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Sistema-Estomatognatico

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FISIOLOGIA DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
O Sistema Estomatognático é uma região anátomo funcional que engloba estruturas 
da cabeça, face, pescoço e base do tórax, que compreende estruturas ósseas, 
dentárias, musculares, glandulares, nervosas e articulares, envolvidas com a função 
da cavidade oral.
COMPONENTES DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO.
Os componentes do Sistema Estomatognático são divididos em dois grupos:
ESSENCIAS: Dentes, estruturas neuromusculares e ATM’s.
AUXILIARES: Estruturas ósseas, glândulas salivares, língua, musculatura orofaríngea.
FUNÇÕES DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO.
O Sistema Estomatognático (SE) abrange um conjunto de estruturas orais estáticas e 
dinâmicas, isto é, as partes duras (músculos, espaços orgânicos, nervos e vasos 
sanguíneos) que desempenham as Funções Neurovegetativas (FNV):
 Sucção;
 Mastigação;
 Deglutição;
 Respiração;
 Fonação.
Tais estruturas estão interligadas, de modo que se houver uma desordem em alguma 
delas, todas apresentarão uma desorganização ou desequilíbrio.
Embora as funções do SE amadureçam e mudem com o desenvolvimento do 
indivíduo, várias funções vitais já devem estar adequadas ao nascimento, tais 
como sucção, deglutição, respiração e, também, a coordenação entre elas.
Para que haja adequado crescimento e desenvolvimento craniofacial, há necessidade 
tanto de estímulos genéticos (tipologia facial, síndromes ou malformações faciais) 
como de estímulos externos (alergias, hábitos orais) oferecidos através da respiração, 
sucção (amamentação), deglutição e mastigação.
SUCÇÃO
É o meio pelo qual o bebê consegue tirar o leite do seio materno.
É uma função estomatognática inata do ser humano e de extrema importância para o 
seu desenvolvimento. A sucção é um reflexo de alimentação, rítmico e simples, sob 
controle de medula e ponte.
Caracteriza-se por um padrão consistente de eclosões de sugadas alternadas com 
pausas e é uma função do padrão flexor.
A sucção ocorre através do tórax, na inspiração. No intervalo compreendido entre cada
2 respirações, o bebê mantém a mandíbula fixa.
No momento da amamentação, a criança recebe vários estímulos que proporcionam o 
seu desenvolvimento. São estímulos tátilcinestésicos, térmicos, olfativos, visual, 
auditivo e motores.
Estes impulsos irão proporcionar o desenvolvimento das funções básicas de sucção, 
mastigação, deglutição e respiração.
Curiosidade:
O bebê que suga o peito da mãe mantém os lábios vedados, postura correta de 
língua, desenvolve funções corretas do aparelho estomatognático e estabelece o 
padrão correto de respiração, isto é, tem respiração nasal.
Na mamadeira, a língua praticamente atua como suporte, sustentando o bico e 
impedindo que o leite caia em grande quantidade. Ela é colocada para frente, 
projetando-se entre as gengivas.
Posteriormente, quando o bebê estiver maior, esta língua poderá, inclusive, projetar-se
contra os dentes incisivos, e isto, mais o bico de borracha constante, poderão 
transformar-se num mecanismo criador de problemas, principalmente para a 
articulação da mandíbula (luxação ou sub-luxação da articulação temporomandibular).
Este processo é também apontado como um dos prováveis causadores da protrusão 
dentária (levantamento dos incisivos e lábio superior, com os dentes formando um 
“bico” e consequentemente o desvio da deglutição normal.).
MASTIGAÇÃO
A mastigação é a função mais importante para o equilíbrio das estruturas orofaciais.
Ela mantém a força dos músculos do rosto, modela a forma dos ossos e a posição dos
dentes, além de ser a primeira fase da digestão dos alimentos.
A mastigação aparece no primeiro ano de vida. Com o surgimento dos primeiros 
dentes (decíduos), a criança já ensaia movimentos de abrir e fechar a boca e, neste 
momento, é essencial que, aos poucos, o alimento fique cada vez mais consistente 
para estimular a melhora da função de mastigar.
Durante a mastigação, os lábios devem estar ocluídos, a mandíbula deve movimentar-
se para cima e para baixo e fazer movimentos rotatórios, e o alimento deve ser 
mastigado do lado direito e esquerdo da boca.
Curiosidade
Caso haja dificuldade em alguns destes aspectos, é necessário observar a respiração,
o tipo de mordida e oclusão dos dentes e procurar um profissional especializado 
(ortodontista e/ou fonoaudiólogo).
DEGLUTIÇÃO
Para acontecer a deglutição no recém-nascido ele deve impulsionar a língua para 
frente para criar um vedamento e conseguir realizar a pressão necessária para 
deglutir. Assim, na deglutição normal infantil a língua estará empurrando os rebordos 
das gengivas e os lábios.
Deglutição Madura Normal
Com o amadurecimento do sistema neuromuscular e o nascimento dos dentes 
molares começa o aprendizado da mastigação e a criança começa então a adquirir o 
padrão de deglutição normal (em torno de 18 meses).
O processo de deglutição pode ser dividido em três etapas:
Preparatória ou Bucal
Faríngea
Esofágica
Preparatória ou Bucal: Momento em que preparamos o bolo alimentar (saliva, líquido, 
pastoso ou sólido) através da mastigação com objetivo de obtermos uma forma 
homogênea para engoli-lo. Essa fase é consciente e voluntária, depende da vontade e
pode ser dominada.
Quando o bolo alimentar está pronto se concentra por uma ação de sucção sobre a 
língua que em um movimento ondulatório de frente para trás impulsiona o mesmo para
a faringe.
Fase faríngea: Também é consciente mas depende de reflexos, portanto é 
involuntário. O bolo alimentar na faringe desencadeia uma série de reflexos como o 
fechamento da nasofaringe o que impede a comunicação com as fossas nasais, 
evitando a saída do bolo pelo nariz.
Fase esofágica: É inconsciente e involuntária, sendo que o bolo alimentar, através dos 
movimentos peristálticos, é levado ao estômago.
RESPIRAÇÃO
A necessidade de oxigênio na vida é indiscutível.
O ar entra pelo nariz, onde é aquecido, filtrado e umidificado. Passa pelas coanas 
(parte posterior da cavidade nasal), nasofaringe, orofaringe, laringe, traqueia e 
brônquios, até chegar aos pulmões (com contração dos músculos intercostais externos
e diafragma), onde são efetivamente feitas as trocas gasosas.
A respiração exerce, portanto, função vital; posteriormente, mediante a aprendizagem, 
participará da função fonação.
O ar entra e sai dos pulmões quando há diferença de pressão. Para que haja um fluxo 
inspiratório a pressão intrapulmonar deve ser menor do que a pressão do meio 
ambiente. Para que haja o fluxo expiratório observa-se o inverso.
O processo respiratório é regulado pelas forças geradas pela contração muscular. 
Durante a inspiração os músculos respiratórios se contraem aumentando o volume da 
caixa torácica e, consequentemente, diminuindo a pressão intrapulmonar.
Na expiração forçada os músculos expiratórios (abdominais e intercostais internos) 
atuam flexionando o tronco, abaixando as últimas costelas e diminuindo o volume 
abdominal, acarretando o aumento da pressão intra-abdominal.
A função respiratória normal se faz por via nasal; quando ocorre obstrução nasal por 
fatores orgânicos, esta passa a se adaptar à nova condição, estabelecendo um padrão
de respiração bucal ou mista. Se a obstrução não for rapidamente removida ou 
tratada, o indivíduo poderá instalar uma respiração bucal viciosa, após a qual a 
retirada da obstrução, permanece como hábito.
FONAÇÃO
Durante o processo da fonação ou fala, a respiração é utilizada com expiração ativa, 
com contração muscular tanto na inspiração (diafragma e intercostais externos) como 
na expiração (diafragma, intercostais externos e internos e prensa abdominal). Na 
respiração passiva, por sua vez, há contração dos músculos apenas na inspiração, 
sendo a expiração sem contração muscular ou gasto de energia.
O processo da fala se dá em quatro etapas:
Inspiração do ar: inspira-se maior volumede ar que na respiração passiva;
Fonação: durante o processo ativo da expiração, a corrente aérea que passa pela
laringe é transformada em som (conversão de energia mecânica da corrente aérea em
energia acústica);
Articulação: movimentação ativa das estruturas que formam o trato vocal. Determina a 
estrutura fonética da fala (quais sons serão produzidos);
Ressonância: modificação da energia acústica produzida na fala (reforço de alguns
sons e modulação de outros).

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