Buscar

grafismo- psic construtivista

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP
CURSO DE PEDAGOGIA
ETAPAS DO GRAFISMO
Campus Pinheiros/ SP
2019
Sala 84
Sumário
11.	Introdução	�
22.	Desenhos coletados e suas respectivas análises	�
22.1 Análise 1	�
42.2 Análise 2	�
62.3 Análise 3	�
82.4 Análise 4	�
102.5 Análise 5	�
122.6 Análise 6	�
142.7 Análise 7	�
163. Conclusão	�
184.	Anexos..	�
�
�
INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresentado a disciplina de psicologia construtivista discute as relações da criança com o desenho. Iremos abordar durante todo o trabalho os seguintes autores: George-Henri Luquet (1969), Viktor Lowenfeld (1976) e Jean Piaget (1976), com as suas respectivas fases do grafismo infantil.
Luquet, distingue quatro fases do grafismo, sendo elas: realismo fortuito, realismo fracassado, realismo intelectual e realismo visual. Lowenfeld, desenvolve também fases para estudar o grafismo infantil, ele relaciona quatro dessas fases sendo: o 1° estágio- rabiscação desordenada ou garatuja, dentro desse mesmo estágio há ainda a rabiscação longitudinal e a rabiscação. já o segundo estágio trata-se sobre: figuração pré - esquemática, o terceiro figuração esquemática e por fim o quarto estágio – figuração realista. Diferente dos autores citados, Piaget afirma que as crianças passam por cinco fases, a primeira delas é a garatuja, que se subdivide em: garatuja desordenada e garatuja ordenada (sensório motora), a segunda fase é a pré-esquematismo (pré-operatória), a terceira é chamada de esquematismo (operatório concreto), a quarta é do realismo (ao final do operatório concreto) e a quinta é do pseudo naturalismo (operatório formal).
O ato de desenhar é uma forma que a criança encontra para simbolizar algo ou simplesmente divertir-se. A partir do grafismo é possível compreender a percepção do eu, do outro e do mundo, mediante as representações simbólicas impressas nos desenhos infantis. Esse é um meio de comunicação importante não só para psicólogos e psicopedagogos, mas também para a comunicação familiar, independente da fala verbal, já que é através do desenho que a criança cria e recria formas expressivas onde integra a imaginação e a realidade. Além disso, conhecer todas as etapas do desenvolvimento do grafismo é fundamental para avaliar e fazer intervenções pedagógicas, a fim de ajudar na construção de valores e conhecimento, ao longo de todo processo. 
 Iremos apresentar uma análise crítica sobre o papel do desenho em cada faixa etária, levando em consideração não só o papel teórico fundamental, mas a práxis educacional e pedagógica, isto é, a relação harmoniosa entre o conhecimento teórico e a prática de ensino. Que a educação seja, de fato, transformadora para os indivíduos pela construção de uma sociedade crítica e criativa.
DeSENHOS COLETADOS E SUAS RESPECTIVAS ANáLISES
 2.1 Análise 1
Produção Infantil de uma criança do sexo masculino- Dan, 2 anos 
2.1.1 Segundo Luquet
Sua teoria baseou-se no realismo, por volta dos 2 anos de idade a criança está no realismo fortuito, esse dividido em duas etapas: o desenho involuntário e o desenho voluntário. No desenho involuntário a criança começa a garatujar (rabiscar) naturalmente ou com a intenção de imitar os adultos ao observar eles escreverem. Na etapa voluntária, a criança começa a notar semelhanças entre seu rabisco a algo que já conhece e começa a nomear os desenhos.
Ao analisarmos o desenho acima, podemos identificar que o menino chamado de “Dan” se encaixa no período de realismo fortuito involuntário, na qual, realiza rabiscos involuntários, sem a intenção de fazer uma imagem, mas unicamente um traçado criando linhas. Nessa fase a criança está visando o prazer pelo movimento.
2.1.2 Segundo Lowenfeld 
Lowenfeld nos ajuda a entender e observar o desenvolvimento da criança, embora o mesmo acredite que não é fácil identificar a transição das etapas, pois não ocorre da mesma maneira para todas as crianças. Segundo ele, a primeira etapa é nomeada como “Estágio das Garatujas” que ocorre de 1 a 4 anos de idade, esse estágio é dividido em três fases: a primeira fase é a garatuja desordenada, nessa etapa a criança rabisca sem uma finalidade e sem controle de uma forma desordenada, segura o lápis de várias maneiras, inclusive com as duas mãos alternadamente. A segunda fase é chamada é a Rabiscação longitudinal , na qual, aos poucos a criança passa a entender seus movimentos e organizar os seus traçados, estabelece a coordenação visual-motora, indo do rabisco para as formas controladas surgindo no meio dos rabiscos, inícios de símbolos, aparecendo formas fechadas, trações retos e bolinhas. Terceira fase é de rabiscaçãoque ocorre quando a criança verbaliza nomeando seus traços, demonstrando mudanças de pensamento e criando histórias aos seus desenhos. 
A criança objeto deste estudo recebeu a folha de papel sulfite e um pote de giz de cera, em seu desenho vemos que a criança não apresenta coordenação motora madura, porém já consegue riscar a folha em movimentos curtos e repetitivos. Portanto, levando em conta as pesquisas de Lowenfeld o menino se encontra na fase da Garatuja ordenada.
2.1.3 Segundo Piaget 
Para Jean Piaget, de 0 a 2 anos de idade a criança está na fase sensório motora, na qual os reflexos hereditários transformam-se em esquemas de conhecimentos entre eles sugar e pegar, começando a ter noção do espaço ao engatinhar, segundo Piaget construindo assim uma inteligência prática que vem antes da linguagem. Com 24 meses tem noção da existência dos objetos e começa a procura-los até acha-los, realizando a diferenciação entre objetos e o próprio corpo e como está descobrindo o mundo pelos seus sentidos (tato, olfato, visão, paladar e audição), fica fascinada com o resultado do que ela faz no papel, a figura humana nessa fase é inexistente ou imaginaria e as cores tem um papel secundário, sendo a parte principal um contraste, pois não há intenção.
2.2 Análise 2
Produção Infantil de uma criança do sexo feminino- Bê, 4 anos.
2.2.1 Segundo Luquet
Luquet dividiu as etapas gráficas em Realismo Fortuito, Realismo Falhado, Realismo intelectual e realismo visual. Realismo Fortuito é a fase inicial da produção gráfica, o prazer é o ponto principal que faz a criança desenhar, aos poucos ela vai percebendo que ao desenhar está construindo uma simbologia, relacionando algo desenhado com algum objeto. O realismo falhado é quando a criança chega ao desenho propriamente dito, quer ser realista mas a sua intenção choca-se com obstáculos gráficos e psíquicos, que dificultam a sua manifestação. Já o realismo Intelectual é a fase mais avançada para as crianças, pois elas conseguem transmitir os princípios da realidade através do desenho. No período do realismo Visual se consolida todas as outras fases, portanto, a criança cria um desenho a partir da ligação da realidade, com aspectos culturais e suas experiências. 
De acordo com as pesquisas de Luquet a menina chamada de “Fê” encontra-se na fase do realismo falhado, visto que, ela constrói elementos, mas não consegue organizá-los, o sol está na altura da pessoa, ou seja, ela ainda não consegue representar as distâncias e o local real de cada objeto.
2.2.2 Segundo Lowenfeld
 
O desenho em questão está no primeiro estágio, na fase de Rabiscação, aonde a aparição da fabulação se inicia, mostrando toda sua criatividade e invenção. Aqui a criança, dá nome a seus desenhos e traça o que imagina e o que viveu, através de uma linguagem plástica carregada de simbolismo. A figura humana já é perceptível, ela fecha os seus traços para formar braços, pernas, cabeça, de modo que esses são para abraçar, caminhar e pensar. Elas reconhecem para que servem os desenhos.
2.2.3 Segundo Piaget
Para Piaget a criança desenha menos o que vê e mais o que sabe. Ao desenhar ela elabora conceitualmente objetos e eventos. Daí a importância de se estudar o processode construção do desenho junto ao enunciado verbal que nos é dado pelo indivíduo, no Estágio Pré-Esquemático (4 – 7 anos) as crianças evoluem para imagens reconhecíveis, a criança desenha o que sabe do objeto mais não uma representação visual absoluta.
2.3 Análise 3
 Produção infantil de uma criança do sexo masculino- Lipe, 6 anos.
2.3.1 Análise Luquet
Ao analisarmos o desenho acima podemos notar que o menino em questão está no período chamado de “Realismo Intelectual", segundo Luquet. Nesse momento a criança representa objetos pelo seu conhecimento intelectual, pois seu entendimento vai além do concreto, isto é, que podem ser vistos por ela ou não. Mesmo que não enxergue o alvo do seu desenho, ela traz para consigo todos os elementos reais no grafismo, desenhando tudo o que já está internalizado em si, tudo o que já sabe e conhece. Esse momento, é onde as crianças adquirem maior coordenação motora, conhecimento sobre as figuras, começando a desenhar o objeto como realmente o vê, deixando-o mais parecido com o desenho adulto. No desenho de Lipe, vemos que ele utilizou sua imaginação, para desenhar o “Jardim do Éden", de forma que ele associou a figura de sua realidade com a figura imaginária. 
 2.3.2 Análise Lowenfeld
Segundo Lowenfeld, o garoto se encontra na fase pré-esquemática, esse estágio se inicia por volta dos 4 anos e pode se estender até os 7 anos de idade. A criança que se encontra nessa etapa, apresenta as primeiras tentativas de representação real, a mesma desenvolve a consciência, da forma e transmite isso pela imagem dos seus desenhos, embora as figuras ou objetos apareçam ainda de forma desordenada, podendo haver variações consideráveis nos seus tamanhos. 
2.3.3 Análise Piaget
Segundo Piaget, dentro da fase pré-operatória, aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade, portanto, podemos constatar que Lipe se encontra no estágio pré-esquemático. Essa descoberta para a criança, parte das suas emoções, onde seus traçados ou cores, não têm relação com características reais, apenas utilizam da sua imaginação para desenharem. É quando a criança começa a exprimir fantasias e desenham desde objetos diferentes, até coisas da sua própria imaginação, deixando-os dispersos e sem relação uns com os outros. 
2.4 Análise 4
Produção infantil de uma criança do sexo feminino- Mel, 08 anos. 
2.4.1 Segundo Luquet
De acordo com Luquet o desenho acima representa a quarta etapa, nomeada como “Realismo Intelectual”. Nessa fase a criança desenha e representa o que vê no dia a dia. Como no desenho de Mel: o sol, as nuvens, árvore, animais etc. Ela já consegue transmitir todos os princípios da realidade, pois sua intelectualidade vai além do concreto, isto é, que podem ser vistos por ela ou não, assim sendo, a menina conseguiu representar distâncias, profundidade e posições. O período do realismo intelectual não deve ser visto de uma maneira rígida, devemos levar em conta a qualidade própria de cada criança e suas experiências vividas.
2.4.2 Segundo Lowenfeld
Na visão de Lowenfeld, a criança passa por três fases, onde a 3º etapa é caracterizado por “Figuração Esquemática”, na qual, inicia-se por volta dos 7 anos e se estende até os 9. Neste período as crianças já conseguem fazer relações de referências socioculturais, para desenharem casas, pessoas, animais, a natureza etc. Ou seja, neste estágio a criança cria um sentido através dos seus desenhos, que por sua vez, cada um está no seu lugar e no seu espaço seguindo uma ordem correta. Lowenfeld pontua que a criança desenha sobre uma linha de base que serve para sustentar seus desenhos, seria o chão, onde ela poderá colocar tudo o que quiser sobre ele, como podemos observar o desenho acima tem essa estrutura, na qual, os elementos ficam organizados ao invés de flutuando como em algumas etapas anteriores. 
A criança expressa através do grafismo suas ideias de mundo, porém, não procuram desenhar com os elementos reais de seu dia-a-dia e nem têm o interesse de copiá-las, podendo compreender que ela busca descrever os significados em mínimos detalhes por ser uma representação simbólica esquemática.
2.4.3 Segundo Piaget
A criança que produziu o desenho faz parte da terceira fase conhecida como esquematismo, na qual, está relacionada ao desenvolvimento estágio das operações concretas, que ocorrem dos 7 anos e podem chegar até os 10 anos. Dentro dos esquemas representativos, começa a construir formas diferenciadas para cada categoria de objeto. Nesta etapa surgem duas grandes conquistas: o uso da linha de base e a descoberta da relação cor objeto.
2.5 Análise 5
Produção infantil de uma criança do sexo masculino- Tutu, 10 anos. 
2.5.1 Segundo Luquet
Este desenho se encaixa na fase do Realismo intelectual, a criança ainda desenha com imperfeições, porém, já trazendo aproximação da realidade, desta forma, conseguindo expressar o objetivo do desenho e externando as características desenvolvidas. 
 Nesta fase a criança começa a desenvolver o modo de raciocínio, e usa a ferramenta que seria o desenho de forma em que ela consiga expressar tudo aquilo que sente, relacionados ao emocional e o racional, ou seja, cada risco das figuras são esclarecidas de forma intencional, mecanismo no qual ela se baseia em suas idéias lógicas interiores. 
Um dos fatores que mais influenciou está criança são os fatores externos, ou seja, todo o ambiente social em que ela vive tem um peso considerado sobre o desenho que ela projeta. Em vista disso, podemos recordar que o menino explicou verbalmente o que seria seu desenho, ele disse que se tratava de um prédio visto no centro de São Paulo durante um passeio com sua mãe.
2.5.2 Segundo Lowenfeld
 De acordo com os estudos realizados por lowenfeld, a criança chamada de “Tutu” encontra-se na fase da figuração realista, na qual, consegue desenhar tudo o que vê e também o que pode imaginar, no intuito de mostrar em seus desenhos distância, altura, tamanho, profundidade, parâmetros e posições.
Mesmo tendo a consciência do que está fazendo e de suas imperfeições, para o autor a criança diz não saber desenhar, por se sentir envergonhada e decepcionada. Por esse motivo, o professor deve incentivar o aluno a desenhar, de modo que, não se rompa a criatividade e a vontade de vivenciar experiências relacionadas a arte.
2.5.3 Segundo Piaget
 De acordo com Piaget a criança está na fase do realismo, ao final do estádio das operações concretas, sendo assim, já consegue distinguir o sexo dos personagens desenhados, abandonam a linha de base que é encontrada na fase do Esquematismo e aderem às formas geométricas, na qual aparecem com maior rigidez e formalismo.
2.6 Análise 6
Produção infantil de uma criança do sexo feminino- Vivi, 12 anos. 
2.6.1 Segundo Luquet 
Segundo a concepção de Luquet, a garota está na fase do realismo visual, na qual, ocorre geralmente por volta dos 12 anos, mas os elementos característicos começam a surgir bem antes. Desta maneira, a criança abandona as estratégias utilizadas anteriormente e os desenhos passam a representar uma nova concepção, os detalhes ganham significado e finalidade, além disso, a fantasia é deixada de lado passando a representar a realidade.
Esse período também é marcado pela entrada da adolescência, consequentemente, há um aumento do olhar crítico no sujeito e o desenho passa a simbolizar a personalidade e os princípios de cada pessoa. Portanto, observa-se uma nítida passagem a um novo modo de desenhar. 
2.6.2 Segundo Lowenfeld
A criança objeto de estudo desempenha as funções da quarta fase do desenho, chamada de figuração realista. A consciência da analogia entre a forma desenhada e o objeto representado se afirma. Nessa fase, a criança organiza seus desenhos, a representação das figuras humanas evolui em complexibilidade e organização. 
 2.6.3 Segundo Piaget 
De acordo com as análises de Piaget a criançase encontra no estágio Pseudo Naturalista, na qual, faz parte do estádio operatório formal (11 anos em diante). Nos desenhos aparecem muito o realismo, a objetividade, a profundidade, o espaço subjetivo e o uso consciente da cor. Nessa fase o indivíduo transfere para o papel suas inquietações e angústias, característica do início da adolescência. Deste modo, podemos observar que a menina representa em seu desenho o vestido desejado para usar em sua festa de 15 anos, expressou através dos elementos um sentimento de desejo e de sonho efetivo.
2.7 Análise 7
 Produção infantil de uma criança do sexo masculino- Teteu, 15 anos. 
2.7.1 Segundo Luquet
As pesquisas de desenvolvidas por Luquet discutem as relações do grafismo até os doze anos de idade, na qual, já apresenta características do período realista visual. O desenho em questão foi produzido por um adolescente de 15 anos, por isso, podemos observar que há traços diferentes quando comparado as fases anteriores. Nessa idade perde-se o humor que a criança tem e tende a se juntar com as produções adultas, desta forma, o desenho infantil chega ao fim, ocorrendo o empobrecimento e o enxugamento do grafismo.
2.7.2 Segundo Lowenfeld
O desenho representa a fase da figuração realista, onde a criança apresenta-se mais detalhista, trazendo por meio dos traços tudo aquilo que vê, como também percebe-se como indivíduo integrante de uma sociedade, iniciando-se a partir daí a exploração de seus pensamentos a respeito do mundo. Para Lowenfeld, essa fase é caracterizada como idade da “turma”, pois por meio dela é identificado que é possível realizar-se tarefas conjuntamente. Contrariando a fase pré-esquemática, para Lowenfeld, a criança nesse estágio realiza a distinção dos tamanhos dos objetos, como também faz utilização das sombras para dar acabamento, mas principalmente para distinguir o claro do escuro, e a figuração humana é diferenciada pelos sexos. 
2.7.3 Segundo Piaget
Por fim, a partir dos 12 anos, Piaget retrata o estágio pseudo naturalista. Nessa fase a criança já elaborou o conceito de formas e seus desenhos são expressivos, nela as crianças possuem operações mentais que processam- se em resposta a objetos e situações existentes, por meio disso a criança consegue compreender o maior do menor, direita da esquerda, alto do para o mais largo. Além disso, é desenvolvida a empatia, retratando a capacidade de se colocar no ponto de vista do outro. A arte passa ser optativa e não mais como atividade espontânea, ou seja, há grande desistência nessa fase do desenvolvimento. A partir daí inicia-se a investigação da personalidade, transpassando para o papel suas inquietações e angústias, característicos da adolescência. 
3. conclusão
A ação de desenhar não se trata apenas de um gesto prático aleatório, cada movimento tem um significado simbólico, por essa razão o desenho infantil foi objeto de estudo de vários pesquisadores. O grafismo é uma forma de comunicação desde o início da humanidade, como, por exemplo, a arte pré-histórica foi a manifestação cultural dos homens da pré-história, desenhos, símbolos, riscos etc, nas paredes das cavernas, eram utilizados como meio de comunicação.
Desta maneira, o desenho deve ser visto como um meio que a criança usa para se comunicar e expressar, de modo que, inicia no imaginário e chega ao real, Através do desenho as crianças experimentam ideias, pensamentos e emoções, descrevendo o mundo a partir das relações estabelecidas com o meio em que vive e as pessoas que estão ao seu redor.
No início, o que se vê é um emaranhado de linhas, traços leves, pontos e círculos, que, muitas vezes, se sobrepõem em várias demãos. Poucos anos depois, já se verifica uma cena complexa, com edifícios e figuras humanas detalhados. O desenho acompanha o desenvolvimento dos pequenos como uma espécie de radiografia.
Portando, cada faixa etária analisada apresentou diferentes características de grafismo, diante disso, surgiu a reflexão sobre o quanto deixamos passar despercebido os desenhos e não paramos para olhar uma obra de arte feita por uma criança. Sendo que, podem ser retiradas tantas informações importantes desde os rabiscos até obras mais elaboradas, na qual, impulsionam seu desenvolvimento cognitivo e expressivo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LOWENFELD, Victor & BRITTAIN, W. Lambert. O desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
LUQUET, G. H. O desenho infantil. Porto: Ed. Do Minho, 1969.
PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1969.
 
ANEXOS:
Autorização 1: Análise 1- “Dan”, 2 anos.
Autorização 2: Análise 2- “Bê”, 4 anos.
Autorização 3: Análise 3- “Lipe”, 6 anos.
Autorização 4: Análise 4- “Mel”, 8 anos.
Autorização 5: Análise 5- “Tutu”, 10 anos.
Autorização 6: Análise 6- “Vivi”, 12 anos.
Autorização 7: Análise 7- “Teteu”, 15 anos.

Continue navegando