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www.biologiatotal.com.br IMUNOLOGIA DAS MUCOSAS RESUMO DA AULA • Embora até agora tenhamos utilizado como exemplo os tratos respiratório e digestório, o trato urogenital, a cavidade oral, a faringe, o ouvido médio e as glândulas associadas a esses tecidos, como glândulas lacrimais e salivares, possuem papel importante na defesa do nosso organismo, atuando como elementos do sistema imunológico de mucosas. Além disso, a glândula mamária das lactentes também faz parte do sistema imunológico de mucosas. Características do sistema imunológico de mucosas Aspectos anatômicos Interações íntimas entre o epitélio mucoso e os tecidos linfoides Compartimentos discretos de tecido linfoide difuso e estruturas mais organizadas, como placas de Peyer Mecanismos especializados de captação de antígenos, como as células M Mecanismos efetores Predominância de células T ativadas/de memória, mesmo na ausência de infecção Presença de múltiplas células T efetoras/reguladoras naturais ativadas Anticorpos IgA secretados Presença de microbiota distinta • Além das células T, plasmócitos são encontrados abaixo da camada epitelial. Estas células plasmáticas são especializadas em produzir e secretar anticorpos, especialmente o isotipo IgA. • Além das células da resposta imune adaptativa, outras células completam a formação do sistema imunológico de mucosas. Na lâmina própria são encontradas células apresentadoras de antígenos (APC), as quais contribuem para a vigilância das mucosas, internalizando antígenos e os apresentando às células T. Placas de Peyer • Uma estrutura especializada encontrada abaixo do epitélio do intestino delgado, em especial no íleo. • Nas placas de Peyer são observadas zonas de células T e folículos repletos de células B. Por ser um importante componente dos órgãos linfoides secundários, nas placas de Preyer se cria um ambiente propício para a ativação de uma resposta imune adaptativa www.biologiatotal.com.br MECANISMOS DE CONTROLE DA RESPOSTA IMUNE • As células T auxiliares têm papel essencial no controle da resposta imunológica. O que fazer quando não há patógeno? • Na ausência de patógenos as células dendríticas produzem elevados níveis de uma citocina chamada TGF-β . Esta produção elevada de TGF-β, associada a reduzidos níveis das citocinas IL-6 e IL-23, sinalizará para que as células T CD4+ se diferenciem em células T regulatórias (Treg). • O sistema imunológico permanecerá a espera de um patógeno, e só após o reconhecimento de um antígeno estranho é que as células T CD4+ se diferenciarão em outro subtipo celular que não seja o Treg. Um patógeno foi recém apresentado a uma célula T CD4+ virgem • Uma célula dendrítica internaliza um microrganismo de vida extracelular, processa este patógeno e o apresenta a uma célula T CD4+ virgem. • A célula dendrítica produzirá elevados níveis das citocinas TGF-β, IL-6 e IL-23. • Ocorrerá a diferenciação da célula virgem em célula TH17. Esta célula TH17 produz elevados níveis da citocina IL-17 e sua função está relacionada com o recrutamento de neutrófilos na vigência de uma resposta contra certos patógenos, em especial bactéria de vida extracelular. Um microrganismo difícil de eliminar por fagocitose • Processo de apresentação antigênica se dá por células dendríticas, e o sinal de diferenciação para a célula T CD4+ seja feito por IFN-γ, as células T CD4+ virgens diferenciar-se-ão em células TH1. • Após a ligação da citocina IFN-γ com o seu receptor específico, através do fator de transcrição T-bet os linfócitos T CD4+ se tornarão células TH1. Entre outras citocinas e moléculas expressas na superfície celular, estes linfócitos TH1 produzem mais citocinas IFN-γ. Na vigência de infecção por helmintos • Em caso de infecções por helmintos os linfócitos T CD4+ virgens tendem a se diferenciar em células TH2. A • A ativação de células T CD4+ virgens associado à sinalização com a citocina IL-4, resulta na diferenciação em células TH2, através do fator de transcrição GATA-3. • Como resultado, este linfócito TH2 produz citocinas como a IL-4 e a IL-5 e sua função está relacionada com o recrutamento e a ativação de mastócitos, basófilos e eosinófilos na eliminação de helmintos. Além disso, a resposta padrão TH2 pode levar a troca de isotipo de imunoglobulinas secretadas por plasmócitos, resultando em uma maior produção de anticorpos da classe IgE. www.biologiatotal.com.br MEMÓRIA IMUNOLÓGICA • O sistema imunológico pode ser dividido em sistema imune inato e sistema imune adaptativo. Uma das principais características do sistema imune adaptativo é a formação de memória imunológica. Esta característica é responsável por fazer com que tenhamos um melhor desempenho em infecções já conhecidas. Evolução de uma resposta imune adaptativa com a eliminação de um patógeno e a formação de memória imunológica. Adaptados de Janeway’s Immnunobiology, Bed. (© Garland Science 2012) • A resposta primária, aquela em que pela primeira vez o sistema imunológico é solicitado a combater um agente patogênico, é importante porque é ela quem formará as células de memória. • Uma resposta secundária, ou seja, aquela em que o sistema imunológico encontra um antígeno previamente reconhecido, tende a ter seu pico de atuação mais rapidamente do que a resposta primária. Isso porque, diferentemente do que se observou na resposta primária, a resposta secundária já conta com um número de células de memória aguardando o encontro com o patógeno para sua ativação.
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