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RENAN RODRIGUES DE OLIVEIRA
DIREITOS SUCESSÓRIOS DOS FILHOS CONCEBIDOS "POST MORTEM”
Pré-projeto de pesquisa para a elaboração do Artigo Científico apresentado à Comissão de Pesquisa do Curso de Direito da Faculdade Integrado de Campo Mourão para a habilitação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Indicações de orientadora: 
Alexandre Queiroz Linhares
Alexandre Queiroz Linhares
Pré-Projeto de Pesquisa
ASSUNTO/TEMA
Direito Sucessório: Direitos sucessórios do filho concebido "post mortem"
DELIMITAÇÃO DO TEMA
Direitos que os filhos concebidos por inseminação artificial após a morte do genitor: seus benefícios e malefícios com base em pesquisas efetuadas na cidade de Boa Esperança - PR.
APRESENTAÇÃO DO TEMA (ABORDAGEM TEÓRICA) 
	
No ano de 1791 foi realizada a primeira inseminação artificial humana no mundo, pelas mãos do médico inglês John Hunter, que inseminou a esposa de um lord artificialmente utilizando-se dos sêmens de seu marido que, em face de uma deformidade não possuía condições de procriar. O procedimento obteve êxito e foi o primeiro reconhecido no mundo, de acordo com Barboza apud Henriques (2009, p. 6). Ao invés de elogios, foram muitas as críticas que o médico recebeu. No entanto, a primeira fertilização se deu entre os anos de 1944-1945, em que foi realizada a primeira tentativa de inseminação artificial. A paciente foi a Rainha D. Joana de Portugal, esposa de Henrique IV. Em 1978 nasceu à inglesa Louise Brown, o primeiro bebê nascido de proveta do mundo.
O ano de 1970 para o Brasil foi muito significativo, tendo sido o ano de inúmeras descobertas. Em 1974, houve o primeiro grandioso evento científico de reprodução humana realizado no Brasil. Em 1980 aumentaram-se as atividades inerentes à reprodução humana, haja visto a influência do êxito de Edwards com o nascimento de Lousie Brow.
Contudo, o presente trabalho visa demonstrar que, mesmo a inseminação artificial sendo aparentemente o meio mais para conceber um filho post mortem do doador, tem seus lados negativos, a partir dessa perspectiva, o projeto que se segue trata dos benefícios e malefícios a concepção dos filhos ávidos post mortem do pai, tanto para a criança, como para a mãe, demonstrando o que a lei determina, e demonstrando o que levam as pessoas optarem por esse método.
PROBLEMAS DE PESQUISA
1 – Quais os direitos dos filhos concebidos post mortem?
2 – Os filhos concebidos após a morte do pai têm direito á herança? 
3 – qual o prazo para ser utilizado o sêmen após a morte do doador?
HIPÓTESES
1- Ao regular o direito de filiação, o legislador, no inciso III do art. 1.597 do CC/02, regulamentou presunção de filhos concebidos na constância do casamento após a morte do seu progenitor: Art. 1.597 – Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
III– havidos, por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;
Dessa forma, o legislador pátrio avançou ao trazer no CC a presunção de paternidade dos filhos concebidos após a morte do progenitor, acompanhando o avanço da medicina no campo da reprodução assistida, garantindo, dessa forma, o direito de filiação dos filhos concebidos através de tal método. No entanto, esse avanço não ocorreu no que concerne aos direitos sucessórios desses filhos.
2 - A questão de herança repercute em uma situação atípica, há de se analisar a capacidade de herdar pela falta de regulamentação específica de lei. O art. 1.799 do Código Civil de 2002 preceitua que podem ser chamados a suceder: os filhos ainda não concebidos de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas ao abrir-se a sucessão; as pessoas jurídicas que sejam instituídas pelo testador na forma de fundação. O princípio da igualdade de filiação veda a discriminação quanto à criança, consagrando que os filhos são considerados todos iguais. O direito de herdar será o mesmo para todos os filhos, prevalecendo a igualdade, não podendo tolher os direitos do filho concebido post mortem.
3 - O mesmo deverá constar na declaração de vontade expressa pelo parceiro. Na ausência desses, cabe à mulher decidir, bem como no caso de autorização judicial, a qual concede o uso para procriação a qualquer tempo.
OBJETIVOS
Objetivo geral
- Demonstrar quais são os direitos dos filhos concebidos após a morte do genitor, bem como o código civil esclarece esta situação.
Objetivos específicos
1 – Esclarecer quais os requisitos para filiação dos filhos post mortem.
2 – Evidenciar as falhas que o Código Civil trás em relação aos direitos dos filhos concebidos após a morte do genitor.
3 – Identificar Quais possibilidades de direitos os filhos post mortem tem.
JUSTIFICATIVA
1 – Abordaremos este tema em virtude de os filhos concebidos por inseminação artificial post mortem. A legislação vigente é pouco avançada ao tratar do Direito Sucessório de um filho concebido após a morte, o que gera uma insegurança jurídica que se respalda em princípios inerentes ao Direito para dirimir tais conflitos. 
2 - A igualdade de filiação preconiza o tratamento isonômico a todos os filhos, bem como a dignidade da pessoa humana que veda qualquer discriminação, devendo todos ser tratados de modo igualitário, sendo defesa qualquer limitação ao filho concebido post mortem os novos métodos de concepção contribuíram para solucionar desacordos de questões no âmbito do Direito. 
3 - A legislação vigente é pouco avançada ao tratar do Direito Sucessório de um filho concebido após a morte do genitor, o que gera uma insegurança jurídica que se respalda em princípios inerentes ao Direito para dirimir tais conflitos. A igualdade de filiação preconiza o tratamento isonômico a todos os filhos, bem como a dignidade da pessoa humana que veda qualquer discriminação, devendo todos ser tratados de modo igualitário.
METODOLOGIA
Um dos tipos de pesquisa utilizado para o desenvolvimento será a pesquisa bibliográfica, através de estudos de livros, revistas e artigos. Segundo Gil (1999), a pesquisa bibliográfica é indicada a fim de proporcionar melhor visão do problema ou torná-lo mais específico ou, ainda para possibilitar a construção de hipóteses. Nesse caso, utiliza-se da pesquisa bibliográfica para poder conceituar adoção, seus requisitos e características, realizar uma pesquisa mais ampla e objetiva acerca do tema.
Outra forma será pesquisando profundamente sobre o Código Civil de 2002 observando o que ele dispõe sobre o tema, e verificando o posicionamento doutrinário em observância ao tema.
E por fim, será realizada uma pesquisa, com objetivo de obter dados, através de entrevista com a Mãe que efetuou a inseminação artificial na cidade de Boa Esperança- Pr. Por meios de perguntas e esclarecimentos ainda como psicológico do filho esta.
 Para entender a técnica da entrevista e sua utilização em um trabalho de pesquisa é fundamental conceituar e entender primeiramente o que é pesquisa, Rosa e Arnoldi (2006) e Luna (1988, p.71) referem-se à pesquisa como “uma atividade de investigação capaz de oferecer e, portanto, produzir um conhecimento novo a respeito de uma área ou de um fenômeno, sistematizando-o em relação ao que já se sabe”.
Gil (1999, p. 45), conceitua pesquisa como:
... procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. (...) A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimento científicos (...) ao longo de um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação dos resultados.
Pesquisa é, portanto, o caminho para se chegar à ciência, ao conhecimento. É na pesquisa que utilizaremos diferentes instrumentos para se chegar a uma resposta mais precisa. Abordando dados e informações no que tange os problemas enfrentados pelos casais, para conseguirem concretizar a inseminação,e ainda, se o resultado alcançado era o almejado.
Desta maneira, o referido trabalho, consistirá principalmente em estudos bibliográficos, contudo, será realizada uma breve pesquisa não estruturada, com os filhos nascidos de inseminação na Cidade de Boa Esperança- Pr, para que ao final desta análise possa-se ter uma melhor visão sobre o proposto desse trabalho. 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ação direta de inconstitucionalidade n. 3.510. Diário Oficial da União República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 29 mai. 2008. Disponível em:<http://www.stf.jus.br/portal/geral/verPdfPaginado.asp?id=611723&tipo=AC&descricao=Inteiro%20Teor%20ADI%20/%203510>. Acesso em: 01 nov. 2016.
BRASIL. Código Civil (2002). Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 01 nov. 2016.
BRASIL. Constituição (1988). Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 01 nov. 2016.
BRASIL. Resolução CFM nº 2.121/2015. Adota as normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida – sempre em defesa do aperfeiçoamento das práticas e da observância aos princípios éticos e bioéticos que ajudarão a trazer maior segurança e eficácia a tratamentos e procedimentos médicos – tornando-se o dispositivo deontológico a ser seguido pelos médicos brasileiros e revogando a Resolução CFM nº 2.013/13, publicada no D.O.U. de 9 de maio de 2013, Seção I, p. 119. Diário Oficial da União República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul. 2015.Disponívelem:<http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2015/2121_2015.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2016.
BRASIL. Resolução CFM nº 1.358/1992. Adota as Normas Éticas para a Utilização das Técnicas de Reprodução Assistida, anexas à presente Resolução como dispositivo deontológico a ser seguido pelos médicos. Diário Oficial da União República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 nov. 1992. Disponível em:<http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/1992/1358_1992.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2016.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro:6º v.: Direito das Sucessões. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
HENRIQUES, Fernanda de Borges. A repercussão da reprodução assistida post mortem e o direito de herança. 2009. 32 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Direito) – Pontifícia Universidade Católica, Rio Grande do Sul, 2009. Disponível em:<http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2009_1/fernanda_henriques.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2016.
GIL, Antonio Carlos, 1999. Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1999. 
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999. 202 p.
ROSA, Maria Virgínia de Figueiredo Pereira do Couto; ARNOLDI, Marlene Aparecida Gonzalez Colombo. A entrevista na pesquisa qualitativa: mecanismos para a validação dos resultados. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2006. 112 p.
LUNA, Sérgio V. de. O falso conflito entre tendências metodológicas. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 66, ago. 1988.
JUNIOR, Ruy Rosado de Aguiar. Jornada de direito civil. Brasília. 2007. Disponível em<https://www2.jf.jus.br/portal/publicacao/download.wsp?tmp.arquivo=1296>. Acesso em: 01 nov. 2016.
LEITE, Eduardo de Oliveira. Comentários ao Novo Código Civil, v. XXI: do direito das sucessões (arts. 1784 a 2027). Rio de Janeiro: Forense, 2003. 
LUCA, Caterina Medeiros de. O concebido post mortem no direito sucessório. 2010. 37 f. Artigo Científico (Pós-Graduação) – Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:< http://www.emerj.tjrj.jus.br/paginas/trabalhos_conclusao/2semestre2010/trabalhos_22010/caterinaluca.pdf >. Acesso em: 01 nov. 2016.
PEREIRA, Dirceu Henrique Mendes. A história da reprodução humana no Brasil. FEMINA. Vol. 39. Fevereiro 2011. 59-64 Disponível em: http://www.febrasgo.org.br/site/wp-content/uploads/2013/05/femina_v39n2_59-64.pdf>.Acesso em: 01 nov. 2016.
PINTO, Carlos Alberto Ferreira. Reprodução assistida: inseminação artificial homóloga post mortem e o direito sucessório. Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/textosjuridicos/879805>. Acesso em: 01 nov. 2016.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: Direito das sucessões. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
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DECLARAÇÃO
Eu Renan Rodrigues de Oliveira, acadêmico do curso de Direito Bacharel, sob RA: 10.0434-0, pela Faculdade Integrado de Campo Mourão – PR. Venho por meio de este declarar que o Sr. LEANDRO MOREIRA, professor da matéria de TCC (trabalho de conclusão de curso), pode assinar a lista de chamada desta matéria em minha ausência no dia 02 de Dezembro de 2016.
Por ser a expressão da verdade, firmo a presente declaração.
Boa Esperança - PR, 02 de Dezembro de 2016.
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Renan Rodrigues de Oliveira

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