP Ð 2018 Ð PC-BA - INVESTIGADOR) Sobre o concurso de pessoas e as previses expressas da legislao penal, assinale a alternativa correta. (A) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (B) Se a participao for de menor importncia, ser aplicada atenuante genrica. (C) Ao concorrente que quis participar de crime menos grave, ser aplicada a mesma pena do concorrente, diminuda, no entanto, de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um tero). (D) As circunstncias e as condies de carter pessoal, mesmo quando elementares do crime, so incomunicveis aos coautores. (E) O ajuste, a determinao ou instigao e o auxlio so punveis ainda que o crime no chegue a ser tentado. 52.! (VUNESP Ð 2017 Ð PREF. PORTO FERREIRA-SP Ð PROCURADOR) Sobre o concurso de pessoas, assinale a alternativa correta. a) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua personalidade. b) Se a participao for de maior importncia, a pena pode ser majorada de um sexto a um tero. c) Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena ser aumentada at o dobro, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave. d) No se comunicam as circunstncias e as condies de carter pessoal, salvo quando elementares do crime. e) O ajuste, a determinao, a sedio ou instigao e o auxlio ou cooperao material no so punveis, se o crime no chega, pelo menos, a ser executado. 0 00000000000 - DEMO 0 Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo 53.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð INSPETOR) No que diz respeito ao concurso de pessoas, segundo as disposies previstas no Cdigo Penal, correto afirmar que a) no se comunicam as circunstncias e as condies de carter pessoal, mesmo quando elementares do crime. b) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, independentemente se quis participar de crime menos grave c) o ajuste, a determinao ou instigao e o auxlio, salvo disposio expressa em contrrio, no so p unveis, se o crime, apesar de iniciada a execuo, no chega a ser consumado. d) quem, de qualquer modo, concorre para o crime i ncide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. e) se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, a pena pode ser diminuda de um sexto a um tero. 54.! (VUNESP Ð 2014 Ð PC-SP Ð DELEGADO) Segundo o conceito restritivo, autor aquele que a) tem o domnio do fato. b) realiza a conduta tpica descrita na lei. c) contribui com alguma causa para o resultado. d) age dolosamente na prtica do crime. e) pratica o fato por interposta pessoa que atuasem culpabilidade. 55.! (VUNESP Ð 2014 Ð CåMARA DE SÌO JOS DOS CAMPOS Ð ADVOGADO) CP, art. 30: quando se verifica o concurso de pessoas em matria penal, no se comunicam as circunstncias e as condies de carter pessoal, a) salvo nos crimes contra a Administrao Pblica. b) salvo no caso de extino da punibilidade. c) salvo nos crimes contra a F Pblica. d) salvo quando elementares do crime. e) em hiptese alguma. 56.! (VUNESP - 2013 - ITESP - ADVOGADO) Com relao ao concurso formal, assinale a alternativa que completa corretamente a sentena a seguir, nos termos do Cdigo Penal. Quando o agente, mediante________ pratica dois ou mais crimes, idnticos ou no, aplica-se-lhe a_________cabveis ou, se iguais, somente uma delas,mas em qualquer caso, de_________at metade. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo a) duas ou mais aes ou omisses É mais grave das penas É diminuda É um tero b) duas aes É menos grave das penas É aumentada É um tero c) uma s ao ou omisso É mais grave das penas É aumentada É um sexto d) duas ou mais aes ou omisses É mais grave das penas É diminuda É um sexto e) uma s ao ou omisso É menos grave das penas É aumentada É um tero 57.! (VUNESP Ð 2012 Ð DPE-MS Ð DEFENSOR PòBLICO) No que tange ao concurso de pessoas nos crimes de corrupo ativa e passiva, o Cdigo Penal adotou a teoria a) monista. b) causal. c) dualista. d) pluralstica. 58.! (VUNESP Ð 2002 Ð SEFAZ-SP Ð AGENTE FISCAL DE RENDAS) No crime de concusso, a circunstncia de ser um dos agentes funcionrio pblico: a) no elementar, no se comunicado, portanto, ao concorrente particular. b) elementar, mas no se comunica ao concorrente particular. c) elementar, comunicando-se ao concorrente particular, ainda que este desconhea a condio daquele. d) elementar comunicando-se ao concorrente particular, este conhecia a condio daquele. e) no elementar, comunicando-se, em qualquer situao ao concorrente particular. 59.! (VUNESP Ð 2005 Ð PGE-SP Ð PROCURADOR) X, desafeto de Y, encontra-o na via pblica e resolve mat-lo. Entram em luta corporal e, na disputa pela arma de fogo portada por X, Y consegue dispar-la contra seu agressor, porm Z, que passava pelo local, tambm acaba sendo atingido. No caso, incide (A) a regra do concurso material de infraes porque o resultado lesivo em Z afasta a incidncia da excludente da ilicitude. (B) a norma da aberratio ictus com unidade complexa, reconhecendo-se o concurso formal. (C) a hiptese de excesso culposo na legtima defesa, e Y ser processado pelo resultado causado a ttulo de culpa em Z. (D) a excludente da legtima defesa tanto em relao a X quanto a Z, no havendo que se falar em aberratio ictus com unidade complexa. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo (E) a norma da aberratio ictus com unidade complexa, reconhecendo-se o crime continuado. 60.! (VUNESP Ð 2012 Ð DPE-MS Ð DEFENSOR PòBLICO) ÒUm fato definido por uma norma incriminadora meio necessrio ou normal fase de preparao ou execuo de outro crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior do agente, cometida com a mesma finalidade prtica atinente quele crimeÓ. No conflito aparente de normas, esta afirmao explica o princpio da (A) especialidade. (B) subsidiariedade. (C) alternatividade. (D) consuno. 2! EXERCêCIOS COMENTADOS 2.1!Tempo e Lugar do Crime 01.! (VUNESP Ð 2018 Ð PC-BA - INVESTIGADOR) Assinale a alternativa que indica a teoria adotada pela legislao quanto ao tempo do crime. (A) Retroatividade. (B) Atividade. (C) Territorialidade. (D) Ubiquidade. (E) Extraterritorialidade. COMENTçRIOS: O CP adotou, no que tange ao tempo do crime, a teoria da atividade, segundo a qual se considera praticado o delito no momento da conduta, ainda que seja outra o momento do resultado, na forma do art. 4¼ do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA B. 02.! (VUNESP Ð 2017 Ð TJM-SP Ð ESCREVENTE TCNICO JUDICIçRIO Ð ADAPTADA) Nos termos previstos no Cdigo Penal, correto afirmar que se considera praticado o crime no momento do resultado. COMENTçRIOS: Item errado, pois se considera praticado o crime no momento da conduta (ao ou omisso), ainda que outro seja o momento do resultado, conforme art. 4¼ do CP. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA. 03.! (VUNESP Ð 2016 Ð PREF. DE ALUMêNIO-SP Ð PROCURADOR) Um brasileiro, Joo, que reside em Buenos Aires, Argentina, decide matar um desafeto, Jos, que reside na cidade de Alumnio, SP, Brasil. Joo, em sua residncia, fabrica uma Òcarta-bombaÓ, no dia 10, e, no mesmo dia, posta o objeto em uma unidade dos correios de Buenos Aires, com destino a Alumnio. O artefato recebido por Jos, em Alumnio, no dia 20. No dia 25 aberto, explode e mata Jos. Com relao aplicao da Lei Penal, e de acordo com os arts. 4¼ e 6¼ do CP, assinale a alternativa que traz, respectivamente, o dia do crime e o local em que ele foi praticado. a) 10; apenas Buenos Aires. b) 10; Buenos Aires ou Alumnio. c) 20; apenas Alumnio. d) 25; apenas Alumnio. e) 25; Buenos Aires ou Alumnio. COMENTçRIOS: Neste caso temos um crime distncia, ou seja, um crime em que a conduta ocorre num pas e o resultado ocorre em outro. Neste caso, o CP estabelece que ser considerado local do crime tanto o lugar em que foi praticada a conduta (Buenos Aires-ARG) quanto o lugar em que ocorreu o resultado (Alumnio/SP-BRA), conforme art. 6¼ do CP. Com relao ao momento do crime, o CP, em seu art. 4¼, estabelece que se considera praticado o crime no momento da CONDUTA (ao ou omisso), ainda que outro seja o momento do resultado. No caso, a conduta ocorreu quando o agente postou a carta-bomba com destino ao Brasil, ou seja, no dia 10. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA B. 04.! (VUNESP Ð 2016 Ð PREF. DE SERTÌOZINHO-SP Ð PROCURADOR) Rosa Margarida, apaixonada por Carlos Flores, imaginando que se os dois convivessem por alguns dias, ele poderia se apaixonar, resolveu sequestr-lo. Sendo assim, o privou da sua liberdade e o levou para sua casa. Enquanto Carlos era mantido em cativeiro por Rosa, nova lei entrou em vigor, agravando a pena do crime de sequestro. Sobre a possibilidade de aplicao da nova lei, mais severa, ao caso exposto, assinale a alternativa correta. a) No se aplica, tendo em vista a irretroatividade da lei penal mais severa. b) aplicvel, pois entrou em vigor antes de cessar a permanncia. c) No se aplica, tendo em vista o princpio da prevalncia do interesse do ru. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo d) aplicvel, pois se trata de crime material e nessescasos deve ser aplicada a teoria da ubiquidade. e) No de aplica, pois de acordo com a teoria da atividade, a lei a ser aplicada deve ser aquela em vigor no momento do crime. COMENTçRIOS: Neste caso temos um crime permanente, ou seja, um crime que se prolonga no tempo. Neste caso, entende-se que o crime est ocorrendo enquanto no cessar a permanncia, ou seja, enquanto a vtima estiver privada de sua liberdade (no caso da questo). Nos crimes permanentes, caso sobrevenha uma lei nova, que entre em vigor durante a prtica do crime (durante a permanncia), ela ser aplicada ao crime que est em andamento, independentemente de ser mais benfica ou mais gravosa. Neste caso, no h retroatividade, pois a lei entrou em vigor DURANTE a prtica do crime, e no depois. Este o entendimento sumulado do STF (smula 711 do STF). Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA B. 05.! (VUNESP Ð 2016 Ð PREF. DE POç-SP Ð PROCURADOR) Considera-se praticado o crime no momento a) do resultado. b) em que o agente inicia os atos preparatrios. c) em que o agente cogita e planeja a prtica criminosa. d) da ao ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado. e) da ao ou omisso, bem como no momento em que se produziu o resultado. COMENTçRIOS: Considera praticado o crime no momento da conduta (ao ou omisso), ainda que outro seja o momento do resultado, conforme art. 4¼ do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA D. 06.! (VUNESP Ð 2010 Ð MPE-SP Ð ANALISTA DE PROMOTORIA) Considere que um indivduo, de nacionalidade chilena, em territrio argentino, contamine a gua potvel que ser utilizada para distribuio no Brasil e Paraguai. Considere, ainda, que neste ltimo pas, em razo da contaminao, ocorre a morte de um cidado paraguaio, sendo que no Brasil vitimado, apenas, um equatoriano. De acordo com a regra do art. 6.¼, do nosso Cdigo Penal ("lugar do crime"), considera-se o crime praticado a) na Argentina, apenas. b) no Brasil e no Paraguai, apenas. c) no Chile e na Argentina, apenas. d) na Argentina, no Brasil e no Paraguai, apenas. e) no Chile, na Argentina, no Paraguai, no Brasil e no Equador. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo COMENTçRIOS: O CP brasileiro adotou a teoria da UBIQUIDADE em relao ao lugar do crime. Vejamos: Art. 6¼ - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.(Redao dada pela Lei n¼ 7.209, de 1984) Assim, podemos perceber que, PELA LEI BRASILEIRA, o crime seria punido apenas na Argentina (onde foi praticado), no Paraguai e no Brasil (onde o resultado ocorreu). Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA D. 07.! (VUNESP Ð 2009 Ð TJ-SP Ð JUIZ) O Cdigo Penal Brasileiro, em seu art. 6.¼, como lugar do crime, adota a teoria a) da atividade ou da ao. b) do resultado ou do evento. c) da ao ou do efeito. d) da ubiquidade. COMENTçRIOS: O CP brasileiro adotou, como teoria referente ao lugar do crime, a teoria da UBIQUIDADE, considerando-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Vejamos a redao do art. 6¼: Art. 6¼ - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.(Redao dada pela Lei n¼ 7.209, de 1984) Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA D. 08.! (VUNESP Ð 2007 Ð OAB-SP Ð EXAME DE ORDEM) O Cdigo Penal brasileiro, a) quanto ao lugar do crime, adotou a teoria mista ou da ubiqidade. b) quanto ao lugar do crime, adotou a teoria da atividade ou da ao. c) quanto ao tempo do crime, adotou a teoria mista ou da ubiqidade. d) quanto ao tempo do crime, adotou a teoria do resultado. COMENTçRIOS: O CP brasileiro adotou, como teoria referente ao lugar do crime, a teoria da UBIQUIDADE (ou mista), considerando-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Vejamos a redao do art. 6¼: Art. 6¼ - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.(Redao dada pela Lei n¼ 7.209, de 1984) J com relao ao TEMPO do crime, o CP adotou a teoria da atividade, nos termos do art. 4¼: Art. 4¼ - Considera-se praticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado.(Redao dada pela Lei n¼ 7.209, de 1984) 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA A. 2.2!Do crime: fato tpico e ilicitude 09.! (VUNESP Ð 2018 Ð PC-BA - ESCRIVÌO) Dentro do tema do crime consumado e tentado, correto afirmar que (A) os crimes unissubsistentes admitem tentativa. (B) os crimes omissivos imprprios consumam-se com a ao ou omisso prevista e punida na norma penal incriminadora. (C) s haver consumao do crime quando ocorre resultado naturalstico ou material. (D) h tentativa cruenta quando o objeto material no atingido, ou seja, o bem jurdico no lesionado. (E) no admitem tentativa os crimes de atentado ou de empreendimento. COMENTçRIOS: a) ERRADA: Item errado, pois nos crimes unissubsistentes no possvel fracionar o iter criminis, de forma que ou o agente d incio execuo e o crime j est consumado ou o agente sequer inicia a execuo e temos um indiferente penal. No h, portanto, possibilidade de tentativa. b) ERRADA: Item errado, pois nos crimes omissivos imprprios a consumao se d quando ocorre o resultado danoso que o agente deveria evitar. c) ERRADA: Item errado, pois tal exigncia s se d nos crimes materiais. Nos crimes formais a ocorrncia do resultado naturalstico dispensvel para a consumao. Nos crimes de mera conduta sequer o tipo penal prev resultado naturalstico. d) ERRADA: Item errado, pois neste caso temos tentativa incruenta, ou branca. Na tentativa cruenta (ou vermelha) o objeto material atingido. e) CORRETA: Item correto, pois nestes crimes o simples fato de dar incio execuo j consuma o delito, de forma que no h como ocorrer o fenmeno da tentativa. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA E. 10.! (VUNESP Ð 2018 Ð PC-BA - INVESTIGADOR) O Cdigo Penal, no art. 23, elenca as causas gerais ou genricas de excluso da ilicitude. Sobre tais excludentes, assinale a alternativa correta. (A) Morador no aceita que funcionrio pblico, cumprindo ordem de juiz competente, adentre em sua residncia para realizar busca e apreenso. Se o funcionrio autorizar o arrombamento da porta e a entrada forada, responder pelo crime de violao de domiclio. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo (B) O estrito cumprimento do dever legal perfeitamente compatvel com os crimes dolosos e culposos. (C) Para a configurao do estado de necessidade,o bem jurdico deve ser exposto a perigo atual ou iminente, no provocado voluntariamente pelo agente. (D) O reconhecimento da legtima defesa pressupe que seja demonstrado que o agente agiu contra agresso injusta atual ou iminente nos limites necessrios para fazer cessar tal agresso. (E) Deve responder pelo crime de constrangimento ilegal aquele que no sendo autoridade policial prender agente em flagrante delito. COMENTçRIOS: a) ERRADA: Item errado, pois o funcionrio no responder por tal delito, por estar agindo no estrito cumprimento do dever legal, na forma do art. 23, III do CP. b) ERRADA: Item errado, pois a princpio o estrito cumprimento do dever legal s cabvel nos crimes dolosos. c) ERRADA: Item errado, pois o perigo, no estado de necessidade, deve ser ATUAL, conforme art. 24 do CP. d) CORRETA: Item correto, pois este um pressuposto da legtima defesa, na forma do art. 25 do CP: Art. 25 - Entende-se em legtima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessrios, repele injusta agresso, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.(Redao dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984) e) ERRADA: Item errado, pois qualquer pessoa pode prender quem esteja em flagrante delito (art. 301 do CPP), motivo pelo qual tal conduta no configura crime, estando o agente no exerccio regular de direito. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA D. 11.! (VUNESP Ð 2017 Ð CRBIO-1¡ REGIÌO Ð ADVOGADO - ADAPTADA) De acordo com o Cdigo Penal Brasileiro, nos crimes sem violncia ou grave ameaa pessoa, o arrependimento posterior isenta de pena o autor do crime, desde que reparado o dano at o recebimento da denncia ou queixa. COMENTçRIOS: Item errado, pois no caso de arrependimento posterior isso no isentar o agente de pena. O agente, neste caso, ter sua pena diminuda de um a dois teros, nos termos do art. 16 do CP. Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA. 12.! (VUNESP Ð 2017 Ð CRBIO-1¡ REGIÌO Ð ADVOGADO - ADAPTADA) De acordo com o Cdigo Penal Brasileiro, responde penalmente, a ttulo de omisso, aquele que deixa de agir para evitar o resultado quando, por lei ou conveno social, tenha obrigao de cuidado, proteo ou vigilncia. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo COMENTçRIOS: Item errado, pois responde penalmente pela omisso aquele que deixa de agir, quando podia e devia agir para evitar o resultado. Vejamos: Art. 13 (...) ¤ 2¼ - A omisso penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:(Includo pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984) a) tenha por lei obrigao de cuidado, proteo ou vigilncia; (Includo pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984) b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (Includo pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984) c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrncia do resultado. (Includo pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984) Como se v, o agente no responde penalmente pela omisso quando tinha, por CONVENÌO SOCIAL, o dever de proteo, cuidado e vigilncia, mas apenas quando tinha tal dever por obrigao legal ou quando de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado ou, ainda, quando criou o risco da ocorrncia do resultado, com seu comportamento anterior. Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA. 13.! (VUNESP Ð 2017 Ð CRBIO-1¡ REGIÌO Ð ADVOGADO - ADAPTADA) De acordo com o Cdigo Penal Brasileiro, o crime tentado quando, iniciada a execuo, o agente impede a realizao do resultado. COMENTçRIOS: Item errado, pois considera-se o crime tentado quando, uma vez iniciada a execuo, no se consuma o delito por circunstncias alheias vontade do agente, nos termos do art. 14, II do CP. Quando o prprio agente impede a ocorrncia do resultado poderemos ter desistncia voluntria ou arrependimento eficaz, a depender do caso, na forma do art. 15 do CP. Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA. 14.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð ESCRIVÌO) Com relao consumao e tentativa do crime, nos termos previstos no Cdigo Penal, correto afirmar que (A) salvo disposio em contrrio, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuda de um a dois teros. (B) diz-se o crime consumado, quando nele se renem dois teros dos elementos de sua definio legal. (C) diz-se o crime consumado, quando nele se renem a maioria dos elementos de sua definio legal. (D) diz-se o crime tentado quando no se exaure por circunstncias alheias vontade do agente. (E) diz-se o crime tentado quando, iniciada a cogitao, no se consuma por circunstncias alheias vontade do agente. COMENTçRIOS: Diz-se o crime consumado quando nele se renem a TODOS os elementos de sua definio legal, nos termos do art. 14, I do CP. Diz-se o crime 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo como ÒtentadoÓ quando, uma vez iniciada a execuo, no se consuma por circunstncias alheias vontade do agente, nos termos do art. 14, II do CP. A tentativa, salvo disposio em contrrio, punida com a pena correspondente ao crime consumado, diminuda de um a dois teros, nos termos do art. 14, ¤ nico do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA A. 15.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð ESCRIVÌO) Segundo o previsto no Cdigo Penal, incorrer na excludente de ilicitude denominada estado de necessidade aquele que (A) pratica o fato usando moderadamente dos meios necessrios, para repelir injusta agresso, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (B) atua ou se omite sem a conscincia da ilicitude do fato, quando no lhe era possvel, nas circunstncias, ter ou atingir essa conscincia. (C) tendo o dever legal de enfrentar o perigo, pratica o fato para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, no era razovel se exigir. (D) pratica o fato para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, era razovel exigir-se. (E) pratica o fato para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, no era razovel exigir-se. COMENTçRIOS: Atua em estado de necessidade aquele que pratica o fato definido como crime para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, no era razovel exigir-se, nos termos do art. 24 do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA E. 16.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð INSPETOR) O indivduo ÒBÓ, com inteno de matar a pessoa ÒDÓ, efetua dez disparos de arma de fogo em direo a um veculo que se encontra estacionado na via pblica por imaginar que dentro desse veculo encontrava-se a pessoa ÒDÓ, contudo, no havia nenhuma pessoa no interior do veculo. Com relao conduta praticada por ÒBÓ, correto afirmar que (A) o indivduo ÒBÓ poder ser punido pelo crime de homicdio tentado, em virtude da interpretao extensiva do crime de homicdio em vista de sua inteno. (B) o indivduo ÒBÓ poder ser punido pelo crime dehomicdio consumado, em virtude da interpretao extensiva do crime de homicdio. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo (C) o indivduo ÒBÓ no poder ser punido pelo crime de homicdio. (D) o indivduo ÒBÓ poder ser punido pelo crime de homicdio tentado, por analogia ao crime de homicdio em vista de sua inteno. (E) o indivduo ÒBÓ poder ser punido pelo crime de homicdio consumado, por analogia ao crime de homicdio em vista de sua inteno. COMENTçRIOS: No caso temos uma hiptese de crime impossvel, pela absoluta impropriedade do objeto, de forma que o agente no poder ser punido pelo crime de homicdio, nos termos do art. 17 do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA C. 17.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð INSPETOR) O indivduo ÒBÓ descobre que a companhia area ÒXÓ a que esteve envolvida no maior nmero de acidentes areos nos ltimos anos. O indivduo ÒBÓ ento compra, regularmente, uma passagem area desta companhia e presenteia seu pai com esta passagem, pois tem interesse que ele morra para receber sua herana. O pai recebe a passagem e durante o respectivo vo ocorre um acidente areo que ocasiona sua morte. Diante dessas circunstncias, correto afirmar que (A) o indivduo ÒBÓ ser responsabilizado pelo crime de homicdio doloso se for demonstrado que o piloto do avio em que seu pai se encontrava agiu com culpa no acidente que o vitimou. (B) o indivduo ÒBÓ ser responsabilizado pelo crime de homicdio culposo, tendo em vista que sem a sua ao o resultado no teria ocorrido. (C) o indivduo ÒBÓ ser responsabilizado pelo crime de homicdio doloso, tendo em vista que sem a sua ao o resultado no teria ocorrido. (D) o indivduo ÒBÓ ser responsabilizado pelo crime de homicdio culposo se for demonstrado que o piloto do avio em que seu pai se encontrava agiu com culpa no acidente que o vitimou. (E) o indivduo ÒBÓ no praticou e no poder ser responsabilizado pelo crime de homicdio. COMENTçRIOS: O indivduo no praticou e no poder ser responsabilizado pelo delito de homicdio, pois sua conduta no foi a causa adequada da morte de seu pai. Com sua conduta o agente no criou um risco proibido pelo Direito, pois no vedado a ningum presentear outra pessoa com uma passagem, ainda que sua inteno seja v-la morrer num acidente. Portanto, a ALTERNATIVA CORRET A A LETRA E. 18.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð INSPETOR) Nos termos do Cdigo Penal considera-se causa do crime 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo (A) a ao ou omisso praticada pelo autor, independentemente de qualquer causa superveniente. (B) a ao ou omisso sem a qual o resultado no teria ocorrido. (C) a ao ou omisso praticada pelo autor, independentemente da sua relao com o resultado. (D) exclusivamente a ao ou omisso que mais contribui para o resultado. (E) exclusivamente a ao ou omisso que mais se relaciona com a inteno do autor. COMENTçRIOS: Considera-se causa do crime a ao ou omisso sem a qual o resultado no teria ocorrido, nos termos do art. 13 do CP, que consagra a teoria da equivalncia dos antecedentes causais. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA B. 19.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC/CE Ð INSPETOR) Com relao legtima defesa, segundo o disposto no Cdigo Penal, correto afirmar que (A) o uso moderado dos meios necessrios para repelir uma agresso consiste em um dos requisitos para caracterizao da legtima defesa, ainda que essa agresso seja justa. (B) um dos requisitos para sua caraterizao consiste na necessidade que a injusta agresso seja atual e no apenas iminente. (C) um dos requisitos para sua caracterizao consiste na exigncia de que a repulsa injusta agresso seja realizada contra direito seu, tendo em vista que se for praticada contra o direito alheio estar-se- diante de estado de necessidade. (D) a legtima defesa no resta caracterizada se for praticada contra uma agresso justa, ainda que observados os demais requisitos para sua caracterizao. (E) considera-se em legtima defesa aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, no era razovel exigir-se. COMENTçRIOS: A) ERRADA: Se a agresso justa, no h que se falar em legtima defesa, nos termos do art. 25 do CP. B) ERRADA: A injusta agresso pode ser atual ou iminente, nos termos do art. 25 do CP. C) ERRADA: A legtima defesa pode ser praticada para repelir injusta agresso tambm contra direito de terceira pessoa. D) CORRETA: Perfeito. Se a agresso justa, no h que se falar em legtima defesa, nos termos do art. 25 do CP. 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo E) ERRADA: Tal definio corresponde ao estado de necessidade, nos termos do art. 24 do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA D. 20.! (VUNESP - 2013 - TJ-SP - JUIZ) H crime em que a tentativa punida com a mesma pena do crime consumado, sem a diminuio legal. Exemplo: art. 309 do Cdigo Eleitoral (Òvotar ou tentar votar, mais de uma vez, ou em lugar de outremÓ). Recebe, em doutrina, a denominao de a) crime consunto. b) crime de conduta mista. c) crime de atentado ou de empreendimento. d) crime multitudinrio. COMENTçRIOS: Estes crimes (que so raros) so chamados de Òcrimes de atentadoÓ ou Òcrimes de empreendimentoÓ. Nestes crimes o tipo penal j prev a tentativa como sendo delito consumado, de forma que no se aplica o art. 14, II e seu ¤ nico do CP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA C. 21.! (VUNESP - 2013 - TJ-SP - JUIZ) Quando a descrio legal do tipo penal contm o dissenso, expresso ou implcito, como elemento especfico, o consentimento do ofendido funciona como causa de excluso da a) antijuridicidade formal b) tipicidade. c) antijuridicidade material. d) punibilidade do fato. COMENTçRIOS: Existem crimes cujo tipo penal prev, expressa ou implicitamente, a necessidade de que a conduta seja praticada Òsem autorizaoÓ ou Òcontra a vontadeÓ, etc. Nestes crimes, se a conduta praticada Òcom autorizaoÓ ou Òde acordo com a vontadeÓ, ou seja, com o Òconsentimento do ofendidoÓ, no h crime, pois h excluso da tipicidade, j que a ausncia do consentimento do ofendido um elemento normativo do tipo penal. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA A LETRA B. 22.! (VUNESP - 2013 - TJ-SP - JUIZ) Conforme o disposto no artigo 14, pargrafo nico, do Cdigo Penal, ÒSalvo disposio em contrrio, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuda de um a dois terosÓ. O critrio de diminuio da pena levar em considerao 0 00000000000 - DEMO Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 58 DIREITO PENAL P/ PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR Curso de Questes Comentadas da VUNESP Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo a) a motivao do crime. b)
Compartilhar