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Patologia 
Patologia é a ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que as produzem, as sedes e as 
alterações morfológicas e funcionais que apresentam. 
A doença relaciona-se com o conceito de adaptação porque os seres vivos possuem propriedades que 
permitem ser sensíveis às variações do meio ambiente e são capazes de produzir respostas que são 
adaptadas podendos ser adaptações agudas ou crônicas. 
Doença é a perturbação da saúde, isto é, o mal-estar causado por distúrbio físico (orgânico), mental ou 
social. Perde-se a harmonia dos fenômenos vitais. Sente-se mal (sintomas) e apresenta alterações 
orgânicas evidenciáveis (sinais). 
Saúde é o estado de bem-estar físico, mental e social da pessoa. Sentindo-se bem (saúde subjetiva) e 
sem apresentar sinais ou alterações orgânicas evidentes (saúde objetiva). 
Etiologia: É o estudo das causas das doenças. As causas podem ser exógenas ou endógenas. 
Provocadas por agentes vivos (vírus) ou inanimados (raios). As causas podem ser conhecidas ou 
desconhecidas. 
Patogênese: É o estudo dos mecanismos pelo qual se origina a doença. É a sequencia de eventos na 
resposta das células ou tecido ao agente etológico, do estimulo inicial à expressão da doença. A 
patogênese explica as alterações macro e microscópicas e funcionais que surgem na doença. 
Fisiopatologia: É o estudo das alterações funcionais dos órgãos afetados. Consequências funcionais. 
Lesão(Anatomia Patológica): É o conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que 
surgem nos tecidos após agressões. Podem ser macroscópicas ou microscópicas. Ocorrem transtornos 
funcionais por alterações na função das células, tecidos, órgãos ou sistemas. 
Adaptação, 
Dano e Morte Celular 
Célula: é a estrutura básica de constituição do organismo. É o menor componente vivo de um organismo. 
Nos seres humanos existem milhões de células agrupadas em unidades altamente especializadas que 
funcionam em conjunto durante toda a vida do organismo. 
- Tecidos (músculos, sangue, ossos) 
- Órgãos (cérebro, coração, fígado) 
- Sistemas (SNC, cardiovascular, digestório) 
PROLIFERAÇÃO CELULAR: É o processo pelo qual as células se dividem e se reproduzem. 
No tecido normal, a proliferação celular é regulada de modo que o número de células em divisão seja 
equivalente ao das que morrem ou são descartadas = equilíbrio. 
 
É dividida em 3: 
Os neurônios, bem-diferenciados, e as células musculares cardíacas e esqueléticas incapazes de se 
dividir e se reproduzir; 
As Células Genitoras, que continuam a se dividir e se reproduzir, tais como as células sanguíneas, células 
da pele e células hepáticas; 
As Células-tronco indiferenciadas que podem ser ativadas para entrar no ciclo celular e produzir grande 
número de células genitoras, quando surge a necessidade. 
 
Células-tronco embrionárias (pluripotentes) são células primitivas (indiferenciadas) de embrião que têm 
potencial para se tornarem uma variedade de tipos celulares especializados de qualquer órgão ou tecido 
do organismo. 
 
Algumas doenças que seriam beneficiadas com a utilização das células-tronco embrionárias são: 
Câncer; Doenças do coração; Osteoporose; Diabetes; Danos na medula espinhal; Doenças renais; 
Doenças hepáticas; Esclerose lateral amiotrófica; Distrofia muscular; Osteoartrite; Doença pulmonar. 
 
Diferenciação celular: é o processo pelo qual as células proliferantes são transformadas em tipos 
diferentes e mais especializados de células. quando as células vao se reproduzindo e se tornam um tipo 
celular especifico. 
 
Todas as formas de lesão tecidual iniciam-se com alterações nas células. 
 
Quando a célula é ameaçada, reage de duas maneiras: 
- Utiliza suas reservas para manter o funcionamento 
- ou se adapta por meio de alterações ou de disfunção celular. 
 
Adaptação células: As células estão sempre se adaptando a novas situações que alteram suas estruturas. 
Ex: célula adiposa. 
Sempre as células devem reverter a situação para manter o corpo em homeostase sendo as mesmas 
células reversíveis e irreversíveis. 
Lesão Celular Reversível: refere-se a alterações patológicas que podem ser revertidas quando o estímulo 
é removido ou quando a causa da lesão é leve; 
Lesão Celular Irreversível: indica a ocorrência de alterações patológicas permanentes que não 
regridem mesmo sendo removido o estímulo. 
 
Atrofia: Quando a demanda de trabalho é menor ou a condições ambientais adversas, as células se 
revertem a um tamanho menor e a um nível mais baixo de funcionamento compatível com a sobrevida. 
 
CAUSAS DA ATROFIA 
Diminuição da carga de trabalho; 
Perda da inervação; 
Diminuição do suprimento sanguíneo; 
Nutrição inadequada; 
Perda da estimulação endócrina; 
Envelhecimento. 
 
Hipertrofia: É o aumento da carga de trabalho imposta a um órgão ou parte do corpo, sendo que aumenta 
o tamanho da célula em um tecido aumentando também o órgão. Ex: tecido muscular esquelético e 
cardíaco. (P.A.) 
 
Hipertrofia Patológica: A hipertrofia patológica ocorre como resultado de doenças, podendo ser adaptativa 
ou compensatória. Ex: hipertrofia miocárdica. 
 
Hiperplasia: Aumento do número de células em um órgão ou em um tecido. Podendo ser hormonal ou 
compensatório. 
hiperplasia hormonal, a qual aumenta a capacidade funcional de um tecido quando é necessário. Ex: 
Proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e durante a gravidez, do útero na 
gravidez 
hiperplasia compensatória, na qual ocorre um aumento da massa tecidual após dano ou ressecção parcial. 
Ex: Regeneração do fígado. 
 
Hiperplasia Patológica: A maioria das formas de hiperplasias patológicas é causada pela estimulação 
excessiva das células-alvo por hormônios ou por fatores de crescimento. 
Ex: -Hiperplasia do endométrio por causa do desequilíbrio entre estrógeno e progesterona. 
 
Metaplasia: É uma alteração reversível quando uma célula adulta é substituída por outra de outro tipo 
celular. 
 
Displasia: Crescimento desorganizado de um tecido específico que resulta em células que variam em 
tamanho, forma e aspecto. 
É uma lesão celular reversível desencadeada por irritantes crônicos. 
Pode variar em três níveis: leve, moderada e grave. 
Forte precursora para o câncer. 
 
Neoplasia: Alterações celulares que acarretam um crescimento exagerado destas células, ou seja, 
proliferação celular anormal, sem controle, na qual reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em 
consequência de mudanças nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celulares. 
 
Lesão: É o conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que surgem nos tecidos após 
agressão. 
 
Exógena: Meio ambiente, agente químico, físico, biológico e nutricional. 
Endógena: Próprio organismo, patrimônio genético, resposta imunológica, e fatores emocionais. 
 
Morte Celular 
Necrose: é o tipo mais comum de morte celular que ocorre após estímulos externos; ocorre a autólise 
(desintegração celular). 
Apoptose: quando uma célula morre através da ativação de um programa interno desencadeado para 
eliminar Células indesejadas. Não ocorre a autólise. - Renovação celular normal. 
 
Gangrena: Ocorre quando considerável massa de tecido sofre necrose. 
 
Causas de lesão celular. 
Agentes Físicos: trauma, calor, frio, choque elétrico; 
Agentes Químicos e Drogas: intoxicação envenenamento, drogas, glicose (excesso) 
Agentes Infecciosos: vírus, bactérias, fungos, parasitas; 
Reações Imunológicas: secundárias ao processo de defesa contra agentes biológicos; doenças auto-
imunes, choque anafilático. 
Distúrbios Genéticos: alterações cromossômicas ou mutações genéticas; 
Desequilíbrios Nutricionais: deficiência calórica ou vitamínica ou excessos nutricionais. 
- Obesidade, dieta rica em gorduras:ateroesclerose 
- Deficiências dietéticas: inanição 
- Anemia por falta deFe; 
- Escorbuto (Vit C); 
- Beribéri (Vit B1); 
- Pelagra (niacina, Vit B3); 
 
Envelhecimento Celular: Com a idade, aparecem alterações estruturais e fisiológicas em quase 
todos os sistemas e órgãos. Os tecidos sofrem alterações morfológicas com consequente diminuição das 
funções metabólicas. O envelhecimento é afetado por fatores genéticos, dieta, condições sociais e 
ocorrência de doenças relacionadas com a idade. 
 
Doença e mal-estar 
A doença ocorre quando a homeostase não é mantida. 
O mal-estar ocorre quando o estado de saúde de uma pessoa não está normal. 
Algumas vezes ocorre a adaptação à doença. 
 
CAUSAS DAS DOENÇAS 
- Intrínsecas 
- Extrínsecas 
- Herança genética, idade, sexo, exposição aos agentes infecciosos e comportamentos pessoais 
(inatividade, tabagismo, drogas) 
Existem doenças de causas idiopáticas. 
 
Estágios da doença 
Exposição à lesão: o tecido alvo é exposto a um agente causal ou é lesado. 
 Latência ou período de incubação: Não se evidenciam sinais ou sintomas. 
Período prodrômico: sinais e sintomas leves e inespecíficos. 
Fase aguda: Intensidade total da doença. Surgem as complicações. Pode ser subclínica. 
Remissão: ocorre em algumas doenças, seguida por uma outra fase aguda. 
Convalescência: Transição entre doença e recuperação 
Recuperação: da saúde e funções normais. Não apresenta mais sintomas e sinais. 
 
Estresse e doença 
Dificuldade de adaptação à mudanças no ritmo normal. 
Estágios: 
alarme: liberação de substâncias químicas (pânico ou agressão) 
Resistência: adaptação (homeostase) ou 
Exaustão: conduz à doença 
O estresse pode levar à doenças agudas ou crônicas 
(diabetes e esclerose múltipla) 
 
NEOPLASIAS 
 
O CÂNCER 
 
 2ª CAUSA DE MORTE NO MUNDO 
Afeta todos os grupos etária. Taxas de sobrevida por 5 anos aumentaram. 
 
Pode originar-se em quase qualquer órgão. Capacidade de cura variável (tipo de câncer,extensão da 
doença e diagnóstico). 
 
Resultam de um processo de diferenciação e crescimento celular alterados; 
O tecido resultante NEOPLASIA 
Crescimento descontrolado e autônomo (sem controle regulatórios). 
 
NEOPLASIA 
NEO(NOVO) PLASIA(CRESCIMENTO) 
 
Descontrole do crescimento normal 
Neoplasia maligna = Câncer 
 
 É uma massa anormal de tecido cujo crescimento excede e está descoordenado do crescimento dos 
tecidos normais, persistindo da mesma forma excessiva após a cessação dos estímulos que despertaram a 
alteração. 
 
Tumores: São massas celulares que crescem desordenadamente e anormalmente no organismo, podendo 
ser benignos ou malignos. Atualmente é sinônimo de neoplasia. 
 
Câncer: Proliferação descontrolada de células que expressam graus variados de fidelidade aos seus 
precursores. É o termo comum utilizado para referir-se a todos os tumores malignos. 
 
O câncer não é uma doença única. O termo descreve quase todas as formas de neoplasias malignas. 
 
Os termos tumor e neoplasia, apesar de não serem sinônimos, são utilizados, sendo que o termo tumor 
designa qualquer lesão expansiva ou intumescimento localizado, podendo ser causado por vários outros 
processos patológicos (inflamação,hematomas, etc.) 
 
Podem ser classificados de acordo com vários critérios: 
Pelo comportamento (benigno ou maligno); 
Pelo aspecto microscópico (critério histomorfológico); 
Pela origem da neoplasia (critério histogenético); 
 
São compostas por dois tipos de tecidos: 
1) Tecido Parenquimatoso: 
Representam os componentes funcionais do órgão Células Neoplásicas; 
Designa o tumor; 
Determinam o seu comportamento; 
2) Tecido de suporte ou estroma 
Tecido Conjuntivo, vasos sanguíneos e linfa; 
Dá apoio e sobrevida ao tumor; 
No inicio, só existem as células neoplásicas; 
À medida que a lesão cresce, surge o componente estromático; 
Tumores com até 1-2 mm não possuem vasos; a partir desse tamanho, formam-se vasos sanguíneos 
próprios que são as angiogênese (é o termo usado para descrever o mecanismo de crescimento de 
novos vasos sanguíneos a partir dos já existentes) 
 
*As neoplasias não possuem inervação* 
 
A dor sentida pelos pacientes cancerosos é devido à infiltração ou compressão de terminações nervosas 
existentes nos tecidos vizinhos. 
 
Neoplasia ou TUMOR BENIGNO 
Terminação em OMA é benigno. 
 
Apresenta características citológicas e macroscópicas consideradas relativamente inocentes; 
 
Implicando que vai permanecer localizada, não disseminando-se para outros locais; 
 
Sendo assim sensível à remoção cirúrgica local, proporcionando sobrevida ao paciente. 
 
Os tumores benignos são caracterizados por: 
Taxa lenta e progressiva de crescimento que pode se manter ou regredir; 
Modo expansivo de crescimento; 
Presença de cápsula fibrosa bem definida; 
Não formar metástase para locais distantes; 
São compostos por células bem diferenciadas que se assemelham às células do tecido de origem; 
 
Exemplo: 
Leiomioma uterino tem suas células similares á musculatura lisa uterina. 
A cápsula é responsável por uma linha de nítida demarcação entre o tumor benigno e os tecidos 
adjacentes, um fator que facilita a remoção cirúrgica; 
Em geral, esses tumores não recidivam após resseção cirúrgica; 
 
Crescimento lento permite o desenvolvimento adequado de vasos sanguíneos, assegurando boa nutrição 
das células, logo, degenerações, necroses e hemorragias são pouco comuns; 
 
Não infiltram os tecidos vizinhos, não levam à ulceração. 
 
Não comprometem a nutrição do hospedeiro e nem produz substâncias que podem produzir anemia ou 
caquexia. 
Geralmente não causam a morte; 
Compressões de órgãos vitais; 
Crescimento é dito expansivo e provoca compressão das estruturas adjacentes. 
 
Exemplo: 
TU benigno cerebral 
Tumor Benigno: Crescimento local 
Benigno - Crescem como massas coesivas em expansão, que permanecem localizadas em seu sítio de 
origem, porém sem a capacidade de infiltração, invasão ou metástases para locais distantes. 
Habitualmente desenvolvem uma faixa de tecido conjuntivo comprimido, algumas vezes denominada 
cápsula fibrosa, que os separa do tecido do hospedeiro. 
 
TERMINOLOGIA: Neoplasia benignas 
nome da célula de origem + sufixo oma 
Tumor de células fibroblásticas = fibroma 
Tumor cartilaginoso = condroma 
Tumor de osteoblastos = osteoma 
 
TUMOR MALIGNO 
Carcinoma: sempre maligno 
 
Denomina-se câncer. 
O termo maligno significa que o tumor pode invadir e destruir estruturas adjacentes e disseminar-se para 
locais distante (metástase), até causar a morte. 
 
As neoplasias malignas tendem a crescer rapidamente, espalhar-se muito e matar independentemente de 
sua localização original. 
 
Maligno - O crescimento é acompanhado de infiltração progressiva, invasão e destruição do tecido 
circundante. Em geral, são pouco demarcados em relação ao tecido normal circundante. 
 
Características: 
Rápida taxa de crescimento; 
Podem comprimir vasos sanguíneos e impedir o fluxo sanguíneo, causando isquemia e necrose tissular; 
Privar tecidos normais dos seus nutrientes essenciais; 
Liberar enzimas e toxinas que destroem o tecido tumoral e o tecido normal. 
 
A natureza destrutiva dos tumores malignos é relacionada à: 
Sua falta de diferenciação celular; 
Características celulares; 
Taxa de crescimento; 
Habilidade de se espalhar; 
Formar metástase. 
 
BENIGNOS MALIGNOS 
Taxa lenta e progressiva de crescimento que pode 
se manter ou regredir; 
Rápida taxa de crescimento; 
 
Presença de cápsula fibrosa bem definida; Podem comprimir vasos sanguíneos e impedir o 
fluxo sanguíneo, causando isquemia e necrose 
tissular; 
Não formar metástase (disseminação) para locais 
distantes; 
Privar tecidos normais dos seus nutrientes 
essenciais; 
São compostos por células bem diferenciadas que 
se assemelham às células do tecido de origem; 
Liberar enzimas e toxinas que destroem o tecido 
tumoral e o tecido normal. 
 
CélulasCancerosas 
Não sofrem proliferação e diferenciação normais; 
Desenvolvem mutações que ocorrem no processo de diferenciação; 
 
1-Mutação ocorre cedo no processo: o tumor resultante é pouco diferenciado e altamente maligno. 
2-Mutação mais tarde: tumores melhor diferenciados e menos malignos. 
 
 
 
Neoplasias Malignas 
Existem duas categorias de câncer: os tumores sólidos e os cânceres hematológicos: 
 
1)Tumores sólidos 
Inicialmente ficam confinados a um tecido ou órgão específico; 
Á medida que progride o crescimento de um tumor sólido, as células soltam-se da massa tumoral original; 
E viajam pelo sangue e sistema linfático, para produzir metástase (tumor secundário que cresce 
separadamente do tumor primário) em locais distantes; 
 
Tumores hematológicos: 
Envolvem as células formadoras de sangue que naturalmente migram para o sangue e sistema linfático; 
Tornando-os doenças disseminadas. 
 
 
 
TERMINOLOGIA: 
Neoplasia maligna: 
Reproduz epitélio de revestimento: sufixo “ carcinoma” Ex: adenocarcinoma 
Origem mesenquimal: sufixo “ sarcoma” Ex: fibrossarcoma, lipossarcoma 
Reproduz estruturas com características embrionárias : Sufixo “Blastoma”: Ex: nefroblastoma, 
neuroblastoma. 
 
A maioria dos cânceres deriva de tecidos epiteliais e é denominado CARCINOMA 
 
Nome da célula de origem + SUFIXOS 
Tecidos glandulares ADENOCARCINOMAS 
Tecidos conjuntivo 
Tecido muscular SARCOMAS 
Tecido ósseo 
Tecido do cérebro GLIOMAS 
Tecido da medula espinhal 
 Células pigmentadas MELANOMAS 
Células plasmáticas MIELOMAS 
Tecido linfático LINFOMAS 
Leucócitos LEUCEMIAS 
Eritrócitos ERITROLEUCEMIA 
 
SLIDE NOMEMCLATURA PAGINA 5 
 
Causas do Câncer 
O câncer ocorre por interações entre vários fatores de risco ou exposição repetida a um único agente 
carcinogênico (produtor de câncer). 
 
Fatores de risco associados ao câncer: 
Hereditariedade; 
Carcinógenos químicos e ambientais; 
Vírus causadores de câncer; 
e defeitos imunológicos. 
Todos os cânceres resultam de mudanças genéticas não-letais que transformam uma célula normal em 
uma célula cancerosa. 
 
Fator Viral: Alguns vírus podem alterar as células: 
HPV- Ca de colo de útero; 
Hepatite B – Carcinoma hepatocelular; 
HTLV- Leucemia das células T em adultos 
Epstein Barr- Linfoma de Burkitt e Ca Nasofaríngeo 
Radiação: Raios UV (melanoma) 
 
Químicas: 
Tabaco: ca pulmonar, pancreático, renal, bexiga e esôfago 
Asbesto: ca pulmonar 
 
Imunidade: 
Pacientes imunossuprimidos e AIDS: sarcoma de Kaposi, linfoma e ca de pele 
Alimentação: dietas ricas em proteínas e gorduras (Ca colorretal); nitratos, preparação do alimento em 
carvão vegetal. 
Cigarro + Álcool: Ca de boca e esôfago 
Genética: Ca de mama, de cólon, etc. 
Hormônios: Uso excessivo (estrogênio), embora reduza o risco de outras formas. 
 
Crescimento Descontrolado 
1º as células do câncer se desenvolvem a partir de uma única célula. 
Esta célula cresce sem o controle normal. 
Num estágio do desenvolvimento, a célula do câncer não consegue mais amadurecer a ponto de se tornar 
o mesmo tipo normal da célula que a originou. 
Estas células são capazes de se disseminar a partir do local de origem (metástase). 
 
 
Invasão Cancerosa 
De tecidos vizinhos; 
Câncer: caranguejo 
Projeções em forma de 
Mais freqüentemente, a cavidade peritoneal é envolvida, mas outros espaços, como a cavidade pleural, 
cavidade pericárdica e espaços nas articulações, podem estar envolvidos. 
 
Metástase por via Transcelômica 
Difícil remoção cirúrgica 
 
Metástase 
É a disseminação de uma neoplasia primária a estruturas regionais ou a órgãos e estruturas distantes, 
provocada por embolização ou transporte e implantação de oncócitos. 
É a marca registrada das neoplasias malignas e representa a maior ameaça à 
vida dos portadores destes tumores. 
 
2 MANEIRAS 
Pela circulação através do sangue e sistema linfático 
Disseminando-se para tecidos Adjacentes. 
 
Disseminação dos cânceres 
Metástase 
sem ligação física entre as duas. 
Os eventos de metástase podem ser divididos em duas fases: 
1- invasão da matriz extracelular: os tecidos são organizados numa série de 
compartimentos separados uns dos outros por dois tipos de matriz extracelular: - as membranas basais 
- tecido intersticial 
2- disseminação vascular e implantação das células tumorais: as célula 
tumorais interagem com a matriz extracelular em vários estágios na cascata 
metastática: 
- rompimento da membrana basal. 
- atravessar o tecido conjuntivo intersticial. 
- acessar a circulação ao penetrar na vasculatura. 
 
Metástases 
Metástase descreve o desenvolvimento de tumor secundário em local distante do 
tumor primário. 
Tumores metastáticos conservam muitas das características do tumor primário do 
qual derivam. 
Determinar local do tumor de origem 
Pode ocorrer por: via sanguínea ou linfática. 
Em muitos tipos de câncer, a primeira evidência de doença disseminada é a presença de células tumorais 
nos linfonodos que drenam a área tumoral; 
 
1) Por dispersão linfática: 
As células cancerosas alojam-se primeiro nos linfonodos regionais; 
No linfonodo, as células podem morrer devido á falta de um ambiente apropriado, crescer em massa 
distinta ou ficar dormentes por motivos desconhecidos. 
Como os canais linfáticos tem acesso ao sistema venoso, as células cancerosas que sobrevivem podem, 
soltar-se e passar ao sistema venoso. 
 
2) Por Dispersão Hematológica 
Na dispersão hematológica, as células cancerosas do sangue seguem o fluxo venoso que drena o local da 
neoplasia. 
Antes de entrar na circulação geral, o sangue venoso do trato gastrintestinal, pâncreas e baço é 
direcionado pela veia porta para o fígado. O fígado é o local comum de dispersão metastática dos 
cânceres que se originam nestes órgãos. 
À medida que o crescimento tumoral progride, as células malignas evoluem e mudam sua propensão 
metastática e local de preferência. 
 
Os carcinomas, em geral, se disseminam por via linfática; já os sarcomas, via hematogênica 
 
Metástases 
São exemplos de células cancerosas que fazem metástases para locais distantes: a dispersão do câncer 
prostático para os ossos; dispersão do câncer broncogênico para as supra-renais e cérebro; a dispersão 
do neuroblastoma para o fígado e ossos. 
 
Para ocorrer metástase: 
1) Uma célula cancerosa deve ser capaz de se soltar do tumor primário; 
2) Invadir a matriz extra-celular circundante; 
3) Ter acesso a um vaso sanguíneo, sobreviver em sua passagem pela corrente sanguínea; 
4) Emergir da corrente sanguínea em um local favorável; 
5) Invadir o tecido vizinho e começar a crescer. 
 
 SLIDE CRITERIOS DE CLASSIFICAÇÃO PAGINA 10 
 
INFLAMAÇÃO AGUDA E CRÔNICA 
Reação dos tecidos vascularizados a um agente agressor caracterizada morfologicamente pela saída de 
líquidos e de células do sangue para o interstício. 
A parte liquida do sangue denomina-se plasma. 
A parte sólida é dividida em glóbulos vermelhos; possui hemácias e tem como função transporte de 
oxigênio. 
Plaquetas: Coagulação sanguínea. 
Glóbulos brancos: Defesa contra a inflamação, divididos em: Leucocitos, neutrófilos(faz a maior 
quantidade de fagocitose, destruindo células más e a primeira célula de defesa chegando primeiro na 
lesão). 
Linfocitos: Produzem anti corpos. 
Eosinofilos: Inflamação alérgica, fazem fagocitose, neoplasias e parasitas. 
Basófilos: Produz histamina. 
Macrofagos: Processos inflamatórios agudos. 
Pus: Bactérias agentes infecciosos mais leucócitos (levam as bactérias para fora.) 
Quimiotaxias: Atrativo de leucócitos. 
Diapedeses: Quando os leucócitos caminham até o interstício. 
Exsudação celular: Fluir para fora, quando o plasma sai por meio da contração das células endoteliais, ou 
seja, quando os leucócitos (glóbulos brancos do plasma que agem sobre uma inflamação) saem por meio 
dasdiapedeses para o interstício atraídos pelas quimiotaxias. 
INFLAMAÇÃO 
É uma reação complexa a vários agentes nocivos (microorganismos e células danificadas) , que consiste 
de respostas vasculares, migração e ativação de leucócitos e de reações sistêmicas. 
É uma resposta dos organismos vivos a uma agressão sofrida. 
A inflamação provoca manifestações fisiológicas que envolvem as células de "defesa" - Linfócitos, 
Neutrófilos, Eosinófilos, Basófilos, Macrófagos, Plaquetas... 
Flogose = pegar fogo 
Resposta protetora para libertar o organismo da causa inicial da lesão. 
Apesar de os efeitos causarem desconforto, é importante para o organismo já que sem as respostas 
inflamatórias feridas não curariam e infecções menores poderiam sobrepujar. 
No entanto a inflamação pode ser maléfica (artrite reumatóide, fibroses). 
A inflamação é um mecanismo de defesa. 
O objetivo da inflamação é a eliminação da causa inicial da lesão celular e das consequências desta lesão 
(ex. tecidos necróticos) 
Reação a vários agentes nocivos, como microorganismos e células danificadas (necróticas). 
 Vai haver respostas vasculares, migração e ativação de leucócitos e reações sistêmicas. 
A resposta inflamatória está intimamente relacionada ao processo de reparo. 
A inflamação destrói, dilui ou isola o agente nocivo e desencadeia uma série de eventos que tentam curar 
ou reconstituir o tecido danificado 
A inflamação é fundamentalmente um mecanismo de defesa, cujo objetivo final é a eliminação da causa 
inicial da lesão celular, microorganismos, toxinas, E das consequências de tal lesão células e tecidos 
necróticos. 
Sem a inflamação, as infecções se desenvolveriam descontroladamente, as feridas nunca cicatrizariam e o 
processo destrutivo nos órgãos atacados seria permanente 
CAUSAS DA INFLAMAÇÃO 
As causas da inflamação variam muito. 
Comumente resulta de um resposta imunológica a microrganismos, Pode ser causada por traumas, 
cirurgias, substâncias químicas cáusticas, frio e calor extremos e lesões isquêmicas dos tecidos. 
Fases da Inflamação 
Fenômenos básicos comuns a qualquer tipo de inflamação e que independem do agente inflamatório. 
Esses momentos ou fases caracterizam a inflamação do tipo aguda, a qual sempre antecede a inflamação 
do tipo crônica. 
Todos eles acontecem como um processo único e concomitante, o que caracteriza a inflamação como um 
processo dinâmico. 
1) Fase irritativa: 
Modificações morfológicas e funcionais dos tecidos agredidos que promovem a liberação de mediadores 
químicos, estes desencadeantes das demais fases inflamatórias. 
Mediadores de ação rápida: liberados imediatamente após a ação do estímulo agressor. 
Têm ação principalmente sobre os vasos e envolvem o grupo das aminas vasoativas. 
1) Aminas vasoativas: 
Histamina: Sintetizada nos granulócitos basófilos, nas plaquetas e, principalmente, nos mastócitos, que a 
liberam quando agredidos aumento da permeabilidade vascular e vasodilatação. edema inflamatório. 
Serotonina: Encontrada nas plaquetas, na mucosa intestinal e no SNC; Provável ação vasodilatadora e de 
aumento da permeabilidade vascular; 
Fase irritativa: Mediadores de ação prolongada: liberados mais tardiamente, na persistência do agente 
flogístico. 
Atuam no mecanismos de quimiotaxia celular, contribuindo para a exsudação celular. 
Compreendem substâncias plasmáticas e lipídios ácidos. 
Substâncias plasmáticas: Plasmina: incrementa a permeabilidade vascular, provoca o surgimento de 
fibrinopéptides, libera cininas e atua sobre o complemento. 
Bradicinina: ativado no interstício, esse peptídio tem ação vasodilatadora de pequenas artérias e 
arteríolas, também aumentando a permeabilidade vascular. Por atuar em terminações nervosas, pode 
provocar o surgimento de dor. 
Lipídios ácidos: representados principalmente pela prostaglandina. 
Prostaglandina: Participa de fases mais tardias da inflamação; 
Formadas por ácidos graxos; 
Provocam contração das células endoteliais e vasodilatação e potencializam as respostas vasculares 
oriundas da ação da bradicinina. 
2) Fase vascular: alterações hemodinâmicas da circulação e de permeabilidade vascular no local da 
agressão. 
Isquemia transitória: devido à constrição arteriolar oriunda de um reflexo axo-axônico local provocado pelo 
estímulo agressor; há parada do fluxo sangüíneo e, conseqüentemente, o local fica esbranquiçado. 
Hiperemia: arteriolar ou ativa: vasodilatação arteriolar por toda rede microcirculatória local, leva ao 
aparecimento do eritema (zona avermelhada); 
Hiperemia: venular ou passiva: dilatação das vênulas mediada por estimulação farmacológica, 
principalmente histamínica, com posterior exsudação plasmática e edema. 
Edema: devido ao aumento da pressão hidrostática e da permeabilidade venular, provocando perda de 
água e eletrólitos e diminuição da velocidade sanguínea (exsudato plasmático). 
 
Fases da Inflamação 
3) Fase exsudativa: Característica do processo inflamatório, esse fenômeno compõe-se de exsudação 
oriundo do aumento da permeabilidade vascular. 
 
Fenômeno da Exsudação 
- Referem-se à migração, para o foco inflamatório, de líquidos e células, provenham eles de vasos ou dos 
tecidos vizinhos. 
- Distinguem-se dois tipos de exsudação nessa fase: 
Exsudação plasmática 
Exsudação celular 
Momento de exsudação plasmática e celular. 
Veja que há formação de poros (P) entre as células endoteliais o que permite a passagem de hemáceas e 
leucócitos. 
Observe em destaque (círculo cinza) um neutrófilo passando pela parede e outro próximo ao poro. 
Esses momentos flagrados nesse corte histológico são decorrentes de mecanismos de marginação 
leucocitária, diapedese e adesividade dessas células aos endoteliócitos 
 
Exsudação Plasmática 
"Saída de plasma para fora da luz vascular, com quantidades diversas de água, eletrólitos e 
 proteínas". 
-Ocorre principalmente nas vênulas, sendo pouco observada nos capilares e arteríolas. 
Estrutura histológica menor aderência intercelular na sua parede aumento da permeabilidade 
venular. 
**Edema Inflamatório 
 
Exsudação Celular 
"Passagem de células pela parede vascular em direção ao interstício, ao local atuante do agente 
inflamatório.“ 
-Abertura de fendas na parede vascular - o aumento da permeabilidade, 
-Liberação de mediadores químicos com ação de quimiotaxia, 
-Quimiotaxia, que é o processo que permite a migração dos neutrófilos e outros leucócitos aos locais da 
inflamação 
-Estas células, por sua vez, realizam a fagocitose dos elementos que estão na origem da inflamação 
 
4) Fase degenerativa-necrótica: 
Composta por células com alterações degenerativas reversíveis ou não (neste caso, originando um 
material necrótico), derivadas da ação direta do agente agressor ou das modificações funcionais e 
anatômicas conseqüentes das três fases anteriores. 
 
5) Fase produtiva-reparativa: 
Relacionada à característica de hipermetria da inflamação, ou seja, exprime os aumentos de quantidade 
dos elementos teciduais - principalmente de células -, resultado das fases anteriores. 
-Essa hipermetria da reação inflamatória visa destruir o agente agressor e reparar o tecido injuriado. 
 
Resposta Celular 
-Migração de leucócitos para o local da lesão 
-Estes destroem bactérias e outros micróbios e degradam o tecido necrótico e antígenos estranhos. 
1. Marginação, rotação e adesão (endotélio) 
2. Emigração e quimiotaxia 
3. Fagocitose e desgranulação 
4. Ativação leucocitária e lesão tecidual 
 
RESUMO 
- A inflamação: aumento do calibre de capilares responsáveis pela irrigação sanguínea local, produzindo 
mais hiperemia e aumento da temperatura local . 
- O edema : aumento da permeabilidade vascular aos componentes do sangue,o que leva ao 
extravasamento do líquido intravascular para o espaço intersticial extra-celular. 
- A dor: primariamente pela estimulação das terminações nervosas por algumas destas substâncias 
liberadas durante o processo inflamatório, por hiperalgesia (aumento da sensibilidade dolorosa) promovida 
pelas prostaglandinas e pela bradicinina, e por compressão relacionada ao edema. 
 
- Se há necrose, vai haver fagocitose do tecido destruído; 
- Depois há regeneração ou cicatrização, dependendo da extensão da lesão e do órgão acometido. 
- Contudo há agentes flogógenos que podem manter a inflamação por longo tempo: 
- Agem repetitivamente 
- São de difícil eliminação 
- Induzem resposta imunitária a seus antígenos 
 
ETAPAS DO PROCESSO INFLAMATÓRIO 
- Irritação 
- Alterações vasculares 
- Exsudação plasmática e celular 
- Lesões degenerativas e necróticas 
- Proliferação conjuntiva e vascular reparadora 
- Modificações das células do exsudato (nas lesões crônicas) 
 
RESPOSTA INFLAMATÓRIA 
 
 
 
Manifestações clínicas 
Classicamente, a inflamação é constituída pelos seguintes sinais e sintomas: 
- Dor 
- Calor (aumento da temperatura corporal no local) 
- Rubor (hiperemia) 
- Edema (tumor) 
- Perda da função. 
 
INFLAMAÇÃO AGUDA 
- É a resposta inflamatória imediata e inespecífica do organismo diante da agressão. 
- Curta duração (minutos, horas, poucos dias) 
- de forma eficiente o organismo pode neutralizar, inativar ou eliminar esse agente agressor. 
- é caracterizada por cinco sinais cardinais: 
- Dor, calor, rubor; tumor (edema); e perda de função. 
 
A inflamação aguda possui três componentes principais: 
1) Alterações no calibre vascular, que levam a um aumento no fluxo sanguíneo; 
2) Alterações estruturais na microcirculação, que permitem que proteínas plasmáticas e leucócitos deixem 
a circulação; 
3) Emigração dos leucócitos da microcirculação, seu acúmulo no foco de lesão e sua ativação para 
eliminar o agente nocivo 
 
EXSUDATO E TRANSUDATO 
- O extravasamento de fluído, proteínas e células sanguíneas do sistema vascular para o tecido intersticial 
ou as cavidades corporais é chamado exsudação. 
ENTÃO... 
 Um exsudato é um fluído inflamatório extracelular que possui alta concentração de proteínas, 
fragmentos celulares, causando alteração significativa na permeabilidade normal dos pequenos vasos 
sanguíneos na área danificada. 
 
O pus, ou exsudato purulento, é um exsudato inflamatório rico em leucócitos (neutrófilos), fragmentos de 
células mortas e em muitos casos, microrganismos. 
 
Transudato é um fluido com pequeno teor protéico (a maior parte é composta de albumina) sem que haja 
um aumento na permeabilidade vascular. 
 
O edema significa um excesso de fluido no interstício ou nas cavidades serosas; ele pode ser um exsudato 
ou um transudato. 
 
ESTÍMULOS PARA A INFLAMAÇÃO AGUDA 
- INFECÇÕES: bacterianas, virais, parasitárias 
- TRAUMA: contuso ou penetrante 
- AGENTES FÍSICOS E QUÍMICOS: queimaduras ou congelamento, radiação, agentes químicos 
ambientais. 
- 
NECROSE TISSULAR - CORPOS ESTRANHOS - REAÇÕES IMUNOLÓGICAS 
 
RESUMO DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA AGUDA 
1. Aumento do fluxo sanguíneo para a área lesada 
2. Aumento da permeabilidade vascular, com acúmulo do líquido extravascular = exsudato 
3. As proteínas plasmáticas deixam os vasos 
4. Os leucócitos migram para o local da lesão 
5. Fagocitose do agente agressor 
6. Pode ocorrer lesão tecidual (metabólitos tóxicos liberados pelos leucócitos) 
 
A inflamação aguda pode ter 4 tipos de evolução: 
1. Resolução completa 
2. Cicatrização por fibrose 
3. Formação de abscesso 
4. Evolução para a inflamação crônica: 
 Quando a inflamação aguda não se resolve devido à persistência do agente agressor ou interferência no 
processo normal de cicatrização. 
 
Características Clínicas da inflamação aguda 
- Dor: o exsudato pressiona os tecidos circundantes, podendo ser em grau variável, dependendo se a 
inflamação está ocorrendo em um espaço confinado ou se está num tecido frouxo. A dor pode também 
depender da gravidade da lesão e do número de terminações nervosas dolorosas no tecido afetado. 
- Vermelhidão: indica a hiperemia subjacente 
- Calor: a hiperemia ativa causa uma elevação local da temperatura. 
- Tumefação: (edema) é aparente nas reações superficiais, e depende da extensão e gravidade da reação 
inflamatória e do tipo de tecido afetado. 
- Perda da função: devido a dor e a tumefação que pode limitar o movimento. 
 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
- Pode-se seguir de uma inflamação aguda quando a defesa do corpo é insuficiente; 
"Reação tecidual caracterizada pelo aumento dos graus de celularidade e de outros elementos 
teciduais, diante da permanência do agente agressor". 
- Pode durar semanas, meses ou anos. 
- Pode ocorrer quando há uma reação leve a um trauma ou a substâncias irritantes. Os traumas pequenos 
podem ser insuficientes para produzir uma reação aguda ou o sistema de defesa do corpo pode ser mais 
eficiente. 
- As alterações dependem dos tecidos afetados, mas em geral há um aumento maior do tecido fibroso. 
- A exsudação é na maioria das vezes discreta . 
 
Inflamação Aguda X Crônica 
1) Inflamação aguda: 
- Neutrófilos: Têm ação fagocítica e, se mortos, podem provocar necrose tecidual devido a liberação de 
suas enzimas lisossômicas para o interstício. 
- Eosinófilos: encontrados nas inflamações subagudas ou relativas a fenômenos alérgicos e em alguns 
processos neoplásicos. Também possuem capacidade de fagocitose, mas menor que os neutrófilos. 
2) Inflamação crônica: 
- Basófilos e mastócitos: Os basófilos contêm grânulos de heparina e histamina; os mastócitos, de 
histamina. 
- Macrófagos: originados dos monócitos, essas células mononucleares são os "fagócitos profissionais“. 
Observados mais comumente em estágios de cronicidade e granulomas. 
- Linfócitos e plasmócitos: migram mais lentamente que os neutrófilos para o foco inflamatório, tendo ação 
coadjuvante nas atividades macrofágicas, principalmente em quadros inflamatórios crônicos e 
granulomatosos. 
 
Tipos de inflamação Crônica 
 
Não – granulomatosa (inespecífica): 
- Exibem exsudato celular difuso, rico em macrófagos, linfócitos e plasmocitos. 
- Há fibrose e proliferação de vasos; 
- Não há predominância de um tipo celular; 
 
Granulomatosa (específica): 
é um tipo específico de reação crônica caracterizada pela presença de macrófagos modificados 
* Granuloma = agregados de células constituídos de leucócitos provenientes da corrente sanguínea e 
células residente do sitio afetado) 
- Formam grânulos ou nódulos em torno do agente agressor. 
 
O PAPEL DOS LINFÁTICOS 
- Na inflamação há aumento do fluxo linfático regional de um líquido contendo proteína maior que o 
habitual e maior número de leucócitos. 
- Esses vasos drenam o líquido e células da área de inflamação e são importantes para resolver a 
inflamação 
- Porém a drenagem linfática também pode disseminar o agente lesivo. 
- Pode haver acometimento dos vasos linfáticos e dos linfonodos. 
Porém... 
- Os linfonodos regionais constituem importantes linhas secundárias de defesa, que, em geral, tendem a 
isolar a infecção do restante do corpo. 
L- infonodos são sobrecarregadas, a reação inflamatória pode estender-se para o resto do corpo. 
- Essa disseminação é encontrada somente em reações inflamatórias graves e isso significa drenagem 
através do sistema linfático e a seguir também para o sangue. 
- Presença de linfoadenopatia dolorosa + hepatoesplenomegalia 
PADRÕES MORFOLÓGICOS NAS INFLAMAÇÕES 
1. INFLAMAÇÃO SEROSA: Exsudação de líquido fino. Ex. queimadura 
2. INFLAMAÇÃO FIBRINOSA: Ocorre em lesões mais graves. Pode causar fibrose. Ex: pericárdio e 
pleura. 
3. INFLAMAÇÃO SUPURATIVA OU PURULENTA: Produção de pus ou exsudatopurulento. Ex: 
apendicite aguda, furúnculo. (empiema ou abcesso) 
4. ÚLCERAS: Escavação da superfície do órgão ou tecido, resultante da remoção de tecido 
inflamatório necrótico. Ex: boca, estômago, MMII 
MANIFESTAÇÕES SITÊMICAS DA INFLAMAÇÃO 
FEBRE: Caracterizada por uma elevação da temperatura corporal. Ocorre principalmente quando a 
inflamação está associada à infecção. 
 A febre é produzida em resposta a substâncias chamadas de pirogênicos, (leucócitos liberam 
citocinas em resposta aos agentes infecciosos ou a reações imunes e tóxicas) que agem 
estimulando a síntese de prostaglandinas no hipotálamo. 
 As prostaglandinas no hipotálamo estimulam a produção de neurotransmissores como o AMP-
cíclico, que aumentam o nível da temperatura do termostato central. 
MANIFESTAÇÕES SITÊMICAS DA INFLAMAÇÃO 
 LEUCOCITOSE: Característica comum das reações inflamatórias, sobretudo as causadas por 
infecção bacteriana. O número de leucócitos eleva-se para 15.000 ou 20.000 células/mm³. 
 LEUCOPENIA: Algumas infecções como febre tifóide, em caso de câncer disseminado ou 
tuberculose grave. 
TÉRMINO DA INFLAMAÇÃO: 
 Resolução: o exsudato é absorvido e os detritos são removidos pelos fagócitos e enzimas, depois 
os tecidos retornam a atividade normal. 
 Fibrose: o tecido fibroso pode ser formado como resultado da reação, este tecido pode fazer parte 
do tecido normal ou formar aderência entre os tecidos normais e, assim, afetar a função. 
 
As setas apontam para a fibrose na parede da veia centro-lobular (fígado) 
 Supuração: resultado de uma infecção piogênica, são produzidas toxinas que causam morte de 
algumas células, que são exsudato inflamatório, polimorfos vivos e mortos e bactérias constituem 
pus. 
 
 Necrose: morte de células teciduais. Se afetar uma pequena área pode ocorrer resolução, contudo 
em áreas extensas de tecido necrótico,isso não pode acontecer e a infecção bacteriana pode levar 
à gangrena. 
 
Então.... 
 Há uma vasoconstrição momentânea, seguida de uma vasodilatação dos vasos permitindo uma 
hiperemia, seguida por uma diminuição do fluxo sangüíneo (estase). 
 Há permeabilidade maior das paredes do vaso, o que permite que o líquido passe para o os tecidos 
e assim aumente a viscosidade do sangue, permitindo que os leucócitos maiores caiam e fiquem 
aderidos às paredes dos vasos sangüíneos (marginação). 
 Alguns dos leucócitos migram para os tecidos circundantes e são destinados à defesa do corpo 
contra a infecção ou contra os resultados da lesão. 
Dependendo do trauma, as alterações hemodinâmicas seguem um dos três padrões de resposta: 
1. imediata e transitória lesões menores. 
2. imediata mantida lesão mais séria e continua por diversos dias, lesando os vasos no local do 
trauma. 
3. resposta retardada aumento da permeabilidade de 4 a 24 h após a lesão. 
(Não copio as flexinhas do slide 59); 
EDEMA 
Edema é o acúmulo de líquido nos tecidos orgânicos. Fatores que participam da fisiopatologia do edema: 
1) Pressão dos fluidos no interior dos sistemas vascular e linfático. 
2) Pressão oncótica exercida pelas proteínas (plasmáticas e intersticiais). 
3) Permeabilidade do sistema vascular. 
4) Substâncias hormonais. 
5) Mecanismos de reabsorção renal de água e eletrólitos. 
6) Outros fatores. 
Edema linfático-Linfedema 
 Surge quando existe bloqueio ou dificuldade ao fluxo linfático. 
 As causas mais comuns são devidas a obstruções (processos infecciosos, tromboses, 
compressões extrínsecas, anomalias congênitas e outras). 
 A principal função do sistema capilar linfático é a remoção de líquidos dos espaços intersticiais, 
além de proteínas. 
 Na presença de bloqueio do fluxo linfático, a remoção é prejudicada e as proteínas se acumulam 
no espaço intersticial. Por isso o edema linfático tem taxa protéica elevada. 
 Esse fato provoca elevação da pressão oncótica do interstício, facilitando a transudação capilar. 
 A maior parte do líquido acumulado provém do compartimento intravascular. Somente íntima 
parcela se origina do compartimento intracelular. 
 Sob o aspecto clínico, o edema generalizado só é observável quando o acúmulo de líquido 
intersticial ultrapassa 8% do peso corporal.

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