Buscar

Direito Internacional - Prova 2 - Esquema resumo

Prévia do material em texto

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO – PROVA II
DIREITO DOS TRATADOS
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao número das partes
Bilaterais
Tratado negociado entre duas partes
Possui apenas 2 partes
Multilaterais e/ou plurilaterais
Tratado possui mais de 2 partes
Em regras, essas expressões são sinônimas
OEA dá a elas significados distintos
Multilaterais
Celebrados pela OEA
Vinculam automaticamente seus membros
Apenas por existir
Obriga seus membros a cumpri-los
Plurilaterais
Estado estará vinculado a este se fizer adesão
Vinculação depende da adesão
Quanto ao procedimento
Unifásico
Concluídos por apenas 1 ato
Parte que o praticou está a ele vinculado no ato único
Bifásico (adotado pelo Brasil)
Para conclusão e vinculação do contrato é necessário mais de 1 ato
Quanto à natureza das normas
Normas-contrato
Frutos do consentimento
Podem ser revogadas ou alteradas pelas partes
Normas-lei
Não são produtos do consentimento
Normas cogentes (obrigatórias)
Não podem ser alteradas nem revogadas pelas partes
Normas das cartas constitutivas de organizações internacionais
Ao fazer adesão à um tratado internacional
Não pode fazer reserva a nenhuma das normas contidas na carta
Normas da convenção de Viena sobre o direito dos tratados são normas-lei
Estados não podem disciplinar de forma contrária a elas
Quanto a abertura à terceiros
Refere-se à possibilidade de um sujeito de direito internacional fazer adesão posterior à celebração de um tratado
Abertos
Grande maioria dos contratos são abertos
Quando não são abertos, vem descrito em cláusula
Aqueles em que qualquer sujeito de direito internacional pode aderir
A qualquer tempo
Semiabertos
Permitem a adesão, mas mediante certas condições
Ex.: Tratado de Assunção (constituiu o Mercosul)
Deve ser membro do ALADE (Associação Latino Americana de desenvolvimento econômico)
Engloba países da América Latina e do Caribe
Fechados
Não permitem adesão posterior de um terceiro
Quanto à matéria ou conteúdo
Gerais
Conteúdo se refere a várias matérias
Especiais
Conteúdo se refere a matéria específica
Ex.: Tratados da OIT
Obs.: ONU, Mercosul, UE – Celebram os dois tipos de tratado
CONDIÇÕES DE VALIDADE
Semelhantes às do Direito Civil dos contratos (agente capaz, objeto lícito, possível e forma prescrita em lei.
Agente capaz
Capacidade das partes
Sujeito de direito internacional, dotados de personalidade jurídica internacional
Estados, Organizações Internacionais e Santa Sé
Os indivíduos não têm capacidade, personalidade jurídica internacional
Não podem celebrar tratados
Habilitação dos agentes
Sujeitos de direito internacional são criações do direito
Quando da celebração, tratados são celebrados por órgãos
Pessoas habilitadas a celebrar tratados em âmbito internacional, a representar os estados, as organizações internacionais e a Santa Sé
Agentes que farão representatividade de forma incondicional
Chefe de Estado, Chefe de Governo, Ministro das Relações Exteriores
Alguns agentes diplomáticos devem preencher certas condições para praticar o ato
Agente diplomático
Embaixador
Quando estado acreditante está celebrando tratado com chefe do estado acreditado
Embaixador brasileiro em solo internacional tem legitimidade para representar o Brasil na celebração dos tratados
Embaixador brasileiro que exerce sua função nos EUA
Representa o Brasil incondicionalmente nos EUA
Não tem legitimidade para celebrar acordo com outro país que não os EUA
Mas pode representar o embaixador que está nesse outro país
Qualquer ser humano
Pode celebrar tratado desde que possua a CARTA DE PLENOS PODERES
Procuração denominada de PLENIPOTENCIÁRIO
Se o embaixador nos EUA tiver essa carta
Pode representar o Brasil em outros territórios
Competência para conferir essa carta
Chefe de Estado, Chefe de Governo, Min. Das Relações Exteriores
Se cidadão pratica ato sem a carta, este não é válido
Mas pode ganhar validade se ato for referendado por um dos representantes incondicionais
Se uma das pessoas competentes incondicionalmente assina o ato juntamente ao “incompetente”
Ato é válido
Art. 8º da convenção de Viena
Licitude e Possibilidade do Objeto
Conteúdo de um tratado deve ser Lícito e Possível
Ex.: Brasil não pode celebrar tratado com Uruguai sobre transporte de maconha (pois no Brasil é ilícito)
	Ex2.: Estado não pode celebrar tratado acerca da Lua (impossibilidade jurídica)
	Ex3.: Brasil não pode celebrar contrato de entrega de órgãos (ilicitude)
Livre Consentimento
Partes devem aderir por livre e espontânea vontade
 Contrato será nulo se eivado de vício (art. 52 e 53 da Convenção de Viena)
Erro (induzido pela outra parte propositalmente)
Corrupção
Dolo (intenção de prejudicar o outro estado)
TÓPICOS RELACIONADOS À CELEBRAÇÃO DO TRATADO
Abertura e assinatura
Abertura ocorre nas conferências
Assinatura é o primeiro ato praticado
Nas conferências
Discute-se o conteúdo do tratado
Elabora-se minuta com o conteúdo do tratado
Coloca-se o tratado em votação
Aprova-se o tratado com maioria dos votos
2/3 dos membros da conferência
Se aprovado, é assinado pelo representante do Estado
Em Estados que adotam procedimento unifásico
Assinatura é suficiente para a conclusão deste
Estados que adotam o procedimento bifásico (ex.: Brasil)
Tratado ainda não está concluído
Validação
Dá-se pelo Congresso Nacional
Após assinatura, tratado vai para o congresso
Não há tempo pré-determinado para validação do contrato 
Validado pelo congresso, tratado segue para o presidente
Que ratificará e publicará
Dada por meio de Decreto Legislativo
Ratificação
Ato de natureza internacional
Presidente comunica à sociedade internacional que o Congresso Nacional validou o tratado
Já faz parte do tratado e pode cumprir as normas
Decreto presidencial
Publicação
Ato de natureza interna
Publicação no Diário Oficial da União
Informa à sociedade nacional da existência e obrigatoriedade do tratado
OBS.: procedimento estipulado determinará se é LO, LC ou Norma Constitucional
RESERVA
Ato, instituto utilizado pelo estado
Quando vai aderir a um tratado internacional
Não participa da abertura, da conferência, mas assina em momento posterior
Reserva significa que quando o estado está aderindo ao tratado
Pode não concordar com normas de determinado artigo
Estado adere ao tratado, mas não adere a tal artigo, por contrariar normas de direito interno
O ato de reserva é praticado e enviado aos Estados signatários
Ato é comunicado ao depositário (ex.: Rio 92 – Comunica-se ao Brasil)
Que notificará todos os signatários participantes do tratado
Se os Estados concordarem com a reserva, o novo Estado passa a fazer parte do tratado, mas não estará vinculado à determinado artigo.
Para os outros estados, o artigo determinado vincula, tendo obrigatoriedade de cumprimento
Se todos não concordarem, o novo estado dó pode aderir se passar a concordar com todo o tratado.
DENÚNCIA E RETIRADA
Retirada
Estado não quer mais fazer parte do tratado
Comunica ao país depositário
Que informará aos outros estados
Que nada podem fazer
Se respeita o prazo de 12 meses para sair definitivamente do tratado
Para que cumpra obrigações assumidas em sua vigência
Prazo pode ser diferente, caso disposto no tratado
País pode voltar atrás da retirada
Mas ou outros Estados devem concordar
Denúncia
Estado viola norma, e prejudica outro integrante do tratado
País prejudicado denúncia e se retira do tratado
Outras Estados podem concordar, ou não
Se concordarem, podem também sair do tratado
Prazo de 12 meses deve ser respeitado (podendo ser diverso se disposto no tratado)
Para o cumprimento de obrigações, pendências, adquiridas durante a permanência no tratado
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
Finalidade de assegurar segurança jurídica internacional
Ganhou força após a 2ª Guerra Mundial
Mas surgiu nos primórdios dos tempos
Desde as guerras do Império Romano, etc.
Intuito de pôr fim ao tribunal de exceção
Ato era praticado e não havia norma para disciplinartal ação
Embora existisse tribunais jurisdicionais
Eram criados de exceção para solucionar aqueles conflitos
Direito Internacional Privado surge para julgar atos relacionados à soberania
Mas não exclusivamente relacionados a seu território
Conceito
Ramo do Direito Público Interno
Formado pelo conjunto de normas de um estado soberano
Para solucionar conflitos de lei no espaço
Criadas pelo poder legislativo do Estado
Para solucionar conflitos de lei no espaço
Como ele é soberano, observará suas regras, não a dos outros
Vários ordenamentos soberanos podem ser aplicados ao ato praticado
Regras direcionam o juiz nacional do Estado que está julgando para a solução do conflito
Objetivo
Dirimir os conflitos de lei no espaço
Diante de caso concreto, juiz brasileiro pode se deparar com vários ordenamentos jurídicos
Ex.: Ayrton Senna era brasileiro, morava em Mônaco, tinha bens em vários países e morreu em Milão.
Qual o ordenamento jurídico aplicável? É aplicável o mesmo para todos os bens?
Obs.: Normas de Direito Internacional Privado estão na LINDB a partir do art. 7º
Deve levar-se em consideração 3 fatores
Relação jurídica (qualificação)
O caso concreto se refere a que?
No caso de Senna, direito sucessório
Elemento de conexão
Qual norma da LINDB se refere ao direito aplicável?
Peculiaridade entre a relação jurídica e o direito aplicável
Pode ser:
Pessoal (se referem à pessoa)
Nacionalidade, domicílio
Real (se referem à coisa)
Local do fato, celebração de contrato
Institucional
Nacionalidade do local onde foi praticado
Território de fato ou estendido (embarcações, aeronaves...)
Princípio da territorialidade e da extraterritorialidade
Direito aplicável
O que está previsto na norma
Por exemplo, art. 7º da LINDB: "A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família."
Relação jurídica: início e fim da personalidade, nome, capacidade, Direito de Família;
Elemento de conexão: o domicílio da pessoa;
Direito aplicável: a lei do país do domicílio da pessoa.
Essa é a regra, pois os parágrafos do art. 7º trazem as exceções.
Por exemplo, casamento entre X e Y na França, que vêm para o Brasil e se divorciam:
Relação jurídica: Direito de Família;
Elemento de conexão: em regra, o domicílio; (ELEMENTO PESSOAL)
Direito aplicável: em regra, seria o do domicílio, mas existem algumas exceções constantes na LINDB.
 Estrangeiros que se casam no Brasil
A relação jurídica será o Direito de Família (casamento). 
O elemento de conexão, em regra, nesses casos, é o domicílio. 
O direito aplicável será o do país em que forem domiciliados os nubentes. Todavia, se possuírem domicílios diversos, será o do primeiro domicílio do casal.
Art. 7º da LINDB:
§ 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
Relação jurídica: Direito de Família (formalidades da celebração do casamento e impedimentos dirimentes);
Elemento de conexão: local de realização do casamento (local do ato); (ELEMENTO REAL)
Direito aplicável: lei brasileira (Código Civil).
§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. 
 Casamento de estrangeiros realizado em território brasileiro
Estrangeiros noivos, desde que tenham a mesma nacionalidade
Podem celebrá-lo no consulado do país de origem dos nubentes
Estarão sujeitos às regras do país deles). 
Ex.: Se o país estrangeiro admitir o casamento a partir de 12 anos, o casamento, a despeito de ser realizado no Brasil, será possível;
Se possuem nacionalidades diferentes e casam no Brasil
Será aplicável a lei brasileira 
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.
Ex.: Se descobre que o outro cônjuge já era casado e pretende invalidar o matrimônio.
Se tiverem mesmo domicílio
O juiz brasileiro aplicará a lei do domicílio (regra do "caput").
Se possuírem domicílios diversos 
Será a aplicada a lei do primeiro domicílio do casal.
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
 Relação jurídica - Direito de Família. 
Ex.: X mora nos Estados Unidos, Y mora na Alemanha, se casam na França e vêm morar no Brasil. 
No que diz respeito ao regime de bens, qua o direito aplicável? 
R: O primeiro domicílio conjugal (Brasil).
Se ambos eram domicilados na Alemanha, se casam na França e vêm residir no Brasil depois de casados
O direito aplicável será o da Alemanha.
Ex: casei, vou morar aonde? Essa lei que será aplicada.
§ 5º O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. 
Estrangeiro casou e se naturaliza brasileiro, ele poderá optar pelo regime da comunhão parcial (previsto pela lei brasileira como regra, pois a adoção de qualquer outro depende de pacto antenupcial), desde que haja consentimento do juiz.
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. 
Esse artigo traz duas situações. Se o divórcio for realizado no estrangeiro, somente será validade após 1 (um) ano. Contudo, as partes interessadas devem pedir a homologação dessa sentença (que decretou o divórcio) no Brasil, perante o STJ (órgão responsável por homologar as sentenças estrangeiras*).
Sentenças estrangeiras são as proferidas pelo Estado-juiz de outro país.
Sentenças internacionais são aquelas que tem validade em todo o território nacional, pois proferida por um tribunal jurisdicional (por exemplo, Corte Internacional de Justiça, Corte Interamericana de Direitos Humanos, Tribunal Penal Internacional, etc). Estas são IRRECORRÍVEIS.
Obs.: O TPI pode julgar indivíduos (pessoas físicas), diferentemente da CIDH, que somente pode julgar países (pessoas jurídicas de direito público interno).
Obs2.: No Brasil, não há mais o instituto da separação. Logo, se houve a separação no país estrangeiro, aqui valerá como divórcio.
§ 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
Obs.: Não há mais curatela, pois os absolutamente incapazes são apenas os menores de 16 anos (Estatuto das Pessoas com Deficiência), salvo se houver uma decisão judicial estabeçecendo a curatela, que estará restrita aos atos da vida civil (patrimoniais e econômicos).
§ 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre.
Relação jurídica (qualificação) - Direito de Família
Deve ser observado o art. 7º. 
Se estiver relacionado a outras qualificações
Devem ser observados os seguintes artigos: 
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
Relação jurídica: Direito Real (ou "das coisas");
Elemento de conexão: local em que situado o bem móvel ou imóvel; (ELEMENTO REAL)
Direito aplicável: lei do paísem que estiverem situados.
§ 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
Exceção à regra do art. 8º 
Somente aplicável aos bens móveis (por exemplo, um alemão está andando em território brasileiro com bens móveis e, por algum motivo, há algum processo relativo à qualificação destes). 
O direito aplicável será o do domicílio dele (do proprietário).
§ 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.
Independentemente de a quem pertence o bem empenhado
Observa-se o domicílio da pessoa que está com a coisa (possuidor)
Não o do proprietário.
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem.
Relação jurídica: Direito das Obrigações;
Elemento de conexão: local da realização do contrato (independentemente de onde as pessoas residem); (ELEMENTO REAL)
Direito aplicável: lei do país em que foi constituído.
Por exemplo, X mora no Brasil e Y na Inglaterra, mas celebram um contrato (constituem uma obrigação na Alemanha): será aplicável a lei da Alemanha.
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
Se a execução for realizada no Brasil e exige forma essencial
Em relação a esta será aplicável a lei brasileira
Mas, no que diz respeito à regência da obrigação
Será aplicável a lei de onde foi constituída.
Por exemplo, X e Y contraem obrigação nos Estados Unidos, na qual este se compromete a cuidar do aras daquele, mas, para cumprir essa obrigação no Brasil, há diversas exigências (pagamento de salário, de despesas veterinárias, etc). No que diz respeito a essas formalidades (por exemplo, direitos trabalhistas), será aplicável a lei brasileira. Relativamente à obrigação em si (obrigação de fazer), será aplicável a lei estrangeira.
Ex: Paulo e João estão na França, João quer empreender e vai constituir um aras. João diz a Paulo que vai celebrar um contrato e ele ficará responsável pelo aras, mas para essa obrigação começar a ser executada precisa de uma forma essencial que é justamente a execução desse aras.
No que diz respeito a constituição do aras - aplica-se a lei brasileira
No que se refere a celebração de contrato - aplicar-se-á a lei francesa
Ex: a França determina que esse aras tenha x metros de extensão, x hectares, tudo isso será regido pela lei francesa, mas o que diz respeito à constituição do aras (forma essencial), será aplicada a lei brasileira.
§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.
Obrigações celebradas entre ausentes (por exemplo, mundo virtual). 
Nesse caso, observa-se a lei do país de quem fez a proposta, se a outra parte concordar com esta. 
Contudo, se fez uma contraproposta (por exemplo, aceita com as condições de X, Y, Z), observa-se o local desta.
Ex: obrigações celebradas por email. Onde esse contrato foi constituído? João na França e Paulo na Alemanha ou no Brasil. Onde se dará a constituição dessa obrigação (art. 8º)? DE QUEM PARTIU A PROPOSTA!
Normas qualificadoras . Se Paulo recebe a proposta de João e faz uma contra proposta e essa contra proposta é aceita, A OBRIGAÇÃO VAI SE DAR COMO CONSTITUÍDA NO PAIS ONDE RESIDE PAULO. A contra proposta serve como uma nova proposta.
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
Relação jurídica: Direito Sucessório;
Elemento de conexão: domicílio do falecido ou desaparecido;
Direito aplicável: lei do país em que o falecido ou desaparecido era domiciliado.
Essa regra independe da localização dos bens e é aplicável tanto à abertura da sucessão como à partilha dos bens.
QUALQUER QUE SEJA A NATUREZA OU SITUAÇÃO DOS BENS
Ex: Ayrton Senna tinha bens em vários lugares do mundo, morava em Londres e morreu na Itália. A abertura da sucessão vai ocorrer na Itália, no local do fato, mas qual é a lei a ser aplicada? A do domicílio, a lei de Londres. Independente da qualificação, se é móvel ou imóvel e de onde estão situados.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
Por exemplo, caso do Ayrton Senna.
Ex: Mick Jegger, da Inglaterra, vem para o Brasil e fica com Luciana Gimenes. Morrendo Mick Jegger, qual será o direito aplicado com respeito à sucessão? A lei da Inglaterra (domicílio do de cujus), independente da situação dos bens
Mas os bens situados no Brasil, qual é a lei aplicada? A lei brasileira, desde que seja mais benéfica que a lei da Inglaterra.
Só será aplicada a lei brasileira para os bens situados no Brasil se a lei brasileira for mais benéfica do que a lei estrangeira.
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
Independentemente de onde mora o testador ou de onde este faleceu, observa-se a lei do domicílio do herdeiro ou do legatário no que diz respeito à sua capacidade.
Quem é o herdeiro? Tenho capacidade de herdar, para receber testamento?
É a lei do meu domicílio que vai determinar.
Ex: Mick Jegger tem um filho no Brasil com Luciana Gimenes, mas mora na Inglaterra. Seu filho tem capacidade para receber a herança?
No Brasil - vai analisar a lei de cada um dos filhos de Mick Jegger pra ver se eles tem capacidade
Ex: Mick Jegger tem um filho adotivo e a lei onde está localizado esse filho adotivo não permite. O direito brasileiro é obrigado a aceitar essa lei. A lei do domicílio do herdeiro vai determinar se ele tem ou não capacidade para suceder.
Ex: Os indivíduos casaram-se na França, a esposa tinha 13 anos. Ela tem capacidade para expressar a sua vontade? Estão no Brasil, mas moravam na França. Qual é o direito aplicado para anular esse casamento? Lei do domicílio da pessoa. Se mora no Brasil a lei é brasileira, se mora na França a lei é a francesa.
- Qual lei será aplicada para saber se no momento da celebração do casamento essa criança era capaz ou não? LEI FRANCESA
Se a lei francesa determinar que a partir dos 13 anos pode casar, então o casamento é válido.
A LEI DO DOMICÍLIO DA PESSOA será aplicado aos casos que se referirem a: Personalidade (início e fim; nome, direito de família e capacidade)
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Personalidade Jurídica Internacional derivada – criada pelo Estado
Instrumento de criação - Carta constitutiva
Pós Segunda Guerra Mundial (ONU)
Liga das Nações
Fracassou, pois os EUA não participaram
OIT – Criada em 1919
Ainda existe
Com a criação de organizações internacionais
Estados transferem poderes para estas
Atendendo o fim a todos os Estados
Pois deles é derivada
Finalidade
Não extrapolar a lei
Mitigação do exercício de soberania
Quando o Estado adere à carta
Criada conforme a necessidade
Global – Toda a sociedade internacional
Geral – Tratar de vários assuntos
Regional – Atende somente os continentes
Específico – Fala de determinado assunto
Depende da finalidade com que está sendo criada
Transferência de necessidades para a organização
Atribuindo poderes a esta
Padronização de procedimentos normativos
Criação de um órgão conflitos ou controvérsias entre os membros
Toda organização deve ter:
Assembleia Geral
Representa membros da organização
Conselho permanente/segurança
Apenas alguns membros
Ex.: apenas 15 na ONU
Órgão jurisdicional
Composto por juízes
Não podendo ter 2 de mesma nacionalidade
Secretaria geral
Função executiva
ONU
Criada em 1945 (Carta de São Francisco)
Por 5 países
EUA, Rússia, China, França e Inglaterra
Atualmente integrada por 193 países
Finalidade
Segurançainstitucional
Manutenção da paz internacional
Convidados não tem direito de voto
Decisões tomadas por 2/3 dos MEMBROS (determinado pela carta constitutiva)
Assembleia geral
Finalidade de administrar os trabalhos
Qualquer assunto, exceto os do conselho de segurança
Conselho de segurança
15 membros
5 permanentes
10 convidados
Rotativos de 2 em 2 anos
Decisão deve ter 3 votos favoráveis dentre os 5 permanentes
Todos têm direito de veto
Conselho econômico e social (relatório)
Conselho de tutela
Nunca foi utilizado
Praticará atos de soberania do Estado
Quando este estiver passando por algum problema
Corte Internacional de Justiça
15 juízes de nacionalidades diferentes
Indicação feita pelos Estados
Com crivo da assembleia geral
Aprovação por maioria absoluta
Mandato de 8 anos
Podendo haver reeleição

Continue navegando