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Trabalho - Iluminação no Paisagismo

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INSTITUTO DE AGRONOMIA – DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
2018.1 
 
 
 
 
 
Iluminação no Paisagismo 
Trabalho de paisagismo entregue ao professor Dr. Rogério Pêgo (07/06/2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alunos: Carla Oliveira Pereira - 201401014-3 
Douglas da Silva Ferreira - 201401018-6 
Marcos Paulo C. Fonseca - 201401050-1 
 
 
 
INSTITUTO DE AGRONOMIA – DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
2018.1 
 
Introdução 
“Na noite, o que não é iluminado, desaparece.” 
Esta afirmação é uma constatação pura e simples do que acontece com as áreas 
urbanas não iluminadas. Estas áreas urbanas podem ser privadas ou públicas, de pequeno 
ou grande porte, porém fazem parte, sempre, da composição visual do espaço percebido. 
Nessa perspectiva, segundo Moyer (2005), a técnica de iluminação paisagística 
adequada é aquela que valoriza uma vegetação específica, e é capaz de determinar o papel 
que esta vegetação desempenha na composição de luz e efeitos visuais desejados. Para 
definir o tipo de iluminação é preciso considerar a direção da luz, a intensidade dela e o 
sistema de fixação da luminária. A luz pode ser direcionada para baixo, para cima ou para 
os lados, e é a direção da luz que vai caracterizar a aparência da planta. 
Dessa forma, a iluminação é uma ferramenta importante na composição deste 
espaço, no período noturno, pois realça caminhos, plantas, esculturas e fontes. Mas 
também, ilumina a área, permitindo que se caminhe com segurança, se pratiquem esportes 
ou simplesmente se admirem as estrelas. Contudo, deve ser utilizada de maneira bastante 
equilibrada, pois novamente temos uma linha tênue entre a valorização e o exagero. 
 
Contexto histórico 
A história da iluminação relembra que, focando principalmente no Brasil, a 
iluminação urbana teve início somente com o intuito gerar ‘clareamento’ às noites das 
cidades. Conforme dito por Carvalho (2010), em 1500, os portugueses chegaram ao Brasil, 
trazendo as formas de iluminação que utilizavam na Europa, as lamparinas, sendo as 
mesmas feitas a base de alguns tipos de óleo, como o vegetal e de oliva. Como até o século 
XVIII não existia luz elétrica, até mesmo as festas eram iluminadas com velas de sebo e 
gordura. 
Somente no século XIX, algumas cidades como Rio de Janeiro passaram a utilizar-
se de luminárias a base de óleo de baleia. A primeira cidade a utilizar a iluminação a gás 
foi são Paulo, porém foi em Campos, no Rio de Janeiro onde se utilizou pela primeira vez 
no país a luz elétrica nas ruas, em virtude da presença de uma usina termoelétrica na cidade. 
Portanto, aos poucos os lampiões que durante muito tempo eram os únicos responsáveis 
pela iluminação das cidades brasileiras, foram sendo substituídos pela luz elétrica. 
Podemos observar, com todo esse histórico, que o foco da iluminação elétrica 
naquela época era pura e simplesmente de iluminar as ruas das cidades e residências, sem 
levar em consideração qualquer tipo de esteticidade ou luminotecnia, sem haver qualquer 
 
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2018.1 
análise de escolha do melhor tipo de lâmpada a ser utilizada ou itens do tipo, fato totalmente 
compreensível para a época. 
Com a chegada da iluminação elétrica, ainda que não pensada projetualmente, a 
vida das pessoas daquela época tomou um novo rumo, alterando completamente a vida 
noturna nas cidades. Ainda que sem projeto, a iluminação que deixou de ser feita por 
lampiões e passou a ser realizada por lâmpadas, trouxe maior iluminação para as ruas das 
cidades, deixando-as mais seguras, e as pessoas passaram a aproveitar mais da vida 
noturna. 
Considerações de projeto 
Quando estamos desenvolvendo um projeto de iluminação para espaços externos, 
como jardins, praças e parques, precisamos entender a composição visual planejada pelo 
urbanista, suas funções, momentos e principalmente, seus pontos de vistas. 
Os pontos de vista, são referes aos pontos de melhor visualização do espaço, pontos 
estes tanto internos quanto externos ao projeto. Assim, algumas informações devem ser 
buscadas no espaço a ser projetado, como as funções: público ou privado; ornamental; 
básica; tarefa; acesso; segurança. 
Entender estes elementos é um primeiro passo para projetar o espaço, pois a 
iluminação deve atender às expectativas dos usuários destas áreas. 
As funções paisagísticas são decorrentes da relação entre o espaço, seus arredores 
e as pessoas nele inseridas, bem como os usos e os momentos em que as pessoas darão a 
ele e aos seus pontos de vista no que tange às paisagens criadas. O desenvolvimento da 
iluminação para áreas verdes privadas deve considerar, neste contexto, as quatro premissas 
do ambiente: layout; funções; usos e momentos; e pontos de vista, que devem ser 
interpretados como os pontos de visualização das pessoas. 
O layout de um projeto paisagístico é a composição dos volumes e elementos 
arbóreos, criando espaços e ambientações distintas em seus volumes, cores e funções. 
É preciso considerar como é o desenho da área externa e detalhes dos elementos 
arbóreos, como por exemplo, se são altos ou baixos, volumosos ou estreitos. O projeto do 
Arquiteto paisagista tem que prever como os volumes vão se relacionar entre si e com 
aquele espaço. 
Uma vez coletadas essas informações para o projeto, o lighting designer tem que 
entender quais são as funções da área que vai abrigar seu projeto. Quando se monta o 
paisagismo, são determinadas áreas locais, ou seja, pontos ideais de onde se pode observar 
aquele paisagismo. 
 
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Os pontos de vistas são importantes referências que o espaço projetado cria para 
seus observadores, são normalmente formados por muitos elementos que compõem os 
espaços, criando assim uma composição visual privilegiada, de beleza ímpar. 
Cabe ao projetista da iluminação deste espaço o cuidado superior para acompanhar 
estes pontos de observação, evitando-se ofuscamentos ou posicionamentos de fontes de luz 
que possibilitem leituras indesejadas ou prejudiciais aos objetivos do espaço. 
Tipos de lâmpadas 
Estes cenários, idealizados de acordo com o efeito desejado, podem evocar gêneros: 
o dramático, que fixa e ressalta somente alguns pontos, jogando com as formas e texturas 
dos objetos e plantas focalizados; ou o romântico, que cria espaços para integrar as pessoas 
ao ambiente, com bancos e caminhos iluminados. Tanto num como no outro, a ideia é usar 
a luz para criar um clima agradável e relaxante. As atividades físicas, porém, exigem uma 
iluminação mais forte, adequada ao tipo de esporte praticado: cooper, futebol, natação, 
basquete e muitos outros. 
Para a concepção de seu projeto você precisa, antes de tudo, conhecer os recursos 
de que o mercado dispõe em luminárias e lâmpadas. Os postes altos (a partir de 2,5 m) são 
indicados quando se necessita de bastante claridade, distribuída uniformemente, como por 
exemplo, em grandes áreas planas gramadas ou destinadas à circulação de veículos. São 
dotados de luminárias de vidro ou acrílicos, nas variações opacos e transparentes. Já os 
postes mais baixos são perfeitos para iluminar bancos e demarcar trilhas. O mesmo efeito 
é conseguido com as luminárias de balizamento, de várias alturas e com vidro ótico 
funcionando como difusor da luz. 
Uma outra opção é o projetor, também chamado de spot. Este tipo é o mais usado 
nas iluminações de gênero dramático. As luminárias de parede, de vigia e arandelas, 
emboranão sejam exclusivamente destinadas ao jardim, funcionam como suporte nas áreas 
externas, clareando a fachada e a entrada da casa, além de conferir um belo efeito visual. 
As lâmpadas são caracterizadas por sua temperatura de cor, índice de reprodução 
de cor (IRC) e eficiência energética. Temperatura de cor: Define a aparência de cor da luz 
emitida pela fonte de luz. A sua unidade de medida é o Kelvin (K). Quanto mais alta a 
temperatura de cor, mais branca é a tonalidade de cor da luz e quanto mais baixa, se 
aproximará, mais do amarelo, avermelhado. Em se tratando de luz quente ou fria, não se 
refere ao calor físico da lâmpada, mas sim à tonalidade de cor que ela transmite ao ambiente 
(SILVA,2007). 
Assim a luz com tonalidade de cor mais suave amarelas tem características mais 
aconchegante e relaxante, e a luz com tonalidade mais clara tem características mais 
estimulante. Índice de Reprodução de Cor (IRC): Este índice quantifica a fidelidade com 
 
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que as cores são reproduzidas sob uma determinada fonte de luz. A capacidade da lâmpada 
reproduzir bem as cores (IRC) é independente da sua temperatura de cor (K). 
Quanto mais próximo de 100 for o IRC de uma fonte de luz artificial, mais próximo 
estará das características da iluminação natural, ou seja, um bom IRC (SILVA,2007). 
As lâmpadas dividem-se essencialmente em dois grandes grupos: lâmpadas de 
incandescência e lâmpadas de descarga. 
-Incandescentes: com potência variando entre 60 e 150 watts, são mais baratas, mas têm 
uma vida útil menor se comparadas às outras. São usadas em qualquer tipo de luminária. 
-Halógenas: usadas nos projetores, pois permitem o fluxo de luz dirigido. Varia de 300 a 
500 watts. 
-Fluorescente compacta: com potência de 9 watts, é econômica, pois consome 1/4 a menos 
de energia que a incandescente, e dura mais. É ideal para balizas e luminárias de vigia. 
-Lâmpada mista: com potência variando de 160 a 400 watts, seu tom esverdeado é ótimo 
para realçar a cor das plantas. Usada em postes ou projetores. 
-Vapor de mercúrio: outra opção para postes e projetores, com potência entre 80 e 400 
watts. É também mais econômica e tem vida útil longa. 
-Vapor metálico: só 400 watts. Para projetores que dirigem o foco em grandes árvores e 
fachada da casa. 
-Vapor de sódio: potência de 70 a 400 watts, ótima para projetores, mas é desaconselhável 
para a iluminação de plantas por ter tom alaranjado. 
-Lâmpadas anti-inseto: ideais para áreas de lazer e terraços. Recebem uma pintura especial 
amarela que impede a passagem de irradiações de ondas e, por consequência, não atraem 
insetos. 
- Fibra Óptica: A fibra ótica muito utilizada na iluminação arquitetônica e decorativa é 
constituída por um composto polimérico do material Polimetil Metacrilato (PMMA). A 
camada externa de cada fio ótico possui um alto índice de refração. Assim a luz tem uma 
perda mínima em seu percurso de uma extremidade à outra da fibra. 
- Lâmpada de LED (Diodo Emissor de Luz):Segundo POULSEN, (2007) os LEDs 
oferecem uma grande variedade de cores como a branca padrão, azul, vermelho, verde, 
laranja e mudança de cores RGB. Eles têm excepcionalmente longa vida, são frios ao toque 
e têm baixos custos de funcionamento. No entanto, quando usados numa composição de 
LEDs brancos eles vão parecer brancos, mas quando colocado ao lado ou perto de fontes 
quentes, tais como lâmpadas halógenas, os LEDs aparecerão mais azulados. Isto pode 
parecer “frio e fantasmagórico”. Por isso, é recomendável que o led venha com um filtro 
amarelo que corrige este azulado deixando a lâmpada de LED com um aspecto mais quente. 
 
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As lâmpadas de LED segundo LUME ARQUITETURA 31(2010) são uma boa 
alternativa por possuírem um baixo consumo de energia, não emite radiações 
infravermelhas e ultravioletas, possui baixo consumo de energia, longa vida útil, possui 
alta eficiência de cor, pequenas dimensões etc. 
Seja qual for a luminária escolhida, é imprescindível que ela esteja protegida contra 
o sol e a chuva. Por isso, o melhor material, sem dúvida, é o alumínio, pois não enferruja. 
O ferro só é indicado quando recebe um tratamento eficiente contra corrosão. Para 
instalação de luminárias em piscinas e fontes, verifique se a qualidade da borracha e do 
vidro é realmente à prova de água. 
Um outro fator importante é a facilidade de acionamento do sistema. De 
preferência, os interruptores devem estar instalados junto a casa para garantir mais 
segurança e conforto. Mas você pode contar também com equipamentos mais modernos 
para este trabalho. Um deles é o timer, que aciona as luminárias num horário 
preestabelecido. Além disso, permite o controle da quantidade de luminárias acesas, 
economizando energia. 
Outro equipamento é a célula fotoelétrica, o mesmo sistema utilizado nas vias 
públicas. Ele é um dispositivo sensível à luminosidade: quando escurece, as lâmpadas 
acendem e quando clareia se apagam. Simples e prático. 
Os tipos de lâmpadas utilizadas em um projeto de paisagismo vão ser definidos de acordo 
com a área e com o efeito que se quer atingir. 
Para grandes áreas o uso de lâmpada de vapor de sódio ou metálico são as ideais. 
As lâmpadas de vapor metálico com temperatura de cor acima de 4000K realçam bem o 
verde. 
Já em áreas onde se deseja realçar o colorido das flores é preciso escolher uma 
lâmpada que tenha um bom índice de reprodução de cores (IRC). Para grandes áreas o uso 
da lâmpada de vapor metálico e para áreas menores e as fluorescentes compactas ou 
halógenas (PAR). 
Em jardins de inverno pode se criar uma sensação de luz do dia com o uso de 
lâmpadas fluorescentes tubulares no teto escondidas por placas de acrílico jateadas. 
Para a fibra óptica, que pode ser aplicada balizadores, plantas de porte pequeno e 
médio, piscinas, espelhos d’água etc. Através de uma única fonte com lâmpada de vapor 
metálico ou halógenas podem conduzir a luz para diversos pontos. 
No caso dos LEDs eles possuem um baixo consumo de energia e tem sido usado 
com frequência em balizadores. 
 
 
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Efeitos de luz 
Os efeitos de luz são a consequência do processo do projeto e, na verdade, são os 
elementos que se objetiva alcançar para a percepção correta do espaço iluminado. Com a 
colocação de equipamentos em diferentes posições em relação aos elementos iluminados, 
obtém-se diferentes resultados, como descrito nas imagens a seguir. 
-Downlighting 
A iluminação em downlighting prevê a instalação de equipamentos e fontes de luz 
em locais superiores e voltados para o piso. Esse efeito tem como função uma iluminação 
de segurança. Os equipamentos utilizados para sua obtenção podem ser controlados para 
situações antipânico, sendo chamados de cercas de luz, afastando intrusos mal-
intencionados. 
-Uplighting 
Projetando a luz para regiões superiores, os equipamentos usados para executar esse 
efeito de iluminação destacam elementos arbóreos volumosos, fachadas ou superfícies 
verticais. Atualmente, podem ser encontrados equipamentos com diferentes tipos de foco 
e também diversidade de fontes de luz, compondo um vasto espectro de possibilidades de 
cores, de intensidades e de angulações para criar o efeito uplighting. 
-Grazing (textura) 
A localização próxima dos projetores às superfícies rugosas iluminadas, cujo 
ângulo de projeção raso valoriza as texturas da superfície, caracteriza o efeito de grazing. 
Esse efeitopode ser bem-vindo quando propositalmente projetado, mas também ter 
percepção contrária quando resulta de posicionamentos equivocados de fontes de luz em 
paredes supostamente lisas. O grazing pode estar conjugado com o downlighting ou com o 
uplighting. 
-Crosslighting 
O crosslighting é um efeito gerado a partir da projeção de um facho de luz que 
atravessa do ambiente externo, visando um elemento normalmente decorativo e distante. 
Em geral, utiliza-se este efeito com fontes de luz de foco concentrado. 
A aplicação do crosslighting deve ser bem estudada, para que a iluminação não crie 
ofuscamentos indesejados em pontos de observação comuns. 
-Wall washing 
Quando o equipamento de iluminação está consideravelmente afastado de uma 
superfície vertical, o resultado é uma iluminação homogênea, conhecida como wall 
washing ou lavagem de luz. É muito utilizado para valorização arquitetônica, mas, mal 
 
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aplicado, resulta em um efeito intermediário entre o wall washing e o grazing. O efeito wal 
washing pode estar conjugado com o downlighting ou com o uplighting. 
-Spotlighting 
O spotlighting é uma variação do efeito uplighting, por angular seu foco em direção 
ao assunto, em geral, utilizando fontes de luz externas ou espetos. O recurso é 
frequentemente usado em circunstâncias em que o objeto a ser iluminado está localizado a 
alguma distância de onde a fonte de luz será acesa, como por exemplo, próximo a beirais 
de um prédio para iluminar determinados focos ou níveis diferentes do piso de um caminho 
por onde transitam pessoas. 
-Mirroring 
O mirroring é um dos efeitos mais bonitos, refinados e de elevada beleza da 
iluminação de áreas externas. Utiliza a consequência da iluminação de um elemento 
decorativo ou arbóreo priorizando a observação de um determinado ponto de vista através 
do reflexo em um espelho ou lâmina d’água. O bom resultado desse efeito é a interação 
harmônica entre os equipamentos que jogam luz no elemento arbóreo, o elemento em si e 
a sua observação através de um ponto de vista bem escolhido para reflexão no espelho 
d´água. O elemento arbóreo no mirroring é trabalhado de maneira indireta. 
-Silhueta 
Outro efeito que pode ser enquadrado na categoria superior de refino da iluminação 
é a silhueta, quando se ilumina um volume, um muro ou outros elementos arbóreos e um 
elemento importante fica no anonimato, aparecendo como silhueta. 
Tamanha é a importância desta relação de luz e sombra, que faz parte do processo 
conhecido como “Shadow light”, ou seja, a iluminação com a sombra. Pode ser utilizado 
com o efeito wall washing, atingindo melhores resultados, porém, com o efeito grazing, o 
resultado é mais dramático e teatral. 
-Floodlighting 
O efeito floodlighting é um downlighting projetado para iluminar áreas de maior 
proporção, utilizando equipamentos com grande abertura de facho. Normalmente utilizado 
para segurança de áreas como parques, campos de futebol e jardins, e pode ser 
extremamente estético quando utilizado como sistema moonlighting. 
-Moonlighting 
O efeito moonlighting, como o nome diz, procura representar a iluminação de uma 
lua cheia, criando as sombras das folhagens de uma árvore no chão. É um efeito sofisticado 
e difícil de ser criado, pois requer a instalação de equipamentos em árvores de copa 
 
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abundante, de folhas grandes, galhos definidos e fortes, uma vez que o equipamento deve 
ser fixado nos galhos, escondido entre as folhas. 
A base de um bom projeto de iluminação é o entendimento perfeito dos momentos 
urbanísticos. Quando o projeto não está construído, é fundamental entender, além do 
posicionamento, o porte, as cores e a densidade dos elementos arbóreos. 
Fotometria 
Entender a fotometria dos equipamentos e de como iluminar os elementos é um 
exercício dos princípios da fotometria, abertura de foco, intensidade, além da composição 
artística das cores. 
Elementos altos e esguios demandam focos concentrados, enquanto que elementos 
largos e baixos demandam focos amplos. Devemos tomar cuidado com a modelagem dos 
elementos, normalmente utilizando mais de um ponto focal, evitando assim a distorção da 
percepção do elemento paisagístico. 
Em um espaço externo, os pontos de luz mal projetados podem criar um efeito 
terrível chamado “ofuscamento”, que é a projeção de luz intensa, descontrolada, que 
prejudica a observação do espaço. 
Este ofuscamento pode ser desconfortante ou até velador, ou seja, impede a 
observação do espaço, prejudicando até a segurança. Devemos buscar sempre a utilização 
de equipamentos com bom controle ótico, posicioná-los de maneira estratégica para não 
criar estes efeitos desagradáveis e até perigosos. 
A utilização dos equipamentos de iluminação em ambientes externos pode também 
criar o que conhecemos como “poluição luminosa”, que é a emissão descontrolada de luz 
para o céu. 
Considerações finais 
Analisando todo o estudo realizado sobre o tema Iluminação no Paisagismo, 
chegou-se à conclusão de que a iluminação realizada de forma correta gera uma grande 
revolução local, espacial, humana, enfim, em todos os aspectos possíveis que ambientes 
como esse possam agregar, a ponto de gerar uma maior convivência com os seus usuários, 
proporcionar segurança, e valorizar o paisagismo, que por vezes pode ficar penalizado 
quando escondido entre sombras e especificações errôneas. Pôde-se conhecer um pouco 
dos tantos tipos de lâmpadas que o mercado proporciona aos projetistas e qual deve ser a 
utilização ideal de cada uma, as diferentes formas de serem instaladas, os diferentes efeitos 
que a iluminação traz ao ambiente, e por tanto, quando esta escolha estiver alinhada à 
especificação certa da vegetação a ser utilizada nos ambientes, será o casamento perfeito 
para um bom projeto, que terá reconhecimento de todos e proporcionará condições ideais 
de uso para toda a população. 
 
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
2018.1 
 
Referências bibliográficas 
CARVALHO, Leandro. A História da iluminação pública no Brasil. 2010. 
LENNOX MOYER, Janet. The Landscape Lighting book, Hoboken. 2005. 
LA_PRO- Iluminação no paisagismo. Revista Lume Arquitetura,edição 
especial,Tecnologia de iluminação e Lighting Design, São Paulo, ano 2 N-2, p. 32, 2005. 
LUME ARQUITETURA 01- Lâmpada Fluorescente. Revista Lume Arquitetura, edição 
01. Disponível em: http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/ed01/ed_01_Aula.pdf. Acesso 
em: 05 de maio de 2018. 
LUME ARQUITETURA 31- LED .Revista Lume Arquitetura, edição 31. Disponível em: 
http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/ed31/ed_31_LEDs.pdf. Acesso em: 05 de maio de 
2018. 
LUME ARQUITETURA 04- Lâmpadas Halógenas . Revista Lume Arquitetura, edição 04. 
Disponível em: http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/ed04/ed_04_Aula.pdf .Acesso 
em: 05 de maio de 2018. 
LUME ARQUITETURA 03- Lâmpadas de Multivapores Metálicos . Revista Lume 
Arquitetura, edição 03. Disponível em: 
http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/ed03/ed_03_Aula.pdf .Acesso em: 05 de maio de 
2018. 
LUME ARQUITETURA 17- Fibra Óptica. Revista Lume Arquitetura, edição 17. 
Disponível em: http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/ed17/ed_17_Aula.pdf .Acesso 
em: 05 de maio de 2018. 
LUME ARQUITETURA 08- Lâmpada Incandescente. Revista Lume Arquitetura, edição 
08. Disponível em: http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/ed08/ed_08_Aula.pdf .Acesso 
em: 05 de maio de 2018. 
POULSEN,Louis. Landscaping With Light. Lithography:Garn Grafisk ApS. Print: 
Rosendahls Bogtrykkeri AS.,2007. 
DIAS, Charles Corrêa. Um pouco da história e do funcionamento básico das 
lâmpadas. 
Joinville, 2004. 
SILVA, Mauri Luiz. Luz Lâmpadas & Iluminação. 3 edição, Rio de Janeiro: Editora 
Ciência Moderna Ltda.,2004.

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