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Aula 11 - procedimento licitatório Contratos Administrativos

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Aula 11
Fernanda Marinela
Direito Administrativo
03.06.14
Continuação do Procedimento Licitatório 
Classificação e Julgamento 
Somente passa para essa fase aqueles que foram habilitados na etapa anterior. 
Com a abertura do 2º envelope, as propostas são conhecidas. Neste momento se analisa se a proposta está de acordo com as exigências do edital, se o preço está compatível com o preço no mercado.
Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por esta Lei. 
§ 1.º É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igualdade entre os licitantes. 
§ 2.º Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes. 
§ 3.º Não se admitirá proposta que apresente preços global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos, exceto quando se referirem a materiais e instalações de propriedade do próprio licitante, para os quais ele renuncie à parcela ou à totalidade da remuneração.
Se a empresa não atender os requisitos ela será desclassificada. 
Obs. se todas as empresas forem desclassificadas, iremos para o art. 48, §3º da lei 8666.
Referido artigo traz o prazo de 8 dias úteis para que os licitantes complementem os documentos e no caso do convite 3 dias úteis. 
§ 3.º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a Administração poderá fixar aos licitantes o prazo de 8 (oito) dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para 3 (três) dias úteis.
Nesse ponto, há um alerta para um esclarecimento importante. 
Na licitação existem alguns conceitos que não podem ser confundidos, misturados.
Temos 3 situações diferentes que merecem atenção. Se eu publico a licitação e não aparece ninguém, essa é uma chamada de licitação deserta, ou seja, é aquela licitação em que não comparece ninguém. 
Em caso de licitação deserta, a lei diz que se ao realizar uma nova licitação irá causar danos à administração, irá ocorrer dispensa de licitação. 
Vamos imaginar que foi realizada a licitação, apareceram interessados mas eles não conseguiram chegar à final. Nesse caso, quando todos forem inabilitados iremos ter que licitar de novo. 
Todos forem inabilitados é dizer que a desqualificação foi geral.
Se todos forem inabilitados iremos abrir a diligência do 48, §3º, mas ainda assim eles continuam inabilitados, nesse caso terá que fazer uma nova licitação. 
Mas se todos foram desclassificados, agora estamos falando de desclassificação geral, ou seja, a proposta não cumpriu com o preço de mercado, com a formalidade. 
Essa modalidade é chamada de licitação fracassada, pois não há nenhum sobrevivente, não há nenhum licitante. 
Se todos forem desclassificados, corrigida as falhas, iremos seguir para a etapa de julgamento. 
Julgamento 
Nesse momento irá escolher qual é a melhor proposta. 
Vamos imaginar que duas ou mais empresas com as mesmas propostas, está empatado. 
Em caso de empate teremos que analisar o art. 3º, §2º e vou tentar desempatar.
§ 2.º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:
I - (Revogado pela Lei n. 12.349, de 15-12-2010.) 
II - produzidos no País; 
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras; 
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.
Se ainda assim elas continuam empatadas, iremos para o art. 45, §2º, irá resolver a situação com sorteio.
§ 2.º No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o disposto no § 2.º do art. 3.º desta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.
A forma de como será realizada o sorteio, papel, cara ou coroa, não importa. O que importará é que tudo esteja descrito na ata. 
2º Classificação
Após isso iremos classificar as demais empresas. Essa classificação é nada mais do que colocar as demais empresas em ordem de classificação, ou seja, irei dizer quem é a segunda colocada, terceira colocada etc.
Fechada essa classificação, abre-se a oportunidade de recurso nesse caso. 
Nesse caso, o recurso deve ser apresentado no prazo de 5 dias úteis e esse recurso é também com efeito suspensivo. O processo irá parar até o julgamento do recurso. 
Se a nossa modalidade for o convite, esse prazo será de 2 dias úteis. 
Feito isso, os licitantes classificados seguem a etapa seguinte
Os licitantes desclassificados estão fora do procedimento. 
Homologação do Processo
Homologar significa verificar a regularidade do processo.
Homologar é conferir o que foi feito. 
Se homologar é conferir o que foi feito, quem deverá homologar o processo de licitação? A própria comissão ou o chefe? Se fosse da própria comissão ela iria dizer que está tudo certo, já que foi ela que fez. Por conta disso será homologada pelo chefe que nomeou a comissão. 
Nesse momento, o processo é devolvido à autoridade superior, a qual irá verificar a legalidade do procedimento. 
Se o procedimento tiver uma ilegalidade, um defeito, o que a autoridade deverá fazer? A autoridade deverá anular o procedimento. 
Da homologação também é possível a interposição de recurso. Esse recurso também é no prazo de 5 dias úteis. Normalmente ele não tem efeito suspensivo, isso em regra, pois até pode suspender em caráter excepcional.
Adjudicação do procedimento
Nessa etapa do processo, a adjudicação nada mais é do que o resultado oficial. 
Dar ao vencedor o status de vencedor. 
Ex: vamos imaginar que o vencedor ganhou a licitação, publicado o resultado oficial a administração decidiu não celebrar o contrato. O licitante vencedor tem direito subjetivo à assinatura do contrato? Não tem direito subjetivo de assinar o contrato. O licitante tem a certeza, a garantia de não ser preterido, passado para trás. A história é: se quiser assinar tem que ser com ele. O licitante vencedor tem mera expectativa de direito, mas ele tem a garantia de não ser preterido no processo. Se a administração tiver que assinar tem que ser com ela.
E o inverso? A administração decidiu assinar o contrato e chamou o licitante vencedor, mas esse não quer assinar. Ele está obrigado? O licitante vencedor está obrigado a assinar o contrato pelo prazo de 60 dias da data em que ele apresentou a proposta, do dia que entregou os envelopes, salvo se o edital não estipulou outro prazo. 
Se o licitante não quiser assinar a administração irá aplicar uma penalidade.
Mas a licitação demorou muito para terminar, o preço já mudou, mas passado aquele prazo não é obrigado mais a assinar. 
O licitante vencedor está vinculado à proposta: vinculação da proposta – art. 64, §3º, da lei 8666.
§ 3.º Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos.
Se o licitante se recusar a assinar mesmo aplicada a penalidade, irá chamar o 2º, 3º, 4º classificado. Todos esses licitantes são chamados na proposta vencedora, na proposta do primeiro colocado. 
Mas e se o segundo colocado não quiser assinar o contrato? A proposta não é dele, por conta disso ele não está obrigado, ele assina se for conveniente para ele.
Procedimento do Pregão 
Nesse procedimento ocorre uma inversão, sendo duas etapas: 
Na fasede classificação e julgamento irá ocorrer as propostas escritas e propostas verbais. 
Após isso iremos proceder à habilitação. Só iremos analisar os documentos da empresa vencedora, pois somente será habilitada a proposta vencedora. 
O recurso deve ser apresentado na hora, porém as razões devem ser entregues escritas em 3 horas.
Além da inversão da classificação e da habilitação exista outra inversão no pregão. 
Primeiro irei dar o resultado oficial 
Primeiro deve-se adjudicar para depois homologar 
Ordem: habilitação/ adjudicação/ homologação 
A lei faz uma inversão incoerente, pois primeiro dá um resultado oficial para depois dizer que está tudo certo. Por isso, na prática a administração está adjudicando e homologando em apenas um ato. 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Art. 55 e ss da lei
O que é um contrato administrativo?
É um vínculo jurídico em que o sujeito ativo e sujeito passivo se comprometem a uma prestação e contraprestação. O contrato administrativo visa satisfazer o interesse público, tem que ter a presença do Estado e é regime jurídico de direito público.
Características 
O contrato administrativo é uma espécie do gênero contratos. 
A base geral estudada no civil deve ser lembrada aqui.
Presença do Poder Público
O contrato administrativo tem algumas características importante e tem que ter a presença do poder público. Ele tem que estar presente nesse contrato administrativo. 
Contrato formal 
O contrato administrativo é um contrato formal, ele tem várias formalidades previstas pela lei. 
Contrato consensual 
O CA é um contrato consensual. Ex: imagine que vou a loja pra comprar geladeira. Vou pagar daqui a 30 dias, o vendedor diz que irá entregar em 10 dias. Esse contrato da compra e venda da geladeira existe a partir de qual momento? A partir do momento que manifestei a vontade. 
O CA é um contrato consensual, ou seja, se aperfeiçoa no momento em que eu manifesto a vontade. 
É diferente do contrato real, que só começa a existir com a entrega do bem. 
Contrato comutativo
O CA é um contrato comutativo, é aquele contrato que tem prestação e contraprestação equivalentes e já estão preestabelecidas. É diferente do contrato aleatório. Ex: caneta BIC deve custar um real. Se eu pagar um real na loja é contrato comutativo. As questões já estão preestabelecidas, o preço já está definido, mas e seu pagasse na caneta 200 reais? Será contrato aleatório. Na administração pública o CA tem que ser comutativo. 
Contrato personalíssimo 
O CA é um contrato personalíssimo, o que significa dizer que ele irá levar em consideração as condições do nosso contratado. Visto isso, é possível subcontratar? A administração contratou a empresa X, será que empresa X pode subcontratar a empresa Y? A lei diz que se ela for autoriza poderá sim. 
Todavia, se subcontratar sem autorização, será rescindido o contrato, mas se pedi e a administração autoriza, é possível subcontratar. 
A subcontratação poderá acontecer quando autorizada pela administração.
É claro que para subcontratado a administração terá que anuir, autorizar, mas para que a administração autorize há dois requisitos que a DOUTRINA coloca:
A empresa subcontratada terá que ter os mesmos requisitos que eu exigi na licitação. 
A administração só dará anuência se a empresa cumprir os requisitos da licitação. 
A subcontratação deve envolver apenas partes do contrato e não sua totalidade
Contato de adesão 
O CA é, por último, um contrato de adesão. 
Uma das partes define as regras (tem o monopólio da situação) a outra parte assina/adere se quiser. A administração pública tem o monopólio da situação. 
Formalidades 
O CA dependerá de um procedimento prévio. 
Esse procedimento pode ser substituído pelo procedimento de justificação – art. 26. 
Todo contrato administrativo deve ser feito por escrito. 
Poderá ser verbal? Art. 60, parágrafo único da lei 8666
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, II, a desta Lei, feitas em regime de adiantamento (até 4000 reais). 
A regra geral é que o CA seja feito por escrito e excepcionalmente ele pode ser verbal. 
Iremos lembrar de pronta entrega e pronto pagamento para compra de até 4000 reais. 
Publicação - Art. 61, parágrafo único
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na Imprensa Oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de 20 (vinte) dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.
Irá publicar um resumo do contrato e não o contrato na sua íntegra. 
A publicação é dever da administração. 
A publicação é condição de eficácia do nosso contrato, ou seja, nós publicamos resumo do contrato, quem deve cuidar da publicação é a administração. Essa publicação é condição de eficácia do contrato. Esse contrato não é eficaz, ele não produzirá efeitos enquanto ele não for publicado. 
Suponha que ele esqueceu de publica, o contrato será válido, mas não é eficaz. 
A publicação é condição de eficácia do contrato. 
A administração tem o prazo de 20 dias da assinatura do contrato para fazer a publicação. No entanto, a lei diz também que essa publicação não pode ultrapassar o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura. É como se o 5º dia útil de cada mês fosse para limpar as gavetas, começar o mês sem nenhuma pendência do mês anterior. Tem que respeitar os dois prazos, os dois requisitos. Se eu terei um contrato no começo do mês, irei aplicar os 20 dias. Mas se eu assinar um contrato no final do mês, quando eu jogo 20 dias ultrapasso o 5º dia útil. Tem que aplicar o primeiro que der. Não pode descumprir nenhum dos dois. Tem que atender um dos dois prazos. 
Art. 62, da lei 8666 – Instrumento de Contrato
Para celebrar CA tem que ter instrumento de contrato? 
O instrumento de contrato nada mais é do que aquele documento que irá definir os parâmetros da nossa relação. É aquele documento que irei escrever as regras todas. Esse documento é que detalha a nossa relação.
Em algumas situações o instrumento de contrato é obrigatório
Em outras, é facultativo.
A lei traz essas duas situações. 
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
Ele será obrigatório quando o valor do contrato for correspondente a concorrência ou a tomada de preços. 
Mas e se a minha hipótese for de dispensa de licitação, de inexigibilidade, de contratação direta? O valor do contrato é o da tomada e da concorrência, mesmo que seja hipótese de dispensa, se o valor do contrato for dessas duas causas, será obrigatório o instrumento de contrato. 
O instrumento de contrato será facultativo quando o valor for do convite, lembrando que ele será facultativo desde que possa se fazer de outra forma, de outra maneira. 
Será facultativo quando for o valor do convite + a possibilidade de fazer outra forma. Tem que ter cuidado, pois esses 2 requisitos são cumulativos. 
Como assim fazer de outra forma? Pode fazer uma carta contrato, uma ordem de serviço, uma nota de empenho. O que é isso? Aqui estamos falando de atos administrativos simples em que dou somente uma ordem. Não preciso de todo aquele instrumento de contrato. São situações de atos administrativos em que estabeleço um comando: cumpra o serviço, pague X. 
Das formalidades essa é a que mais cai em prova. 
Cláusulas do Contrato,temos duas cláusulas:
Cláusulas necessárias/essenciais: devem estar no contrato
Cláusulas exorbitantes 
Quando a gente pensa em cláusula necessária, é aquela cláusula que deve estar presente no contrato.
A nossa lei elenca as cláusulas necessárias – art. 55, da Lei.
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos; 
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; 
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; 
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; 
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; 
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas; 
VIII - os casos de rescisão; 
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; 
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso; 
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; 
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos; 
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. 
Iremos ver as cláusulas necessárias mais importantes.
Uma delas é a Garantia. Está no art. 55 e regulada no Art. 56, da Lei 8666. A Administração deve ou pode exigir a garantia? A lei diz que a administração pode, mas esse pode é um poder dever ou mera facultatividade? A administração DEVE exigir a garantia, ou seja, é um poder-dever. A administração não tem faculdade. Todavia, quem determina a forma da garantia é o próprio contratado, dentre as opções estabelecidas, quais sejam: 
(i)caução em dinheiro, 
(ii)prestar garantia em títulos da dívida Pública, 
(iii)Fiança Bancária, 
(iv)Seguro-Garantia: nada mais é do que um contrato de seguro do contrato. Trata-se de um contrato no qual se a empresa não cumprir o contato a seguradora vem e arca com a obrigação. 
A administração exige a garantia, a forma, contudo fica a cardo do contratado. Mas qual é o valor exigido para a garantia? Será de até 5% do valor do contrato, conduto, excepcionalmente essa garantia pode chegar em até 10% do valor do contrato, nos casos em que o contrato for de grande vulto, alta complexidade ou de riscos financeiros para a administração pública. 
Duração do contrato – art. 57, da lei 8666
O contrato administrativo vai durar o crédito orçamentário, ou seja, 12 meses. 
Todo contrato administrativo tem que ter prazo determinado. Não se admite mais contratos ad eternun. 
Ex: como será 12 meses se a obra X perdura por mais de anos? O art. 57 traz algumas exceções. O prazo é de 12 meses, é o crédito orçamentário, mas excepcionalmente pode ter um prazo maior. Quando ele durar mais que o crédito orçamentário? Quando o objeto do contrato está previsto no PPA (Plano Plurianual) – lei que vai definir as metas e ações do governo pelo prazo de 4 anos. Se o nosso objeto estiver previsto no PPA, posso me comprometer por 4 anos, já que a lei orçamentária prevista no PPA dura 4 anos. 
Exceções:
Objeto previsto no PPA
Como o PPA dura 4 anos, meu contrato pode ser celebrado dentro desse prazo. 
Professora explicou: LDO e a LOA.
Contratos de prestação contínua
Quanto maior o prazo menor o preço. Ex: serviço de segurança é uma prestação contínua, pois se repete todos os dias. As empresas de segurança prefere realizar um contrato por 2 ou 3 anos. Pode fazer até 60 meses. Em caso de situação excepcional por interesse público pode prorrogar por mais 12 meses.
Aluguel de equipamentos e programas de informática
Esse prazo pode ser de até 48 meses. 
Contratos com dispensa de licitação previstos no artigo 24, IX, XIX, XXVIII e o XXXI. 
Esses contratos podem durar até 120 meses.
Obs. duas hipóteses não estão prevista na 8666. 
Concessão e permissão de serviço público
Se o nosso contrato é de concessão ou permissão de serviço público, o prazo desse contrato está previsto na lei do serviço. Não vai seguir o 57, vai depender da lei de cada serviço.
Contratos sem desembolso pela administração 
Se no contrato a administração não precisa pagar nada, ela não tem também que se preocupar com a lei orçamentária, logo, não precisa se preocupar com o prazo para pagar. Assim sendo, o contrato pode durar mais. 
Ex: contrato de concessão de uso de bem público – restaurante em um hospital público – neste caso a administração apenas recebe, não precisa desembolsar nenhuma quantia.
As cláusulas exorbitantes estão enumeradas no art. 58 da Lei. 
O que é uma cláusula exorbitante? É aquela que extrapola o comum dos contratos, ela não está prevista em contrato comum. A cláusula exorbitante dá à administração pública alguns privilégios, prerrogativas. 
Se a cláusula exorbitante estivesse prevista em um contrato comum ela seria uma cláusula não lida/abusiva, pois ela traz uma condição diferenciada entre uma das partes.
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado; 
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; 
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo
Alteração unilateral do contrato (adm)
Rescisão unilateral do contrasto (adm)
Fiscalização – art. 67
A adm não só pode como ela deve fiscalizar o contrato, é obrigação da adm essa fiscalização. A lei garante inclusive a intervenção na gestão da empresa. Se o serviço for mal prestado a responsabilidade é da adm,
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. 
§ 1.º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.
§ 2.º As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes
Aplicação de penalidades elencadas no art. 87, da lei 8666
Pode-se ter como penalidade:
Advertência 
Multa: o valor dependerá de previsão contratual. 
Suspensão de contratar com o poder público: será aplicada de até 2 anos. 
Ex: estado de Pernambuco aplicou essa suspensão com a empresa X. Essa empresa não poderá contratar com quem? Com quem aplicou a sanção. Não poderá contratar com o Estado de Pernambuco, mas poderá contratar com qualquer outro Estado.
Declaração de inidoneidade: 
A empresa ficará impedida de contratar com todos os entes. 
O poder público só pode contratar com empresa idônea. 
Por quanto tempo essa empresa ficará impedida? A empresa tem que se reabilitar. A reabilitação exige dois requisitos:
1º - que a empresacumpra os 2 anos de suspensão 
2º - que a empresa indenize, ressarça a administração. 
Ocupação provisória dos bens da contratada
Vamos imaginar que a administração celebre com uma empresa privada o serviço de coleta de lixo. Mas no meio do caminho o serviço está péssimo. A empresa vem prestando muito mal o serviço. Nesse caso, o Estado pode extinguir o contrato e retomar o serviço? Sim, mas para fazer isso tem que dar à empresa o direito de se defender. Mas enquanto o processo estiver em andamento quem irá prestar esse serviço? O Estado pode assumir o serviço e para prestá-lo, ocupar provisoriamente os bens da contratada. 
Ao final o Estado decidiu rescindir o contrato. O que o Estado faz? Aqueles bens que estavam sendo utilizados pelo Estado provisoriamente podem ser adquiridos pelo Estado através do instituto da reversão. Na verdade, o Estado vai adquirir os bens para manter a continuidade do serviço. 
O Estado terá que pagar ou indenizar alguma por isso? Tanto a ocupação provisória, quanto à reversão são passíveis de indenização, vai depender da previsão contratual. 
Hipóteses de alteração contratual – art. 65 da lei 8666
Alteração unilateral – somente essa será cláusula exorbitante. 
Em um contrato comum não pode um dos sujeitos modificar o contrato, somente por acordo. Todavia, aqui a administração pode, por isso é exorbitante. Isso acontece em nome da supremacia do interesse público. Mas quando ela poderá fazer isso? 
Poderá modificar alterando as especificações do projeto. 
Estamos falando de uma alteração qualitativa. 
Valor do contrato quando falamos de alteração quantitativa do objeto. 
Ex: queria contratar 100 canetas, mas agora quero 120, posso aumentar? Mas e se quiser apenas 80? Isso alterará o valor do contrato porque modificou quantitativamente o valor do contrato. 
A natureza do objeto é imutável. Não posso modificar de transporte coletivo para serviço de coleta de lixo, a alteração do objeto é quantitativa, não quanto à natureza, essa é imutável. 
Posso alterar quantitativamente no limite de até 25%. 
Ex: de 100 para 125 ou de 100 para 75 pode, contudo, de 100 canetas para 200 não pode.
Todavia, em caso de reforma, os acréscimos podem chegar em até 50%. Pois na administração a história não é diferente. 
b) alteração bilateral – não representa cláusula exorbitante
Pode estar presente em qualquer contrato.
Quando é possível alterar de forma bilateral? 
Regime de execução 
Iria fazer 100 km por semana e agora irei fazer 150km 
Forma de pagamento 
Mas cuidado, na administração pública nunca se paga antes de receber.
Substituição da garantia 
Equilíbrio econômico e financeiro – teoria da imprevisão. 
Teoria da Imprevisão: fato novo imprevisto e imprevisível e que onera demais para uma das partes. 
Se esse contrato está oneroso demais, eu vou precisar restabelecer o equilíbrio contratual.
Irei fazer uma alteração no contrato para restabelecer o equilíbrio.
Fato do príncipe – é uma atuação do poder público geral e abstrata e que onera demais o contrato para uma das partes, atingindo o contrato de forma indireta ou reflexa. Ex: alteração de uma alíquota de tributo. 
Fato da administração – é uma atuação do poder público que atinge diretamente o contrato. Ex: negativa de desapropriação 
Caso fortuito ou força maior – permite a alteração do contrato de forma bilateral. 
Extinção contrato 
A primeira hipótese diz respeito à rescisão administrativa – a qual acontece quando a administração de forma unilateral rescinde o contrato. Quando é que a administração pode de forma unilateral rescindir o contrato? Ela pode por 2 razões: 
Rescisão administrativa 
Razões de interesse público 
Descumprimento de cláusula contratual pelo contratado
Rescisão amigável consensual – por acordo
Rescisão judicial - Se o contratado não quer mais ele precisa ir à via judicial. 
Rescisão de pleno direito – situações estranhas à vontade das partes. Ex: falecimento
Anulação – quando for ilegal

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