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Cap 4 ( Maria Celeste e Kerolinn Dandara)

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Centro de Ciências Biológicas e da Saúde 
Departamento de Biologia 
Campus I – Campina Grande 
Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas 
Componente Curricular: Direito Ambiental 
Docente: Francisco Ramos de Brito 
 
 
RESENHA CRÍTICA 
 
Kerolinn Dandara Silva 
Maria Celeste Galvão da silva 
 
 
 
Campina Grande-PB 
08/04/2019 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA- UEPB 
GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
Kerolinn Dandara Silva 
Maria Celeste Galvão 
 
TÍTULO 
 
Leff, Enrique. Democracia Ambiental e Desenvolvimento Sustentável/ 
Enrique Leff; tradução de Lúcia Endlich Orth -Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. 
 
O autor apresenta de forma clara e objetiva os princípios e conceitos que 
regem as relações entre o meio ambiente e os processos produtivos de um 
mundo globalizado e capitalista. Salientando o início da degradação ambiental 
a partir do aumento e desenvolvimento dos processos produtivos, que exigiram 
da natureza cada vez mais matéria prima, provocando um desequilíbrio 
ambiental, ultrapassando a capacidade de suporte do ambiente levando dessa 
forma a uma escassez não apenas de recursos naturais, mas de 
conscientização e valores sociais devido à falta de educação ambiental. 
A exploração dos recursos naturais tem gerado impactos de forma 
acumulativa que geram mudanças em todo o globo e ameaçam a estabilidade 
e sustentabilidade do meio ambiente. “Apesar do termo de sustentabilidade 
está inserido aqui como a do meio ambiente, este termo é muito 
antropocêntrico em sua definição atrelando-se sempre a manutenção da 
natureza para o uso do bem-estar dos seres humanos e não de todas as 
espécies”. 
Diante o exposto no texto, devido aos problemas ambientais houve-se a 
necessidade de repensar o conhecimento, diante a necessidade de repensar a 
relação dos seres humanos com o meio ambiente, pensar de maneira 
integrada e multivalente os problemas ambientais globais que em sua forma 
são complexos e estão diretamente interligados com a ação antrópica, sendo 
assim segundo o autor o conceito de meio ambiente penetra nas esferas 
consciência, no campo da ação política e econômica. 
O autor sempre vem dando ênfase em seu texto que as questões 
ambientais não se restringem a necessidade em que baseiam os processos 
produtivos, de inovar tecnologias para reciclar os rejeitos, assim como não está 
presa a necessidade de preservação da biodiversidade para manter o equilíbrio 
ecológico, mais sim de valorizar a ética e cultura da espécie humana 
trabalhando da melhor forma possível para garantir a harmonia das relações 
antrópicas e ambientais 
“ A gestão ambiental e desenvolvimento sustentável exigem novos 
conhecimentos interdisciplinares e o planejamento intersetorial do 
desenvolvimento; mas é sobretudo um convite a ação dos cidadãos para 
participar na produção de suas condições de existência em seus projetos de 
vida” (LEFF ,2001, p.57). Dessa forma o desenvolvimento sustentável se 
enquadra de forma mais eficiente como um projeto social e político para buscar 
da ordenação ecológica assim como para a diversidade de tipos de 
desenvolvimento. 
O autor da ênfase no capitalismo/globalização como o marco da 
degradação ambiental, pois o capitalismo segundo o autor , penetrou em todos 
os interstícios da individualidade ,da subjetividade e do cotidiano , fazendo 
com que os seres humanos se tornassem ambiciosos , pois em um mundo 
capitalista o melhor carro ,as melhores roupas , a melhor casa ,o mais moderno 
aparelho celular , promove uma melhor e maior aceitação social, velando assim 
a exploração excessiva dos recursos naturais e a produção em massa de 
produtos que em sua maioria são descartados em poucas semanas. Essa 
superprodução em massa tem levado a escassez dos recursos naturais e com 
a falta deles a comunidade cientifica tem se mobilizado afinal de contas, 
dependemos desses recursos para garantir a sobrevivência e bem estar de 
todas as espécies. 
Além dos problemas ambientais, os problemas sociais estão atrelados 
as novas políticas econômicas, onde a riqueza é concentrada em uma pequena 
parcela da população. Dessa forma conforme salientado no texto a pobreza 
tem caráter global e tem crescido de forma alarmante, sendo essa pobreza 
resultado de uma cadeia causal e de um círculo vicioso de desenvolvimento 
perverso- degradação ambiental – pobreza, induzido pelo caráter ecodestrutivo 
e excludente do sistema econômico, além de estar associada a um processo 
de destruição de identidades culturais, desarticulação do tecido social e 
desmantelamento dos atores coletivos. 
Outro ponto de estrema importância discutido no texto refere-se à 
relação dos economistas com o ambiente, onde estes contrapõem o ambiente 
como bem econômico de forma que garanta a sustentabilidade dos recursos. 
Sendo assim retornamos a discussão no sentido da sustentabilidade como algo 
de caráter benéfico para uma única espécie, “ a humana”. 
O autor acredita que uma das principais dificuldades enfrentadas pela 
sustentabilidade é a construção do conceito de ambiente como um potencial 
produtivo sustentável, integrando uma nova realidade que integre os processos 
ecológicos, tecnológicos e culturais para gerar um desenvolvimento alternativo, 
dessa forma o desenvolvimento sustentável transforma-se em um projeto para 
acabar com a miséria satisfazendo as necessidades básicas e melhorando a 
qualidade de vida da comunidade, sendo assim ela não está limitada as 
questões ambientais. 
“Além das oposições entre crescimento econômico, conservação 
ecológica e preservação do ambiente, ou entre desenvolvimento urbano e rural, 
promovem-se novas economias sustentáveis, baseadas no potencial produtivo 
dos sistemas ecológicos, nos valores culturais e numa gestão participativa das 
comunidades para um desenvolvimento endógeno autodeterminado” (LEFF 
,2001, p.61). 
O modelo econômico, os conflitos socioambientais a predominância 
industrial juntamente com a permanência do poder econômico em uma 
pequena parcela da população, fez surgir movimentos que buscam a melhoria 
da qualidade de vida e do ambiente, o autor vem tratando do movimento 
ambiental que por sua vez luta pelos direitos humanos e pela justiça social, 
assim como as necessidades materiais e culturais da sociedade. 
Dessa forma Leff traz que os princípios de gestão ambiental e de 
democracia participativa propõem a necessária transformação dos Estados 
nacionais e da ordem internacional para uma convergência dos interesses em 
conflito e dos objetivos comuns dos diferentes grupos e classes sociais em 
torno do desenvolvimento sustentável e da apropriação da natureza. Além 
disso na visão ambiental do desenvolvimento, incorpora as condições e 
potenciais ecológicos. 
Durante todo o texto, o autor revelou total domínio do conteúdo e 
expressou de forma clara e objetiva os temas abordados, além de trazer de 
uma forma simplificada para explicar a relação dos modelos econômicos, com 
o meio ambiente, a sociedade.

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