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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO – PROVA II DIREITO DOS TRATADOS CLASSIFICAÇÃO Quanto ao número das partes Bilaterais Tratado negociado entre duas partes Possui apenas 2 partes Multilaterais e/ou plurilaterais Tratado possui mais de 2 partes Em regras, essas expressões são sinônimas OEA dá a elas significados distintos Multilaterais Celebrados pela OEA Vinculam automaticamente seus membros Apenas por existir Obriga seus membros a cumpri-los Plurilaterais Estado estará vinculado a este se fizer adesão Vinculação depende da adesão Quanto ao procedimento Unifásico Concluídos por apenas 1 ato Parte que o praticou está a ele vinculado no ato único Bifásico (adotado pelo Brasil) Para conclusão e vinculação do contrato é necessário mais de 1 ato Quanto à natureza das normas Normas-contrato Frutos do consentimento Podem ser revogadas ou alteradas pelas partes Normas-lei Não são produtos do consentimento Normas cogentes (obrigatórias) Não podem ser alteradas nem revogadas pelas partes Normas das cartas constitutivas de organizações internacionais Ao fazer adesão à um tratado internacional Não pode fazer reserva a nenhuma das normas contidas na carta Normas da convenção de Viena sobre o direito dos tratados são normas-lei Estados não podem disciplinar de forma contrária a elas Quanto a abertura à terceiros Refere-se à possibilidade de um sujeito de direito internacional fazer adesão posterior à celebração de um tratado Abertos Grande maioria dos contratos são abertos Quando não são abertos, vem descrito em cláusula Aqueles em que qualquer sujeito de direito internacional pode aderir A qualquer tempo Semiabertos Permitem a adesão, mas mediante certas condições Ex.: Tratado de Assunção (constituiu o Mercosul) Deve ser membro do ALADE (Associação Latino Americana de desenvolvimento econômico) Engloba países da América Latina e do Caribe Fechados Não permitem adesão posterior de um terceiro Quanto à matéria ou conteúdo Gerais Conteúdo se refere a várias matérias Especiais Conteúdo se refere a matéria específica Ex.: Tratados da OIT Obs.: ONU, Mercosul, UE – Celebram os dois tipos de tratado CONDIÇÕES DE VALIDADE Semelhantes às do Direito Civil dos contratos (agente capaz, objeto lícito, possível e forma prescrita em lei. Agente capaz Capacidade das partes Sujeito de direito internacional, dotados de personalidade jurídica internacional Estados, Organizações Internacionais e Santa Sé Os indivíduos não têm capacidade, personalidade jurídica internacional Não podem celebrar tratados Habilitação dos agentes Sujeitos de direito internacional são criações do direito Quando da celebração, tratados são celebrados por órgãos Pessoas habilitadas a celebrar tratados em âmbito internacional, a representar os estados, as organizações internacionais e a Santa Sé Agentes que farão representatividade de forma incondicional Chefe de Estado, Chefe de Governo, Ministro das Relações Exteriores Alguns agentes diplomáticos devem preencher certas condições para praticar o ato Agente diplomático Embaixador Quando estado acreditante está celebrando tratado com chefe do estado acreditado Embaixador brasileiro em solo internacional tem legitimidade para representar o Brasil na celebração dos tratados Embaixador brasileiro que exerce sua função nos EUA Representa o Brasil incondicionalmente nos EUA Não tem legitimidade para celebrar acordo com outro país que não os EUA Mas pode representar o embaixador que está nesse outro país Qualquer ser humano Pode celebrar tratado desde que possua a CARTA DE PLENOS PODERES Procuração denominada de PLENIPOTENCIÁRIO Se o embaixador nos EUA tiver essa carta Pode representar o Brasil em outros territórios Competência para conferir essa carta Chefe de Estado, Chefe de Governo, Min. Das Relações Exteriores Se cidadão pratica ato sem a carta, este não é válido Mas pode ganhar validade se ato for referendado por um dos representantes incondicionais Se uma das pessoas competentes incondicionalmente assina o ato juntamente ao “incompetente” Ato é válido Art. 8º da convenção de Viena Licitude e Possibilidade do Objeto Conteúdo de um tratado deve ser Lícito e Possível Ex.: Brasil não pode celebrar tratado com Uruguai sobre transporte de maconha (pois no Brasil é ilícito) Ex2.: Estado não pode celebrar tratado acerca da Lua (impossibilidade jurídica) Ex3.: Brasil não pode celebrar contrato de entrega de órgãos (ilicitude) Livre Consentimento Partes devem aderir por livre e espontânea vontade Contrato será nulo se eivado de vício (art. 52 e 53 da Convenção de Viena) Erro (induzido pela outra parte propositalmente) Corrupção Dolo (intenção de prejudicar o outro estado) TÓPICOS RELACIONADOS À CELEBRAÇÃO DO TRATADO Abertura e assinatura Abertura ocorre nas conferências Assinatura é o primeiro ato praticado Nas conferências Discute-se o conteúdo do tratado Elabora-se minuta com o conteúdo do tratado Coloca-se o tratado em votação Aprova-se o tratado com maioria dos votos 2/3 dos membros da conferência Se aprovado, é assinado pelo representante do Estado Em Estados que adotam procedimento unifásico Assinatura é suficiente para a conclusão deste Estados que adotam o procedimento bifásico (ex.: Brasil) Tratado ainda não está concluído Validação Dá-se pelo Congresso Nacional Após assinatura, tratado vai para o congresso Não há tempo pré-determinado para validação do contrato Validado pelo congresso, tratado segue para o presidente Que ratificará e publicará Dada por meio de Decreto Legislativo Ratificação Ato de natureza internacional Presidente comunica à sociedade internacional que o Congresso Nacional validou o tratado Já faz parte do tratado e pode cumprir as normas Decreto presidencial Publicação Ato de natureza interna Publicação no Diário Oficial da União Informa à sociedade nacional da existência e obrigatoriedade do tratado OBS.: procedimento estipulado determinará se é LO, LC ou Norma Constitucional RESERVA Ato, instituto utilizado pelo estado Quando vai aderir a um tratado internacional Não participa da abertura, da conferência, mas assina em momento posterior Reserva significa que quando o estado está aderindo ao tratado Pode não concordar com normas de determinado artigo Estado adere ao tratado, mas não adere a tal artigo, por contrariar normas de direito interno O ato de reserva é praticado e enviado aos Estados signatários Ato é comunicado ao depositário (ex.: Rio 92 – Comunica-se ao Brasil) Que notificará todos os signatários participantes do tratado Se os Estados concordarem com a reserva, o novo Estado passa a fazer parte do tratado, mas não estará vinculado à determinado artigo. Para os outros estados, o artigo determinado vincula, tendo obrigatoriedade de cumprimento Se todos não concordarem, o novo estado dó pode aderir se passar a concordar com todo o tratado. DENÚNCIA E RETIRADA Retirada Estado não quer mais fazer parte do tratado Comunica ao país depositário Que informará aos outros estados Que nada podem fazer Se respeita o prazo de 12 meses para sair definitivamente do tratado Para que cumpra obrigações assumidas em sua vigência Prazo pode ser diferente, caso disposto no tratado País pode voltar atrás da retirada Mas ou outros Estados devem concordar Denúncia Estado viola norma, e prejudica outro integrante do tratado País prejudicado denúncia e se retira do tratado Outras Estados podem concordar, ou não Se concordarem, podem também sair do tratado Prazo de 12 meses deve ser respeitado (podendo ser diverso se disposto no tratado) Para o cumprimento de obrigações, pendências, adquiridas durante a permanência no tratado DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Finalidade de assegurar segurança jurídica internacional Ganhou força após a 2ª Guerra Mundial Mas surgiu nos primórdios dos tempos Desde as guerras do Império Romano, etc. Intuito de pôr fim ao tribunal de exceção Ato era praticado e não havia norma para disciplinartal ação Embora existisse tribunais jurisdicionais Eram criados de exceção para solucionar aqueles conflitos Direito Internacional Privado surge para julgar atos relacionados à soberania Mas não exclusivamente relacionados a seu território Conceito Ramo do Direito Público Interno Formado pelo conjunto de normas de um estado soberano Para solucionar conflitos de lei no espaço Criadas pelo poder legislativo do Estado Para solucionar conflitos de lei no espaço Como ele é soberano, observará suas regras, não a dos outros Vários ordenamentos soberanos podem ser aplicados ao ato praticado Regras direcionam o juiz nacional do Estado que está julgando para a solução do conflito Objetivo Dirimir os conflitos de lei no espaço Diante de caso concreto, juiz brasileiro pode se deparar com vários ordenamentos jurídicos Ex.: Ayrton Senna era brasileiro, morava em Mônaco, tinha bens em vários países e morreu em Milão. Qual o ordenamento jurídico aplicável? É aplicável o mesmo para todos os bens? Obs.: Normas de Direito Internacional Privado estão na LINDB a partir do art. 7º Deve levar-se em consideração 3 fatores Relação jurídica (qualificação) O caso concreto se refere a que? No caso de Senna, direito sucessório Elemento de conexão Qual norma da LINDB se refere ao direito aplicável? Peculiaridade entre a relação jurídica e o direito aplicável Pode ser: Pessoal (se referem à pessoa) Nacionalidade, domicílio Real (se referem à coisa) Local do fato, celebração de contrato Institucional Nacionalidade do local onde foi praticado Território de fato ou estendido (embarcações, aeronaves...) Princípio da territorialidade e da extraterritorialidade Direito aplicável O que está previsto na norma Por exemplo, art. 7º da LINDB: "A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família." Relação jurídica: início e fim da personalidade, nome, capacidade, Direito de Família; Elemento de conexão: o domicílio da pessoa; Direito aplicável: a lei do país do domicílio da pessoa. Essa é a regra, pois os parágrafos do art. 7º trazem as exceções. Por exemplo, casamento entre X e Y na França, que vêm para o Brasil e se divorciam: Relação jurídica: Direito de Família; Elemento de conexão: em regra, o domicílio; (ELEMENTO PESSOAL) Direito aplicável: em regra, seria o do domicílio, mas existem algumas exceções constantes na LINDB. Estrangeiros que se casam no Brasil A relação jurídica será o Direito de Família (casamento). O elemento de conexão, em regra, nesses casos, é o domicílio. O direito aplicável será o do país em que forem domiciliados os nubentes. Todavia, se possuírem domicílios diversos, será o do primeiro domicílio do casal. Art. 7º da LINDB: § 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. Relação jurídica: Direito de Família (formalidades da celebração do casamento e impedimentos dirimentes); Elemento de conexão: local de realização do casamento (local do ato); (ELEMENTO REAL) Direito aplicável: lei brasileira (Código Civil). § 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. Casamento de estrangeiros realizado em território brasileiro Estrangeiros noivos, desde que tenham a mesma nacionalidade Podem celebrá-lo no consulado do país de origem dos nubentes Estarão sujeitos às regras do país deles). Ex.: Se o país estrangeiro admitir o casamento a partir de 12 anos, o casamento, a despeito de ser realizado no Brasil, será possível; Se possuem nacionalidades diferentes e casam no Brasil Será aplicável a lei brasileira § 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. Ex.: Se descobre que o outro cônjuge já era casado e pretende invalidar o matrimônio. Se tiverem mesmo domicílio O juiz brasileiro aplicará a lei do domicílio (regra do "caput"). Se possuírem domicílios diversos Será a aplicada a lei do primeiro domicílio do casal. § 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. Relação jurídica - Direito de Família. Ex.: X mora nos Estados Unidos, Y mora na Alemanha, se casam na França e vêm morar no Brasil. No que diz respeito ao regime de bens, qua o direito aplicável? R: O primeiro domicílio conjugal (Brasil). Se ambos eram domicilados na Alemanha, se casam na França e vêm residir no Brasil depois de casados O direito aplicável será o da Alemanha. Ex: casei, vou morar aonde? Essa lei que será aplicada. § 5º O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. Estrangeiro casou e se naturaliza brasileiro, ele poderá optar pelo regime da comunhão parcial (previsto pela lei brasileira como regra, pois a adoção de qualquer outro depende de pacto antenupcial), desde que haja consentimento do juiz. § 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. Esse artigo traz duas situações. Se o divórcio for realizado no estrangeiro, somente será validade após 1 (um) ano. Contudo, as partes interessadas devem pedir a homologação dessa sentença (que decretou o divórcio) no Brasil, perante o STJ (órgão responsável por homologar as sentenças estrangeiras*). Sentenças estrangeiras são as proferidas pelo Estado-juiz de outro país. Sentenças internacionais são aquelas que tem validade em todo o território nacional, pois proferida por um tribunal jurisdicional (por exemplo, Corte Internacional de Justiça, Corte Interamericana de Direitos Humanos, Tribunal Penal Internacional, etc). Estas são IRRECORRÍVEIS. Obs.: O TPI pode julgar indivíduos (pessoas físicas), diferentemente da CIDH, que somente pode julgar países (pessoas jurídicas de direito público interno). Obs2.: No Brasil, não há mais o instituto da separação. Logo, se houve a separação no país estrangeiro, aqui valerá como divórcio. § 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. Obs.: Não há mais curatela, pois os absolutamente incapazes são apenas os menores de 16 anos (Estatuto das Pessoas com Deficiência), salvo se houver uma decisão judicial estabeçecendo a curatela, que estará restrita aos atos da vida civil (patrimoniais e econômicos). § 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. Relação jurídica (qualificação) - Direito de Família Deve ser observado o art. 7º. Se estiver relacionado a outras qualificações Devem ser observados os seguintes artigos: Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. Relação jurídica: Direito Real (ou "das coisas"); Elemento de conexão: local em que situado o bem móvel ou imóvel; (ELEMENTO REAL) Direito aplicável: lei do paísem que estiverem situados. § 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares. Exceção à regra do art. 8º Somente aplicável aos bens móveis (por exemplo, um alemão está andando em território brasileiro com bens móveis e, por algum motivo, há algum processo relativo à qualificação destes). O direito aplicável será o do domicílio dele (do proprietário). § 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada. Independentemente de a quem pertence o bem empenhado Observa-se o domicílio da pessoa que está com a coisa (possuidor) Não o do proprietário. Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem. Relação jurídica: Direito das Obrigações; Elemento de conexão: local da realização do contrato (independentemente de onde as pessoas residem); (ELEMENTO REAL) Direito aplicável: lei do país em que foi constituído. Por exemplo, X mora no Brasil e Y na Inglaterra, mas celebram um contrato (constituem uma obrigação na Alemanha): será aplicável a lei da Alemanha. § 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. Se a execução for realizada no Brasil e exige forma essencial Em relação a esta será aplicável a lei brasileira Mas, no que diz respeito à regência da obrigação Será aplicável a lei de onde foi constituída. Por exemplo, X e Y contraem obrigação nos Estados Unidos, na qual este se compromete a cuidar do aras daquele, mas, para cumprir essa obrigação no Brasil, há diversas exigências (pagamento de salário, de despesas veterinárias, etc). No que diz respeito a essas formalidades (por exemplo, direitos trabalhistas), será aplicável a lei brasileira. Relativamente à obrigação em si (obrigação de fazer), será aplicável a lei estrangeira. Ex: Paulo e João estão na França, João quer empreender e vai constituir um aras. João diz a Paulo que vai celebrar um contrato e ele ficará responsável pelo aras, mas para essa obrigação começar a ser executada precisa de uma forma essencial que é justamente a execução desse aras. No que diz respeito a constituição do aras - aplica-se a lei brasileira No que se refere a celebração de contrato - aplicar-se-á a lei francesa Ex: a França determina que esse aras tenha x metros de extensão, x hectares, tudo isso será regido pela lei francesa, mas o que diz respeito à constituição do aras (forma essencial), será aplicada a lei brasileira. § 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. Obrigações celebradas entre ausentes (por exemplo, mundo virtual). Nesse caso, observa-se a lei do país de quem fez a proposta, se a outra parte concordar com esta. Contudo, se fez uma contraproposta (por exemplo, aceita com as condições de X, Y, Z), observa-se o local desta. Ex: obrigações celebradas por email. Onde esse contrato foi constituído? João na França e Paulo na Alemanha ou no Brasil. Onde se dará a constituição dessa obrigação (art. 8º)? DE QUEM PARTIU A PROPOSTA! Normas qualificadoras . Se Paulo recebe a proposta de João e faz uma contra proposta e essa contra proposta é aceita, A OBRIGAÇÃO VAI SE DAR COMO CONSTITUÍDA NO PAIS ONDE RESIDE PAULO. A contra proposta serve como uma nova proposta. Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. Relação jurídica: Direito Sucessório; Elemento de conexão: domicílio do falecido ou desaparecido; Direito aplicável: lei do país em que o falecido ou desaparecido era domiciliado. Essa regra independe da localização dos bens e é aplicável tanto à abertura da sucessão como à partilha dos bens. QUALQUER QUE SEJA A NATUREZA OU SITUAÇÃO DOS BENS Ex: Ayrton Senna tinha bens em vários lugares do mundo, morava em Londres e morreu na Itália. A abertura da sucessão vai ocorrer na Itália, no local do fato, mas qual é a lei a ser aplicada? A do domicílio, a lei de Londres. Independente da qualificação, se é móvel ou imóvel e de onde estão situados. § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. Por exemplo, caso do Ayrton Senna. Ex: Mick Jegger, da Inglaterra, vem para o Brasil e fica com Luciana Gimenes. Morrendo Mick Jegger, qual será o direito aplicado com respeito à sucessão? A lei da Inglaterra (domicílio do de cujus), independente da situação dos bens Mas os bens situados no Brasil, qual é a lei aplicada? A lei brasileira, desde que seja mais benéfica que a lei da Inglaterra. Só será aplicada a lei brasileira para os bens situados no Brasil se a lei brasileira for mais benéfica do que a lei estrangeira. § 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. Independentemente de onde mora o testador ou de onde este faleceu, observa-se a lei do domicílio do herdeiro ou do legatário no que diz respeito à sua capacidade. Quem é o herdeiro? Tenho capacidade de herdar, para receber testamento? É a lei do meu domicílio que vai determinar. Ex: Mick Jegger tem um filho no Brasil com Luciana Gimenes, mas mora na Inglaterra. Seu filho tem capacidade para receber a herança? No Brasil - vai analisar a lei de cada um dos filhos de Mick Jegger pra ver se eles tem capacidade Ex: Mick Jegger tem um filho adotivo e a lei onde está localizado esse filho adotivo não permite. O direito brasileiro é obrigado a aceitar essa lei. A lei do domicílio do herdeiro vai determinar se ele tem ou não capacidade para suceder. Ex: Os indivíduos casaram-se na França, a esposa tinha 13 anos. Ela tem capacidade para expressar a sua vontade? Estão no Brasil, mas moravam na França. Qual é o direito aplicado para anular esse casamento? Lei do domicílio da pessoa. Se mora no Brasil a lei é brasileira, se mora na França a lei é a francesa. - Qual lei será aplicada para saber se no momento da celebração do casamento essa criança era capaz ou não? LEI FRANCESA Se a lei francesa determinar que a partir dos 13 anos pode casar, então o casamento é válido. A LEI DO DOMICÍLIO DA PESSOA será aplicado aos casos que se referirem a: Personalidade (início e fim; nome, direito de família e capacidade) ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS Personalidade Jurídica Internacional derivada – criada pelo Estado Instrumento de criação - Carta constitutiva Pós Segunda Guerra Mundial (ONU) Liga das Nações Fracassou, pois os EUA não participaram OIT – Criada em 1919 Ainda existe Com a criação de organizações internacionais Estados transferem poderes para estas Atendendo o fim a todos os Estados Pois deles é derivada Finalidade Não extrapolar a lei Mitigação do exercício de soberania Quando o Estado adere à carta Criada conforme a necessidade Global – Toda a sociedade internacional Geral – Tratar de vários assuntos Regional – Atende somente os continentes Específico – Fala de determinado assunto Depende da finalidade com que está sendo criada Transferência de necessidades para a organização Atribuindo poderes a esta Padronização de procedimentos normativos Criação de um órgão conflitos ou controvérsias entre os membros Toda organização deve ter: Assembleia Geral Representa membros da organização Conselho permanente/segurança Apenas alguns membros Ex.: apenas 15 na ONU Órgão jurisdicional Composto por juízes Não podendo ter 2 de mesma nacionalidade Secretaria geral Função executiva ONU Criada em 1945 (Carta de São Francisco) Por 5 países EUA, Rússia, China, França e Inglaterra Atualmente integrada por 193 países Finalidade Segurançainstitucional Manutenção da paz internacional Convidados não tem direito de voto Decisões tomadas por 2/3 dos MEMBROS (determinado pela carta constitutiva) Assembleia geral Finalidade de administrar os trabalhos Qualquer assunto, exceto os do conselho de segurança Conselho de segurança 15 membros 5 permanentes 10 convidados Rotativos de 2 em 2 anos Decisão deve ter 3 votos favoráveis dentre os 5 permanentes Todos têm direito de veto Conselho econômico e social (relatório) Conselho de tutela Nunca foi utilizado Praticará atos de soberania do Estado Quando este estiver passando por algum problema Corte Internacional de Justiça 15 juízes de nacionalidades diferentes Indicação feita pelos Estados Com crivo da assembleia geral Aprovação por maioria absoluta Mandato de 8 anos Podendo haver reeleição
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